Rubinho vem se tornando a cada dia que passa uma pessoa rancorosa e chata. Pois reclamão ele foi a vida inteira. Na verdade estou ancioso que a revista F1 Racing apareça nas bancas de Fortaleza logo para poder ler a entrevista dele. No site Grande Premio li algumas partes e fiquei impressionado com suas declarações. Impressionado negativamente.
Primeiro ele falou que não se acha pior que Schumacher. Bom, se ele achasse isso, ele estava perdido, mas os números e seis anos juntos com o alemão na Ferrari mostram o contrário. Depois disse que, em condições iguais, poderia ser Campeão Mundial em cima do Schumacher. Como eu sempre digo, aí eu paro!
Quando as pessoas chamam Rubinho de chorão, ele ainda acha ruim, mas é o próprio Rubinho que dá munição para as pessoas tirar sarro da cara dele. Essa história de tratamento diferenciado foi cantado em verso e prosa pelo Barrichello em todos os anos de Ferrari. Vendo de fora, o que acontecia era o seguinte: Barrichello e Schumacher chegavam com duas soluções diferentes e a equipe seguia a receita do alemão. Contudo, se eu fosse Ross Brawn e tivesse em mãos uma idéia de um super-campeão e outro de "um brasileirinho contra esse mundo todo", claro que eu ficaria com a primeira opção. E assim foi.
Barrichello nunca tentou se adaptar ao estilo Schumacher e isso foi extremamente prejudicial a ele. Porém, o pior foi suas declarações. Ele sempre dizia que o tratamento dentro da equipe era diferente e isso dava margem a inúmeras teorias conspiratórias, mas a Ferrari nunca negou equipamento ao brasileiro e ainda lhe deu nove vitórias e dois vice campeonatos.
Hoje, praticamente um ex-piloto em atividade, Rubinho chora por um título que ele mesmo disse que ia ganhar e não ganhou e nunca irá ganhar, apesar do mesmo dizer que ainda vai ganhar. Suas declarações (ainda não vi todas) mostram muita dor de cotovelo e de uma pessoa que não sabe perder e ver outro cara, na mesma equipe, vencer e ficar com todas as glórias é demais para um piloto que tinha tudo para ser e não foi e nunca será. Coitado do Rubinho...
sexta-feira, 30 de março de 2007
domingo, 25 de março de 2007
Wheldon completa o hat-trick
Dan Wheldon mostrou na corrida todo o domínio exercido por ele na pré-temporada e nos treinos em Homestead e venceu a corrida deste sábado com o pé nas costas. O inglês da Ganassi venceu com uma diferença de mais de 4s em cima do companheiro de equipe Scott Dixon, mostrando uma superioridade inicial da equipe de Chip Ganassi, principalmente por que Sam Hornish Jr. da Penske ficou meia volta atrás em terceiro.
A corrida sofreu um atraso de quase uma hora e meia por causa das chuvas que caíram em Miami e uma garoa fina chegou a neutralizar a corrida com bandeira amarela antes da volta 100. Por causa disso, podemos ver várias pessoas famosas passeando pelo autodrómo inclusive Gil de Ferran, que levou sua família de volta ao paddock da IRL. Tinha também um mala que ficava procurando as câmeras para mostrar uma bandeira do Brasil com o capacete do Senna a toda hora.
Quando a bandeira verde apareceu, deu para perceber um novo tipo de corrida em Homestead. Com uma asa traseira com menos downforce, os carros não andaram lado a lado como no ano passado e a corrida se caracterizou mais por uma fila indiana, com pilotos saindo por fora quando ultrapassavem seus adversários.
Sobre a disputa em si não houve muito o que contar, pois Wheldon dominou a seu bel-prazer e só perdeu a liderança numa bobeada da sua equipe, mas o carro vermelho (será uma continuação da Ferrari?) estava tão bem acertado que ele saiu de décimo para primeiro em menos de cinco voltas. E mesmo assim, Dixon já estava em primeiro para assegurar que um carro da Ganassi estava na liderança.
Felizmente, só houve um acidente sério envolvendo três carros e nenhum dos três pilotos ficaram machucados, uma prova que andarem fila indiana pode ser menos emocionante, mas muito mais seguro. A equipe Andretti-Green foi a decepção da corrida, com seus carros ficando para trás durante a corrida. Marco Andretti foi um dos primeiros a abandonar e Danica Patrick deixou a corrida bizonhamente ao bater na entrada dos boxes. E ainda tem quem diga ela é uma boa piloto...
Após a última bandeira amarela, a corrida ficou ainda mais monótona e Wheldon começou a humilhar seu adversários, colocando volta em nomes prestigiados, como Hélio Castroneves e Dario Franchitti. Tony Kanaan, em quinto, foi o último a ficar na mesma volta do líder. Wheldon venceu, convenceu e é o favorito ao título, mas a competitividade da IRL mostra que pouquíssimas vezes um piloto foi campeão com facilidade e logo na semana que vem, a Ganassi terá a chance de provar que pode andar bem em todos os tipos de circuitos, quando a IRL aportará em Saint Petersburg, o primeiro circuito de rua da temporada. Aos brasileiros, com destaque para Vítor Meira, muito menos badalado que Kanaan e Castroneves e chegou na frente de ambos, resta torcer que a Ganassi não domine como dominou em Homestead nesse começo de ano.
A corrida sofreu um atraso de quase uma hora e meia por causa das chuvas que caíram em Miami e uma garoa fina chegou a neutralizar a corrida com bandeira amarela antes da volta 100. Por causa disso, podemos ver várias pessoas famosas passeando pelo autodrómo inclusive Gil de Ferran, que levou sua família de volta ao paddock da IRL. Tinha também um mala que ficava procurando as câmeras para mostrar uma bandeira do Brasil com o capacete do Senna a toda hora.
Quando a bandeira verde apareceu, deu para perceber um novo tipo de corrida em Homestead. Com uma asa traseira com menos downforce, os carros não andaram lado a lado como no ano passado e a corrida se caracterizou mais por uma fila indiana, com pilotos saindo por fora quando ultrapassavem seus adversários.
Sobre a disputa em si não houve muito o que contar, pois Wheldon dominou a seu bel-prazer e só perdeu a liderança numa bobeada da sua equipe, mas o carro vermelho (será uma continuação da Ferrari?) estava tão bem acertado que ele saiu de décimo para primeiro em menos de cinco voltas. E mesmo assim, Dixon já estava em primeiro para assegurar que um carro da Ganassi estava na liderança.
Felizmente, só houve um acidente sério envolvendo três carros e nenhum dos três pilotos ficaram machucados, uma prova que andarem fila indiana pode ser menos emocionante, mas muito mais seguro. A equipe Andretti-Green foi a decepção da corrida, com seus carros ficando para trás durante a corrida. Marco Andretti foi um dos primeiros a abandonar e Danica Patrick deixou a corrida bizonhamente ao bater na entrada dos boxes. E ainda tem quem diga ela é uma boa piloto...
Após a última bandeira amarela, a corrida ficou ainda mais monótona e Wheldon começou a humilhar seu adversários, colocando volta em nomes prestigiados, como Hélio Castroneves e Dario Franchitti. Tony Kanaan, em quinto, foi o último a ficar na mesma volta do líder. Wheldon venceu, convenceu e é o favorito ao título, mas a competitividade da IRL mostra que pouquíssimas vezes um piloto foi campeão com facilidade e logo na semana que vem, a Ganassi terá a chance de provar que pode andar bem em todos os tipos de circuitos, quando a IRL aportará em Saint Petersburg, o primeiro circuito de rua da temporada. Aos brasileiros, com destaque para Vítor Meira, muito menos badalado que Kanaan e Castroneves e chegou na frente de ambos, resta torcer que a Ganassi não domine como dominou em Homestead nesse começo de ano.
As três corridas do Mundial de Motovelocidade teve sentimentos distintos. A corrida das 125cc foi espetacular, as 250cc foi sensacional a a MotoGP foi de dar sono, principalmente pelo atraso da corrida de Homestead no sábado à noite, que fez com que a corrida da Indy acabasse depois da meia-noite.
Na corrida de abertura, deu para identificar o piloto azarado do ano até agora. Mattia Pasini iria largar na pole, mas por algum motivo se atrasou para sair do boxes e com isso largou em último. Fez uma memorável primeira volta ao ultrapassar 24 motos, ganhou mais uma posição na volta seguinte para sofrer um acidente na terceira volta quando já brigava pela oitava posição. Pasini abandonou na volta seguinte e tem zero pontos no campeonato. Campeonato que será decisivo para o futuro da carreira do jovem italiano e não começou nada bem.
Gabor Talmacsi, que já tinha andado muito bem no Catar, assumiu a ponta e por lá ficou a corrida inteira. Lukas Pesek da Derbi logo assumiu a segunda posição e ficou estabilizado por lá, esperando a metade final da corrida. A partir da terceira posição o pau comia solto. Hector Faubel, que venceu a primeira etapa, teve muito trabalho para se livrar se vários pilotos rápidos que se destacaram nessa corrida em Jerez, principalmente Pol Espargaro, de apenas 15 anos. Quando Faubel se livrou dessa turma, ele contou com a ajuda de Simone Corsi, que caiu na frente do grande pelotão atrás dele e serviu de freio e ajudou Faubel a se estabilizar na terceira posição e ele chegou nessa posição.
A partir da metade da corrida, Pesek se aproximou e colou em Talmacsi, mas o tcheco preferiu não atacar logo de cara e preferiu esperar. Pesek, conhecido pela sua afobação, foi um piloto cerebral e esperava um erro que Talmacsi não cometeu. Na última volta, já nas curvas finais, Pesek lançou o seu ataque e surpreendeu Talmacsi e parecia que o húngaro ficaria em segundo de novo e Pesek consegueria sua primeira vitória, mas a Aprilia mostrou porque tem a melhor moto e na reta final, Talmacsi colocou de lado e ultrapassou Pesek na linha de chegada por míseros 0.014s de vantagem. Uma coinscidência histórica, pois foi essa diferença que separou Senna e Mansell no histórico GP da Espanha de F1 de 1986.
Com isso, Talmacsi subiu para liderança do campeonato seguido pelo seu companheiro de equipe Faubel e Pesek vindo logo atrás. Pol Espargaro ficou num excelente quarto lugar e promete ser a próxima estrela espanhola na motovelocidade.
A segunda corrida do dia começou com tristeza ao ser anunciado que Roberto Locatelli está em coma induzido por causa do sério acidente sofrido por ele ontem durante a Classificação. Lorenzo confirmou o favoritismo, mas foi de uma forma muito mais dramática e complicada do que o esperado. O espanhol largou muito bem, mantendo a ponta seguido por Doviziozo e Barberá.
O final de semana da Gilera terminou nas primeiras curvas, quando Marco Simoncelli continuou sua adoração por acidentes ao cair logo no comecinho. Com a saída de Locatelli, que deve ficar muito tempo fora das pistas, a Gilera não terá muito com que comemorar com apenas o desastrado italiano atrás do seu guidão. Lorenzo não vinha num ritmo muito forte e logo foi ultrapassado por Doviziozo e Barberá. O italiano da Honda vinha surpreendendo ao superar as Aprilias e tinha que correr para mostrar serviço, pois tinha acabado de perder patrocínio.
Mais atrás, as duas motos da Aspar Martínez vinham se aproximando dos três primeiros. Álvaro Bautista vinha com tudo para cima do pelotão da frente e logo colou em Barberá, seguido pelo não menos desastrado Alex de Angelis. A partir da chegada de Bautista no pelotão da frente, a corrida esquentou e se tornou a melhor até agora. Doviziozo segurava no braço as potentes Aprilias, enquanto Bautista ultrapassava Barberá e Lorenzo. Bautista então partiu para cima do líder Doviziozo, mas o italiano estava inspirado e segurava sua posição nas freadas.
Barberá, outro que não vem tendo muita sorte, caí e abandona a corrida, deixando a briga pela vitória para Doviziozo, Bautista e Lorenzo, que vinha fazendo uma corrida de espera, bem diferente de suas características. Os três proporcionaram um show, com várias trocas de posição, ultrapassagens lindíssimas e uma corrida de tirar o fôlego. Em duas oportunidades, os três pilotos ficaram lado a lado, com Bautista chegando a fazer uma ultrapassagem dupla. No final, a potência das Aprilias se impuseram à Honda de Doviziozo e Lorenzo usou sua maior experiência para vencer, com Bautista e Doviziozo colados.
Bautista foi a grata surpresa da corrida, marcando o primeiro pódio na categoria 250, mas o espanhol errou muito e acabou atrapalhando um pouco Andrea Doviziozo, o nome da corrida. O italiano com recém-completados 21 anos tirou a desvantagem de sua moto no braço e chegou num merecido pódio. Se Doviziozo tivesse uma moto melhor, com certeza ele estaria na briga pela primeira posição e até mesmo na frente de Lorenzo, que vem dominando a 250cc e deve vencer o campeonato até com certa tranqüilidade. Agora, só nos resta rezar para que Locatelli fique bem o mais rápido possível.
Na MotoGP, Valentino Rossi voltou aos velhos tempos da Honda, quando ele assumia a ponta, dava um tchauzinho para os adversários e ganhava com tranqüilidade, com direito a comemoração especial. Em Jerez, Valentino fez um verdadeiro strike nos adversários, não dando chance a ninguém voltando a vencer depois cinco corridas e, o mais importante, voltando a liderar o campeonato.
A corrida da MotoGP foi monótona, com Rossi ultrapassando o pole Dani Pedrosa ainda na primeira volta e disparando na frente. Por sinal, Pedrosa ficou placidamente em segundo, não atacando Rossi e não sendo atacado por Colin Edwards, que foi um tranqüilo terceiro, conquistando um bom lugar no pódio. A partir da quarta posição houve um pouco mais de ação.
Hayden fez uma largada sensacional, pulando de décimo-primeiro para quarto e por lá ficou boa parte da prova. John Hopkins da Suzuki vinha bem e logo colou em Hayden, num duelo doméstico entre os dois rivais americanos. Mais atrás, Checa, Melandri, o vencedor da primeira etapa Stoner e Elias brigavam pela sexta posição. Com Hayden perdendo rendimento, os quatro se aproximavam devagar de Hopkins, que não conseguia ultrapassar Hayden. Elias, repetindo a boa atuação do GP de Portugal, assumiu a sexta posição e partiu com tudo para cima de Hopkins, que finalmente ultrapassou Hayden, para cair algumas curvas depois para desespero do staff da Suzuki.
Elias logo ultrapassou Hayden e se estabeleceu em quarto. Stoner, numa corrida bem cerebral, deixou para trás Checa e Hayden, ficando em quinto. Já sem pneus, Hayden cedeu sua posição para Checa e só não foi ultrapassado por Melandri por que o italiano já estava longe demais para capitalizar os problemas do atual campeão. Nicky Hayden tem sérios problemas de estabilidade em sua motor e não deve, nem de longe, brigar para manter seu título. Barros não foi tão bem como no Catar e teve que se conformar com a décima-primeira posição, sendo ultrapassado por Vermeulen e Nakano nas duas últimas voltas. Uma prova de como a Ducati não estava bem, foi Loris Capirossi ter ficado numa modestíssima décima-terceira posição.
Rossi venceu com extrema tranqüilidade e daqui a um mês, em Istambul, vamos ver o que será da MotoGP. Uma corrida equilibrada como no Catar e uma corrida chata como em Jerez? Em Istambul há várias retas longas e isso deve ajudar o motor da Ducati, mas Rossi já está na liderança do Mundial e quando ele chega a esse nível, dificilmente perde a majestade
Na corrida de abertura, deu para identificar o piloto azarado do ano até agora. Mattia Pasini iria largar na pole, mas por algum motivo se atrasou para sair do boxes e com isso largou em último. Fez uma memorável primeira volta ao ultrapassar 24 motos, ganhou mais uma posição na volta seguinte para sofrer um acidente na terceira volta quando já brigava pela oitava posição. Pasini abandonou na volta seguinte e tem zero pontos no campeonato. Campeonato que será decisivo para o futuro da carreira do jovem italiano e não começou nada bem.
Gabor Talmacsi, que já tinha andado muito bem no Catar, assumiu a ponta e por lá ficou a corrida inteira. Lukas Pesek da Derbi logo assumiu a segunda posição e ficou estabilizado por lá, esperando a metade final da corrida. A partir da terceira posição o pau comia solto. Hector Faubel, que venceu a primeira etapa, teve muito trabalho para se livrar se vários pilotos rápidos que se destacaram nessa corrida em Jerez, principalmente Pol Espargaro, de apenas 15 anos. Quando Faubel se livrou dessa turma, ele contou com a ajuda de Simone Corsi, que caiu na frente do grande pelotão atrás dele e serviu de freio e ajudou Faubel a se estabilizar na terceira posição e ele chegou nessa posição.
A partir da metade da corrida, Pesek se aproximou e colou em Talmacsi, mas o tcheco preferiu não atacar logo de cara e preferiu esperar. Pesek, conhecido pela sua afobação, foi um piloto cerebral e esperava um erro que Talmacsi não cometeu. Na última volta, já nas curvas finais, Pesek lançou o seu ataque e surpreendeu Talmacsi e parecia que o húngaro ficaria em segundo de novo e Pesek consegueria sua primeira vitória, mas a Aprilia mostrou porque tem a melhor moto e na reta final, Talmacsi colocou de lado e ultrapassou Pesek na linha de chegada por míseros 0.014s de vantagem. Uma coinscidência histórica, pois foi essa diferença que separou Senna e Mansell no histórico GP da Espanha de F1 de 1986.
Com isso, Talmacsi subiu para liderança do campeonato seguido pelo seu companheiro de equipe Faubel e Pesek vindo logo atrás. Pol Espargaro ficou num excelente quarto lugar e promete ser a próxima estrela espanhola na motovelocidade.
A segunda corrida do dia começou com tristeza ao ser anunciado que Roberto Locatelli está em coma induzido por causa do sério acidente sofrido por ele ontem durante a Classificação. Lorenzo confirmou o favoritismo, mas foi de uma forma muito mais dramática e complicada do que o esperado. O espanhol largou muito bem, mantendo a ponta seguido por Doviziozo e Barberá.
O final de semana da Gilera terminou nas primeiras curvas, quando Marco Simoncelli continuou sua adoração por acidentes ao cair logo no comecinho. Com a saída de Locatelli, que deve ficar muito tempo fora das pistas, a Gilera não terá muito com que comemorar com apenas o desastrado italiano atrás do seu guidão. Lorenzo não vinha num ritmo muito forte e logo foi ultrapassado por Doviziozo e Barberá. O italiano da Honda vinha surpreendendo ao superar as Aprilias e tinha que correr para mostrar serviço, pois tinha acabado de perder patrocínio.
Mais atrás, as duas motos da Aspar Martínez vinham se aproximando dos três primeiros. Álvaro Bautista vinha com tudo para cima do pelotão da frente e logo colou em Barberá, seguido pelo não menos desastrado Alex de Angelis. A partir da chegada de Bautista no pelotão da frente, a corrida esquentou e se tornou a melhor até agora. Doviziozo segurava no braço as potentes Aprilias, enquanto Bautista ultrapassava Barberá e Lorenzo. Bautista então partiu para cima do líder Doviziozo, mas o italiano estava inspirado e segurava sua posição nas freadas.
Barberá, outro que não vem tendo muita sorte, caí e abandona a corrida, deixando a briga pela vitória para Doviziozo, Bautista e Lorenzo, que vinha fazendo uma corrida de espera, bem diferente de suas características. Os três proporcionaram um show, com várias trocas de posição, ultrapassagens lindíssimas e uma corrida de tirar o fôlego. Em duas oportunidades, os três pilotos ficaram lado a lado, com Bautista chegando a fazer uma ultrapassagem dupla. No final, a potência das Aprilias se impuseram à Honda de Doviziozo e Lorenzo usou sua maior experiência para vencer, com Bautista e Doviziozo colados.
Bautista foi a grata surpresa da corrida, marcando o primeiro pódio na categoria 250, mas o espanhol errou muito e acabou atrapalhando um pouco Andrea Doviziozo, o nome da corrida. O italiano com recém-completados 21 anos tirou a desvantagem de sua moto no braço e chegou num merecido pódio. Se Doviziozo tivesse uma moto melhor, com certeza ele estaria na briga pela primeira posição e até mesmo na frente de Lorenzo, que vem dominando a 250cc e deve vencer o campeonato até com certa tranqüilidade. Agora, só nos resta rezar para que Locatelli fique bem o mais rápido possível.
Na MotoGP, Valentino Rossi voltou aos velhos tempos da Honda, quando ele assumia a ponta, dava um tchauzinho para os adversários e ganhava com tranqüilidade, com direito a comemoração especial. Em Jerez, Valentino fez um verdadeiro strike nos adversários, não dando chance a ninguém voltando a vencer depois cinco corridas e, o mais importante, voltando a liderar o campeonato.
A corrida da MotoGP foi monótona, com Rossi ultrapassando o pole Dani Pedrosa ainda na primeira volta e disparando na frente. Por sinal, Pedrosa ficou placidamente em segundo, não atacando Rossi e não sendo atacado por Colin Edwards, que foi um tranqüilo terceiro, conquistando um bom lugar no pódio. A partir da quarta posição houve um pouco mais de ação.
Hayden fez uma largada sensacional, pulando de décimo-primeiro para quarto e por lá ficou boa parte da prova. John Hopkins da Suzuki vinha bem e logo colou em Hayden, num duelo doméstico entre os dois rivais americanos. Mais atrás, Checa, Melandri, o vencedor da primeira etapa Stoner e Elias brigavam pela sexta posição. Com Hayden perdendo rendimento, os quatro se aproximavam devagar de Hopkins, que não conseguia ultrapassar Hayden. Elias, repetindo a boa atuação do GP de Portugal, assumiu a sexta posição e partiu com tudo para cima de Hopkins, que finalmente ultrapassou Hayden, para cair algumas curvas depois para desespero do staff da Suzuki.
Elias logo ultrapassou Hayden e se estabeleceu em quarto. Stoner, numa corrida bem cerebral, deixou para trás Checa e Hayden, ficando em quinto. Já sem pneus, Hayden cedeu sua posição para Checa e só não foi ultrapassado por Melandri por que o italiano já estava longe demais para capitalizar os problemas do atual campeão. Nicky Hayden tem sérios problemas de estabilidade em sua motor e não deve, nem de longe, brigar para manter seu título. Barros não foi tão bem como no Catar e teve que se conformar com a décima-primeira posição, sendo ultrapassado por Vermeulen e Nakano nas duas últimas voltas. Uma prova de como a Ducati não estava bem, foi Loris Capirossi ter ficado numa modestíssima décima-terceira posição.
Rossi venceu com extrema tranqüilidade e daqui a um mês, em Istambul, vamos ver o que será da MotoGP. Uma corrida equilibrada como no Catar e uma corrida chata como em Jerez? Em Istambul há várias retas longas e isso deve ajudar o motor da Ducati, mas Rossi já está na liderança do Mundial e quando ele chega a esse nível, dificilmente perde a majestade
sábado, 24 de março de 2007
No Mundial de motovelocidade, a esquadra espanhola dominou na MotoGP e nas 250cc. Dani Pedrosa saí na pole, seguido por muito pouco pela estrela da Yamaha Velantino Rossi. Chega a ser surpreendente a velocidade de Pedrosa, pois o espanhol não andou bem na primeira corrida no Catar, levando um banho de Rossi e Stoner. A recuperação de Pedrosa significa também a volta da Honda ao papel de protagonista, pois Yamaha (Rossi) e Ducati(Stoner) humilharam a Honda na primeira corrida. A primeira fila será completada pelo dinossauro Carlos Checa, que pôs sua Honda sete milésimos de segundo atrás de Rossi. Stoner não conseguiu repetir a performance da primeira corrida e larga em quinto, mas o surpreendente foi ver Capirossi dez posições atrás. Essa má performance da Ducati se deve ao circuito de Jerez, com pouca reta e muita curva. Barros foi apenas décimo-terceiro, continuando seus problemas na Classificação, mas na corrida é provável que ele se recupere.
Jorge Lorenzo caminha a passos largos para conquistar o segundo título nas 250 ao conquistar um tranqüila pole em Jerez. Praticamente sem adversários, o marrento espanhol tem tudo para vencer em casa e só uma tragédia pode tirar o triunfo de Lorenzo. Tragédia que quase vitimou Roberto Locatelli, que sofreu um grave acidente e não correrá amanhã. Tomara que não seja nada demais e que possamos ver o talentoso italiano de novo nas pistas. Barberá laragrá em segundo, com Doviziozo, da Honda, apenas em quarto. O italiano é o único a se equiparar a Lorenzo, mas a moto da Honda não ajuda.
Jorge Lorenzo caminha a passos largos para conquistar o segundo título nas 250 ao conquistar um tranqüila pole em Jerez. Praticamente sem adversários, o marrento espanhol tem tudo para vencer em casa e só uma tragédia pode tirar o triunfo de Lorenzo. Tragédia que quase vitimou Roberto Locatelli, que sofreu um grave acidente e não correrá amanhã. Tomara que não seja nada demais e que possamos ver o talentoso italiano de novo nas pistas. Barberá laragrá em segundo, com Doviziozo, da Honda, apenas em quarto. O italiano é o único a se equiparar a Lorenzo, mas a moto da Honda não ajuda.
Dan Wheldon manteve a boa forma e ficou com a pole da corrida em Homestead na abertura da IRL, que será realizada às nove da noite. Wheldon foi o mais rápido nos ensaios que a categoria realizou mais cedo no mesmo autodrómo em fevereiro e nas mesmas condições da Classificação de ontem à noite, ou seja, de noite. Wheldon, que foi no mínimo vice campeão nos últimos três campeonatos vem forte também em 2007, mas terá a incômoda companhia do tri-campeão Sam Hornish Jr. na primeira fila. Hornish já venceu quatro vezes em Homestead e é um especialista neste tipo de oval de 1,5 milha.
A novidade do final de semana é a ressureição da Andretti-Green, que assistiu impotente o domínio da Penske e da Ganassi ano passado. Franchitti, Kannan e Marco Andretti largarão logo atrás de Wheldon e Hornish, mostrando que a equipe vem forte esse ano e isso é um bom sinal para Kanaan. De forma nada surpreendente foi Danica Patrick ter ficado em décimo-quarto. Ela é ruinzinha mesmo, ficando atrás até da Sarah Fisher, outra mulher a correr esse ano, mas ao contrário da Danica, Fisher é feia e anda numa equipe pequena. E logo mais teremos uma terceira representante feminina na categoria. Milka Duno, da Venezuela, fará dez corrida esse ano. O que dizer dela? É uma Danica Patrick piorada, mas muito mais gostosa.
Hélio Castroneves começou o ano levando pau do seu companheiro de equipe, ficando apenas em oitavo. As vezes fico pensando que Roger Penske gosta muito do Helinho, pois o brasileiro nunca foi campeão, apanhou do Gil de Ferran, tá acontecendo a mesma coisa com o Hornish e Castroneves continua num dos cockpits mais desejados do mundo. Vitor Meira fez uma Classificação bem convencional, pensando na corrida. Sua equipe continua com problemas de patrocínio e a estrutura é bem diferente do trio Penske-Ganassi-Green.
Agora, só nos resta saber como será a corrida, mas a promessa é de uma corrida emocionante, mas tomara que sem acidentes.
A novidade do final de semana é a ressureição da Andretti-Green, que assistiu impotente o domínio da Penske e da Ganassi ano passado. Franchitti, Kannan e Marco Andretti largarão logo atrás de Wheldon e Hornish, mostrando que a equipe vem forte esse ano e isso é um bom sinal para Kanaan. De forma nada surpreendente foi Danica Patrick ter ficado em décimo-quarto. Ela é ruinzinha mesmo, ficando atrás até da Sarah Fisher, outra mulher a correr esse ano, mas ao contrário da Danica, Fisher é feia e anda numa equipe pequena. E logo mais teremos uma terceira representante feminina na categoria. Milka Duno, da Venezuela, fará dez corrida esse ano. O que dizer dela? É uma Danica Patrick piorada, mas muito mais gostosa.
Hélio Castroneves começou o ano levando pau do seu companheiro de equipe, ficando apenas em oitavo. As vezes fico pensando que Roger Penske gosta muito do Helinho, pois o brasileiro nunca foi campeão, apanhou do Gil de Ferran, tá acontecendo a mesma coisa com o Hornish e Castroneves continua num dos cockpits mais desejados do mundo. Vitor Meira fez uma Classificação bem convencional, pensando na corrida. Sua equipe continua com problemas de patrocínio e a estrutura é bem diferente do trio Penske-Ganassi-Green.
Agora, só nos resta saber como será a corrida, mas a promessa é de uma corrida emocionante, mas tomara que sem acidentes.
sexta-feira, 23 de março de 2007
A primeira à esquerda
Nesse final de semana começa o campeonato da IRL em Homestead, circuito oval próximo a Miami. Seguindo uma tendência que a própria categoria criou (em termos de monopostos), a corrida será noturna, no sábado à noite. As corridas noturnas não é novidade para a categoria, mas será a primeira vez que Homestead terá sua versão noturna.
Homestead é o que chamo "Oval-Nascar", ou seja, um circuito extremamente largo e com curvas muito inclinadas, proporcionando que os carros andem com aceleração máxima e lado a lado. O lado positivo e negativo foi visto na corrida do ano passado. Durante a corrida os carros andaram a centímetros um do outro, com pé embaixo e no final Dan Wheldon conseguiu uma vitória na volta final num belo espetáculo. Mas esse mesmo espetáculo ficou maculado pela morte de Paul Dana durante o warm-up.
Esse ano teremos muito poucas novidades e com as equipes de sempre brigando pelo título. O difícil é saber qual piloto irá ser campeão, pois a categoria pode ter ser seus defeitos, mas uma coisa é inegável: a competitividade.
Ano passado Penske e Chip Ganassi foram as duas equipes a dominar o certame com seus quatro pilotos brigando pelo título ponto a ponto até a última curva do ano. Sam Hornish Jr. foi tricampeão e logicamente é um dos favoritos, mas uma coisa deve pesar contra ele nesta temporada. Hornish é rei em circuitos ovais, mas não se sente muito à vontade em circuitos mistos e em 2007 a IRL terá cinco circuitos mistos ao invés de três em 2006. Se Hornish não melhorar sua tocada quando virar o volante para a direita, ele poderá perder pontos essenciais na briga pelo título.
Hélio Castroneves e Tony Kanaan serão os mais ajudados com a adição de circuitos mistos, mas a conhecida falta de sorte do Helinho nas decisões (para não dizer amareladas!) e a má-fase da equipe de Tony Kanaan ano passado pode atrapalhar uma possível conquista de título esse ano. Vítor Meira ainda persegue a sonhada primeira vitória e ele já está merecendo, mas brigar pelo título parece ser mais complicado.
Na pré-temporada a Chip-Ganassi parece ter andado melhor, liderada por Dan Wheldon seguido pelo seu companheiro de equipe Scott Dixon. A Penske vem logo atrás, seguida pela Andretti-Green. Por sinal, a equipe de Michael Andretti tem dois pilotos que chamam muito atenção da mídia. Marco Andretti, filho de Michael e neto do Mario, vem sendo preparado para seguir a tradição da família desde o kart, passando pelas várias categorias de base americanas. Contudo, Mario o quer na F1. O patriarca da família Andretti não esconde de ninguém sua admiração pela categoria máxima do automobilismo e quer colocar seu neto lá o mais rápido possível, pois ele sabe muito bem quanto a IRL é perigosa. Marco fez alguns testes durante o inverno na Honda e uma possível participação de Marco no GP dos Estados Unidos não é impossível. Agora nos resta saber se Marco puxou o avô ou o pai.
Danica Patrick fará sua estréia na Andretti-Green tentando conseguir sua primeira vitória no automobilismo(!). Sua contratação foi muito mais um golpe de marketing do que pelo seu talento na pista. Aliás, se Danica se chamasse Danico ou qualquer variação no masculino, ela não passaria de um piloto meio de pelotão e talvez já tivesse sido defenestrada da categoria, mas como ela é mulher, a mídia americana a adora. Fora ser bonita. Muito bonita...
A IRL começa seu décimo segundo campeonato numa fase complicada de sua curta existência e numa crise de identidade séria. Antigamente, a categoria era conhecida por andar apenas em ovais, ter custos baixos e ter vários americanos. Ou seja, uma categoria tipicamente americana para caipira ver. Hoje, corre em circuitos mistos, descaracterizando um pouco a categoria. A entrada de Penske, Chip-Ganassi, Andretti-Green e Rahal-Letterman, todas provenientes da CART, encareceu muito a categoria, fazendo que apenas essas equipe briguem pelo título e engolindo as equipes pequenas. Cinco anos atrás, a categoria tinha 30 carros. Hoje não passa de 22. E o pior (para Tony George e os puristas) é que a grande maioria dos pilotos é de estrangeiros. Mesmo assim, a categoria é ainda muito competitiva e os brasileiros tem muitas chances de papar o caneco no final do ano.
Homestead é o que chamo "Oval-Nascar", ou seja, um circuito extremamente largo e com curvas muito inclinadas, proporcionando que os carros andem com aceleração máxima e lado a lado. O lado positivo e negativo foi visto na corrida do ano passado. Durante a corrida os carros andaram a centímetros um do outro, com pé embaixo e no final Dan Wheldon conseguiu uma vitória na volta final num belo espetáculo. Mas esse mesmo espetáculo ficou maculado pela morte de Paul Dana durante o warm-up.
Esse ano teremos muito poucas novidades e com as equipes de sempre brigando pelo título. O difícil é saber qual piloto irá ser campeão, pois a categoria pode ter ser seus defeitos, mas uma coisa é inegável: a competitividade.
Ano passado Penske e Chip Ganassi foram as duas equipes a dominar o certame com seus quatro pilotos brigando pelo título ponto a ponto até a última curva do ano. Sam Hornish Jr. foi tricampeão e logicamente é um dos favoritos, mas uma coisa deve pesar contra ele nesta temporada. Hornish é rei em circuitos ovais, mas não se sente muito à vontade em circuitos mistos e em 2007 a IRL terá cinco circuitos mistos ao invés de três em 2006. Se Hornish não melhorar sua tocada quando virar o volante para a direita, ele poderá perder pontos essenciais na briga pelo título.
Hélio Castroneves e Tony Kanaan serão os mais ajudados com a adição de circuitos mistos, mas a conhecida falta de sorte do Helinho nas decisões (para não dizer amareladas!) e a má-fase da equipe de Tony Kanaan ano passado pode atrapalhar uma possível conquista de título esse ano. Vítor Meira ainda persegue a sonhada primeira vitória e ele já está merecendo, mas brigar pelo título parece ser mais complicado.
Na pré-temporada a Chip-Ganassi parece ter andado melhor, liderada por Dan Wheldon seguido pelo seu companheiro de equipe Scott Dixon. A Penske vem logo atrás, seguida pela Andretti-Green. Por sinal, a equipe de Michael Andretti tem dois pilotos que chamam muito atenção da mídia. Marco Andretti, filho de Michael e neto do Mario, vem sendo preparado para seguir a tradição da família desde o kart, passando pelas várias categorias de base americanas. Contudo, Mario o quer na F1. O patriarca da família Andretti não esconde de ninguém sua admiração pela categoria máxima do automobilismo e quer colocar seu neto lá o mais rápido possível, pois ele sabe muito bem quanto a IRL é perigosa. Marco fez alguns testes durante o inverno na Honda e uma possível participação de Marco no GP dos Estados Unidos não é impossível. Agora nos resta saber se Marco puxou o avô ou o pai.
Danica Patrick fará sua estréia na Andretti-Green tentando conseguir sua primeira vitória no automobilismo(!). Sua contratação foi muito mais um golpe de marketing do que pelo seu talento na pista. Aliás, se Danica se chamasse Danico ou qualquer variação no masculino, ela não passaria de um piloto meio de pelotão e talvez já tivesse sido defenestrada da categoria, mas como ela é mulher, a mídia americana a adora. Fora ser bonita. Muito bonita...
A IRL começa seu décimo segundo campeonato numa fase complicada de sua curta existência e numa crise de identidade séria. Antigamente, a categoria era conhecida por andar apenas em ovais, ter custos baixos e ter vários americanos. Ou seja, uma categoria tipicamente americana para caipira ver. Hoje, corre em circuitos mistos, descaracterizando um pouco a categoria. A entrada de Penske, Chip-Ganassi, Andretti-Green e Rahal-Letterman, todas provenientes da CART, encareceu muito a categoria, fazendo que apenas essas equipe briguem pelo título e engolindo as equipes pequenas. Cinco anos atrás, a categoria tinha 30 carros. Hoje não passa de 22. E o pior (para Tony George e os puristas) é que a grande maioria dos pilotos é de estrangeiros. Mesmo assim, a categoria é ainda muito competitiva e os brasileiros tem muitas chances de papar o caneco no final do ano.
quarta-feira, 21 de março de 2007
A mídia brasileiro, leia-se Rede Globo, está alvoroçada com o péssimo desempenho de Kovalainen na Austrália, talvez a pior estréia de um piloto nos últimos 10 anos. Nelsinho Piquet, piloto de testes da Renault e agora pupilo de Flávio Briatore, estaria na boca de tomar o lugar do finlandês como piloto titular da Renault. Mesmo com Galvão e Nelsão não se gostando muito, a Rede Globo parece ver com muitos bons olhos a chegada do Piquetzinho na F1. Ao contrário dos demais pilotos brasileiro, Nelsinho já tem pedigree e seu nome já é comum entre nós.
Briatore via todos os erros de Kovalainen com Nelsinho ao seu lado e dizem que o italiano deu um verdadeiro ultimato à Kovalainen. Ou anda, ou rua! A Renault precisa de resultados. E urgente. Carlos Gohn, presidente mundial da Renault, não parece muito satisfeito em colocar milhões de dólares na F1. Mesmo quando a equipe era campeã. Com a equipe caindo então...
O problema é a possibilidade de queimar o Nelsinho. Kovalainen tem um belo currículo nas categorias de base e anda no carro da Renault desde 2003, portanto, conhece o carro melhor que Alonso e quiçá, Fisichella. Nelsinho chegou agora, andou no carro apenas de novembro do ano passado para cá e tem muita pouca experiência na F1. Se Kovalainen, que conhece bem o carro, fez o que fez, Nelsinho também pode fazer parecido. Ou pior.
Portanto, devemos ter muito cuidado em colocar o Nelsinho logo na F1, pois a Renault parece não estar na melhor das fases e isso pode prejudica-lo em seu sonho na F1. Aliás, se fosse Briatore, se fosse para tirar Kovalainen e colocar um piloto de testes, colocaria o Zonta. O brasileiro é experiente, já fez várias corridas na F1 e para nós, brasileiros, se ele andar bem, ótimo, se der vexame, paciência. Ele já estava queimado mesmo.
Briatore via todos os erros de Kovalainen com Nelsinho ao seu lado e dizem que o italiano deu um verdadeiro ultimato à Kovalainen. Ou anda, ou rua! A Renault precisa de resultados. E urgente. Carlos Gohn, presidente mundial da Renault, não parece muito satisfeito em colocar milhões de dólares na F1. Mesmo quando a equipe era campeã. Com a equipe caindo então...
O problema é a possibilidade de queimar o Nelsinho. Kovalainen tem um belo currículo nas categorias de base e anda no carro da Renault desde 2003, portanto, conhece o carro melhor que Alonso e quiçá, Fisichella. Nelsinho chegou agora, andou no carro apenas de novembro do ano passado para cá e tem muita pouca experiência na F1. Se Kovalainen, que conhece bem o carro, fez o que fez, Nelsinho também pode fazer parecido. Ou pior.
Portanto, devemos ter muito cuidado em colocar o Nelsinho logo na F1, pois a Renault parece não estar na melhor das fases e isso pode prejudica-lo em seu sonho na F1. Aliás, se fosse Briatore, se fosse para tirar Kovalainen e colocar um piloto de testes, colocaria o Zonta. O brasileiro é experiente, já fez várias corridas na F1 e para nós, brasileiros, se ele andar bem, ótimo, se der vexame, paciência. Ele já estava queimado mesmo.
terça-feira, 20 de março de 2007
Campeonato Mundial ou asiático?
O Mundial de F1 começou em 1950 com ares de Europeu, pois seis das sete corridas foram feitas na Europa, sendo que a sétima corrida foi feita em Indianapólis, onde os pilotos que participavam do campeonato regular não iam para a os EUA e os americanos nem sabiam que estavam marcando pontos para um Mundial.
O tempo passou e o calendário foi se alastrando para outras partes do globo. Durante a década de 50, por influência de Fangio e de Perón, surgiu o Grande Prêmio da Argentina. Os Estados Unidos entraram de vez no campeonato em 1961, com a saída de Indianapólis e a entrada de Watklins Glen e os pilotos e carros de F1 indo para a América. Com a passagem do circo pelos Estados Unidos, logo surgiram os GPs do Canadá e do México. A África do Sul já recebia seu GP desde 1962 e uma corrida foi feita no Marrocos, mas o GP africano ficou mesmo na África do Sul. Com a volta do GP da Argentina em 1972, o Brasil também entrou na festa.
Já nessa época, só faltava mesmo conquistar o oriente. O Japão teve duas corridas nos anos 70, mas os nipônicos só voltaram para valer em 1987, com o belíssimo circuito de Suzuka. No meio dos anos 80 surgiram os belos circuitos de rua australianos, primeiro com Adelaide e desde 1996 em Melbourne, onde normalmente começa o campeonato.
Foi assim que me acostumei a ver F1. Só duas corridas de madrugada e está bom demais. Mas o tio Ecclestone não pensa assim. Primeiro, nos enfiou guela abaixo o GP da Malásia. Para que um GP na Malásia? Fora o grande Alex Yoong, o que o GP da Malásia trouxe para a F1? Não satisfeito, inventou um GP no Bahrein e ainda vamos ter o GP do Dubai em 2009! Para piorar, está quase certo termos uma corrida na Cingapura e na Coréia do Sul.
Tudo bem que certos países não devem ficar de fora numa categoria tão globalizada como a F1. A Turquia recebou vários eventos nos últimos anos e vem recebendo vários investimentos. Fora o belo circuito. Quem, em sã consciência, não quer ter sua marca na China? A F1 foi para lá e está certo. Uma corrida na Rússia também é interessante pelos mesmos motivos da Turquia. E até mesmo em GP na Índia não seria tão absurdo assim.
Contudo, para que três corridas no sudeste asiático? Vá lá, uma corridinha no oriente médio, para agradar os sheiks que dão o petróleo para as fornecedoras de combustível, não faz mal a ninguém, mas duas corridas? Para que? A MotoGP corre na Europa para mais de 100.000 espectadores, mas quando aporta no Dubai, a categoria aonde podemos ver Valentino Rossi em ação recebe o espetacular quórum... de 8.000 pessoas!
O pior desta debandada total para o oriente é ver que a F1 está saindo de suas raízes, com a perda de duas corridas na Europa só neste ano. E se o Brasil não se cuidar...
O tempo passou e o calendário foi se alastrando para outras partes do globo. Durante a década de 50, por influência de Fangio e de Perón, surgiu o Grande Prêmio da Argentina. Os Estados Unidos entraram de vez no campeonato em 1961, com a saída de Indianapólis e a entrada de Watklins Glen e os pilotos e carros de F1 indo para a América. Com a passagem do circo pelos Estados Unidos, logo surgiram os GPs do Canadá e do México. A África do Sul já recebia seu GP desde 1962 e uma corrida foi feita no Marrocos, mas o GP africano ficou mesmo na África do Sul. Com a volta do GP da Argentina em 1972, o Brasil também entrou na festa.
Já nessa época, só faltava mesmo conquistar o oriente. O Japão teve duas corridas nos anos 70, mas os nipônicos só voltaram para valer em 1987, com o belíssimo circuito de Suzuka. No meio dos anos 80 surgiram os belos circuitos de rua australianos, primeiro com Adelaide e desde 1996 em Melbourne, onde normalmente começa o campeonato.
Foi assim que me acostumei a ver F1. Só duas corridas de madrugada e está bom demais. Mas o tio Ecclestone não pensa assim. Primeiro, nos enfiou guela abaixo o GP da Malásia. Para que um GP na Malásia? Fora o grande Alex Yoong, o que o GP da Malásia trouxe para a F1? Não satisfeito, inventou um GP no Bahrein e ainda vamos ter o GP do Dubai em 2009! Para piorar, está quase certo termos uma corrida na Cingapura e na Coréia do Sul.
Tudo bem que certos países não devem ficar de fora numa categoria tão globalizada como a F1. A Turquia recebou vários eventos nos últimos anos e vem recebendo vários investimentos. Fora o belo circuito. Quem, em sã consciência, não quer ter sua marca na China? A F1 foi para lá e está certo. Uma corrida na Rússia também é interessante pelos mesmos motivos da Turquia. E até mesmo em GP na Índia não seria tão absurdo assim.
Contudo, para que três corridas no sudeste asiático? Vá lá, uma corridinha no oriente médio, para agradar os sheiks que dão o petróleo para as fornecedoras de combustível, não faz mal a ninguém, mas duas corridas? Para que? A MotoGP corre na Europa para mais de 100.000 espectadores, mas quando aporta no Dubai, a categoria aonde podemos ver Valentino Rossi em ação recebe o espetacular quórum... de 8.000 pessoas!
O pior desta debandada total para o oriente é ver que a F1 está saindo de suas raízes, com a perda de duas corridas na Europa só neste ano. E se o Brasil não se cuidar...
segunda-feira, 19 de março de 2007
Figura (Austrália 2007): Kimi Raikkonen
Iceman rides again! Kimi Raikkonen fez barba, cabelo e bigode em Melbourne e literalmente passou no parque, em Albert Park. Raikkonen começou sua passagem pela Ferrari de forma imperial e inicou sua complicada missão de substituir o hepta-campeão Michael Schumacher da melhor maneira possível. Raikkonen começou o ano devagar, deixando todos os holofotes para seu companheiro de equipe Felipe Massa, mas quando realmente importou, Kimi mostrou suas garras e marcou seu primeiro hat-trick da carreira na F1.
Largando em primeiro após conquistar uma tranqüila pole, Raikkonen não foi incomodado em nenhum momento, forçando quando era preciso e controlando o ritmo quando necessário. A facilidade foi tão grande que o finlandês se permitiu um pequeno erro já no final da corrida, quando Kimi já diminuía seu ritmo para receber a primeira bandeirada do ano. Agora em primeiro lugar no campeonato, Raikkonen parte como grande favorito para conquistar seu sonhado primeiro título mundial e com a Ferrari demonstrando ter o melhor carro deste ano e, para alegria de Raikkonen, ser uma carro razoavelmente confiável (Massa que o diga), Raikkonen só precisa de paciência, velocidade e... sorte!
Largando em primeiro após conquistar uma tranqüila pole, Raikkonen não foi incomodado em nenhum momento, forçando quando era preciso e controlando o ritmo quando necessário. A facilidade foi tão grande que o finlandês se permitiu um pequeno erro já no final da corrida, quando Kimi já diminuía seu ritmo para receber a primeira bandeirada do ano. Agora em primeiro lugar no campeonato, Raikkonen parte como grande favorito para conquistar seu sonhado primeiro título mundial e com a Ferrari demonstrando ter o melhor carro deste ano e, para alegria de Raikkonen, ser uma carro razoavelmente confiável (Massa que o diga), Raikkonen só precisa de paciência, velocidade e... sorte!
Figurão(Autrália 2007): Heikki Kovalainen
Tudo bem, ele é apenas um novato em sua primeira corrida na F1 e erros são comuns. Mas para tudo há um limite! Preparado há cinco anos pela Renault para ser titular em sua equipe, Kovalainen chegou à F1 com uma missão, muito difícil por sinal, de substituir o bi-campeão Fernando Alonso. Foram milhares de quilômetros em testes e a esperança de mais um finlandês talentoso aportando na F1 e quando sua chance finalmente apareceu, Kovalainen teve um primeiro final de semana na Fórmula 1 desastroso, por sinal, adjetivo do seu chefe Flávio Briatore.
Claramente batido pelo não menos pressionado Giancarlo Fisichella em todos os treinos livres, Kovalainen saiu da pista várias vezes, não conseguindo acertar seu Renault para a Classificação, donde ficou de fora da Super Pole. Largando do meio do pelotão, uma corrida de recuperação era esperada, mas uma série de escapadas e uma rodada na frente de milhões de espectadores transformou Kovalainen na maior decepção do primeiro final de semana da F1 em 2007. Se comparado ao outro finlandês e ao outro estreante, Lewis Hamilton, a atuação de Kovalainen foi vexatória. Para piorar a situação de Heikki, a cada saída de pista que Briatore via pela TV no final de semana, ele tinha a seu lado Nelson Ângelo Piquet, piloto de testes da Renault. Piquetzinho tinha em seus plano substituir Fisichella antes do final da temporada, mas se Kovalainen continuar assim, Nelsinho substituíra Kovalainen antes... do meio do ano!
Claramente batido pelo não menos pressionado Giancarlo Fisichella em todos os treinos livres, Kovalainen saiu da pista várias vezes, não conseguindo acertar seu Renault para a Classificação, donde ficou de fora da Super Pole. Largando do meio do pelotão, uma corrida de recuperação era esperada, mas uma série de escapadas e uma rodada na frente de milhões de espectadores transformou Kovalainen na maior decepção do primeiro final de semana da F1 em 2007. Se comparado ao outro finlandês e ao outro estreante, Lewis Hamilton, a atuação de Kovalainen foi vexatória. Para piorar a situação de Heikki, a cada saída de pista que Briatore via pela TV no final de semana, ele tinha a seu lado Nelson Ângelo Piquet, piloto de testes da Renault. Piquetzinho tinha em seus plano substituir Fisichella antes do final da temporada, mas se Kovalainen continuar assim, Nelsinho substituíra Kovalainen antes... do meio do ano!
domingo, 18 de março de 2007
Pintou o campeão?
Kimi começou sua carreira na Ferrari devagar. Deixou que os flashes fossem todos para Felipe Massa, vencedor incontestável do último GP do ano passado. Levou tempo do brasileiro durante toda a pré-temporada e até mesmo na última sexta-feira, nos treinos livres do GP da Austrália. Mas quando era preciso, Raikkonen mostrou todo seu talento e potencial e marcou a pole e venceu com o pé nas costas a sua primeira corrida pela Ferrari. E com direito a hat trick! Kimi só foi levemente incomodado na largada, quando Heidfeld chegou a emparelhar com sua Ferrari antes da primeira curva, mas ao chegar a reta oposta em primeiro, Raikkonen passeou por Albert Park, marcando seu ritmo como queria. Para demonstrar o domínio de Raikkonen em Melbourne, sua volta mais rápido foi 1s1 mais rápida do que Alonso, o autor da segunda volta mais rápida da corrida.
Até ano passado, se a Ferrari demonstrasse esse desempenho em sua estréia, já dava para cravar em Michael Schumacher como campeão, mas como o alemão ficou sentado no seu confortável sofá assistindo a corrida pela TV, a disputa pelo título permanece em aberto, mas com Raikkonen como favorito destacado. Massa começou a corrida cauteloso demais, ficando atrás das Spykers na largada e perdendo tempo demais atrás das duas Hondas, em particular a de Jenson Button, que passou a corrida se arrastando. Sua estratégia de uma parada era esperada, mas a sexta posição teve o efeito de um nocaute em cima do brasileiro, que já larga no campeonato com uma desvantagem de sete pontos para com seu companheiro de equipe. Massa também decepcionou ao ficar placidamente atrás de Fisichella quando a Ferrari era 1s mais rápida que a Renault. Seu estilo atirado, admirado e cobrado por muitos, foi deixado de lado, mas a sorte de Massa é a frieza de Raikkonen. No pódio, Raikkonen parecia impassível a vitória e os mecânicos da Ferrari comemoraram até forma tímida, tamanha era a frieza do finlandês. Essa falta de calor pode favorecer Massa, cujos mecânicos da Ferrari ficaram entusiasmados quando o brasileiro venceu em Interlagos.
Com um pódio logo na estréia, Hamilton vem sendo o destaque da temporada. O inglês largou muito bem, ultrapassando Alonso por fora na primeira curva e andou à frente do espanhol a corrida inteira e só não superou seu famoso companheiro de equipe graças a Takuma Sato, que atrapalhou claramente Hamilton na sua volta de entrada de boxes, permitindo à Alonso colar na traseira da McLaren de Lewis e ganhar a posição na segunda parada de boxes. Alonso fez uma corrida correta, mas a McLaren terá que lutar muito se quiser chegar na Ferrari.
Kubica demonstrou porque a BMW confia tanto nele, apesar de ter Nick Heidfeld, um piloto experiente e rápido. O polônes largou em quinto, duas posições atrás de Heidfeld, mas parou sete voltas depois do seu companheiro de equipe e estava na frente quando o câmbio do seu carro quebrou. Kubica demonstra a cada dia que passa que é um diamante pronto para ser lapidado. A quarta posição de Heidfeld foi uma consolação pequena com tamanha expectativa em cima da BMW.
Fisichella chegou em quinto, numa corrida muito apagada e ele só foi notado quando Massa colou em sua traseira nas voltas finais. Mais uma vez, Mark Webber conseguiu uma excelente posição no grid para desabar na corrida, mesma coisa acontecendo com as Toyotas. As Hondas vem dando vexame, mas ao menos Rubinho andou bem, mostrando um ritmo pelo menos decente e ficando muito à frente de Button, que passou a corrida de arrastando. Rosberg andou muito bem com sua Williams e conseguiu uma excelente sétima posição, à frente da Toyota de Ralf e à léguas de distância de seu companheiro de equipe Wurz. O problema de Rosberg é que ele sempre se destaca na primeira corrida, vamos ver se ele se destaca nas outras.
A corrida deste ano foi bem diferente das edições anteriores, sem graça e com parcos momentos de emoção. Mesmo com Massa largando atrás, a corrida não teve muitos lances de ultrapassagem, fora a belíssima passada de Rosberg em Ralf. As principais emoções ficaram por conta do espetacular acidente de Coulthard e Wurz já no final da corrida e pela, até agora, maior decepção do ano. Heikki Kovalainen saiu da pista várias vezes, sobre os olhares atentos de Briatore, com Nelsinho Piquet ao seu lado.
Raikkonen quebrou um recorde de 46 anos ao se tornar o segundo piloto a vencer em sua estréia pela Ferrari e a equipe de Maranello parece satisfeita com o que Raikkonen fez até agora, mas Massa deve vir babando nas próximas corridas e se a Ferrari continuar com essa dominação, essa deverá ser a briga pelo campeonato. Para as outras equipes, só resta lutar para tirar a diferença e tentar parar as máquinas vermelhas.
Até ano passado, se a Ferrari demonstrasse esse desempenho em sua estréia, já dava para cravar em Michael Schumacher como campeão, mas como o alemão ficou sentado no seu confortável sofá assistindo a corrida pela TV, a disputa pelo título permanece em aberto, mas com Raikkonen como favorito destacado. Massa começou a corrida cauteloso demais, ficando atrás das Spykers na largada e perdendo tempo demais atrás das duas Hondas, em particular a de Jenson Button, que passou a corrida se arrastando. Sua estratégia de uma parada era esperada, mas a sexta posição teve o efeito de um nocaute em cima do brasileiro, que já larga no campeonato com uma desvantagem de sete pontos para com seu companheiro de equipe. Massa também decepcionou ao ficar placidamente atrás de Fisichella quando a Ferrari era 1s mais rápida que a Renault. Seu estilo atirado, admirado e cobrado por muitos, foi deixado de lado, mas a sorte de Massa é a frieza de Raikkonen. No pódio, Raikkonen parecia impassível a vitória e os mecânicos da Ferrari comemoraram até forma tímida, tamanha era a frieza do finlandês. Essa falta de calor pode favorecer Massa, cujos mecânicos da Ferrari ficaram entusiasmados quando o brasileiro venceu em Interlagos.
Com um pódio logo na estréia, Hamilton vem sendo o destaque da temporada. O inglês largou muito bem, ultrapassando Alonso por fora na primeira curva e andou à frente do espanhol a corrida inteira e só não superou seu famoso companheiro de equipe graças a Takuma Sato, que atrapalhou claramente Hamilton na sua volta de entrada de boxes, permitindo à Alonso colar na traseira da McLaren de Lewis e ganhar a posição na segunda parada de boxes. Alonso fez uma corrida correta, mas a McLaren terá que lutar muito se quiser chegar na Ferrari.
Kubica demonstrou porque a BMW confia tanto nele, apesar de ter Nick Heidfeld, um piloto experiente e rápido. O polônes largou em quinto, duas posições atrás de Heidfeld, mas parou sete voltas depois do seu companheiro de equipe e estava na frente quando o câmbio do seu carro quebrou. Kubica demonstra a cada dia que passa que é um diamante pronto para ser lapidado. A quarta posição de Heidfeld foi uma consolação pequena com tamanha expectativa em cima da BMW.
Fisichella chegou em quinto, numa corrida muito apagada e ele só foi notado quando Massa colou em sua traseira nas voltas finais. Mais uma vez, Mark Webber conseguiu uma excelente posição no grid para desabar na corrida, mesma coisa acontecendo com as Toyotas. As Hondas vem dando vexame, mas ao menos Rubinho andou bem, mostrando um ritmo pelo menos decente e ficando muito à frente de Button, que passou a corrida de arrastando. Rosberg andou muito bem com sua Williams e conseguiu uma excelente sétima posição, à frente da Toyota de Ralf e à léguas de distância de seu companheiro de equipe Wurz. O problema de Rosberg é que ele sempre se destaca na primeira corrida, vamos ver se ele se destaca nas outras.
A corrida deste ano foi bem diferente das edições anteriores, sem graça e com parcos momentos de emoção. Mesmo com Massa largando atrás, a corrida não teve muitos lances de ultrapassagem, fora a belíssima passada de Rosberg em Ralf. As principais emoções ficaram por conta do espetacular acidente de Coulthard e Wurz já no final da corrida e pela, até agora, maior decepção do ano. Heikki Kovalainen saiu da pista várias vezes, sobre os olhares atentos de Briatore, com Nelsinho Piquet ao seu lado.
Raikkonen quebrou um recorde de 46 anos ao se tornar o segundo piloto a vencer em sua estréia pela Ferrari e a equipe de Maranello parece satisfeita com o que Raikkonen fez até agora, mas Massa deve vir babando nas próximas corridas e se a Ferrari continuar com essa dominação, essa deverá ser a briga pelo campeonato. Para as outras equipes, só resta lutar para tirar a diferença e tentar parar as máquinas vermelhas.
sábado, 17 de março de 2007
Finlândia 1 a 0
Kimi Raikkonen continuou sua dominação no sábado em Melbourne, conquistando uma tranqüila pole position neste sábado. Esta tranqülidade se deveu principalmente a infeliz quebra de Felipe Massa na segunda parte da Classificação, frustrando as esperanças do brasileiro em conseguir a pole logo na primeira corrida desta temporada tão promissora para ele e, principalmente, subjulgar Raikkonen logo de cara. Kimi conseguiu a pole com sobras, nem se preocupando em melhorar seu incrível tempo no final do treino e agora é o favorita destacado para vencer a corrida amanhã e sair na frente de Massa e todos os demais.
Sinceramente, achei esse tempo do Raikkonen um pouco suspeito, pois os tempos nas duas primeiras partes da Classificação foram muito próximos, principalmente o segundo, onde os cinco ou seis primeiros colocados estavam separados por menos de um décimo de segundo. É bem provável que Raikkonen esteja um pouco mais leve do que o normal, coisa que a Ferrari fez em 2003, quando Schumacher e Barrichello ficaram na primeira fila bem à frente dos demais, mas durante a corrida ficou provado que eles estavam numa estratégia diferente.
Para Massa, agora o negócio é secar o finlandês, pois uma vitória de Raikkonen logo na estréia, mesmo que Massa fique em segundo ou terceiro, é um golpe duro em cima do brasileiro numa disputa muito dura que irá se estender ao longo de todo ano e pode definir quem será primeiro ou segundo piloto ou até mesmo quem será campeão ou vice. Outro problema de Massa é sua dificuldade em largar em Melbourne. A sua estréia na F1 não durou uma curva no GP da Austrália de 2002 e ano passado, a coisa se repetiu. Largando em décimo sexto, isso pode ocorrer, o que seria uma tragédia completa para o brasileiro.
Alonso irá completar a segunda fila, mas o destaque é que pela primeira vez desde a segunda sessão de treinos livres, o espanhol superou seu novo companheiro de equipe Lewis Hamilton. Desde o ano passado, quando assisti a todas as corrida da GP2, acho Hamilton um piloto especial e ele vem correspondendo plenamente a esse expectativa. Ao contrário de Kovalainen, que muito se esperava em derrotar Fisichella, mas o que vem acontecendo é um banho do italiano em cima do novato. Fisico gosta quando é mais rápido do que seu companheiro de equipe, como se comprovou em 2004 quando bateu Felipe Massa na Sauber, e isso pode ser uma motivação extra para o italiano na briga pelo campeonato, já que a Renault parece não estar tão ruim assim.
A BMW vem mesmo com tudo para 2007, mas o momento da verdade irá ser amanhã. O carro foi rápido na pré-temporada, mas quebrava demais. Até agora, quando a velocidade foi requisitada os carros alemães foram bem, mas, na corrida, a confiabilidade irá ser posta a prova e vamos ver se os problemas de quebras foram resolvidos.
A supresa foi ver a Red Bull em sétimo, com Webber. A equipe mostrou na pré-temporada um desempenho mais parecido com o de Coulthard, em décimo nono. A Toyota parece ter encontrado uma poção mágica que pôs seus dois carros na terceira parte da Classificação, mesmo com Ralf tendo problemas na segunda parte e treinos livres horríveis. A Super Aguri vem sendo mesmo a super surpresa do final de semana, sendo que desta vez Sato superou Davidson e ficou em décimo, com o inglês logo atrás.
A Williams decepcionou ao não colocar nenhum carro na Super Pole, pois os carros azuis sempre ficaram entre os dez primeiros em todos os treinos livres e dela era esperado no mínimo a repetição disso. A Honda, com seu carro ecológico, vai sendo o vexame da temporada até agora. Fora o fato de ter perdido para a filial Super Aguri, esta com o carro Honda de 2006, a equipe está muito mais lenta do que o esperado e Rubinho ficou já nos primeiros 15 minutos da Classificação, enquanto Button esteve longe de ficar entre os dez que iam para a Super Pole. Do jeito que vai, Button vai ser substituído por Hamilton no coração dos ingleses e Rubens deve correr de Stock Car em 2008.
Toro Rosso e Spyker devem ser mesmo os patinhos feios da temporada, com a Toro Rosso melhorando o desempenho hoje e colocando a Spyker na última fila, sendo que Sutil superou Albers novamente.
Amanhã, a corrida tem tudo para ser emocionante, pois o clima instável pode modificar muitas coisas e essa regra nova de pneus, com os pilotos tendo que usar tanto pneus moles como duros durante a corrida, é garantia de muita emoção. Será que Raikkonen está leve? Alonso vai tentar a vitória? As BMWs irão agüentar? Hamilton pode surpreender? E principalmente para nós brasileiros, Massa irá para cima? Vamos ver o que irá acontecer nesta primeira etapa do Mundial 2007 de F1!
Sinceramente, achei esse tempo do Raikkonen um pouco suspeito, pois os tempos nas duas primeiras partes da Classificação foram muito próximos, principalmente o segundo, onde os cinco ou seis primeiros colocados estavam separados por menos de um décimo de segundo. É bem provável que Raikkonen esteja um pouco mais leve do que o normal, coisa que a Ferrari fez em 2003, quando Schumacher e Barrichello ficaram na primeira fila bem à frente dos demais, mas durante a corrida ficou provado que eles estavam numa estratégia diferente.
Para Massa, agora o negócio é secar o finlandês, pois uma vitória de Raikkonen logo na estréia, mesmo que Massa fique em segundo ou terceiro, é um golpe duro em cima do brasileiro numa disputa muito dura que irá se estender ao longo de todo ano e pode definir quem será primeiro ou segundo piloto ou até mesmo quem será campeão ou vice. Outro problema de Massa é sua dificuldade em largar em Melbourne. A sua estréia na F1 não durou uma curva no GP da Austrália de 2002 e ano passado, a coisa se repetiu. Largando em décimo sexto, isso pode ocorrer, o que seria uma tragédia completa para o brasileiro.
Alonso irá completar a segunda fila, mas o destaque é que pela primeira vez desde a segunda sessão de treinos livres, o espanhol superou seu novo companheiro de equipe Lewis Hamilton. Desde o ano passado, quando assisti a todas as corrida da GP2, acho Hamilton um piloto especial e ele vem correspondendo plenamente a esse expectativa. Ao contrário de Kovalainen, que muito se esperava em derrotar Fisichella, mas o que vem acontecendo é um banho do italiano em cima do novato. Fisico gosta quando é mais rápido do que seu companheiro de equipe, como se comprovou em 2004 quando bateu Felipe Massa na Sauber, e isso pode ser uma motivação extra para o italiano na briga pelo campeonato, já que a Renault parece não estar tão ruim assim.
A BMW vem mesmo com tudo para 2007, mas o momento da verdade irá ser amanhã. O carro foi rápido na pré-temporada, mas quebrava demais. Até agora, quando a velocidade foi requisitada os carros alemães foram bem, mas, na corrida, a confiabilidade irá ser posta a prova e vamos ver se os problemas de quebras foram resolvidos.
A supresa foi ver a Red Bull em sétimo, com Webber. A equipe mostrou na pré-temporada um desempenho mais parecido com o de Coulthard, em décimo nono. A Toyota parece ter encontrado uma poção mágica que pôs seus dois carros na terceira parte da Classificação, mesmo com Ralf tendo problemas na segunda parte e treinos livres horríveis. A Super Aguri vem sendo mesmo a super surpresa do final de semana, sendo que desta vez Sato superou Davidson e ficou em décimo, com o inglês logo atrás.
A Williams decepcionou ao não colocar nenhum carro na Super Pole, pois os carros azuis sempre ficaram entre os dez primeiros em todos os treinos livres e dela era esperado no mínimo a repetição disso. A Honda, com seu carro ecológico, vai sendo o vexame da temporada até agora. Fora o fato de ter perdido para a filial Super Aguri, esta com o carro Honda de 2006, a equipe está muito mais lenta do que o esperado e Rubinho ficou já nos primeiros 15 minutos da Classificação, enquanto Button esteve longe de ficar entre os dez que iam para a Super Pole. Do jeito que vai, Button vai ser substituído por Hamilton no coração dos ingleses e Rubens deve correr de Stock Car em 2008.
Toro Rosso e Spyker devem ser mesmo os patinhos feios da temporada, com a Toro Rosso melhorando o desempenho hoje e colocando a Spyker na última fila, sendo que Sutil superou Albers novamente.
Amanhã, a corrida tem tudo para ser emocionante, pois o clima instável pode modificar muitas coisas e essa regra nova de pneus, com os pilotos tendo que usar tanto pneus moles como duros durante a corrida, é garantia de muita emoção. Será que Raikkonen está leve? Alonso vai tentar a vitória? As BMWs irão agüentar? Hamilton pode surpreender? E principalmente para nós brasileiros, Massa irá para cima? Vamos ver o que irá acontecer nesta primeira etapa do Mundial 2007 de F1!
sexta-feira, 16 de março de 2007
O filho de Davi ataca novamente!
A Ferrari continua dominando, mas a vedete deste terceiro e último treino livre foi a Super Aguri, liderada por Anthony Davidson. Exatamente um ano atrás, a equipe era uma piada de mau gosto. Um cabide de emprego, afinal, Takuma Sato não podia ficar à pé. Pois da sempre última fila do grid, a equipe subiu para a quarta posição deste treino livre, à frente da Ferrari de Massa e do campeão Fernando Alonso!
Isso mostra como o carro da Honda do ano passado era bom, pois o velho Aguri mudou da água para o vinho, enquanto a matriz passa por um vexame colossal, com Barrichello apenas em décimo quinto e Button duas posições atrás. O engraçado dessa história toda é ver Davidson colocar oito décimos em cima de Sato, o porquê da equipe existir. Quem não deve estar gostando muito dessa história é a Williams e a Spyker, pois ambas não gostam desta história da Super Aguri usar o carro da Honda do ano passado e com certeza eles vão chiar muito nas próximas semanas, principalmente se a Super Aguri marcar pontos e as suas rivais não. Contudo, a Williams não está de toda mal e superou com folga a Toyota, mas a quebra de Rosberg remeteu aos piores momentos do ano passado.
Raikkonen finalmente derrotou Massa, e até com relativa tranqüilidade, colocando quase meio segundo em cima do brasileiro, mas conhecendo Massa, isso não deve ficar assim e as coisas devem esquentar na Classificação de logo mais, porém, o interessante é ver que as demais equipes não estão dispostas a assistir placidamente a briga entre os pilotos da Ferrari. Renault andou muito bem com Fisichella em segundo. Hamilton foi terceiro e deu outra sova em Alonso enquanto o espanhol repetia a posição do segundo treino, a sétima e obscura posição. As BMWs andaram bem de novo, mas ficaram em um segundo plano.
Pois em primeiríssimo plano está a Anthony Davidson! Antônio, filho de Davi deu um show e provou que Davi tem um representante de igual magnitude para derrotar os Golias da F1 atual.
Isso mostra como o carro da Honda do ano passado era bom, pois o velho Aguri mudou da água para o vinho, enquanto a matriz passa por um vexame colossal, com Barrichello apenas em décimo quinto e Button duas posições atrás. O engraçado dessa história toda é ver Davidson colocar oito décimos em cima de Sato, o porquê da equipe existir. Quem não deve estar gostando muito dessa história é a Williams e a Spyker, pois ambas não gostam desta história da Super Aguri usar o carro da Honda do ano passado e com certeza eles vão chiar muito nas próximas semanas, principalmente se a Super Aguri marcar pontos e as suas rivais não. Contudo, a Williams não está de toda mal e superou com folga a Toyota, mas a quebra de Rosberg remeteu aos piores momentos do ano passado.
Raikkonen finalmente derrotou Massa, e até com relativa tranqüilidade, colocando quase meio segundo em cima do brasileiro, mas conhecendo Massa, isso não deve ficar assim e as coisas devem esquentar na Classificação de logo mais, porém, o interessante é ver que as demais equipes não estão dispostas a assistir placidamente a briga entre os pilotos da Ferrari. Renault andou muito bem com Fisichella em segundo. Hamilton foi terceiro e deu outra sova em Alonso enquanto o espanhol repetia a posição do segundo treino, a sétima e obscura posição. As BMWs andaram bem de novo, mas ficaram em um segundo plano.
Pois em primeiríssimo plano está a Anthony Davidson! Antônio, filho de Davi deu um show e provou que Davi tem um representante de igual magnitude para derrotar os Golias da F1 atual.
Sinceramente torci muito para o Rio de Janeiro de Bernadinho tivesse vencido logo no quarto set e assim não atrapalhar os treinos da F1, mas como Bernadinho não vence todos, ele teve que ir para o quinto set. Na hora fiquei com medo de ver os treinos atrapalhados pelo vôlei feminino, mas a SporTV me deu a enorme alegria de cortar para a Austrália e pude assistir aos treinos bem tranqüilo. Apesar de estar me deliciando vendo aquelas gostosas com roupas coladas jogando vôlei, estava com mais tesão de assistir a F1! Estava tão ancioso, que cheguei em casa quase correndo, quase às sete e meia, mesmo estando num bem bom danado minutos antes...
Só para constar: o primeiro carro a ir para a pista foi a BMW de Sebastian Vettel. A pista estava molhada e isso seria ruim, pois os carros não poderiam andar muito, mas ao contrário do ano passado, com a liberação dos motores na sexta-feira, os carros andaram à vontade e Alonso foi um dos primeiros a marcar uma volta rápida.
Lito Cavalcanti, a vários anos comentarista do SporTV, é um típico seguidor da escola inglesa de críticos de automobilismo. Lá na Inglaterra, os pilotos ingleses são deuses, infalíveis e a prova de erros. E quando errram, os comentaristas de lá tratam de maquiar, dizendo foi o carro, o pneu, outro carro, o vento, a rotação da Terra... Mas um piloto inglês errar? Nunca! E os pilotos de outros países. São bons, mas os ingleses são melhores. E se algum piloto de quaquer nacionalidade brigar com um inglês? É sujo, é um braço-duro, é um mal piloto, não é habilidoso e só ganhou do inglês por detalhes inerentes a ruindade do inglês, mas esse inglês não é ruim, só é muito técnico e além de tudo, um excelente acertador de carros.
Pois Lito trouxe essa desagradável parcialidade para o Brasil. Os pilotos brasileiros são sensacionais, nunca erram, enquanto seus rivais são umas bestas quadradas. Nessa noite, o Rubinho produziu a única bandeira vermelha dos treinos, na segunda sessão. Barrichello simplesmente colocou uma roda na grama molhada, rodou e bateu levemente na barreira de pneus. No replay por cima ficou claro. Lito na hora ficou em silêncio, pensando no que iria dizer, mas após alguns replays sem muitos detalhes, ele chegou a incrível conclusão: o carro da Honda era muito ruim, que estava saindo muito de traseira e como Rubinho estava forçando muito, acabou errando. Meu Deus do céu, eu vi até a grama molhada levantando quando Rubinho passou por cima dela antes de perder o carro.
Mas o pior tinha sido antes. Numa das primeiras aparições do Rubinho no treino, o nosso heroí Lito Cavalcanti saiu com essa: Com a saída de Michael Schumacher, Rubinho está entre os três pilotos mais rápidos da F1. E Alonso, Massa e Raikkonen? Sem comentários...
Agora vamos passar para o capítulo Massa. O brasileiro tinha acabado de marcar o melhor tempo na primeira sessão, quando Raikkonen estava na pista. Raikkonen fica em segundo, milésimos de segundo atrás do seu companheiro de equipe. Lito Cavalcanti sai comemorando: Brasil 1 a 0. Ainda bem que Sérgio Maurício estava ocupado no vôlei, pois ele concordaria. O excelente Luís Carlos Jr. baixou logo a bola do seu velho companheiro de corridas: Calma Lito, estamos só no começo dos treinos...
As transmissões da SporTV serão das mais animadas. Ah! Durante a primeira sessão, anunciaram que o Rio de Janeiro tinha vencido o quinto set.
Só para constar: o primeiro carro a ir para a pista foi a BMW de Sebastian Vettel. A pista estava molhada e isso seria ruim, pois os carros não poderiam andar muito, mas ao contrário do ano passado, com a liberação dos motores na sexta-feira, os carros andaram à vontade e Alonso foi um dos primeiros a marcar uma volta rápida.
Lito Cavalcanti, a vários anos comentarista do SporTV, é um típico seguidor da escola inglesa de críticos de automobilismo. Lá na Inglaterra, os pilotos ingleses são deuses, infalíveis e a prova de erros. E quando errram, os comentaristas de lá tratam de maquiar, dizendo foi o carro, o pneu, outro carro, o vento, a rotação da Terra... Mas um piloto inglês errar? Nunca! E os pilotos de outros países. São bons, mas os ingleses são melhores. E se algum piloto de quaquer nacionalidade brigar com um inglês? É sujo, é um braço-duro, é um mal piloto, não é habilidoso e só ganhou do inglês por detalhes inerentes a ruindade do inglês, mas esse inglês não é ruim, só é muito técnico e além de tudo, um excelente acertador de carros.
Pois Lito trouxe essa desagradável parcialidade para o Brasil. Os pilotos brasileiros são sensacionais, nunca erram, enquanto seus rivais são umas bestas quadradas. Nessa noite, o Rubinho produziu a única bandeira vermelha dos treinos, na segunda sessão. Barrichello simplesmente colocou uma roda na grama molhada, rodou e bateu levemente na barreira de pneus. No replay por cima ficou claro. Lito na hora ficou em silêncio, pensando no que iria dizer, mas após alguns replays sem muitos detalhes, ele chegou a incrível conclusão: o carro da Honda era muito ruim, que estava saindo muito de traseira e como Rubinho estava forçando muito, acabou errando. Meu Deus do céu, eu vi até a grama molhada levantando quando Rubinho passou por cima dela antes de perder o carro.
Mas o pior tinha sido antes. Numa das primeiras aparições do Rubinho no treino, o nosso heroí Lito Cavalcanti saiu com essa: Com a saída de Michael Schumacher, Rubinho está entre os três pilotos mais rápidos da F1. E Alonso, Massa e Raikkonen? Sem comentários...
Agora vamos passar para o capítulo Massa. O brasileiro tinha acabado de marcar o melhor tempo na primeira sessão, quando Raikkonen estava na pista. Raikkonen fica em segundo, milésimos de segundo atrás do seu companheiro de equipe. Lito Cavalcanti sai comemorando: Brasil 1 a 0. Ainda bem que Sérgio Maurício estava ocupado no vôlei, pois ele concordaria. O excelente Luís Carlos Jr. baixou logo a bola do seu velho companheiro de corridas: Calma Lito, estamos só no começo dos treinos...
As transmissões da SporTV serão das mais animadas. Ah! Durante a primeira sessão, anunciaram que o Rio de Janeiro tinha vencido o quinto set.
E começou!
Que a Ferrari confirmou parte do seu favoritismo nesta madrugada, não há dúvida. Mas o bixo não é tão feio assim. A Ferrari colocou seus dois pilotos no topo da Classificação em Meubourne, mas a diferença para as demais equipes não foi tão grande assim, mas o interessante foi ver que logo após a Ferrari, há uma série de equipes próxima a ela, como a McLaren, BMW, Renault e até mesmo a Williams.
O primeiro treino realizado em uma pista que secava aos poucos não foi muito conclusivo, mas deu para perceber algumas coisas. Fernando Alonso, mesmo bicampeão, permanece faminto e colocou mais de 1s em cima de Massa, que teve sua melhor volta atrapalhada pelo atrapalhado Vitantonio Liuzzi. Na primeira volta com pneus para tempo seco, Alonso mostrou que suas habilidades e a impetuosidade continuam intactas. Outra foi a impressionante estréia do japonês Kazuki Nakajima na Williams, colocando o carro na quarta colocação. Ao contrário do seu pai e dos demais pilotos japoneses, Nakajima Jr. andou boa parte da carreira nas categoria européias. E bem. Seguindo os passos de Takuma Sato, é bem provável que surjam novos pilotos japoneses muito bons.
Na seguda uma hora e meia de treino, Massa repetiu sua excelente pré-temporada, dominando os treinos ao seu bel-prazer. Sempre que saía à pista, Massa melhorava seu tempo e normalmente era o mais rápido na pista e foi assim até o fim. Uma grande demonstração do brasileiro, que dominou com certa tranqüilidade seu novo companheiro de equipe. Raikkonen foi segundo, mas 0.397s mais lento do que Massa. Uma desvantagem muito grande, que pode ser anulada pelas outras equipes na Classificação por uma estratégia diferente de boxe. Tudo bem que é cedo e o finlandês precisa de adaptação, mas talvez Raikkonen precise se aproximar logo de Massa se quiser brigar pelo título esse ano. Olhando atentamente uma volta de Raikkonen numa câmera on-board, percebesse que ele não mudou a regulagem do seu carro uma única vez durante a volta, ao contrário de Michael Schumacher.
Lewis Hamilton vem demonstrando por que é o novo garoto prodígio da F1 atual. Logo de cara, colocou tempo em Alonso, ficando a milésimos de Raikkonen na terceira posição. Alonso parece ter preferido acertar seu carro para corrida, pois a sétima posição do campeão não é normal, mas o performance de Hamilton traz dois indicativos: o inglesinho é muito bom e a McLaren andará tão forte como a Ferrari, pois Alonso tem totais condições de andar mais rápido do que Hamilton.
A Renault foi a quarta colocada dos treinos, mas não deve estar muito contente. Ao contrário dos anos anteriores, a Renault quebrou seus dois carros, sendo que Fisichella encostou logo depois de ter marcado o tempo que o colocou na quarta posição geral. Kovalainen parece ter sentido a estréia e saiu da pista algumas vezes. Bom, levando-se em conta que Hamilton também é novato e errou muito pouco, Kovalainen tem que melhorar bastante.
A BMW também mostrou o que se esperava dela: seus carros andando entre os primeiros, com uma pequena diferença entre seus titulares e Sebastien Vettel dando show quando lhe dão oportunidade. Agora só resta ver se a BMW também irá mostrar o que esperava dela pelo lado negativo, pois o carro quebrou muito na pré-temporada.
Nas equipes japonesas, as colônias bateram as metropóles. Williams e Super Aguri bateram respectivamente Toyota e Honda, suas fornecedoras de motores. O problema será o desenvolvimento das duas equipe ao longo do ano. Ano passado a Williams pintou como surpresa e diziam inclusive que ela seria candidata a vitórias, mas ao longo do ano, a falta de investimentos, principalmente na parte da confiabilidade, fez com que a equipe naufragasse. A Super Aguri está usando claramente o carro da Honda do ano passado e esta provou que o carro Honda 2006 é melhor que o Honda 2007. A Toyota, coitada, terá que se conformar com as pífias atuações do seu carro e de seus pilotos.
Na briga pela rabeira, a Toro Rosso começou muito mal, deixando Liuzzi em último, mas ainda colocando Speed na frente das duas Spyker. Diga-se de passagem, Adrian Sutil superou Christijan Albers no seu primeiro treino livre na F1. A sorte de Albers é que ele está casado com a filha de um dos sócios da equipe...
Hoje à noite, haverá o terceiro treino livre, desta vez sem TV, e a Classificação. Hoje nós iremos saber se Massa continuará dominando, se Raikkonen se recuperará e ver o que Alonso irá fazer daqui para frente. Até mais.
O primeiro treino realizado em uma pista que secava aos poucos não foi muito conclusivo, mas deu para perceber algumas coisas. Fernando Alonso, mesmo bicampeão, permanece faminto e colocou mais de 1s em cima de Massa, que teve sua melhor volta atrapalhada pelo atrapalhado Vitantonio Liuzzi. Na primeira volta com pneus para tempo seco, Alonso mostrou que suas habilidades e a impetuosidade continuam intactas. Outra foi a impressionante estréia do japonês Kazuki Nakajima na Williams, colocando o carro na quarta colocação. Ao contrário do seu pai e dos demais pilotos japoneses, Nakajima Jr. andou boa parte da carreira nas categoria européias. E bem. Seguindo os passos de Takuma Sato, é bem provável que surjam novos pilotos japoneses muito bons.
Na seguda uma hora e meia de treino, Massa repetiu sua excelente pré-temporada, dominando os treinos ao seu bel-prazer. Sempre que saía à pista, Massa melhorava seu tempo e normalmente era o mais rápido na pista e foi assim até o fim. Uma grande demonstração do brasileiro, que dominou com certa tranqüilidade seu novo companheiro de equipe. Raikkonen foi segundo, mas 0.397s mais lento do que Massa. Uma desvantagem muito grande, que pode ser anulada pelas outras equipes na Classificação por uma estratégia diferente de boxe. Tudo bem que é cedo e o finlandês precisa de adaptação, mas talvez Raikkonen precise se aproximar logo de Massa se quiser brigar pelo título esse ano. Olhando atentamente uma volta de Raikkonen numa câmera on-board, percebesse que ele não mudou a regulagem do seu carro uma única vez durante a volta, ao contrário de Michael Schumacher.
Lewis Hamilton vem demonstrando por que é o novo garoto prodígio da F1 atual. Logo de cara, colocou tempo em Alonso, ficando a milésimos de Raikkonen na terceira posição. Alonso parece ter preferido acertar seu carro para corrida, pois a sétima posição do campeão não é normal, mas o performance de Hamilton traz dois indicativos: o inglesinho é muito bom e a McLaren andará tão forte como a Ferrari, pois Alonso tem totais condições de andar mais rápido do que Hamilton.
A Renault foi a quarta colocada dos treinos, mas não deve estar muito contente. Ao contrário dos anos anteriores, a Renault quebrou seus dois carros, sendo que Fisichella encostou logo depois de ter marcado o tempo que o colocou na quarta posição geral. Kovalainen parece ter sentido a estréia e saiu da pista algumas vezes. Bom, levando-se em conta que Hamilton também é novato e errou muito pouco, Kovalainen tem que melhorar bastante.
A BMW também mostrou o que se esperava dela: seus carros andando entre os primeiros, com uma pequena diferença entre seus titulares e Sebastien Vettel dando show quando lhe dão oportunidade. Agora só resta ver se a BMW também irá mostrar o que esperava dela pelo lado negativo, pois o carro quebrou muito na pré-temporada.
Nas equipes japonesas, as colônias bateram as metropóles. Williams e Super Aguri bateram respectivamente Toyota e Honda, suas fornecedoras de motores. O problema será o desenvolvimento das duas equipe ao longo do ano. Ano passado a Williams pintou como surpresa e diziam inclusive que ela seria candidata a vitórias, mas ao longo do ano, a falta de investimentos, principalmente na parte da confiabilidade, fez com que a equipe naufragasse. A Super Aguri está usando claramente o carro da Honda do ano passado e esta provou que o carro Honda 2006 é melhor que o Honda 2007. A Toyota, coitada, terá que se conformar com as pífias atuações do seu carro e de seus pilotos.
Na briga pela rabeira, a Toro Rosso começou muito mal, deixando Liuzzi em último, mas ainda colocando Speed na frente das duas Spyker. Diga-se de passagem, Adrian Sutil superou Christijan Albers no seu primeiro treino livre na F1. A sorte de Albers é que ele está casado com a filha de um dos sócios da equipe...
Hoje à noite, haverá o terceiro treino livre, desta vez sem TV, e a Classificação. Hoje nós iremos saber se Massa continuará dominando, se Raikkonen se recuperará e ver o que Alonso irá fazer daqui para frente. Até mais.
quarta-feira, 14 de março de 2007
Está chegando a hora!
Daqui a exatamente 29 horas e 27 minutos (parece até aqueles sites com contagem regressiva) a F1 irá começar oficialmente. Os treinos livres irão começar às 8 da noite de amanhã, um horário que, felizmente, dá para assistir tranqüilo, será ruim vai ser a segunda sessão, em plena meia-noite, acabando uma hora e meia depois. O cursinho na sexta de manhã será duro...
Porém, o circo já está todo armado, os pilotos e equipes já estão na Austrália e a Super Aguri, a única equipe que não tinha mostrado seu "novo" carro, o fez hoje. Esse entre aspas é por que de novo, o carro não tem nada, pois não passa de um cópia do Honda do ano passado. Williams e Spyker estão uma arara com o velho Aguri, mas nem ele e nem a Honda estão preocupada. "Quem reclamem!" Falou Danielle Audetto, chefe da equipe nipônica. A equipe foi feita única e exclusivamente para que Takuma Sato não fique sem carro na F1 (o ruim é quando o japa desistir da F1...) e foi no mínimo arriscado o que disse Anthony Davidson durante a apresentação do carro.
Perguntado quem era seu principal oponente, o inglês não teve dúvidas: "Takuma!" Nem na Ferrari da era Schumacher há um favorecimento tão grande como a Super Aguri dá para Sato, então, Davidson, que passou vários anos testando os carros da Honda na vã esperança de andar nos carros da matriz, será o mais destacado segundo piloto da temporada. Na filial.
Porém, o circo já está todo armado, os pilotos e equipes já estão na Austrália e a Super Aguri, a única equipe que não tinha mostrado seu "novo" carro, o fez hoje. Esse entre aspas é por que de novo, o carro não tem nada, pois não passa de um cópia do Honda do ano passado. Williams e Spyker estão uma arara com o velho Aguri, mas nem ele e nem a Honda estão preocupada. "Quem reclamem!" Falou Danielle Audetto, chefe da equipe nipônica. A equipe foi feita única e exclusivamente para que Takuma Sato não fique sem carro na F1 (o ruim é quando o japa desistir da F1...) e foi no mínimo arriscado o que disse Anthony Davidson durante a apresentação do carro.
Perguntado quem era seu principal oponente, o inglês não teve dúvidas: "Takuma!" Nem na Ferrari da era Schumacher há um favorecimento tão grande como a Super Aguri dá para Sato, então, Davidson, que passou vários anos testando os carros da Honda na vã esperança de andar nos carros da matriz, será o mais destacado segundo piloto da temporada. Na filial.
segunda-feira, 12 de março de 2007
Quebrando padigmas
A Stock-Car vive dizendo que é monomarca. Cascata. Ali o carro é o mesmo, mas a casca é diferente, ou seja, é uma categoria multicasca ou multibolha, como queiram. Uma categoria multimarca foi o que assisti no último domingo. O WTCC revive os áureos tempos dos campeonatos de Superturismo que existiam na Europa na segunda metade da década de 90 no vácuo da extinção momentânea do DTM no final de 1996.
Os melhores campeonatos eram o da Inglaterra, da Alemanha e da Itália e até mesmo um Sulamericano foi feito com a participação de Cacá Bueno e Ingo Hoffmann. A categoria era linda, com BMW, Audi, Peugeot, Alfa Romeo e Opel brigando curva a curva, com vários pilotos que já andaram de F1, como Emanuelle Pirro, Johnny Cecotto etc. A categoria tinha apoio oficial das respectivas montadoras e os carros eram construídos por cada fábrica seguindo um restrito regulamento técnico e mercadológico. Esses campeonatos duraram por alguns anos com muito sucesso, mas perdeu espaço com a ressurreição da DTM no ano 2000, mas com a criação do Europeu e depois o Mundial de Turismo, felizmente a categoria está mais viva do que nunca!
Praticamente com o mesmo regulamento, a categoria aportou no último final de semana em Curitiba para a abertura do campeonato. Ao contrário do ano passado, o público compareceu em massa e puderam in loco ver o brasileiro Augusto Farfus Jr. vencer a segunda bateria no verdadeira passeio da BMW sobre as outras marcas. Os defensores ferrenhos da Stock vão dizer que com carros tão diferentes, a corrida e o campeonato perde a graça, pois apenas uma marca vence. Aí é que eles se enganam. O WTCC tem um esquema de lastro, em que os primeiros colocados de cada rodada ganham um peso extra para a corrida seguinte e assim não há uma desigualdade tão grande como a observada no último domingo. No ano passado, quem deu as caras foi a Seat, pois a BMW veio para o Brasil com o lastro máximo em seus carros e então os carros espanhóis deitaram e rolaram.
Esse regulamento até discutível fez com que 6 pilotos chegassem a última corrida com chances de ser campeão. Os 21 carros que se apresentaram aqui também é um pouco enganador, pois ano passado o número de carros no grid chega a 30 ou mais carros. A Stock vive se gabando que vinte e não sei quantos carros ficaram no mesmo segundo na Classificação. No WTCC, 18 (diferentes!) carros ficaram no mesmo segundo. Já na Stock, o carro é exatamente o mesmo...
Será interessante a SporTV passar toda a temporada do WTCC e assim podemos comparar com a Stock, mas o problema é exatamente esse. Com os assinantes vendo um campeonato muito mais legal, realmente multimarca e emocionante, eles enxergarão que a Stock é apenas uma miragem no deserto do automobilismo brasileiro atual.
Os melhores campeonatos eram o da Inglaterra, da Alemanha e da Itália e até mesmo um Sulamericano foi feito com a participação de Cacá Bueno e Ingo Hoffmann. A categoria era linda, com BMW, Audi, Peugeot, Alfa Romeo e Opel brigando curva a curva, com vários pilotos que já andaram de F1, como Emanuelle Pirro, Johnny Cecotto etc. A categoria tinha apoio oficial das respectivas montadoras e os carros eram construídos por cada fábrica seguindo um restrito regulamento técnico e mercadológico. Esses campeonatos duraram por alguns anos com muito sucesso, mas perdeu espaço com a ressurreição da DTM no ano 2000, mas com a criação do Europeu e depois o Mundial de Turismo, felizmente a categoria está mais viva do que nunca!
Praticamente com o mesmo regulamento, a categoria aportou no último final de semana em Curitiba para a abertura do campeonato. Ao contrário do ano passado, o público compareceu em massa e puderam in loco ver o brasileiro Augusto Farfus Jr. vencer a segunda bateria no verdadeira passeio da BMW sobre as outras marcas. Os defensores ferrenhos da Stock vão dizer que com carros tão diferentes, a corrida e o campeonato perde a graça, pois apenas uma marca vence. Aí é que eles se enganam. O WTCC tem um esquema de lastro, em que os primeiros colocados de cada rodada ganham um peso extra para a corrida seguinte e assim não há uma desigualdade tão grande como a observada no último domingo. No ano passado, quem deu as caras foi a Seat, pois a BMW veio para o Brasil com o lastro máximo em seus carros e então os carros espanhóis deitaram e rolaram.
Esse regulamento até discutível fez com que 6 pilotos chegassem a última corrida com chances de ser campeão. Os 21 carros que se apresentaram aqui também é um pouco enganador, pois ano passado o número de carros no grid chega a 30 ou mais carros. A Stock vive se gabando que vinte e não sei quantos carros ficaram no mesmo segundo na Classificação. No WTCC, 18 (diferentes!) carros ficaram no mesmo segundo. Já na Stock, o carro é exatamente o mesmo...
Será interessante a SporTV passar toda a temporada do WTCC e assim podemos comparar com a Stock, mas o problema é exatamente esse. Com os assinantes vendo um campeonato muito mais legal, realmente multimarca e emocionante, eles enxergarão que a Stock é apenas uma miragem no deserto do automobilismo brasileiro atual.
sábado, 10 de março de 2007
Hoje foi dia de acordar antes das 6. O Mundial de motovelocidade começou um pouquinho mais cedo do que o habitual, mas isso não importa. Mais cedo, mas tarde, o que importa é ter começado!
Como normalmente acontece, a 125 abriu o programa de corridas. Com a saída do campeão Álvaro Bautista para as 250, seus companheiros de equipe na esquadra de Aspar Martínez, que dominou ano passado, passaram a ser os principais favoritos ao título. E eles não decepcionaram. Hector Faubel, que andava com Bautista ano passado, venceu o seu novo companheiro de equipe, o húngaro Gabor Talmacsi na reta de chegada. Numa equipe espanhola, não foi surpresa ver que as novíssimas Aprilias fossem para Faubel e para Sergio Gadea, contudo, Talmacsi é conhecido por não respeitar muito as hierarquias dentro das equipes.
A corrida na 125 não foi muito compacta como costuma ser com Faubel diparando e Talmacsi o seguindo de perto. O resto de pelotão foi ficando para trás, inclusive a decepção Gadea e o eterno favorito Mattia Pasini, que saiu da equipe do Martínez, mas sua maré de azar não parece mudar nunca, abandonando depois de perder muito rendimento no comecinho da corrida e cair já no final. Enquanto isso, Gadea foi apenas 14o. Atrás de Faubel e Talmacsi, Lukas Pesek e Fabrizio de Rosa brigavam ferozmente pela terceira posição, com Pesek levando a sua Derbi ao pódio na base da experiência, pois foi a primeira vez que De Rosa brigou por uma posição mais acima. A KTM, que era conhecida pela sua prodigiosa potência, está mais concetrada agora na 250 e o pobre Tomoyoshi Koyama ficou com a ingrata missão de levar as motos laranjas mais acima, mas hoje ficou provado que será muito difícil, chegando apenas em quinto. A Honda também parece estar no mundo da lua nas 125, pois sua filial da Repsol Honda ficou muito abaixo do esperado e pode inclusive queimar a revelação inglesa Bradley Smith.
Mas voltando a briga lá na frente, Faubel parecia que iria vencer de forma tranqüila, mas Talmacsi tirou a diferença no braço e partiu para cima do espanhol e conseguiu a primeira posição no terço final da corrida. Os dois andaram juntos nas voltas finais, mas a corrida foi decidida nos metros finais, com Faubel saindo do vácuo de Talmacsi e conseguindo uma bela vitória para o campeonato que apenas se inicia. Talmacsi completou a dobradinha da Aspar Martínez e seu jeitão meio louco mostrado no pódio demonstra muito bem como é o húngaro.
Nas 250, Jorge Lorenzo confirmou todo o favoritismo que foi posto nele e venceu com enorme categoria. Talvez o espanhol de 19 anos seja o maior favorito dentro da sua categoria com relação a 125 e a MotoGP. Lorenzo largou na pole e só foi levemente incomodado pela surpresa Thomas Luthi, que estreou muito bem nas 250. Lorenzo tem tudo para levar o bi-campeonato esse ano e subir para MotoGP em 2008 com moral e ainda mais marra, pois o espanhol não é nada querido pelos seus pares devido ao seu temperamento explosivo.
Alex de Angelis foi outro nome a ser observado no Catar. Largando muito mal, o samarinês foi subindo de posição até chegar ao segundo posto e ainda tentar uma aproximação a Lorenzo, mas além de já ser tarde demais, seu equipamento já estava desgastado demais. Barberá, que talvez seja o maior inimigo de Lorenzo fora das pistas, ensaiou uma briga com seu desafeto quando ocupou por várias voltas a segunda posição, mas o desafio nunca chegou a se materializar e ele acabou ultrapassado por De Angelis no final da corrida. Correndo numa equipe particular, Barberá deverá ter muito trabalho de agora em diante. Já o atual vice-campeão Andrea Doviziozo está sofrendo com a falta de comprometimento da Honda. Claramente sem motor, o italiano, que é tão bom quanto Lorenzo, foi ficando para trás dos seus adversário e acabou num distante quinto lugar.
Dos pilotos que subiram esse ano para a 250, com certeza o maior destaque vai para Thomas Luthi. O suíço foi campeão das 125 em 2005 numa equipe pequena, mas um péssimo 2006 abaixou e muito a moral do jovem piloto, mas a subida de categoria parece ter feito bem ao piloto, que brigou de igual para igual com pilotos bem mais experientes do que ele e chegou em quarto, superando os dois primeiros colocados das 125 no ano passado, Álvaro Bautista e Mika Kallio, que não completaram a corrida, mas estavam longe dos pilotos de ponta. Correndo sozinho na melhor equipe do campeonato, Lorenzo tem tudo para ser bi, pois sua maior concorrência deve vir de Alex de Angelis, que ano passado ganhou o prêmio "Tatu de ouro". Tatu de ouro? Lorenzo está socando (a camêra) de alegria.
Finalmente, depois desses dois aperitivos meio mornos, a MotoGP entrou na pista para sua primeira corrida em que a própria transmissão chamou de "Missão de vingança". Valentino Rossi começou sua missão marcando a pole-position ao seu estilo. Conseguindo uma vantagem de cinco milésimos de vantagem em cima de Casey Stoner nos momentos finais da Classificação. Para melhorar a vida de Rossi, seu companheiro de equipe Edwards iria largar na primeira fila, enquanto as Repsol Hondas estavam caindo pelas tabelas.
Na largada Rossi parecia que não estava de bricandeira e largou muito bem, ao contrário de suas características, e parecia que dispararia, mas ele esqueceu de combinar com Stoner. Antes de completar a primeira volta o australiano usou a impressionante potência da sua Ducati e passou a Yamaha de Rossi antes do meio da reta. A Yamaha parecia não ter motor e Pedrosa, que vinha em terceiro, passou Rossi na reta durante a segunda volta, mas o italiano retomou a posição na freada. E essa manobra aconteceu várias vezes durante a corrida. Enquanto isso, Toni Elias, da enfraquecida Honda Gresini, se desgruadava de Pedrosa enquanto Colin Edwards não rendia o esperado. Quem se aproveitou foi John Hopkins, que andou muito bem com sua Suzuki na pré-temporada até sofrer um sério acidente em que quebrou a mão direita.
Stoner, Rossi, Pedrosa e Hopkins passaram a fazer um grupo muito interessante na frente, com Capirossi se aproximando rapidamente, mas o italiano caiu na última curva, iniciando uma série de quedas, completada por Randy de Puniet e Carlos Checa. Quando a transmissão mostrou que Stoner estava com pneus médios, a vitória de Rossi parecia consolidada, mas ela não vinha. A Yamaha ia muito bem no miolo e Rossi ultrapassou Stoner algumas vezes, mas o australiano sempre ultrapassava Rossi na reta dos boxes com incrível facilidade. Pedrosa já tinha cometido um erro e foi ultrapassado por Hopkins, se recuperando logo depois, mas os dois já tinham ficado longe da dupla da frente.
No final, Stoner segurou a pressão e surpreendeu a vencer sua primeira corrida logo na estréia na Ducati. Rossi parece ter visto que não tinha moto para vencer e tirou a mão no final. Pedrosa também segurou Hopkins, mas estava 9s atrás de Stoner no final. Hopkins, por sinal, foi um lutador, pois no final da corrida, o americano chegou com muitas dores na sua mão direita e foi colocado imediatamente uma bolsa de gelo na sua mão machucada. O campeão Nicky Hayden foi a maior decepção. Nunca passando da oitava posição, o americano ficou com cara de bobo no final da corrida e sabe que a partir de agora, com um ano de atraso, a Repsol Honda irá se concentrar em Daniel Pedrosa, cuja moto 800cc foi projetada especialmente para sua baixa estatura.
Alexandre Barros fez uma bela corrida de recuperação e aproveitou bem a grande potência da Ducati, inclusive ultrapassando Nicky Hayden por fora no final da reta. Agora Alexandre só precisa melhorar seu desempenho na Classificação para almejar lugares melhores daqui para frente, mas com o bom desempenho do duo Ducati-Bridgestone, Barros pode se colocar mais a frente e até conseguir um pódio. Já uma vitória...
Rossi não começou sua missão do jeito que ele esperava, mas ele é o grande favorito esse ano, pois as Hondas não parecem estar muito fortes, a Suzuki é uma incógnita e a Ducati não mostrou muita regularidade durante os anos, portanto devemos observar com muito cuidado essa vitória de hoje, pois com certeza o piloto para vencer o campeonato da Ducati é Loris Capirossi, que beijou a brita hoje. Edwards mais uma vez decepcionou e não deve ajudar muito Rossi na briga para tirar pontos dos seus rivais, enquanto a Honda Gresini parece não ameaçar como nos últimos anos. Hayden parece ser carta fora do baralho, enquanto Pedrosa terá que trabalhar muito para se consolidar como primeiro piloto e brigar pelo título esse ano. Enquanto isso, Stoner deve estar agora aproveitando o momento de triunfo ao lado de sua bela esposa e pensando: se eles me derem uma brexa...
Como normalmente acontece, a 125 abriu o programa de corridas. Com a saída do campeão Álvaro Bautista para as 250, seus companheiros de equipe na esquadra de Aspar Martínez, que dominou ano passado, passaram a ser os principais favoritos ao título. E eles não decepcionaram. Hector Faubel, que andava com Bautista ano passado, venceu o seu novo companheiro de equipe, o húngaro Gabor Talmacsi na reta de chegada. Numa equipe espanhola, não foi surpresa ver que as novíssimas Aprilias fossem para Faubel e para Sergio Gadea, contudo, Talmacsi é conhecido por não respeitar muito as hierarquias dentro das equipes.
A corrida na 125 não foi muito compacta como costuma ser com Faubel diparando e Talmacsi o seguindo de perto. O resto de pelotão foi ficando para trás, inclusive a decepção Gadea e o eterno favorito Mattia Pasini, que saiu da equipe do Martínez, mas sua maré de azar não parece mudar nunca, abandonando depois de perder muito rendimento no comecinho da corrida e cair já no final. Enquanto isso, Gadea foi apenas 14o. Atrás de Faubel e Talmacsi, Lukas Pesek e Fabrizio de Rosa brigavam ferozmente pela terceira posição, com Pesek levando a sua Derbi ao pódio na base da experiência, pois foi a primeira vez que De Rosa brigou por uma posição mais acima. A KTM, que era conhecida pela sua prodigiosa potência, está mais concetrada agora na 250 e o pobre Tomoyoshi Koyama ficou com a ingrata missão de levar as motos laranjas mais acima, mas hoje ficou provado que será muito difícil, chegando apenas em quinto. A Honda também parece estar no mundo da lua nas 125, pois sua filial da Repsol Honda ficou muito abaixo do esperado e pode inclusive queimar a revelação inglesa Bradley Smith.
Mas voltando a briga lá na frente, Faubel parecia que iria vencer de forma tranqüila, mas Talmacsi tirou a diferença no braço e partiu para cima do espanhol e conseguiu a primeira posição no terço final da corrida. Os dois andaram juntos nas voltas finais, mas a corrida foi decidida nos metros finais, com Faubel saindo do vácuo de Talmacsi e conseguindo uma bela vitória para o campeonato que apenas se inicia. Talmacsi completou a dobradinha da Aspar Martínez e seu jeitão meio louco mostrado no pódio demonstra muito bem como é o húngaro.
Nas 250, Jorge Lorenzo confirmou todo o favoritismo que foi posto nele e venceu com enorme categoria. Talvez o espanhol de 19 anos seja o maior favorito dentro da sua categoria com relação a 125 e a MotoGP. Lorenzo largou na pole e só foi levemente incomodado pela surpresa Thomas Luthi, que estreou muito bem nas 250. Lorenzo tem tudo para levar o bi-campeonato esse ano e subir para MotoGP em 2008 com moral e ainda mais marra, pois o espanhol não é nada querido pelos seus pares devido ao seu temperamento explosivo.
Alex de Angelis foi outro nome a ser observado no Catar. Largando muito mal, o samarinês foi subindo de posição até chegar ao segundo posto e ainda tentar uma aproximação a Lorenzo, mas além de já ser tarde demais, seu equipamento já estava desgastado demais. Barberá, que talvez seja o maior inimigo de Lorenzo fora das pistas, ensaiou uma briga com seu desafeto quando ocupou por várias voltas a segunda posição, mas o desafio nunca chegou a se materializar e ele acabou ultrapassado por De Angelis no final da corrida. Correndo numa equipe particular, Barberá deverá ter muito trabalho de agora em diante. Já o atual vice-campeão Andrea Doviziozo está sofrendo com a falta de comprometimento da Honda. Claramente sem motor, o italiano, que é tão bom quanto Lorenzo, foi ficando para trás dos seus adversário e acabou num distante quinto lugar.
Dos pilotos que subiram esse ano para a 250, com certeza o maior destaque vai para Thomas Luthi. O suíço foi campeão das 125 em 2005 numa equipe pequena, mas um péssimo 2006 abaixou e muito a moral do jovem piloto, mas a subida de categoria parece ter feito bem ao piloto, que brigou de igual para igual com pilotos bem mais experientes do que ele e chegou em quarto, superando os dois primeiros colocados das 125 no ano passado, Álvaro Bautista e Mika Kallio, que não completaram a corrida, mas estavam longe dos pilotos de ponta. Correndo sozinho na melhor equipe do campeonato, Lorenzo tem tudo para ser bi, pois sua maior concorrência deve vir de Alex de Angelis, que ano passado ganhou o prêmio "Tatu de ouro". Tatu de ouro? Lorenzo está socando (a camêra) de alegria.
Finalmente, depois desses dois aperitivos meio mornos, a MotoGP entrou na pista para sua primeira corrida em que a própria transmissão chamou de "Missão de vingança". Valentino Rossi começou sua missão marcando a pole-position ao seu estilo. Conseguindo uma vantagem de cinco milésimos de vantagem em cima de Casey Stoner nos momentos finais da Classificação. Para melhorar a vida de Rossi, seu companheiro de equipe Edwards iria largar na primeira fila, enquanto as Repsol Hondas estavam caindo pelas tabelas.
Na largada Rossi parecia que não estava de bricandeira e largou muito bem, ao contrário de suas características, e parecia que dispararia, mas ele esqueceu de combinar com Stoner. Antes de completar a primeira volta o australiano usou a impressionante potência da sua Ducati e passou a Yamaha de Rossi antes do meio da reta. A Yamaha parecia não ter motor e Pedrosa, que vinha em terceiro, passou Rossi na reta durante a segunda volta, mas o italiano retomou a posição na freada. E essa manobra aconteceu várias vezes durante a corrida. Enquanto isso, Toni Elias, da enfraquecida Honda Gresini, se desgruadava de Pedrosa enquanto Colin Edwards não rendia o esperado. Quem se aproveitou foi John Hopkins, que andou muito bem com sua Suzuki na pré-temporada até sofrer um sério acidente em que quebrou a mão direita.
Stoner, Rossi, Pedrosa e Hopkins passaram a fazer um grupo muito interessante na frente, com Capirossi se aproximando rapidamente, mas o italiano caiu na última curva, iniciando uma série de quedas, completada por Randy de Puniet e Carlos Checa. Quando a transmissão mostrou que Stoner estava com pneus médios, a vitória de Rossi parecia consolidada, mas ela não vinha. A Yamaha ia muito bem no miolo e Rossi ultrapassou Stoner algumas vezes, mas o australiano sempre ultrapassava Rossi na reta dos boxes com incrível facilidade. Pedrosa já tinha cometido um erro e foi ultrapassado por Hopkins, se recuperando logo depois, mas os dois já tinham ficado longe da dupla da frente.
No final, Stoner segurou a pressão e surpreendeu a vencer sua primeira corrida logo na estréia na Ducati. Rossi parece ter visto que não tinha moto para vencer e tirou a mão no final. Pedrosa também segurou Hopkins, mas estava 9s atrás de Stoner no final. Hopkins, por sinal, foi um lutador, pois no final da corrida, o americano chegou com muitas dores na sua mão direita e foi colocado imediatamente uma bolsa de gelo na sua mão machucada. O campeão Nicky Hayden foi a maior decepção. Nunca passando da oitava posição, o americano ficou com cara de bobo no final da corrida e sabe que a partir de agora, com um ano de atraso, a Repsol Honda irá se concentrar em Daniel Pedrosa, cuja moto 800cc foi projetada especialmente para sua baixa estatura.
Alexandre Barros fez uma bela corrida de recuperação e aproveitou bem a grande potência da Ducati, inclusive ultrapassando Nicky Hayden por fora no final da reta. Agora Alexandre só precisa melhorar seu desempenho na Classificação para almejar lugares melhores daqui para frente, mas com o bom desempenho do duo Ducati-Bridgestone, Barros pode se colocar mais a frente e até conseguir um pódio. Já uma vitória...
Rossi não começou sua missão do jeito que ele esperava, mas ele é o grande favorito esse ano, pois as Hondas não parecem estar muito fortes, a Suzuki é uma incógnita e a Ducati não mostrou muita regularidade durante os anos, portanto devemos observar com muito cuidado essa vitória de hoje, pois com certeza o piloto para vencer o campeonato da Ducati é Loris Capirossi, que beijou a brita hoje. Edwards mais uma vez decepcionou e não deve ajudar muito Rossi na briga para tirar pontos dos seus rivais, enquanto a Honda Gresini parece não ameaçar como nos últimos anos. Hayden parece ser carta fora do baralho, enquanto Pedrosa terá que trabalhar muito para se consolidar como primeiro piloto e brigar pelo título esse ano. Enquanto isso, Stoner deve estar agora aproveitando o momento de triunfo ao lado de sua bela esposa e pensando: se eles me derem uma brexa...
quinta-feira, 8 de março de 2007
Clodoaldo, um jogador brasileiro
Meu pai sempre diz que todo jogador de futebol é burro. Claro que generalizar é um exagero, mas dá pra dizer que 90% dos jogadores são burros mesmo! Aqui no estado do Ceará, um caso típico é do Clodoaldo. Nascido em Ipu, no interior do Ceará, Clodoaldo se destacou desde cedo pela sua habilidade e a baixa estatuta. Tentou a sorte no Ceará, mas acabou no Fortaleza, onde foi revelado. Virou ídolo da torcida leonina, mas suas farras e a falta de disciplina ficaram conhecidas na cidade, assim como a habilidade e capacidade do desgraçado em fazer gols no Ceará em dia de clássico.
Em 2001, ele conseguiu um contrato com a Marlene Mattos e passou a ser reconhecido em todo Brasil. Sua cara feia e cheia de espinha virou sinônimo de piada, assim como os perdões que a diretoria do Fortaleza dava a cada deslize do jogador. Aí aparece a burrice. No auge da carreira, aparecendo em todo o Brasil por causa de sua empresária, Clodoaldo tinha tudo para se transferir para um clube grande do sul ou até mesmo para fora do país. Não foi. Ele foi jogando sua carreira fora pela bebida e mesmo com um dos mais salários pagos aqui no futebol cearense, ele não tomou jeito.
Conseguiu a transferência para um time de Portugal. Voltou logo. O Fortaleza e sua torcida sempre o acolhia, afinal, ele era ídolo. Talvez o maior ídolo do futebol cearense dos últimos tempos. Contudo, paciência tem limite e ele foi sendo deixado de lado no Fortaleza e o Ceará, num golpe de marketing muito grande, trouxe o baixinho para porangabussu. Logo de cara não gostei da idéia, mas a torcida do Ceará o adotou como ídolo, muito mais para fazer raiva a torcida do Fortaleza do que pelo seu desempenho dentro de campo. Apesar de ser mais popular, o Ceará vive uma grave crise financeira e Clodoaldo passou a ganhar menos do que nos áureos tempos.
Uma pessoa minimamente inteligente pensaria em se acalmar, pois o Ceará é sua última chance. O resultado? Nessa terça ele afastado do grupo pelo treinador Marcelo Villar por não se apresentar na segunda e estar "sem condições de treino" na terça. Uma foto no jornal "O Povo" demonstra bem sua atitude profissional. Enquanto seus companheiros treinavam para o jogo contra o Icasa (menos mal que o Ceará ganhou), ele falava alegremente no celular, de calção branco e sem camisa.
Não sei se o Ceará ainda vai querer Clodoaldo. Tomara que não. Ele se arrasta em campo, não consegue dar um pique muito longo. A cachaça acabou com sua magia. A torcida clama por ele. Nas bilheteria do PV, um torcedor dizia o Clodoaldo tinha que jogar de qualquer jeito. Outro foi resumiu a carreira de Clodoaldo: ele é bom, mas não quer ser profissional e vai acabar ganhando 1.500 reais no Quixadá. Saindo do Ceará, ninguém mais vai querer o baixinho, somente do Ferroviário para baixo, talvez para chamar a atenção, pois aos 27 anos, o futuro de Clodoaldo é obscuro. Mas foi ele que quiz assim.
Em 2001, ele conseguiu um contrato com a Marlene Mattos e passou a ser reconhecido em todo Brasil. Sua cara feia e cheia de espinha virou sinônimo de piada, assim como os perdões que a diretoria do Fortaleza dava a cada deslize do jogador. Aí aparece a burrice. No auge da carreira, aparecendo em todo o Brasil por causa de sua empresária, Clodoaldo tinha tudo para se transferir para um clube grande do sul ou até mesmo para fora do país. Não foi. Ele foi jogando sua carreira fora pela bebida e mesmo com um dos mais salários pagos aqui no futebol cearense, ele não tomou jeito.
Conseguiu a transferência para um time de Portugal. Voltou logo. O Fortaleza e sua torcida sempre o acolhia, afinal, ele era ídolo. Talvez o maior ídolo do futebol cearense dos últimos tempos. Contudo, paciência tem limite e ele foi sendo deixado de lado no Fortaleza e o Ceará, num golpe de marketing muito grande, trouxe o baixinho para porangabussu. Logo de cara não gostei da idéia, mas a torcida do Ceará o adotou como ídolo, muito mais para fazer raiva a torcida do Fortaleza do que pelo seu desempenho dentro de campo. Apesar de ser mais popular, o Ceará vive uma grave crise financeira e Clodoaldo passou a ganhar menos do que nos áureos tempos.
Uma pessoa minimamente inteligente pensaria em se acalmar, pois o Ceará é sua última chance. O resultado? Nessa terça ele afastado do grupo pelo treinador Marcelo Villar por não se apresentar na segunda e estar "sem condições de treino" na terça. Uma foto no jornal "O Povo" demonstra bem sua atitude profissional. Enquanto seus companheiros treinavam para o jogo contra o Icasa (menos mal que o Ceará ganhou), ele falava alegremente no celular, de calção branco e sem camisa.
Não sei se o Ceará ainda vai querer Clodoaldo. Tomara que não. Ele se arrasta em campo, não consegue dar um pique muito longo. A cachaça acabou com sua magia. A torcida clama por ele. Nas bilheteria do PV, um torcedor dizia o Clodoaldo tinha que jogar de qualquer jeito. Outro foi resumiu a carreira de Clodoaldo: ele é bom, mas não quer ser profissional e vai acabar ganhando 1.500 reais no Quixadá. Saindo do Ceará, ninguém mais vai querer o baixinho, somente do Ferroviário para baixo, talvez para chamar a atenção, pois aos 27 anos, o futuro de Clodoaldo é obscuro. Mas foi ele que quiz assim.
quarta-feira, 7 de março de 2007
A Era dos Campeões
O youtube foi o melhor site já feito na história. Faz tempo que digo isso e com o tempo, essa minha idéia vai se fortalecendo pelo que o site nos oferece. Um tempo atrás, assisti na íntegra ao famoso GP da Espanha de 1981 (mesmo que em italiano) onde Gilles Villeneuve segurou, sei lá como, vários pilotos mais rápidos do que ele, pelas 80 voltas do difícil circuito de Jarama debaixo de um calor de 4o graus. Também tem o emocionante vídeo "Perished F1 Heroes", onde por aproximadamente 10 minutos, vemos a evolução da F1 da forma mais macabra possível, com um fundo musical de chamar atenção.
Já fazia um tempo que via um link que mostrava um tal de "A era dos campeões", mas nunca tive a oportunidade de assisti-lo, até por que é longo pacas, mas graças a indicação do Flávio Gomes ontem no "Limite", tirei um tempo para assistir. E recomendo! Num documentário sensacional de Cesário Mello Franco e Marcos Bernstein, vemos toda a trajetória brasileira entre 1970 e 1991, contada por Emerson e Wilsinho Fittipaldi, Nelson Piquet, entre outros. Foi empolgante as imagens, mas também a irreverência do Piquet e da emoção dos irmãos Fittipaldi. O que mais me chamou a atenção foi o choro do Emerson Fittipaldi quando este fala do acidente fatal de Jo Siffert em 1971.
É incrível que um documentário como esse (parece ter mais de cinco anos) não ter sido divulgado ou mesmo passado em qualquer emissora de TV, mas como temos o youtube, podemos ter a satisfação de assistir o MELHOR DOCUMENTÁRIO SOBRE AUTOMOBILISMO BRASILEIRO. Para quem tiver um tempinho, é só procurar no youtube por "Era dos campeões" e vai achar 10 partes. É um pouco trabalhoso e leva tempo, mas podem confiar, vale muito a pena!
Já fazia um tempo que via um link que mostrava um tal de "A era dos campeões", mas nunca tive a oportunidade de assisti-lo, até por que é longo pacas, mas graças a indicação do Flávio Gomes ontem no "Limite", tirei um tempo para assistir. E recomendo! Num documentário sensacional de Cesário Mello Franco e Marcos Bernstein, vemos toda a trajetória brasileira entre 1970 e 1991, contada por Emerson e Wilsinho Fittipaldi, Nelson Piquet, entre outros. Foi empolgante as imagens, mas também a irreverência do Piquet e da emoção dos irmãos Fittipaldi. O que mais me chamou a atenção foi o choro do Emerson Fittipaldi quando este fala do acidente fatal de Jo Siffert em 1971.
É incrível que um documentário como esse (parece ter mais de cinco anos) não ter sido divulgado ou mesmo passado em qualquer emissora de TV, mas como temos o youtube, podemos ter a satisfação de assistir o MELHOR DOCUMENTÁRIO SOBRE AUTOMOBILISMO BRASILEIRO. Para quem tiver um tempinho, é só procurar no youtube por "Era dos campeões" e vai achar 10 partes. É um pouco trabalhoso e leva tempo, mas podem confiar, vale muito a pena!
terça-feira, 6 de março de 2007
Montoya parece ter entendido muito bem como funciona as coisas na NASCAR. Logo na sua primeira corrida em misto, o colombiano deixou bem claro como irá se portar na categoria do bate-bate e isso é até mesmo é uma forma de auto-defesa. Os pilotos da NASCAR são conhecidos por não tratarem bem seus novatos, ainda mais se ele são forasteiros ou de categorias de monoposto. O maior exemplo foi Robby Gordon, que saiu da Indy pra NASCAR e sofreu vários acidente "provocados" nas suas primeiras corridas.
Mas o colombiano mostrou logo as suas credenciais ao colocar Scott Pruett para fora da pista na disputa pela primeira posição nas últimas voltas da corrida da Busch Series no sábado, no velho circuito Hermanos Rodriguez. O detalhe é que Pruett era companheiro de equipe do Montoya e juntos, venceram as 24h de Daytona em janeiro!
Pruett ficou indignado, enquanto Montoya ficava com as glórias e conquistava assim sua primeira vitória na NASCAR, mesmo que seja numa categoria inferior e num circuito misto, seu habitat natural. A curto prazo, isso significa que Montoya tem tudo para ser um piloto a ser observado nos circuitos mistos da categoria. A médio prazo, Montoya deve conquistar um maior respeito com seus pares dentro da NASCAR. A longo prazo, bem... se Montoya não fizer logo um regime... ele está cada vez mais parecido com Tony Stewart, o piloto de ponta mais fora de forma da história. Comparem!
Mas o colombiano mostrou logo as suas credenciais ao colocar Scott Pruett para fora da pista na disputa pela primeira posição nas últimas voltas da corrida da Busch Series no sábado, no velho circuito Hermanos Rodriguez. O detalhe é que Pruett era companheiro de equipe do Montoya e juntos, venceram as 24h de Daytona em janeiro!
Pruett ficou indignado, enquanto Montoya ficava com as glórias e conquistava assim sua primeira vitória na NASCAR, mesmo que seja numa categoria inferior e num circuito misto, seu habitat natural. A curto prazo, isso significa que Montoya tem tudo para ser um piloto a ser observado nos circuitos mistos da categoria. A médio prazo, Montoya deve conquistar um maior respeito com seus pares dentro da NASCAR. A longo prazo, bem... se Montoya não fizer logo um regime... ele está cada vez mais parecido com Tony Stewart, o piloto de ponta mais fora de forma da história. Comparem!
domingo, 4 de março de 2007
Jos "The Boss"
Todos lembram de Jos Verstappen como um piloto muito rápido, mas também capaz de besteiras inacreditáveis. Seu apelido na Inglaterra era de “Verscrashen” tamanho era sua propensão a acidentes, principalmente no começo da carreira da F1. Dentro da F1 sua imagem era de um cara despreocupado e de um piloto-pagante. Chegou muito jovem à F1 depois de uma carreira bem sucedida no kart e nas categorias de base, mas sua impetuosidade o levou a ser adorado pelos torcedores holandeses e odiado pelos outros pilotos, Montoya que o diga. Com apenas 35 anos completados hoje, Jos “The Boss” tenta um lugar na ChampCar e na A1GP.
Johannes Franciscus Verstappen começou a correr de kart em 1980 aos oito anos e aos doze já era reconhecido como um excepcional kartista com vários títulos, entre eles dois Campeonatos holandês (84/86), um europeu (89) e um título belga (91). Porém, seu maior título no kart foi em 1989 no Grande Prêmio Japonês.
No final de 1991 Verstappen entrou pela primeira vez num carro de corrida e entrou em contato com Hubb Rothengatter, seu empresário até hoje. Andando num F-Ford de 1985 em Zandvoort, o tempo de Verstappen em seu primeiro teste foi tão bom que os cronometristas pensavam que os cronômetros estavam quebrados. Sua demonstração foi tão impressionante que ele assinou com a equipe Van Amersfoot para disputar o campeonato Benelux de F-Opel em 1992. Ao final de junho, ele tinha ganhado cinco de seis eventos, incluindo todas as três corridas em casa, em Zandvoort.
Jos começou a andar no Europeu de F-Opel em Julho, ganhando as duas corridas em Zolder apenas dois meses após sua estréia na categoria. Nessa época ele era o virtual campeão Benelux de F-Opel com oito vitórias em nove corridas, mas uma macha apareceu na sua breve carreira. Foi descoberto depois que seu motor era um pouco mais potente do que a concorrência. Apesar de ter começado tarde no campeonato europeu, ele ainda foi sétimo e terminou com o prêmio de melhor piloto holandês de 1992. Jos tinha proposta de várias equipes boas da F3 Alemã e ele acabou escolhendo a WTS Racing, a melhor equipe da época.
Antes de começar sua carreira na F3, Verstappen partiu para uma breve escala na Nova Zelândia para participar do campeonato de F-Atlantic local em Janeiro de 1993. Correndo num Swift-Toyota de 1988, ele conseguiu três vitórias e três pódios, conseguindo um excelente quarto lugar no campeonato. O campeonato alemão de F3 foi dominado por Jos Verstappen, com seu estilo agressivo. Depois de marcar apenas um pódio nas quatro primeiras corridas, Verstappen venceu oito provas nas 16 corridas seguintes e foi segundo cinco vezes. O holandês venceu o Marlboro Masters em Zandvoort e foi terceiro na corrida de F3 em Mônaco.
Com uma carreira meteórica como a de Jos, não foi surpresa as equipes de F1 ficarem de olho nele. Em outubro de 1993 a Footwork lhe deu a primeira oportunidade no circuito de Estoril e ele logo andou muito bem. Com a ajuda do seu patrocinador pessoal, a Marlboro, Verstappen conseguiu um teste para a McLaren e andou muito bem novamente e estava tudo acertado para o holandês ser o piloto de testes da equipe de Ron Dennis. Porém, em Janeiro de 1994 Verstappen surpreendeu ao ser anunciado como piloto de testes da Banetton, mas uma semana depois, J.J. Lehto sofreu um sério acidente, quebrando duas vértebras no pescoço. Assim, depois de apenas 52 corridas em monoposto, Jos Verstappen foi chamado para correr e ele partiu para o seu primeiro GP no Brasil.
Mesmo com Lehto recuperado do seu acidente, Verstappen provou ser rápido nas duas primeiras provas, mas um tanto desastrado. Na trágica corrida de Ímola, Lehto sofreu outro acidente (na largada, lembram?) e foi substituído por Verstappen novamente a partir de Mônaco. Depois de alguns entreveros, Verstappen conseguiu boas corridas na Hungria e na Bélgica, marcando seus primeiros pontos na F1 e logo com um pódio. Esses resultados eram bem melhores do que Lehto tinha conseguido, mas o holandês sofreu um baque quando foi substituído por Johnny Herbert em Jerez, no GP da Europa. O fato de Schumacher ter vencido o campeonato ofuscou bastante o jovem holandês e ele seria piloto de testes da Benetton em 1995.
Contudo, ele recebeu um convite para ser piloto titular da Simtek e um acordo com a Benetton foi feito e assim a pequena equipe passou a usar o câmbio da Benetton. Andando numa equipe pequena, com orçamento pequeno e com um carro lento e pouco confiável, Verstappen sofreu muito e começou a se acostumar com equipes pequenas. A Simtek ficou sem patrocínio no meio da temporada e fechou suas portas, deixando Verstappen à pé. Jos tinha tudo para ser o segundo piloto da Benetton, mas as coisas mudaram quando Herbert venceu em Silverstone, mas um teste salvador com a Footwork rendeu para ele um contrato para 1996.
Verstappen começou a temporada muito bem, surpreendendo no Brasil e na Argentina, colocando seu carro na frente de equipes como McLaren e a própria Benetton, marcando um ponto em Buenos Aires. Contudo, foi nessa época que sua fama de desastrado começou a se formar e a equipe, com a entrada de Tom Walkinshaw, entrou num período de incertezas. Verstappen foi um dos pilotos que desenvolveram os novos pneus Bridgestone, mas isso não serviu para muita coisa. Tom Walkinshaw queria renovar com Verstappen, mas Huub Rothengatter pediu dinheiro demais e Jos foi para na Tyrrell para 1997 ao lado de Mika Salo. Jos e Mika se tornaram grandes amigos. Mesmo sendo dois pilotos rápidos, a Tyrrell estava com o velho motor Ford V8, enquanto as outras equipes tinham potentes motores V10 e assim a Tyrrell passou boa parte do ano brigando com a Minardi no final do grid, mas Verstappen estava otimista com seu futuro na Tyrrell.
Mas as coisas começaram a desandar quando Ken Tyrrell vendeu sua equipe para a BAR. O velho Ken continuaria na equipe por mais um ano, mas a Tyrrell colocou Tora Takagi no seu cockpit ao lado de Ricardo Rosset. Os dois eram pilotos-pagantes e Verstappen estava fora da F1 em 1998. Sem opções óbvias fora da F1, ele queria um papel como piloto de testes, preferivelmente numa equipe de ponta. Mais uma vez a Benetton surgiu na sua vida, mas depois do GP do Canadá, a Stewart chamou Verstappen para o lugar de Jan Magnussen. O holandês andou melhor que Magnussen, mas o carro era muito ruim e ele não fez nada de especial.
Para 1999, Verstappen entrou no mal-fadado projeto da equipe Honda liderado por Harvey Postlethwaite, mas quando este morreu durante um teste em Barcelona, Verstappen ficou na mão novamente. Verstappen tentou uma vaga como piloto da Jordan no lugar do aposentado Damon Hill, mas não conseguiu nada demais e acabou indo para a Arrows no ano 2000. O carro era rápido em algumas ocasiões, mas quebrava muito e infelizmente para Verstappen, ele foi superado pelo seu companheiro de equipe Pedro de la Rosa durante o ano, mas no ano seguinte a Arrows contratou o jovem Enrique Bernoldi no lugar de De la Rosa. Verstappen e Bernoldi não se deram muito bem e o carro não era tão veloz como o de 2000 e o holandês acabou desempregado novamente no final de 2001. Pela primeira vez na carreira, Verstappen ficou de fora da F1, mas na verdade ele estava preparando sua volta a categoria. Junto com seu empresário, ele convenceu empresas holandesas a investir nele e aproveitando a míngua em que vivia a Minardi, ele assinou um contrato com a equipe de Paul Stoddart. Esse foi o ato final de Jos Verstappen na F1. Num carro muito ruim, Verstappen ficou sempre entre os últimos e se aposentou da F1 no final de 2003, aos 31 anos de idade.
Verstappen passou a focar sua carreira nos Estados Unidos, mas ele nunca conseguiu um contrato que lhe fosse favorável e partiu para a A1GP, a nova categoria promovida por uma xeik árabe no final de 2005. Representando a Holanda na alardeada Copa do Mundo do Automobilismo, Verstappen voltou ao seu velho estilo. Arrojo, velocidade e poucos resultados, mas uma vitória sensacional na última volta em Durban mostrou Jos “The Boss” ainda não perdeu o jeito.
Parabéns ao Chefe
Johannes Franciscus Verstappen começou a correr de kart em 1980 aos oito anos e aos doze já era reconhecido como um excepcional kartista com vários títulos, entre eles dois Campeonatos holandês (84/86), um europeu (89) e um título belga (91). Porém, seu maior título no kart foi em 1989 no Grande Prêmio Japonês.
No final de 1991 Verstappen entrou pela primeira vez num carro de corrida e entrou em contato com Hubb Rothengatter, seu empresário até hoje. Andando num F-Ford de 1985 em Zandvoort, o tempo de Verstappen em seu primeiro teste foi tão bom que os cronometristas pensavam que os cronômetros estavam quebrados. Sua demonstração foi tão impressionante que ele assinou com a equipe Van Amersfoot para disputar o campeonato Benelux de F-Opel em 1992. Ao final de junho, ele tinha ganhado cinco de seis eventos, incluindo todas as três corridas em casa, em Zandvoort.
Jos começou a andar no Europeu de F-Opel em Julho, ganhando as duas corridas em Zolder apenas dois meses após sua estréia na categoria. Nessa época ele era o virtual campeão Benelux de F-Opel com oito vitórias em nove corridas, mas uma macha apareceu na sua breve carreira. Foi descoberto depois que seu motor era um pouco mais potente do que a concorrência. Apesar de ter começado tarde no campeonato europeu, ele ainda foi sétimo e terminou com o prêmio de melhor piloto holandês de 1992. Jos tinha proposta de várias equipes boas da F3 Alemã e ele acabou escolhendo a WTS Racing, a melhor equipe da época.
Antes de começar sua carreira na F3, Verstappen partiu para uma breve escala na Nova Zelândia para participar do campeonato de F-Atlantic local em Janeiro de 1993. Correndo num Swift-Toyota de 1988, ele conseguiu três vitórias e três pódios, conseguindo um excelente quarto lugar no campeonato. O campeonato alemão de F3 foi dominado por Jos Verstappen, com seu estilo agressivo. Depois de marcar apenas um pódio nas quatro primeiras corridas, Verstappen venceu oito provas nas 16 corridas seguintes e foi segundo cinco vezes. O holandês venceu o Marlboro Masters em Zandvoort e foi terceiro na corrida de F3 em Mônaco.
Com uma carreira meteórica como a de Jos, não foi surpresa as equipes de F1 ficarem de olho nele. Em outubro de 1993 a Footwork lhe deu a primeira oportunidade no circuito de Estoril e ele logo andou muito bem. Com a ajuda do seu patrocinador pessoal, a Marlboro, Verstappen conseguiu um teste para a McLaren e andou muito bem novamente e estava tudo acertado para o holandês ser o piloto de testes da equipe de Ron Dennis. Porém, em Janeiro de 1994 Verstappen surpreendeu ao ser anunciado como piloto de testes da Banetton, mas uma semana depois, J.J. Lehto sofreu um sério acidente, quebrando duas vértebras no pescoço. Assim, depois de apenas 52 corridas em monoposto, Jos Verstappen foi chamado para correr e ele partiu para o seu primeiro GP no Brasil.
Mesmo com Lehto recuperado do seu acidente, Verstappen provou ser rápido nas duas primeiras provas, mas um tanto desastrado. Na trágica corrida de Ímola, Lehto sofreu outro acidente (na largada, lembram?) e foi substituído por Verstappen novamente a partir de Mônaco. Depois de alguns entreveros, Verstappen conseguiu boas corridas na Hungria e na Bélgica, marcando seus primeiros pontos na F1 e logo com um pódio. Esses resultados eram bem melhores do que Lehto tinha conseguido, mas o holandês sofreu um baque quando foi substituído por Johnny Herbert em Jerez, no GP da Europa. O fato de Schumacher ter vencido o campeonato ofuscou bastante o jovem holandês e ele seria piloto de testes da Benetton em 1995.
Contudo, ele recebeu um convite para ser piloto titular da Simtek e um acordo com a Benetton foi feito e assim a pequena equipe passou a usar o câmbio da Benetton. Andando numa equipe pequena, com orçamento pequeno e com um carro lento e pouco confiável, Verstappen sofreu muito e começou a se acostumar com equipes pequenas. A Simtek ficou sem patrocínio no meio da temporada e fechou suas portas, deixando Verstappen à pé. Jos tinha tudo para ser o segundo piloto da Benetton, mas as coisas mudaram quando Herbert venceu em Silverstone, mas um teste salvador com a Footwork rendeu para ele um contrato para 1996.
Verstappen começou a temporada muito bem, surpreendendo no Brasil e na Argentina, colocando seu carro na frente de equipes como McLaren e a própria Benetton, marcando um ponto em Buenos Aires. Contudo, foi nessa época que sua fama de desastrado começou a se formar e a equipe, com a entrada de Tom Walkinshaw, entrou num período de incertezas. Verstappen foi um dos pilotos que desenvolveram os novos pneus Bridgestone, mas isso não serviu para muita coisa. Tom Walkinshaw queria renovar com Verstappen, mas Huub Rothengatter pediu dinheiro demais e Jos foi para na Tyrrell para 1997 ao lado de Mika Salo. Jos e Mika se tornaram grandes amigos. Mesmo sendo dois pilotos rápidos, a Tyrrell estava com o velho motor Ford V8, enquanto as outras equipes tinham potentes motores V10 e assim a Tyrrell passou boa parte do ano brigando com a Minardi no final do grid, mas Verstappen estava otimista com seu futuro na Tyrrell.
Mas as coisas começaram a desandar quando Ken Tyrrell vendeu sua equipe para a BAR. O velho Ken continuaria na equipe por mais um ano, mas a Tyrrell colocou Tora Takagi no seu cockpit ao lado de Ricardo Rosset. Os dois eram pilotos-pagantes e Verstappen estava fora da F1 em 1998. Sem opções óbvias fora da F1, ele queria um papel como piloto de testes, preferivelmente numa equipe de ponta. Mais uma vez a Benetton surgiu na sua vida, mas depois do GP do Canadá, a Stewart chamou Verstappen para o lugar de Jan Magnussen. O holandês andou melhor que Magnussen, mas o carro era muito ruim e ele não fez nada de especial.
Para 1999, Verstappen entrou no mal-fadado projeto da equipe Honda liderado por Harvey Postlethwaite, mas quando este morreu durante um teste em Barcelona, Verstappen ficou na mão novamente. Verstappen tentou uma vaga como piloto da Jordan no lugar do aposentado Damon Hill, mas não conseguiu nada demais e acabou indo para a Arrows no ano 2000. O carro era rápido em algumas ocasiões, mas quebrava muito e infelizmente para Verstappen, ele foi superado pelo seu companheiro de equipe Pedro de la Rosa durante o ano, mas no ano seguinte a Arrows contratou o jovem Enrique Bernoldi no lugar de De la Rosa. Verstappen e Bernoldi não se deram muito bem e o carro não era tão veloz como o de 2000 e o holandês acabou desempregado novamente no final de 2001. Pela primeira vez na carreira, Verstappen ficou de fora da F1, mas na verdade ele estava preparando sua volta a categoria. Junto com seu empresário, ele convenceu empresas holandesas a investir nele e aproveitando a míngua em que vivia a Minardi, ele assinou um contrato com a equipe de Paul Stoddart. Esse foi o ato final de Jos Verstappen na F1. Num carro muito ruim, Verstappen ficou sempre entre os últimos e se aposentou da F1 no final de 2003, aos 31 anos de idade.
Verstappen passou a focar sua carreira nos Estados Unidos, mas ele nunca conseguiu um contrato que lhe fosse favorável e partiu para a A1GP, a nova categoria promovida por uma xeik árabe no final de 2005. Representando a Holanda na alardeada Copa do Mundo do Automobilismo, Verstappen voltou ao seu velho estilo. Arrojo, velocidade e poucos resultados, mas uma vitória sensacional na última volta em Durban mostrou Jos “The Boss” ainda não perdeu o jeito.
Parabéns ao Chefe
Depois de um início de campeonato decepcionante, Troy Bayliss mostrou porque é o atual campeão da Superbike ganhando uma e chegando em segunda em outra em sua casa. Largando na pole nas duas corridas, Bayliss deu um show de paciência nas duas baterias e obteve sucesso na primeira bateria, com uma bela ultrapassagem sobre James Toseland faltando poucas voltas para o fim, e nem tanto na segunda. Mais uma vez, o destaque do final de semana foi o inglês James Toseland da Honda, que levou sua moto nas costas para conseguir os mesmos resultados de Bayliss. Na segunda bateria, Toseland segurou como pôde o australiano por toda a corrida e ao contrário da primeira corrida do dia, se manteve na dianteira no final e agora é o líder do campeonato.
No belíssimo circuito de Philip Island, Bayliss e Toseland foram os protagonistas, enquanto Biaggi não brilhou tanto como no Catar semana passada. O italiano conseguiu duas largadas sensasionais nas duas baterias pulando de quinto para primeiro antes da primeira curva, mas no decorrer da primeira volta caía várias posições. Tendo que brigar muito para se livrar da Kawasaki de Fonsi Nieto, Biaggi se viu longe demais dos líderes e acabou em terceiro na primeira bateria. Na segunda, Biaggi se aproximou rapidamente do quarteto que liderava a prova - Toseland, Bayliss, Haga e Corser - e parecia que atropelaria os quatro, mas após deixar as Yamahas para trás, se acomodou na terceira posição e levou o troco dos pilotos da marca nipônica e passou a fazer uma briga muito boa com Haga e Corser. Ele ainda superou Corser na reta de chegada, mas não pôde fazer nada contra Haga.
As Yamahas conseguiram uma boa recuperação com relação ao fiasco que foi a primeira bateria. Como sempre, a moto anda muito bem na primeira metade da corrida e fica totalmente sem pneus no final. A primeira bateria foi impressionante. Corser andou junto com Toseland e Bayliss até a volta 12 das 22 voltas da corrida. Depois, chegou a perder 3s por volta e foi ultrapassado por Biaggi e Haga. De forma surpreendente, na segunda bateria a Yamaha teve um rendimento mais uniforme e permitiu a Haga ser um próximo terceiro colocado, porém, se quiser vencer o campeonato, a Yamaha terá que melhorar e muito seu desempenho na metade final das corridas.
Com 90 pontos no campeonato, Toseland terá quase um mês para refletir sobre sua liderança e também cobrar mais da Honda, que parece estar inferior a todas suas rivais, em particular, a Suzuki do vice-líder Biaggi. Com esse bom final de semana, o atual campeão Bayliss pulou para a terceira posição do campeonato e parece querer entrar na briga pelo título.
No belíssimo circuito de Philip Island, Bayliss e Toseland foram os protagonistas, enquanto Biaggi não brilhou tanto como no Catar semana passada. O italiano conseguiu duas largadas sensasionais nas duas baterias pulando de quinto para primeiro antes da primeira curva, mas no decorrer da primeira volta caía várias posições. Tendo que brigar muito para se livrar da Kawasaki de Fonsi Nieto, Biaggi se viu longe demais dos líderes e acabou em terceiro na primeira bateria. Na segunda, Biaggi se aproximou rapidamente do quarteto que liderava a prova - Toseland, Bayliss, Haga e Corser - e parecia que atropelaria os quatro, mas após deixar as Yamahas para trás, se acomodou na terceira posição e levou o troco dos pilotos da marca nipônica e passou a fazer uma briga muito boa com Haga e Corser. Ele ainda superou Corser na reta de chegada, mas não pôde fazer nada contra Haga.
As Yamahas conseguiram uma boa recuperação com relação ao fiasco que foi a primeira bateria. Como sempre, a moto anda muito bem na primeira metade da corrida e fica totalmente sem pneus no final. A primeira bateria foi impressionante. Corser andou junto com Toseland e Bayliss até a volta 12 das 22 voltas da corrida. Depois, chegou a perder 3s por volta e foi ultrapassado por Biaggi e Haga. De forma surpreendente, na segunda bateria a Yamaha teve um rendimento mais uniforme e permitiu a Haga ser um próximo terceiro colocado, porém, se quiser vencer o campeonato, a Yamaha terá que melhorar e muito seu desempenho na metade final das corridas.
Com 90 pontos no campeonato, Toseland terá quase um mês para refletir sobre sua liderança e também cobrar mais da Honda, que parece estar inferior a todas suas rivais, em particular, a Suzuki do vice-líder Biaggi. Com esse bom final de semana, o atual campeão Bayliss pulou para a terceira posição do campeonato e parece querer entrar na briga pelo título.
sábado, 3 de março de 2007
Senna x Schumacher
Ontem assisti ao vídeo do resumo oficial da temporada de 1993. Cada dia que passa fico impressionado com o que a internet e principalmente o e-mule pode fazer por nós. Vendo o vídeo pelo PC, me lembrei dos meus tenros 11 anos de idade. Me lembrei também que eu tinha muita raiva do Prost, afinal, ele era o maior inimigo do Senna e um cara assim não dava pra gostar. Eu colocava o francês no mesmo patamar do Esqueleto e do Satan-Goos. A raiva mútua entre Senna e Prost era enorme na época e o francês era tratado com o vilão nacional. Mais velho, percebi que era besteira cultivar um ódio por um grande piloto só por que ele derrotava o "heroi" Senna. Hoje, admiro Prost tanto quanto Senna.
Em 1993, Prost venceu o campeonato, mas Senna foi o nome do ano. Suas corridas foram recheadas de superação contra as Williams de Prost e do novato Damon Hill. Mas havia também um alemão. Michael Schumacher já era uma estrela em ascenção e merecia tanto respeito quanto os demais. Schumacher também mostrou muita superação em suas disputas com a Williams, chegando a ficar entre elas em algumas oportunidades, mas parecia que seu objeito era outro.
As brigas entre Schumacher e Senna foram sensasionais e por mais incrível que pareça, Schumacher levou vantagem na maioria. Contudo, Senna não deixava barato e a briga era feia entre os dois. No Canadá, já com o motor quebrando, Senna permaneceu à frente de Schumacher por várias voltas e mesmo quando o motor quebrou, ele ficou por dentro de uma curva. Então, Schumacher colocou por fora, num espaço minúsculo e ainda tocou rodas com o brasileiro, que encostou a McLaren logo em seguida...
Em Silverstone, todos se lembram mais da briga entre Senna e Prost, mas a briga entre Senna e Schumacher foi tão forte quanto a primeira, a ponto de Flavio Briatore (olha aí...) ficar fulo da vida com Senna.
Hoje, o mundo ainda lamenta pela batalha épica que seria entre Senna e Schumacher e especulações e comparações são feitas para quem tiver paciência de ver. Mas vendo o vídeo ontem, só tenho uma certeza: eles se odiariam! A briga seria ainda mais feia do que da época com Prost e Schumacher seria ainda mais hostilizado do que hoje pelas viúvas do Senna. Apesar disso, a briga entre Senna e Schumacher seria espetacular e passados quase 13 anos, é muito difícil especular o que teria acontecido.
Em 1993, Prost venceu o campeonato, mas Senna foi o nome do ano. Suas corridas foram recheadas de superação contra as Williams de Prost e do novato Damon Hill. Mas havia também um alemão. Michael Schumacher já era uma estrela em ascenção e merecia tanto respeito quanto os demais. Schumacher também mostrou muita superação em suas disputas com a Williams, chegando a ficar entre elas em algumas oportunidades, mas parecia que seu objeito era outro.
As brigas entre Schumacher e Senna foram sensasionais e por mais incrível que pareça, Schumacher levou vantagem na maioria. Contudo, Senna não deixava barato e a briga era feia entre os dois. No Canadá, já com o motor quebrando, Senna permaneceu à frente de Schumacher por várias voltas e mesmo quando o motor quebrou, ele ficou por dentro de uma curva. Então, Schumacher colocou por fora, num espaço minúsculo e ainda tocou rodas com o brasileiro, que encostou a McLaren logo em seguida...
Em Silverstone, todos se lembram mais da briga entre Senna e Prost, mas a briga entre Senna e Schumacher foi tão forte quanto a primeira, a ponto de Flavio Briatore (olha aí...) ficar fulo da vida com Senna.
Hoje, o mundo ainda lamenta pela batalha épica que seria entre Senna e Schumacher e especulações e comparações são feitas para quem tiver paciência de ver. Mas vendo o vídeo ontem, só tenho uma certeza: eles se odiariam! A briga seria ainda mais feia do que da época com Prost e Schumacher seria ainda mais hostilizado do que hoje pelas viúvas do Senna. Apesar disso, a briga entre Senna e Schumacher seria espetacular e passados quase 13 anos, é muito difícil especular o que teria acontecido.
quinta-feira, 1 de março de 2007
Vamos para 2007!
Chegamos ao mês de março. Finalmente para os fãs da F1, entramos no mês mais esperado do ano. Daqui a 15 dias começam os primeiros treinos livres para o GP da Austrália. E no dia 18, o grande dia. Após 3 meses de testes e muito expectativa e especulação, vamos ver quem será o grande binômio carro-piloto da temporada 2007.
A receita deste ano está mais mexida do que nos anos anteriores e isso causa uma expectativa maior do que nas temporadas passadas. Hoje existem 3 grandes equipes e em todas elas houve grandes mudanças para esse ano e essas mudanças já foram ditas e comentadas a torto e a direito durante o final da temporada passada. Mas olhando apenas para o que aconteceu no Bahrein nas últimas duas semanas, muita coisa pode ser dita sobre todos os personagens de 2007.
Começando por quem não foi para o Bahrein. A Williams parece estar no mesmo nível do ano passado, ou seja, um carro rápido, mas ainda muito longe dos dias de glórias. Surpreendentemente Nico Rosberg andou muito mais rápido do que Alex Wurz em Barcelona e isso pode sepultar de vez a carreira do austríaco, hoje visto muito mais como piloto de testes do que um piloto verdadeiramente de corrida. E Rosberg precisa mesmo de uma temporada mais consistente, pois sua metade final de ano foi tenebrosa e muitos passaram a duvidar que ele fosse mesmo um futuro campeão em potencial. A Williams andou bem em algumas corridas no ano passado, mas a confiabilidade do carro deixou muito a desejar.
Já a Spyker pode vir a ser o fecha-grid deste ano. Última equipe a apresentar seu carro novo, a equipe holandesa parece estar um pouco perdida com vários pilotos pagantes dentro da equipe. Para piorar, o carro não está lá essas coisas e tomou em média 1s da Williams. Coitado do Mike Gascoigne...
A Red Bull e a Toro Rosso tem carros iguais e ninguém pode negar esse fato. Como ninguém pode negar o fato de que o carro (ou os carros) são ruins de doer. Coulthard e Webber apanharam bastante durante a pré-temporada com um carro que era lento e quebrava a quilo. E como a Toro Rosso é o mesmo carro e os pilotos ainda são inexperientes e festeiros, Gerhard Berger terá muito trabalho em 2007.
A Super Aguri deve aparesentar seu carro na semana do GP da Austrália com o carro da Honda de 2006. Aliás, gosto dessa iniciativa, mas Williams e Spyker não e isso deve causar problemas a equipe japonesa. E falando em Honda, na última semana eles apresentaram a nova pintura do carro. Nova e diferente. Contudo, diferente não significa bonito. E veloz também. Pelo menos isso disseram Button e Barrichello, que nitidamente andaram pra trás em relação a 2006.
A Toyota deve entrar numa crise existencial em 2007, pois mais um carro ruim foi feito e a pressão deve crescer bastante da matriz japonesa. Já se falam até na aposentadoria do Ralf...
A BMW-Sauber tem um bom carro, um ótimo motor e uma dupla de pilotos explosiva. O problema é que Heidfeld é bom, Kubica é ótimo e o carro é explosivo! Os problemas de confiabilidade que a BMW apresenta desde os tempos da Brabham (!) estão tão fortes como sempre estiveram e isso pode acabar com um campeonato que parece ser promissor para a equipe. Outra problema a resolver é a briga entre Heidfeld e Kubica. Heidfeld parece estar com inveja do seu jovem companheiro de equipe e isso pode atrapalhar mais do que ajudar.
A Renault também tem problemas com seus pilotos. O carro parece ser bom, seguindo a receita do ano passado, mas a dupla de pilotos será o calcanhar de aquiles da equipe francesa. Fisichella deve estar dando Graças a Deus por ainda estar na Renault, mas Briatore não deve ser tão bonzinho como foi até agora e se Fisico, pelo menos, não brigar pelo título, meu quase xará deve se juntar a Schumacher no barco de pescar. Ninguém duvida da qualidade de Kovalainen, mas um novato dificilmente vence campeonato e só a partir de 2008 veremos o que o finlandês poderá fazer.
Na McLaren, Alonso tentará repetir o que Schumacher já fez, ou seja, tirar uma equipe tradicional do limbo e leva-la de volta ao olimpo dos campeões. Será difícil? E muito! Ele conseguirá? Provavelmente. O carro tem se mostrado rápido e tem quebrado cada vez menos e isso pode ser um ponto a favor do espanhol, que terá a companhia de Lewis Hamilton, um novato na F1, mas que será campeão um dia. Podem me cobrar!
Lembro que até o último teste da pré-temporada de 2004, muitos apostavam na Williams-BMW e na McLaren, até que Schumacher estraçalhou com seus rivais em Ímola e ele foi campeão. De certa forma, isso tá acontecendo esse ano. Felipe Massa liderou quase todos os dias no Bahrein, última escala antes da Asutrália e a Ferrari parte com tudo para 2007. Porém, a scuderia não tem mais Michael Schumacher e desta vez não há piloto número 1. Uma briga entre Raikkonen e Massa será sadio e legal de se ver... do lado de fora! Lá dentro, isso pode dividir a equipe e Alonso se aproveitar e partir para o tri.
Isso vai acontecer? Não sei, mas é a minha aposta.
A receita deste ano está mais mexida do que nos anos anteriores e isso causa uma expectativa maior do que nas temporadas passadas. Hoje existem 3 grandes equipes e em todas elas houve grandes mudanças para esse ano e essas mudanças já foram ditas e comentadas a torto e a direito durante o final da temporada passada. Mas olhando apenas para o que aconteceu no Bahrein nas últimas duas semanas, muita coisa pode ser dita sobre todos os personagens de 2007.
Começando por quem não foi para o Bahrein. A Williams parece estar no mesmo nível do ano passado, ou seja, um carro rápido, mas ainda muito longe dos dias de glórias. Surpreendentemente Nico Rosberg andou muito mais rápido do que Alex Wurz em Barcelona e isso pode sepultar de vez a carreira do austríaco, hoje visto muito mais como piloto de testes do que um piloto verdadeiramente de corrida. E Rosberg precisa mesmo de uma temporada mais consistente, pois sua metade final de ano foi tenebrosa e muitos passaram a duvidar que ele fosse mesmo um futuro campeão em potencial. A Williams andou bem em algumas corridas no ano passado, mas a confiabilidade do carro deixou muito a desejar.
Já a Spyker pode vir a ser o fecha-grid deste ano. Última equipe a apresentar seu carro novo, a equipe holandesa parece estar um pouco perdida com vários pilotos pagantes dentro da equipe. Para piorar, o carro não está lá essas coisas e tomou em média 1s da Williams. Coitado do Mike Gascoigne...
A Red Bull e a Toro Rosso tem carros iguais e ninguém pode negar esse fato. Como ninguém pode negar o fato de que o carro (ou os carros) são ruins de doer. Coulthard e Webber apanharam bastante durante a pré-temporada com um carro que era lento e quebrava a quilo. E como a Toro Rosso é o mesmo carro e os pilotos ainda são inexperientes e festeiros, Gerhard Berger terá muito trabalho em 2007.
A Super Aguri deve aparesentar seu carro na semana do GP da Austrália com o carro da Honda de 2006. Aliás, gosto dessa iniciativa, mas Williams e Spyker não e isso deve causar problemas a equipe japonesa. E falando em Honda, na última semana eles apresentaram a nova pintura do carro. Nova e diferente. Contudo, diferente não significa bonito. E veloz também. Pelo menos isso disseram Button e Barrichello, que nitidamente andaram pra trás em relação a 2006.
A Toyota deve entrar numa crise existencial em 2007, pois mais um carro ruim foi feito e a pressão deve crescer bastante da matriz japonesa. Já se falam até na aposentadoria do Ralf...
A BMW-Sauber tem um bom carro, um ótimo motor e uma dupla de pilotos explosiva. O problema é que Heidfeld é bom, Kubica é ótimo e o carro é explosivo! Os problemas de confiabilidade que a BMW apresenta desde os tempos da Brabham (!) estão tão fortes como sempre estiveram e isso pode acabar com um campeonato que parece ser promissor para a equipe. Outra problema a resolver é a briga entre Heidfeld e Kubica. Heidfeld parece estar com inveja do seu jovem companheiro de equipe e isso pode atrapalhar mais do que ajudar.
A Renault também tem problemas com seus pilotos. O carro parece ser bom, seguindo a receita do ano passado, mas a dupla de pilotos será o calcanhar de aquiles da equipe francesa. Fisichella deve estar dando Graças a Deus por ainda estar na Renault, mas Briatore não deve ser tão bonzinho como foi até agora e se Fisico, pelo menos, não brigar pelo título, meu quase xará deve se juntar a Schumacher no barco de pescar. Ninguém duvida da qualidade de Kovalainen, mas um novato dificilmente vence campeonato e só a partir de 2008 veremos o que o finlandês poderá fazer.
Na McLaren, Alonso tentará repetir o que Schumacher já fez, ou seja, tirar uma equipe tradicional do limbo e leva-la de volta ao olimpo dos campeões. Será difícil? E muito! Ele conseguirá? Provavelmente. O carro tem se mostrado rápido e tem quebrado cada vez menos e isso pode ser um ponto a favor do espanhol, que terá a companhia de Lewis Hamilton, um novato na F1, mas que será campeão um dia. Podem me cobrar!
Lembro que até o último teste da pré-temporada de 2004, muitos apostavam na Williams-BMW e na McLaren, até que Schumacher estraçalhou com seus rivais em Ímola e ele foi campeão. De certa forma, isso tá acontecendo esse ano. Felipe Massa liderou quase todos os dias no Bahrein, última escala antes da Asutrália e a Ferrari parte com tudo para 2007. Porém, a scuderia não tem mais Michael Schumacher e desta vez não há piloto número 1. Uma briga entre Raikkonen e Massa será sadio e legal de se ver... do lado de fora! Lá dentro, isso pode dividir a equipe e Alonso se aproveitar e partir para o tri.
Isso vai acontecer? Não sei, mas é a minha aposta.