Não há mais do que se reclamar de Lewis Hamilton. Ele não brigava mais seriamente pelas vitórias? O inglesinho venceu duas seguidas na América do Norte. Ele não fazia ultrapassagens? Pergunta para o Raikkonen sobre esse assunto. Só faltava mesmo saber como se comportava Hamilton na chuva. Hoje sabemos muito bem. Hamilton pôs uma mão na taça ao vencer o tumultuado Grande Prêmio do Japão em Fuji e como Alonso bateu na tentativa de alcançar seu companheiro de equipe, Hamilton pode, e deve, entrar para a história na China, cenário do próximo Grande Prêmio da F1 na semana que vem. Fora o fato de ser o primeiro estreante a se tornar campeão mundial, Hamilton baterá o recorde de precocidade que ainda é de... Fernando Alonso!
Por muito pouco a corrida em Fuji não se realizou por causa da chuva torrencial que castigou o autódromo japonês neste domingo, lembrando muito a primeira edição do Grande Prêmio do Japão realizado no mesmo autódromo em 1976. Além disso uma neblina forte piorava ainda mais a visibilidade dos pilotos. Sinceramente, não lembro de ter assistido uma corrida com tanta chuva como a de hoje. E também com tantas voltas de safety-car. Bernd Maylander liderou a corrida de Fuji por quarenta minutos um total de dezoito voltas. Donde aconteceram os primeiros incidentes. Felipe Massa rodou de forma vexaminosa atrás do seu companheiro de equipe, mas antes que crucifiquem Massa, a Ferrari tinha escolhido colocar os pneus intermediários no carro do brasileiro e logo depois desfêz a besteira e trocou tanto os calçados de Massa como o que Raikkonen, também por pressão da direção de prova por causa da quantidade de água na pista. O resultado era as duas Ferraris na última posição, mas o safety-car passou tanto tempo na pista que vários pilotos mudaram suas estratégias. Contudo Massa piorou sua situação quando ultrapassou alguém atrás do safety-car e teria que pagar um drive-through quando a corrida começasse de verdade.
Quando a bandeira verde apareceu, as McLaren sumiram em suas próprias cortinas de água liderados por Hamilton. Mais atrás Heidfeld era tocado por Button ainda na primeira curva e a vantagem de Alonso para o terceiro colocado já era enorme no final da primeira volta valendo. Porém o interessante era justamente o terceiro colocado: Sebastian Vettel. O alemão de 20 anos estava levando com muita categoria seu Toro Rosso ao terceiro posto e não era ameaçado pelo mais experiente Mark Webber em seu Red Bull. As primeiras vítimas da chuva foram Button e Sato, com o bico quebrado dos seus carros. Apesar das condições amplamente desfavoráveis, apenas Wurz estava de fora após bater em Massa na relargada.
Com tantas voltas atrás do safety-car, a McLaren chamou seus pilotos para colocar combustível até o final da prova. Hamilton menteve um ritmo bom, mas Alonso teve muitas dificuldade e levou um toque de Vettel, que tinha feito sua parada e estava ultrapassando Alonso de fato e de direito. Corridaça de Vettel! Porém Hamilton não teve vida fácil e levou um toque infantil de Kubica numa tentativa de ultrapassagem meio louca do polonês, que acabou punido pela manobra logo depois. À medida que os demais pilotos da frente paravam e os tanques da McLaren se esvaziavam, o ritmo de Alonso aumentou. Porém tudo deu errado para o espanhol quando seu carro aquaplanou. Foi uma batida forte e a McLaren de Alonso ficou parada no meio da pista, trazendo mais uma vez o safety-car. Alonso saiu do carro e sem demonstrar muita irritação, saiu da cena do acidente talvez já pensando em 2008.
Com todas as paradas, Massa tinha pulado para quinto e Barrichello para oitavo, mas estava na cara que ambos ainda parariam. Hamilton tinha a faca e o queijo na mão, mas numa pista tão molhada, tudo podia acontecer. Até mesmo Vettel acabar com sua promissora corrida ao acertar Mark Webber na traseira durante o safety-car. O australiano ficou uma fera, pois o segundo lugar estava mais do que seguro e esse seria o melhor resultado da Red Bull, enquanto a Vettel só restou o choro da calamidade cometida. Com isso quem subia para segundo era Kovalainen, com apenas uma parada. Hamilton disparou na seguda relargada, enquanto Raikkonen dava show debaixo de chuva ao fazer uma bela ultrapassagem por fora em cima de Coulthard. Com a esperada parada de Massa, Kimi foi para cima do compatriota Kovalainen e os dois finlandeses deram um show de perícia, pois a chuva tinha aumentado no final.
Hamilton se resguardou até o fim e venceu com 8s de vantagem sobre Kovalainen, que deu o primeiro pódio do ano à Renault e coroou sua evolução na temporada. Apenas com chances matemáticas de ser campeão, Raikkonen pressionou Kova, mas se conformou com a terceira posição. Foi a primeira vez na história da F1 que dois finlandeses compartilharam o pódio. Com o abandono de Heidfeld no final da corrida, Kubica e Massa proporcionaram uma briga sensacional na última volta e por mais que os puristas tenham ficado alarmados com a comparação com a inesquecível batalha entre Villeneuve e Arnoux em Dijon/1979, a disputa entre o polônes e o brasileiro lembrou, sim, a histórica briga no final daquela corrida nos anos 70. Sendo que Massa superou Kubica debaixo de muita chuva. Liuzzi poderia ter diminuído a sensação de decepção da Toro Rosso ao marcar seu primeiro ponto na temporada, mas o italiano levou uma punição e o último ponto do Grande Prêmio do Japão ficou para... Adrian Sutil da Spyker. O jovem alemão não fez uma corrida tão performática como na Bélgica, mas desta vez teve seu talento recompensado com um ponto. Barrichello teve uma ótima chance de marcar pontos numa corrida tão confusa como a de hoje, mas o brasileiro teve que se conformar com o décimo posto, enquanto os donos da casa, a Toyota, tiveram que amargar a última posição de Trulli, atrás até mesmo da Spyker de Sakon Yamamoto. O carro pode ser ruim, mas será o problema é só o carro mesmo?
Com esse triunfo, Hamilton se aproximou bastante do título deste ano e fiquei pensando de como será a cabeça desse inglês se o seu favoritismo se confirmar. A maioria dos filmes de Hollywood sobre esportes sempre tem o mesmo enredo. É o grande campeão sendo desafiado por novato-sensação-herói que veio do nada, batalham amistosamente até que algo acontece entre eles (normalmente é uma mulher que atravessa o caminho de ambos) e o novato começa a se cair de rendimento, porém no final do filme o novato derrota o velho campeão e tudo acaba bem para todo mundo. Contudo o filme normalmente só retrata uma temporada. Hamilton pode ter sua temporada hollywoodiana, mas como será a segunda temporada. Quais as motivações de um garoto negro, quem enfrentou uma barra pesada no começo da carreira numa categoria elitista, foi adotado e logo de cara se tornar o melhor piloto da mundo com apenas 22 anos de idade? Só o futuro dirá, mas para completar esse enredo de sonho, Hamilton terá que ser campeão, mas a forma como ele vem andando, dificilmente Lewis não levantará a taça.
domingo, 30 de setembro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
O preferido venceu
Como não podia assistir o treino deste sábado em plena madrugada, pensei no que disse a metereologia ainda na quinta. Será que vai chover na Classificação? Pensei enquanto tentava me livrar de uma incômoda insônia que não me deixava dormir logo. Logo que acordei, vi que esses japoneses sabem mesmo prever o tempo. Um toró já tinha cancelado o terceiro treino livre, mas não foi o suficiente para neutralizar a Classificação, mas essa seria com pista molhada. Hamilton tinha falado, em duas entrevistas para lá de polêmicas, que a McLaren tinha conhecido muito bem seus pilotos durante o ano e que uma escolha tinha sido feita: vamos ajudar Hamilton, já que esse espanhol nos odeia!
Por isso não foi surpresa a enorme festa promovida pela McLaren com a pole position de Hamilton em cima de Alonso nos momento derradeiros da Classificação. O espanhol, que estava dominando a Classificação desde a Q2, se viu superado por apenas 0.07s pelo companheiro de equipe e agora inimigo fidagal Lewis Hamilton. Para quem acha a Ferrari fora do páreo, Raikkonen e Massa ficaram bastante próximos dos carros prateados e os pilotos vermelhos esperarão que algo aconteça entre Alonso e Hamilton na primeira curva. Algo bem plausível pelo estado de beligerância entre os dois.
Mais de 1s atrás do G4, vem Heidfeld para novamente liderar a segunda divisão da F1. Desta vez a BMW não monopolizou a terceira fila, pois Kubica não passou de uma nona posição. Quem tirou a marca bávara da primazia da terceira fila foi... a Honda de Jenson Button. O inglês andou como nunca e correndo em casa a Honda fez uma mágica tirando o que dava e o que não dava do seu péssimo carro. Mas isso conta muito contra Barrichello, que não passou da Q1 e irá largar dez posições atrás do companheiro de equipe, numa situação, na chuva, em que antes favorecia o brasileiro.
Outra zebra foi o ótimo desempenho de Sebastian Vettel, que pôs seu Toro Rosso numa ótima oitava posição. O alemão mostrou muito serviço na chuva em sua primeira experiência nessas condições na F1 e com esse carro. De forma discreta, Vettel vem mostrando a que veio. A Renault foi a grande desilusão do sábado ao não colocar nenhum dos seus carros na Q3, após uma ótima seqüência de Kovalainen. Correndo em casa a Toyota não foi além da décima terceira posição de Trulli e um acidente bizonho de Ralf Schumacher. Rosberg mostrou sua ótima forma ao marcar o sexto tempo, mas como tinha trocado o motor, largará dez posições depois. Só assim para Wurz largar próximo do seu companheiro de equipe... Para desespero da torcida local, os dois japoneses dividirão a última fila amanhã, com Sato superando o sempre último colocado Yamamoto.
Na luta pelo campeonato, Hamilton e Alonso largarão na primeira fila e Alonso pensará duas vezes antes de jogar seu carro em Hamilton, já que o inglês mostrou em suas declarações que vem fervendo para as últimas três corridas do ano. Contudo o mais interessante é a previsão de chuva para este domingo em Fuji: chuva. Se os japoneses continuarem na mesma toada, amanhã será dia de corrida movimentada.
História: 10 anos do Grande Prêmio de Luxemburgo de 1997
Além da briga entre Schumacher e Villeneuve que caracterizou a temporada 1997, outras histórias aconteciam e interferiam no pelotão da frente. A McLaren finalmente andava entre os primeiros colocados após a saída de Senna e a parceria com a Mercedes. A marca alemã já disponibilizava os melhores motores da F1 na época e correndo em casa, a casa de Stuttgart queria repetir as vitórias conquistadas em conjunto com a McLaren em Melbourne e Monza. Ambas com David Coulthard. Apesar de ter duas vitórias para os carros prateados, Coulthard não tinha a preferência de Ron Dennis, que ainda preferia Mika Hakkinen. O finlandês era piloto contratado da McLaren desde 1992 e enfrentou a morte no final de 1995 para poder continuar correndo de F1. Porém, Hakkinen não teve muita sorte durante a temporada e várias quebras dominaram o ano do finlandês. Algumas bens cruéis, como na Inglaterra, quando Hakkinen liderava faltando dez voltas e o motor Mercedes quebrou. A ainda inédita vitória do finlandês ainda estava para acontecer, mas ninguém discutia a proximidade do feito.
Para poder acomodar duas corridas na Alemanha com o intuito de saciar a Schummymania, a F1 inventou o Grande Prêmio de Luxemburgo. Logicamente que o pequeno país europeu não tinha condições de ter um autódromo, mas Nürburgring, que fica pertinho do país, estava a disposição. A Mercedes resolveu colocar os motores de nova geração a disposição dos pilotos da McLaren e o resultado foi uma surpreendente dominação de Mika Hakkinen frente aos poderosos Williams de Villeneuve e Frentzen. Era a primeira pole do finlandês na F1! Schumacher confirmava a má fase da Ferrari e estava apenas em quinto no grid. A novidade fora das pistas era a saída de Flavio Briatore da Benetton após uma temporada para se esquecer da equipe italiana. David Richards substituiria o folclórico italiano, mas os resultados foram os mesmos.
Grid:
1) Hakkinen(McLaren) - 1:16.602
2) Villeneuve(Williams) - 1:16.691
3) Frentzen(Williams) - 1:16.741
4) Fisichella(Jordan) - 1:17.289
5) M.Schumacher(Ferrari) - 1:17.385
6) Coulthard(McLaren) - 1:17.387
7) Berger(Benetton) - 1:17.587
8) R.Schumacher(Jordan) - 1:17.595
9) Barrichello(Stewart) - 1:17.614
10) Alesi(Benetton) - 1:17.620
No domingo, Hakkinen completou 29 anos de vida e logo de manhã
o finlandês parecia conquistar a primeira parte do seu presente de aniversário ao liderar o warm-up com mais de meio segundo de vantagem sobre o segundo colocado. A expectativa na largada era como Hakkinen dominaria a ansiedade de largar na posição de honra pela primeira vez, enquanto Villeneuve tentaria largar bem e ganhar mais pontos em cima de Schumacher, que largava mais atrás. Quando as cinco luzes apagaram, quem surpreendeu foi Coulthard que saiu da terceira fila para o segundo lugar! Na aproximação da primeira curva, Villeneuve e Frentzen chegam lado a lado e os companheiros de equipe tocam rodas! Villeneuve coloca uma roda na brita, mas permanece em terceiro, enquanto Frentzen acaba desligando o seu carro sem querer e perde várias posições...
Essa tinha sido a primeira parte do caos que seria a largada deste Grande Prêmio. Mais atrás, Schumacher fica bem à esquerda para a primeira curva, enquanto Fisichella tentava segurar seu companheiro de equipe Ralf, largara muito bem.
O toque entre os dois Jordan foi inevitável e o carro de Ralf voou para cima... da Ferrari de Michael Schumacher! O pneu traseiro de Ralf ficou muito próximo do capacete do seu irmão Michael, enquanto o Schumacher mais velho ia para a brita, levando consigo Berger e Katayama. Fisichella e Ralf, que já não se falavam, abandonaram ali mesmo. Michael Schumacher voltou à pista em décimo, mas com o carro muito desequilibrado, ele saí da pista na última chicane e abandona logo depois com a suspensão avariada. O alemão estava possesso com o próprio irmão, mas após uma longa conversa no caminhão da Ferrari, os dois selaram a paz ali mesmo. Mas o campeonato de Schumacher estava a perigo.
De volta à corrida, as duas McLarens faziam uma improvável dobradinha com Hakkinen à frente. O finlandês logo imprime um ritmo muito forte e se distancia de Coulthard, que tinha o contente e relaxado Villeneuve por perto. Se aproveitando da confusão da primeira curva, Barrichello pula de nono para quarto! Mais atrás, Frentzen e Berger recuperavam as posições perdidas e faziam várias ultrapassagens. O péssimo final de semana da Ferrari termina na volta 22 com Irvine abandonando com o motor quebrado. Na volta 28 Hakkinen e Villeneuve fazem suas primeiras paradas, mas a diferença que o finlandês tinha colocado em cima de Coulthard até então era tão grande que o escocês tinha apenas 9s de vantagem sobre o companheiro de equipe quando Mika voltou à pista.
Coulthard faz sua parada e sem perspectiva de ameaçar Hakkinen, volta bem à frente de Villeneuve e a primeira dobradinha da McLaren-Mercedes parecia muito clara nesse momento. Porém... Na volta 42 David Coulthard reduz a velocidade do seu carro em frente aos boxes e abandona seu carro com o motor quebrado bem na saída dos boxes. Bem na hora em que a TV mostrava a cara de Norbert Haug, chefe de competições da Mercedes, o alemão apontava para a pista e via uma cena totalmente inacreditável. Uma volta depois de Coulthard, Hakkinen tem o motor estourado na reta dos boxes. Quando Hakkinen encosta seu McLaren na frente do carro de Coulthard, nem o escocês pode acreditar no que via. O sonho de uma dobradinha em casa da Mercedes estava desfeita. Porém, o mais cruel foi Mika abandonar mais uma vez quando liderava bem no dia do seu aniversário. "O que posso dizer. Isso são corridas!", lamentava o finlandês.
Isso significava que Villeneuve estava em primeiro lugar e os dez pontos estavam nas suas
mãos. A chance de Barrichello marcar pontos novamente para a Stewart evaporaram com um problema de câmbio. Isso deu a chance para que Alesi e os recuperados Frentzen e Berger completassem os quatro primeiros colocados. Nas últimas voltas Villeneuve diminuiu o ritmo e recebeu a quadriculada com boa vantagem, enquanto Alesi segurou a pressão do terceiro colocado Frentzen, impedindo uma dobradinha da Williams. Porém, para machucar ainda mais o coração da Mercedes, a Renault fazia uma quadra em plena Alemanha.
Villeneuve estava obviamente feliz com o resultado que praticamente lhe dava o título daquele ano. Com nove pontos de vantagem sobre Schumacher, Villeneuve só precisava chegar à frente do alemão na corrida seguinte em Suzuka, pista que o canadense adorava. Se para Hakkinen o dia foi de tristeza, Villeneuve saboreava mais uma vitória em sua carreira. Só que o canadense não imaginava que aquela seria sua última vitória na F1.
Chegada:
1) Villeneuve
2) Alesi
3) Frentzen
4) Berger
5) Diniz
6) Panis
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
O reencontro em Fuji
Após trinta anos, a F1 se reencontrou com o autódromo de Fuji. O velho circuito japonês não é tão veloz como em 1977, mas ainda tem a enorme reta e o veloz primeiro setor que o caracterizava. O circuito foi bastante modificado no seu último setor, que continha um curvão com enorme velocidade e agora se tem uma infinidade de curvas lentas. Uma pista nova tende a trazer algumas surpresas, mas numa F1 tão asséptica como a atual, as mesmas equipes que lideram o campeonato dominaram no circuito ao sopé do Monte Fuji. E como vem acontecendo a algum tempo, Ferrari e McLaren dominaram as duas sessões de forma alternada.
A sexta-feira em Fuji foi parecida com as demais sextas-feira do ano, com resultados inconclusivos e muitas perguntas na cabeça das equipes. Se a Ferrari dominou na primeira sessão, a McLaren rebateu com sobras na segunda parte. Diferenças de estratégia? Só amanhã saberemos. No entanto, a grande variedade de troca de posições entre os quatro pilotos de McLaren e Ferrari foi bem interessante e isso mostra que o quarteto está bem parelho no Japão.
Correndo literalmente em casa, a Toyota mostrou serviço com Trulli, mas muito provavelmente por um carro mais leve do que o normal. A esperança da gigante nipônica recai sobre a Williams de Rosberg, que novamente andou bem. Mesmo sem nenhum desenvolvimento desde julho, a Renault também se mostrou forte na briga pela segunda divisão da categoria, enquanto a BMW sofre com problemas de câmbio, contudo, não será surpresa ver a equipe novamente na terceira fila amanhã. Usando seu conhecimento da pista, Sutil está andando muito forte com seu anêmico Spyker e colocou o carro laranja em boas posições, ao contrário do seu companheiro Yamamoto, que até se envolveu em um incidente com Barrichello, que continua seu sofrimento na Honda.
A bomba do dia de hoje foi, novamente, fora das pistas. E dentro da McLaren. Alonso surpreendeu ao dizer que não tem problemas com Ron Dennis e está disposto a ficar na McLaren no próximo ano. Cascata? Nunca se sabe! Mas que Lewis Hamilton usou a palavra desleal para com o espanhol, isso é fato! O novato inglês vem mostrando a cada corrida que o seu jeito angelical está apenas no jeito mesmo, pois na hora de bater Hamilton bate com vontade. Outra coisa boa para esta corrida é a previsão de chuva. Ok. Em várias corridas nesse ano a previsão era a mesma e não caiu um pingo do céu, mas a previsão japonesa para o dia de hoje foi impressionante! Eles disseram que não ia chover na sexta e mesmo com nuvens carregadíssimas e a neblina cobrindo o Monte Fuji, não chouveu! A previsão para amanhã? Chuva. E domingo? Mais chuva ainda! Tomara!
A sexta-feira em Fuji foi parecida com as demais sextas-feira do ano, com resultados inconclusivos e muitas perguntas na cabeça das equipes. Se a Ferrari dominou na primeira sessão, a McLaren rebateu com sobras na segunda parte. Diferenças de estratégia? Só amanhã saberemos. No entanto, a grande variedade de troca de posições entre os quatro pilotos de McLaren e Ferrari foi bem interessante e isso mostra que o quarteto está bem parelho no Japão.
Correndo literalmente em casa, a Toyota mostrou serviço com Trulli, mas muito provavelmente por um carro mais leve do que o normal. A esperança da gigante nipônica recai sobre a Williams de Rosberg, que novamente andou bem. Mesmo sem nenhum desenvolvimento desde julho, a Renault também se mostrou forte na briga pela segunda divisão da categoria, enquanto a BMW sofre com problemas de câmbio, contudo, não será surpresa ver a equipe novamente na terceira fila amanhã. Usando seu conhecimento da pista, Sutil está andando muito forte com seu anêmico Spyker e colocou o carro laranja em boas posições, ao contrário do seu companheiro Yamamoto, que até se envolveu em um incidente com Barrichello, que continua seu sofrimento na Honda.
A bomba do dia de hoje foi, novamente, fora das pistas. E dentro da McLaren. Alonso surpreendeu ao dizer que não tem problemas com Ron Dennis e está disposto a ficar na McLaren no próximo ano. Cascata? Nunca se sabe! Mas que Lewis Hamilton usou a palavra desleal para com o espanhol, isso é fato! O novato inglês vem mostrando a cada corrida que o seu jeito angelical está apenas no jeito mesmo, pois na hora de bater Hamilton bate com vontade. Outra coisa boa para esta corrida é a previsão de chuva. Ok. Em várias corridas nesse ano a previsão era a mesma e não caiu um pingo do céu, mas a previsão japonesa para o dia de hoje foi impressionante! Eles disseram que não ia chover na sexta e mesmo com nuvens carregadíssimas e a neblina cobrindo o Monte Fuji, não chouveu! A previsão para amanhã? Chuva. E domingo? Mais chuva ainda! Tomara!
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Salvem o DTM!
A principal categoria de turimo do mundo está passando por um momento bastante delicado em sua história, podendo culminar no fim do campeonato mais interessante no aspecto técnico de carros com rodas cobertas. Tudo por causa de uma possível má-fé dos homens forte da Mercedes, que pediram encarecidamente aos seus pilotos para acertarem os seus colegas da Audi durante a penúltima etapa do campeonato em Barcelona, final de semana passado. Os alvos principais dos pilotos da Mercedes eram Martin Tomczyk e Mattias Ekström, que lideravam o campeonato até então. A primeira vítima foi Ekström, que foi acertado (vejam só!) por Mika Hakkinen ainda no início da corrida. O bicampeão mundial de F1, tão aclamado como um piloto limpo e puro, foi o surpreendente autor da primeira pancada direcionada num piloto da marca das argolas. Os outros acidentes foi uma vergonha deslavada, com os pilotos da Mercedes claramente jogando seus carros propositalmente nos concorrentes da Audi.
Cansada de ver seus pilotos apanhando na pista, a Audi mandou seus carros de volta à garagem faltando menos de dez voltas para o final e assim a corrida em Barcelona terminou com apenas seis carros. Todos da Mercedes. Na maior cara de pau, o pessoal da Estrela de três pontas comemorou como se nada tivesse acontecido, enquanto um turbilhão político estava para começar. Logicamente o pessoal da Audi ficou indignado com essa história e o futuro da categoria está em xeque, pois está nos regulamentos do DTM que a categoria só se realiza com no mínimo duas montadoras e como apenas Mercedes e Audi competem, é fácil fazer as contas para se saber o perigo que corre o DTM a partir da presepada da Mercedes. A sorte do campeonato é que a última etapa em Hockenheim só irá ser realizado em pouco mais de um mês e espero que as coisas se arrumem nesse tempo todo e o bom senso sensibilize os homens de Stuttgart e Ingostadt. E que o DTM não morra novamente.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
História: 25 anos do título de Keke Rosberg
Num campeonato em que a emoção, a polêmica e a tragédia tiveram pitadas iguais durante o ano, a temporada de 1982 se encerraria sobre as luzes de Las Vegas, onde o campeonato de F1 se decidiria pela segunda vez consecutiva no estacionamento do hotel Ceasar's Palace, no deserto de Nevada. Após a corrida em Monza, Keke Rosberg ou John Watson seria o campeão de um ano turbulento que marcou a história da F1, mas a decisão poderia ir para os tribunais, afinal, a desclassificação de Rosberg no Grande Prêmio do Brasil ainda não tinha sido engolida pela Williams e dependendo dos resultados, a equipe de Frank Williams apelaria do resultado em Jacarepaguá. Porém, o finlandês tinha nove pontos de vantagem sobre Watson e tudo o que o irlandês piloto da McLaren poderia fazer era vencer a corrida e esperar que Rosberg não fosse quinto na corrida .
Após a belíssima exibição em Monza, onde marcou sua última pole, Mario Andretti estava confirmado na Ferrari para sua despedida da F1 em casa. As curvas apertadas e as retas curtas favoreciam os carros aspirados e isso poderia ajudar tanto Rosberg como Watson, contudo, quem apareceu muito bem no primeiro dia de treinos foi a Tyrrell de Michele Alboreto e a Ligier de Eddie Cheever, já contratado pela Renault. No entanto, os Renaults turbo de Alain Prost e René Arnoux voltaram a se impor na segunda Classificação e mais uma vez a primeira fila seria toda da equipe francesa, com Prost superando mais uma vez Arnoux, que estava de malas prontas para a Ferrari em 1983. Os pilotos que batalhavam pelo título não brigaram pela pole, com Rosberg em sexto e Watson em nono, separados pelas Ferraris de Andretti e Tambay.
Grid:
1) Prost(Renault) - 1:16.356
2) Arnoux(Renault) - 1:16.786
3) Alboreto(Tyrrell) - 1:17.646
4) Cheever(Ligier) - 1:17.683
5) Patrese(Brabham) - 1:17.772
6) Rosberg(Williams) - 1:17.886
7) Andretti(Ferrari) - 1:17.921
8) Tambay(Ferrari) - 1:17.958
9) Watson(McLaren) - 1:17.986
10) Warwick(Toleman) - 1:18.012
Não era raro na F1 que algumas corridas fossem realizadas no sábado e a etapa decisiva de Las Vegas não seria diferente. E o sábado amanheceu animado com o anúncio da transferência de Jacques Laffite para a Williams e mais um abandono antes mesmo da largada de Patrick Tambay, com seu problema no pescoço ainda não totalmente curado, assim, Mario Andretti faria as honras da casa de Maranello na tentativa da Scuderia de se tornar campeã, ao menos, do
Mundial de Construtores.
Na largada Prost se manteve à frente de Arnoux, enquanto a briga na segunda fila entre Alboreto e Cheever se mostrou forte, com o italiano colocando o piloto de casa para fora da pista de forma clamorosa. Após um toque de rodas entre ambos, Cheever passou a ter fortes vibrações em seu Ligier, mas o americano perdeu apenas a quarta posição para Patrese, enquanto Alboreto permanecia em terceiro atrás das Renaults. Logo na segunda volta Arnoux deixa Prost para trás e os dois carros da Renault disparam à frente de Alboreto.
Na briga pelo campeonato, Rosberg começa a sentir a taça em suas mãos com a péssima largada de Watson, que caíra para décimo segundo após a primeira volta. Porém, o piloto da McLaren teve uma temporada marcada por grandes recuperações e numa grande necessidade como em Las Vegas, Watson partiu para cima de quem via pela frente. Seu primeiro obstáculo era a Ligier de Laffite e Watson deixou o veterano francês para trás na volta quatro e
nas duas voltas seguintes ultrapassou Derek Daly e Derek Warwick. A Williams tinha instruído Daly para seguir Watson de perto e assim o inglês fez.
Após dez voltas muito rápidas da equipe Renault, Arnoux perde rendimento e Alboreto começa a marcar tempos de volta iguais aos dos líderes. Na volta 15 Prost ultrapassa Arnoux, mas a corrida do segundo piloto da Renault termina na volta 21 com problemas de motor. Essa foi a última corrida de René Arnoux na Renault. Mais atrás, Watson continuava sua escalada e na volta 12 ultrapassou Nelson Piquet e partia para cima do seu principal rival pelo título Rosberg. Como era de se esperar, Rosberg não se importa em ceder a sétima posição para Watson na volta 15. Então Watson ultrapassa Andretti e Cheever em duas voltas consecutivas e com o abandono do terceiro colocado Patrese, Watson se via num impressionante terceiro lugar em apenas dezoito voltas!
Mas a vida de Watson não era nada fácil, pois sua desvantagem para a Tyrrell do segundo colocado Alboreto era de mastodônticos 32s! Mario Andretti tem problemas na suspensão traseira de sua Ferrari e abandona sua última corrida na volta 27. Quem se aproveita disso é Keke Rosberg, que já ocupa a suficiente quinta posição que lhe daria o título daquele ano. Com o abandono de Piquet, Rosberg teria seu companheiro de equipe Derek Daly como escudo para eventuais contra-tempos e tudo que Rosberg precisa fazer é levar o carro até o fim.
De forma surpreendente, Alboreto começa a se aproximar de Prost em seu poderoso Renault turbo, enquanto Watson se aproximava dos dois! A corrida fica eletrizante, pois Alboreto começa a atacar Prost na luta pela primeira posição e não podia perder muito tempo por causa da perigosa aproximação de Watson. Na volta 52 Alboreto consegue a ultrapassagem e pela primeira vez na carreira liderava uma corrida de F1! Prost começa a ter problemas nos seus pneus, que tinham vários detritos colados, e causava grande vibração em seu Renault. Quatro voltas depois Watson ultrapassou Prost, mas o irlandês estava com os mesmos problemas do francês e não pôde se aproximar de Alboreto.
Quando chegou à Las Vegas, Alboreto não estava sequer entre os dez primeiros do campeonato e a tradicional equipe Tyrrell não vencia desde 1978, porém, o italiano não foi mais ameaçado durante a corrida e conquistou sua primeira vitória na F1 com incríveis 27s sobre o vice-campeão Watson. Para delírio da torcida americana Eddie Cheever conseguiu ultrapassar Prost nas voltas finais e ficou no degrau mais baixo do pódio. Mesmo se arr
astando na pista, Prost ainda foi capaz de ficar na frente do campeão do ano: Keke Rosberg. Com um quinto lugar na corrida final, uma única vitória e cinco pódios durante o ano, Keke Rosberg garantiu seu primeiro e único título Mundial de F1. E também era o primeiro título da Escandinávia! Mesmo decidindo dois campeonato consecutivos, Las Vegas não faria mais parte do calendário da F1, enquanto Diana Ross dava um toque de elegância no pódio distribuindo beijos nos pilotos - inclusive uma bitoca no vencedor Alboreto - e o público aclamava o campeão Rosberg. Keke Rosberg não é muito lembrado como um piloto excepcional e seu título é até hoje muito contestado no meio da F1, mas não resta dúvidas de que o sueco naturalizado finlandês foi um dos grandes pilotos dos anos 80.
Chegada:
1) Alboreto
2) Watson
3) Cheever
4) Prost
5) Rosberg
6) Daly
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
O rei de Le Mans
Muitos pilotos são reconhecidamente rápidos e vencedores, mas suas maiores glórias estiveram longe do circo da F1. Mesmo tendo boas oportunidades na categoria máxima do automobilismo mundial, certos pilotos conseguem o ápice de suas carreiras em outras categorias ou corridas menos importantes. Esse foi o caso de Henri Pescarolo. Esse francês de cara barbada e meio calvo não teve uma carreira triunfante na F1, mas fora dela imortalizou seu nome na famosa corrida de 24 horas de Le Mans e também no Rally Paris-Dakar. Na véspera de completar 65 anos de idade, vamos olhar a carreira do atual dono da equipe Pescarolo Sports.
Henri-Jacques William Pescarolo nasceu no dia 25 de Setembro de 1942 em Paris e era filho de um cirurgião francês. Henri pretendia seguir a carreira do pai, mas quando já estava no terceiro ano de faculdade de medicina a vida de Pescarolo muda radicalmente. Em 1962 o pai de Henri é convidado para participar de um Rally amador reservado só para médicos e já sabendo do gosto pela velocidade do filho, o papai Pescarolo se inscreve no rally e divide o volante com seu filho. Mesmo sofrendo um acidente em sua primeira tentativa no automobilismo ao lado do pai, Henri Pescarolo fica ainda entusiasmado pelas corridas e logo depois se matricula numa escola de pilotagem da AGACI (Associação de pilotos de carros independentes) no circuito de Montlhéry e logo se torna um dos alunos mais brilhantes.
Em 1964 a revista francesa Sport Auto promove uma competição com vários pilotos amadores franceses munidos de Lotus Sevens. O intuito desse campeonato criado por Jean Lucas e o veterano Gérard Crombac era descobrir novos talentos franceses para o automobilismo. Mais de dez mil pilotos se inscrevem inicialmente, até que apenas 19 pilotos sobram para a fase final, com Pescorolo sendo o representante da região de Paris. A competição era acirrada e vários pilotos que despontariam mais tarde para o automobilismo mundial estavam competindo como Johnny Servoz-Gavin (Savoie), José Dolhem, Patrick Depailler(Auvergne) e Jimmy Mieusset(Lyon). Por ironia do destino, o único piloto que não atingiu a F1 no futuro, Mieusset, foi o vencedor da competição, mas Pescarolo tinha chamado a atenção, vencendo a primeira etapa em Montlhéry e ganhando um título simbólico de melhor piloto em subida de montanha.
Pescarolo tem seu talento reconhecido e é contratado pela Matra ainda em 1965 para disputar a F3. A empresa de tecnologia francesa Matra tinha o claro objetivo de chegar à F1 e para isso trouxe algumas promessas francesas, como os também velozez Jean-Pierre Beltoise, Jean-Pierre Jassaud e Eric Offenstadt. No ano seguinte a Matra sobe para a F2 levando consigo Beltoise e assim Pescarolo se torna o primeiro piloto da equipe Matra de F3, mas o título acaba ficando para com o companheiro de equipe Johnny Servoz-Gavin. Apesar da decepção, Pescarolo se recupera e vence o campeonato francês de F3 em 1967 com o recorde de onze vitórias na temporada. Ainda nesse ano, Pescarolo faz algumas corridas pela equipe Matra na F2 ao lado de Beltoise.
Em 1968 a Matra domina a F2 e Beltoise vence o campenato francês e europeu da categoria com Pescarolo ficando como vice-campeão em ambos os campeonatos. Pescarolo faz sua estréia na F1 no Grande Prêmio do Canadá de 1968 na equipe Matra e abandona a corrida com problemas de pressão de óleo. Porém, Pescarolo começa a conquistar o coração dos franceses em seu habitat natural: Le Mans. No ano em que estréia na F1, Pescarolo participa de sua terceira edição na clássica corrida ao volante do Matra 630B ao lado de Servoz-Gavin e quando o seu jovem companheiro de equipe tem um problema no pára-brisa na chuvosa madrugada francesa, Pescarolo entra no carro mesmo sem pára-brisa, com pouca visibilidade e desobedencendo o chefe da equipe, que anunciara o abandono do carro pouco antes. E Pescarolo coloca o carro na segunda posição pela manhã! Faltando duas horas para o fim da corrida, um pneu explode e finalmente Pescarolo abandona.
Quando sua carreira estava deslanchando, Henri Pescarolo recebe um grande baque em abril de 1969. Líder do campeonato de F2, Pescarolo sofre um sério acidente nos treinos preparatórios da 24 horas de Le Mans. O Matra 640 tem um problema aerodinâmico na reta Hunaudièreses e o carro é jogado contra as árvores. Pescarolo tem seu rosto muito queimado e fratura duas vértebras. Milagrosamente Pescarolo consegue participar da edição de 1969 das 24 Horas de Le Mans, mas perde o campeonato de F2 para sua asa negra Johnny Servoz-Gavin. Já totalmente recuperado do seu acidente, Pescarolo se junta a Beltoise na equipe de F1 da Matra em 1970. Logo na terceira corrida daquela temporada, Pescarolo consegue seu primeiro e único pódio em Mônaco, com um terceiro lugar. Mesmo com esse bom resultado e ter sido escolhido como o melhor piloto francês de 1970, Pescarolo é demitido da equipe Matra e é substituído por Chris Amon na F1.
Desapontado com a Matra, Pescarolo também sai da equipe francesa no Mundial de Esporte-Protótipos e vai para a equipe Esparto Romeo, com um protótipo da Alfa Romeo, onde vence o tradicional 1000 km de Brands Hatch ao lado de Andrea de Adamich. Na F1, Pescarolo é contratado pela pequena equipe chefiada por Frank Williams para dirigir Marchs alugados. Os resultados são péssimos e Pescarolo tem de ser acostumar a fechar o grid na maioria das vezes, mas o francês consegue um resultado de sonho ao ser quarto colocado no Grande Prêmio da Inglaterra em Silverstone e ainda consegue a melhor volta no Grande Prêmio da Itália, que seria por muitos anos a média horária mais rápido da história da F1. Pescarolo continua com Frank Williams em 1972, mas os resultados continuam péssimos e o francês abandona a equipe no final do ano, mesmo tendo estreado um carro fabricado por Frank no GP da Inglaterra desse ano.
Pescarolo não renova com a equipe Esparto Romeo, mas é lembrado pela Matra para disputar as 24 Horas de Le Mans de 1972 ao lado do veteraníssimo Graham Hill. A equipe Matra tinha na época o melhor carro de endurance do mundo e a dupla Pescarolo-Hill teve que enfrentar a outra dupla da equipe francesa, com François Cevert e Howden Ganley ao volante. Pescarolo e Hill vencem seus companheiro de equipe mais jovens e ganham pela primeira vez as 24 Horas de Le Mans, dando a Hill o recorde até hoje não quebrado de ser o único piloto até hoje a ter vencido em Mônaco, Indianápolis e Le Mans. Pescarolo ainda teve tempo para correr pela equipe Rondel de F2 em 1972 para ajudar seu amigo (e iniciante no negócio) Ron Dennis e o francês vence uma corrida em Enna-Pergusa.
Sem equipe na F1, Pescarolo se concentra unicamente no Mundial de Esporte-Protótipo em 1973 pela equipe Matra, que o tinha contratado de volta. Pescarolo vence as 6 horas de Vallelunga e os 1000 km de Dijon antes de enfrentar as Ferraris na 24 Horas de Le Mans. A equipe italiana colocou quatro carros na pista para ter o título da tradicional corrida francesa de volta, mas Pescarolo, ao lado de Gérard Larrousse, acabou com o sonho ferrarista ao derrotar os carros vermelhos da dupla Jacky Ickx e Brian Redman. Pescarolo ainda venceria os 1000 km de Zeltweg e as 6 horas de Watkins Glen, se tornando campeão mundial de Esporte-Protótipo. Pescarolo também correu pela equipe de Ron Dennis de F2 e venceu em Thruxton. A equipe March de F1 chama Pescarolo para disputar o Grande Prêmio da Espanha de 1973 no lugar de Jean-Pierre Jarier, mas não faz nada demais.
Porém isso o suficiente para que Pescarolo fosse contratado pela BRM para disputar a temporada de 1974 de F1. Contudo, a tradicional equipe inglesa estava com problemas financeiros e a nona posição de Pescarolo no Grande Prêmio da Argentina foi o melhor resultado do francês. Foi praticamente o fim da sua carreira na F1. Pescarolo continua como piloto contratado da Matra no Mundial de Esporte-Protótipo e ao lado de Larrousse vence em Spa, Zeltweg e Watkins Glen e a cereja do bolo foi o tricampeonato consecutivo nas 24 Horas de Le Mans. Em 1975 Pescarolo sai da Matra e volta para a equipe Esparto Romeo, agora com carros da Porsche, e vence novamente em Spa, Zeltweg e Watkins Glen. Pescarolo é chamado para correr em Le Mans pela equipe Ligier, mas abandona desta vez.
Em 1976 Pescarolo tenta fazer uma volta à F1 com Surtees alugados, mas o francês não faz nada demais e abandona definitivamente a categoria máximo do automobilismo no final do ano com apenas 56 corridas no currículo. Pescarolo recusa uma proposta da Porsche para correr em Le Mans e isso seria seria bastante ruim para o francês, que vê a equipe alemã vencer com Ickx por três anos seguidos, enquanto Pescarolo não faz nada demais. No início dos anos 80 Pescarolo começa a se dedicar aos rallys e bate um recorde inusitado em 1984: ter cruzado em menor tempo o atlântico à bordo de um avião monomotor. Ainda em 1984 ele volta à Sarthe para um triunfo final. Ao lado de Klaus Ludwig, Pescarolo vence pela quarta vez as 24 Horas de Le Mans à bordo, quem diria, de um Porsche da equipe Joest. Pescarolo se anima com a vitória e volta ao Mundial de Esporte-Protótipo, mas sem o mesmo sucesso de antes, apesar de correr em equipes como Lancia e Mercedes-Sauber.
Em 1988 Pescarolo teve uma ótima chance de vencer as 24 Horas de Le Mans ao ser inscrito pela Jaguar ao lado de Raul Boesel e John Watson, mas o carro quebra durante a madrugada. Porém, foi nesse ano que Pescarolo chegou à Dakar pela primeira vez no Rally Paris-Dakar com um Peugeot 405 Turbo oficial de fábrica. Em 1994, após anos sem ser notado, Pescarolo consegue a pole das 24 horas de Le Mans com um Courage Cougar, mas o trio formado por ele, Frank Lagorce e Alain Ferté abandona ainda de madrugada. No ano seguinte, Pescarolo foi convidado pela Elf para fazer parte de um programa de revelação de novos pilotos e graças a esse programa, pilotos como Sebastien Bourdais e Franck Montagny puderam ter a mesma oportunidade que Pescarolo teve no final do anos 60.
Henri Pescarolo permaneceu na equipe Courage até 1999, quando disputou pela última vez as 24 Horas de Le Mans. Foi a trigésima terceira participação de Pescarolo e até hoje é o recorde de participação de um mesmo piloto na tradicional corrida. No ano 2000, Pescarolo forma a equipe Pescarolo Sport para disputar as 24 Horas de Le Mans e corridas de Endurance pelo mundo. No início a equipe usava chassis cedidos pela Courage, mas desde 2004 a equipe desenvolve o próprio chassi com motor Judd com várias vitórias no campeonato da Le Mans Series e com ótimas participações nas 24 Horas de Le Mans. Enfrentando gigantes como Audi e Peugeot, a equipe de Pescarolo é a única que equipe particular a brigar de igual para igual com as grandes montadoras e isso deve orgulhar bastante Pescarolo, mas com certeza Henri Pescarolo deve se lembrar com mais saudades das incríveis batalhas contra Ferrari e Porsche no início dos anos 70 com seu Matra e o incrível tricampeonato que colocou seu nome definitivamente entre os nomes imortais do automobilismo.
Parabéns Henri Pescarolo!
Henri-Jacques William Pescarolo nasceu no dia 25 de Setembro de 1942 em Paris e era filho de um cirurgião francês. Henri pretendia seguir a carreira do pai, mas quando já estava no terceiro ano de faculdade de medicina a vida de Pescarolo muda radicalmente. Em 1962 o pai de Henri é convidado para participar de um Rally amador reservado só para médicos e já sabendo do gosto pela velocidade do filho, o papai Pescarolo se inscreve no rally e divide o volante com seu filho. Mesmo sofrendo um acidente em sua primeira tentativa no automobilismo ao lado do pai, Henri Pescarolo fica ainda entusiasmado pelas corridas e logo depois se matricula numa escola de pilotagem da AGACI (Associação de pilotos de carros independentes) no circuito de Montlhéry e logo se torna um dos alunos mais brilhantes.
Em 1964 a revista francesa Sport Auto promove uma competição com vários pilotos amadores franceses munidos de Lotus Sevens. O intuito desse campeonato criado por Jean Lucas e o veterano Gérard Crombac era descobrir novos talentos franceses para o automobilismo. Mais de dez mil pilotos se inscrevem inicialmente, até que apenas 19 pilotos sobram para a fase final, com Pescorolo sendo o representante da região de Paris. A competição era acirrada e vários pilotos que despontariam mais tarde para o automobilismo mundial estavam competindo como Johnny Servoz-Gavin (Savoie), José Dolhem, Patrick Depailler(Auvergne) e Jimmy Mieusset(Lyon). Por ironia do destino, o único piloto que não atingiu a F1 no futuro, Mieusset, foi o vencedor da competição, mas Pescarolo tinha chamado a atenção, vencendo a primeira etapa em Montlhéry e ganhando um título simbólico de melhor piloto em subida de montanha.
Pescarolo tem seu talento reconhecido e é contratado pela Matra ainda em 1965 para disputar a F3. A empresa de tecnologia francesa Matra tinha o claro objetivo de chegar à F1 e para isso trouxe algumas promessas francesas, como os também velozez Jean-Pierre Beltoise, Jean-Pierre Jassaud e Eric Offenstadt. No ano seguinte a Matra sobe para a F2 levando consigo Beltoise e assim Pescarolo se torna o primeiro piloto da equipe Matra de F3, mas o título acaba ficando para com o companheiro de equipe Johnny Servoz-Gavin. Apesar da decepção, Pescarolo se recupera e vence o campeonato francês de F3 em 1967 com o recorde de onze vitórias na temporada. Ainda nesse ano, Pescarolo faz algumas corridas pela equipe Matra na F2 ao lado de Beltoise.
Em 1968 a Matra domina a F2 e Beltoise vence o campenato francês e europeu da categoria com Pescarolo ficando como vice-campeão em ambos os campeonatos. Pescarolo faz sua estréia na F1 no Grande Prêmio do Canadá de 1968 na equipe Matra e abandona a corrida com problemas de pressão de óleo. Porém, Pescarolo começa a conquistar o coração dos franceses em seu habitat natural: Le Mans. No ano em que estréia na F1, Pescarolo participa de sua terceira edição na clássica corrida ao volante do Matra 630B ao lado de Servoz-Gavin e quando o seu jovem companheiro de equipe tem um problema no pára-brisa na chuvosa madrugada francesa, Pescarolo entra no carro mesmo sem pára-brisa, com pouca visibilidade e desobedencendo o chefe da equipe, que anunciara o abandono do carro pouco antes. E Pescarolo coloca o carro na segunda posição pela manhã! Faltando duas horas para o fim da corrida, um pneu explode e finalmente Pescarolo abandona.
Quando sua carreira estava deslanchando, Henri Pescarolo recebe um grande baque em abril de 1969. Líder do campeonato de F2, Pescarolo sofre um sério acidente nos treinos preparatórios da 24 horas de Le Mans. O Matra 640 tem um problema aerodinâmico na reta Hunaudièreses e o carro é jogado contra as árvores. Pescarolo tem seu rosto muito queimado e fratura duas vértebras. Milagrosamente Pescarolo consegue participar da edição de 1969 das 24 Horas de Le Mans, mas perde o campeonato de F2 para sua asa negra Johnny Servoz-Gavin. Já totalmente recuperado do seu acidente, Pescarolo se junta a Beltoise na equipe de F1 da Matra em 1970. Logo na terceira corrida daquela temporada, Pescarolo consegue seu primeiro e único pódio em Mônaco, com um terceiro lugar. Mesmo com esse bom resultado e ter sido escolhido como o melhor piloto francês de 1970, Pescarolo é demitido da equipe Matra e é substituído por Chris Amon na F1.
Desapontado com a Matra, Pescarolo também sai da equipe francesa no Mundial de Esporte-Protótipos e vai para a equipe Esparto Romeo, com um protótipo da Alfa Romeo, onde vence o tradicional 1000 km de Brands Hatch ao lado de Andrea de Adamich. Na F1, Pescarolo é contratado pela pequena equipe chefiada por Frank Williams para dirigir Marchs alugados. Os resultados são péssimos e Pescarolo tem de ser acostumar a fechar o grid na maioria das vezes, mas o francês consegue um resultado de sonho ao ser quarto colocado no Grande Prêmio da Inglaterra em Silverstone e ainda consegue a melhor volta no Grande Prêmio da Itália, que seria por muitos anos a média horária mais rápido da história da F1. Pescarolo continua com Frank Williams em 1972, mas os resultados continuam péssimos e o francês abandona a equipe no final do ano, mesmo tendo estreado um carro fabricado por Frank no GP da Inglaterra desse ano.
Pescarolo não renova com a equipe Esparto Romeo, mas é lembrado pela Matra para disputar as 24 Horas de Le Mans de 1972 ao lado do veteraníssimo Graham Hill. A equipe Matra tinha na época o melhor carro de endurance do mundo e a dupla Pescarolo-Hill teve que enfrentar a outra dupla da equipe francesa, com François Cevert e Howden Ganley ao volante. Pescarolo e Hill vencem seus companheiro de equipe mais jovens e ganham pela primeira vez as 24 Horas de Le Mans, dando a Hill o recorde até hoje não quebrado de ser o único piloto até hoje a ter vencido em Mônaco, Indianápolis e Le Mans. Pescarolo ainda teve tempo para correr pela equipe Rondel de F2 em 1972 para ajudar seu amigo (e iniciante no negócio) Ron Dennis e o francês vence uma corrida em Enna-Pergusa.
Sem equipe na F1, Pescarolo se concentra unicamente no Mundial de Esporte-Protótipo em 1973 pela equipe Matra, que o tinha contratado de volta. Pescarolo vence as 6 horas de Vallelunga e os 1000 km de Dijon antes de enfrentar as Ferraris na 24 Horas de Le Mans. A equipe italiana colocou quatro carros na pista para ter o título da tradicional corrida francesa de volta, mas Pescarolo, ao lado de Gérard Larrousse, acabou com o sonho ferrarista ao derrotar os carros vermelhos da dupla Jacky Ickx e Brian Redman. Pescarolo ainda venceria os 1000 km de Zeltweg e as 6 horas de Watkins Glen, se tornando campeão mundial de Esporte-Protótipo. Pescarolo também correu pela equipe de Ron Dennis de F2 e venceu em Thruxton. A equipe March de F1 chama Pescarolo para disputar o Grande Prêmio da Espanha de 1973 no lugar de Jean-Pierre Jarier, mas não faz nada demais.
Porém isso o suficiente para que Pescarolo fosse contratado pela BRM para disputar a temporada de 1974 de F1. Contudo, a tradicional equipe inglesa estava com problemas financeiros e a nona posição de Pescarolo no Grande Prêmio da Argentina foi o melhor resultado do francês. Foi praticamente o fim da sua carreira na F1. Pescarolo continua como piloto contratado da Matra no Mundial de Esporte-Protótipo e ao lado de Larrousse vence em Spa, Zeltweg e Watkins Glen e a cereja do bolo foi o tricampeonato consecutivo nas 24 Horas de Le Mans. Em 1975 Pescarolo sai da Matra e volta para a equipe Esparto Romeo, agora com carros da Porsche, e vence novamente em Spa, Zeltweg e Watkins Glen. Pescarolo é chamado para correr em Le Mans pela equipe Ligier, mas abandona desta vez.
Em 1976 Pescarolo tenta fazer uma volta à F1 com Surtees alugados, mas o francês não faz nada demais e abandona definitivamente a categoria máximo do automobilismo no final do ano com apenas 56 corridas no currículo. Pescarolo recusa uma proposta da Porsche para correr em Le Mans e isso seria seria bastante ruim para o francês, que vê a equipe alemã vencer com Ickx por três anos seguidos, enquanto Pescarolo não faz nada demais. No início dos anos 80 Pescarolo começa a se dedicar aos rallys e bate um recorde inusitado em 1984: ter cruzado em menor tempo o atlântico à bordo de um avião monomotor. Ainda em 1984 ele volta à Sarthe para um triunfo final. Ao lado de Klaus Ludwig, Pescarolo vence pela quarta vez as 24 Horas de Le Mans à bordo, quem diria, de um Porsche da equipe Joest. Pescarolo se anima com a vitória e volta ao Mundial de Esporte-Protótipo, mas sem o mesmo sucesso de antes, apesar de correr em equipes como Lancia e Mercedes-Sauber.
Em 1988 Pescarolo teve uma ótima chance de vencer as 24 Horas de Le Mans ao ser inscrito pela Jaguar ao lado de Raul Boesel e John Watson, mas o carro quebra durante a madrugada. Porém, foi nesse ano que Pescarolo chegou à Dakar pela primeira vez no Rally Paris-Dakar com um Peugeot 405 Turbo oficial de fábrica. Em 1994, após anos sem ser notado, Pescarolo consegue a pole das 24 horas de Le Mans com um Courage Cougar, mas o trio formado por ele, Frank Lagorce e Alain Ferté abandona ainda de madrugada. No ano seguinte, Pescarolo foi convidado pela Elf para fazer parte de um programa de revelação de novos pilotos e graças a esse programa, pilotos como Sebastien Bourdais e Franck Montagny puderam ter a mesma oportunidade que Pescarolo teve no final do anos 60.
Henri Pescarolo permaneceu na equipe Courage até 1999, quando disputou pela última vez as 24 Horas de Le Mans. Foi a trigésima terceira participação de Pescarolo e até hoje é o recorde de participação de um mesmo piloto na tradicional corrida. No ano 2000, Pescarolo forma a equipe Pescarolo Sport para disputar as 24 Horas de Le Mans e corridas de Endurance pelo mundo. No início a equipe usava chassis cedidos pela Courage, mas desde 2004 a equipe desenvolve o próprio chassi com motor Judd com várias vitórias no campeonato da Le Mans Series e com ótimas participações nas 24 Horas de Le Mans. Enfrentando gigantes como Audi e Peugeot, a equipe de Pescarolo é a única que equipe particular a brigar de igual para igual com as grandes montadoras e isso deve orgulhar bastante Pescarolo, mas com certeza Henri Pescarolo deve se lembrar com mais saudades das incríveis batalhas contra Ferrari e Porsche no início dos anos 70 com seu Matra e o incrível tricampeonato que colocou seu nome definitivamente entre os nomes imortais do automobilismo.
Parabéns Henri Pescarolo!
domingo, 23 de setembro de 2007
O fator pneu
Esse final de semana fui ao interior visitar meus parentes e nem me liguei da corrida da Stock, que acabei tomando conhecimento meio que sem querer. Assisti a última etapa da Classificação da Stock meio que conversando com meus tios, mas não perdi muita coisa. Ainda bem!
Apesar de não gostar muito da Stock, tenho que admitir que foi uma corridaça com muitas emoções e alternativas entre os líderes. A babaquice dos play-offs teria seus componentes conhecidos após a corrida na quente capital federal brasileira. Essa seria a grande "emoção" dessa corrida. Fala sério! Mais da metade dos componentes da "Fase final" estava garantido e os dezessete que brigavam por seis vagas não eram mais do que uma meia dúzia brigando por umas duas ou três vagas. Porém, Hoover Orsi era um dos que menos tinham chances de passar para os play-offs e com uma vitória heróica conseguiu seu objetivo, que era praticamente impossível antes de começar o final de semana brasiliense.
A corrida foi ótima por alguns motivos, como a utilização do anel externo do autódromo de Brasília e a rédea solta que a maioria dos pilotos tinham a partir dessa corrida, pois ou já estavam garantidos no play-offs ou estavam completamente eliminados. Por isso, o pau comeu! Os pilotos mais ajuizados tiveram a paciência necessária para subir pelo pelotão em meio aos acidentes, toques e abandonos. Esse foi o caso de Orsi e principalmente de Ingo Hoffmann, que saiu lá de trás para ser segundo. Contudo, outro fator a ajudar a beleza da corrida de hoje foi os pneus. É totalmente inacreditável um fornecedor de pneu como a Pirelli entregar compostos tão ruins para as equipes da Stock e o resultado é a proibição do dono da Stock Carlos Col proibir os pilotos falarem dos pneumáticos após as corridas. Afinal, qual piloto irá falar bem de pneu que ora estoura sem aviso, ora perde rendimento de forma aterradora? Já passou da hora da Pirelli fazer alguma coisa ou até mesmo a organização da Stock mudar de fornecedor. Será que a Stock esperará por algo mais grave para tomar alguma decisão?
Apesar de não gostar muito da Stock, tenho que admitir que foi uma corridaça com muitas emoções e alternativas entre os líderes. A babaquice dos play-offs teria seus componentes conhecidos após a corrida na quente capital federal brasileira. Essa seria a grande "emoção" dessa corrida. Fala sério! Mais da metade dos componentes da "Fase final" estava garantido e os dezessete que brigavam por seis vagas não eram mais do que uma meia dúzia brigando por umas duas ou três vagas. Porém, Hoover Orsi era um dos que menos tinham chances de passar para os play-offs e com uma vitória heróica conseguiu seu objetivo, que era praticamente impossível antes de começar o final de semana brasiliense.
A corrida foi ótima por alguns motivos, como a utilização do anel externo do autódromo de Brasília e a rédea solta que a maioria dos pilotos tinham a partir dessa corrida, pois ou já estavam garantidos no play-offs ou estavam completamente eliminados. Por isso, o pau comeu! Os pilotos mais ajuizados tiveram a paciência necessária para subir pelo pelotão em meio aos acidentes, toques e abandonos. Esse foi o caso de Orsi e principalmente de Ingo Hoffmann, que saiu lá de trás para ser segundo. Contudo, outro fator a ajudar a beleza da corrida de hoje foi os pneus. É totalmente inacreditável um fornecedor de pneu como a Pirelli entregar compostos tão ruins para as equipes da Stock e o resultado é a proibição do dono da Stock Carlos Col proibir os pilotos falarem dos pneumáticos após as corridas. Afinal, qual piloto irá falar bem de pneu que ora estoura sem aviso, ora perde rendimento de forma aterradora? Já passou da hora da Pirelli fazer alguma coisa ou até mesmo a organização da Stock mudar de fornecedor. Será que a Stock esperará por algo mais grave para tomar alguma decisão?
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
História: 20 anos do Grande Prêmio de Portugal de 1987
Desde a vitória no Grande Prêmio da Bélgica de 1987, Alain Prost ganhou uma pressão extra em seus pequenos ombros. Afinal de contas, o francês da McLaren tinha igualado a marca de Jackie Stewart de piloto com o maior número de vitórias na F1 até então, com 27 triunfos, e todos na F1 perguntavam quando Prost superaria o recorde do escocês que já durava 14 anos. Para azar de Prost, a McLaren não vinha numa temporada tão boa como as anteriores e as equipes com motor Honda estavam dando as caras. Mais especificamente a equipe Williams com a conturbada briga entre Piquet e Mansell. Prost esteve muito próximo de conseguir a façanha em Hockenheim quando quebrou o motor faltando seis voltas para o fim e liderava tranquilamente a corrida. Tranqüilidade essa que marcou praticamente todas suas vitórias, dando vazão à críticas ao estilo de pilotar de Prost, dizendo que o francês vencia apenas porque tinha o melhor carro.
Já sem chances de conquistar o tricampeonato,
Prost foi ao Estoril sem muitas esperanças de conquistar sua vigésima oitava vitória na F1. Para piorar, a Ferrari vinha subindo muito de produção e já andava num ritmo parecido com as Williams em circuitos travados. E esse era o caso de Estoril e Prost teria mais adversários do que o normal na briga pela vitória. De forma surpreendente Gerhard Berger consegue sua primeira pole na carreira e também a primeira da Ferrari após dois anos de jejum. Mansell não se entendia com a suspensão ativa, mas mantinha sua grande velocidade e largaria ao lado de Berger na primeira fila. O inglês acusava descaradamente a Honda de prejudicá-lo e que a montadora japonesa estava dando os melhores motores para Piquet e Senna. Sem ninguém para torcer os portugueses logo se posicionam a favor dos brasileiros, mas Piquet e Senna foram superados por Prost, que conseguia colocar sua McLaren na terceira posição. A única novidade nas equipes grandes era uma pequena mudança no lay-out da Williams, com a bolinha do patrocínio da ICI ganhando a cor azul, dando mais destaque ao patrocínio.
Grid:
1) Berger(Ferrari) - 1:17.620
2) Mansell(Williams) - 1:17.951
3) Prost(McLaren) - 1:17.994
4) Piquet(Williams) - 1:18.164
5) Senna(Lotus) - 1:18.354
6) Alboreto(Ferrari) - 1:18.540
7) Patrese(Brabham) - 1:19.965
8) Johansson(McLaren) - 1:20.134
9) Boutsen(Benetton) - 1:20.305
10) Fabi(Benetton) - 1:20.483
Na largada Mansell traciona muito
melhor do que Berger e assume a liderança. Prost também arranca bem da segunda fila e parte para cima do austríaco, que não tem nenhum pudor em colocar Prost para fora da pista à la Alonso. Piquet fica sem espaço e dá uma guinada violenta para a direita e fecha Senna. Mansell contorna a primeira curva com muita tranqüilidade com Berger ainda em segundo, mas atrás deles Alboreto tenta colocar por dentro de Piquet e os dois se tocam, com Piquet tendo quebrado o bico. Quando tudo parecia perdido para o brasileiro, eis que Derek Warwick roda sua Arrows no meio do pelotão para evitar o toque em Piquet e a confusão está armada.
Nakajima vinha tranqüilo na primeira curva e quando vê a Arrows de Warwick atravessada no meio da pista, o japonês tira o pé e vai para a direita. O problema era que Brundle estava lá e a batida foi inevitável. Com a pista totalmente bloqueada (era Warwick ainda atravessado na pista à esquerda e o carro de Brundle batido na direita), vários carros bateram e no final das contas estavam envolvidos Adrian Campos (Minardi), Christian Danner (Zakspeed), Rene Arnoux (Ligier), Philippe Alliot (Larrousse Lola) e Eddie Cheever (Arrows). A bandeira vermelha foi mostrada e a corrida interrompida.
Na relargada, apenas Danner estava do lado de fora da corrida. Mansell repete a espetacular largada da primeira tentativa e ultrapassa com relativa facilidade Berger. Desta vez Piquet larga bem e ultrapassa Prost como se o francês estivesse parado e tenta ultrapassar Berger por fora. O austríaco não se faz de rogado e repete a fechada em cima de Piquet, colocando o brasileiro na grama de uma forma deslavada! Piquet perde velocidade e quem se aproveita é Senna, que pula para terceiro. Mansell já tentava se distanciar de Berger, enquanto Senna era pressionado por Piquet e Alboreto, que largara muito bem, na primeira volta.
Tendo conquistado a sua primeira pole, Berger parecia obstinado a vencer sua primeira corrida pela Ferrari e no início da segunda volta o austríaco pegou o vácuo da Williams de Mansell ainda no meio da reta dos boxes, e mesmo o carro do inglês soltando uma enorme baforada de fumaça vindo do motor, Berger deixou o inglês para trás. Mais atrás Piquet já colocava de lado em cima de Senna, que fechava a porta do compatriota. Piquet demorou onze voltas para ultrapassar Senna, mas o piloto da Lotus tinha problemas de motor e perdeu várias voltas tentando consertar o problema. A essa altura Berger se distanciava de Mansell e como para demonstrar o bom momento da Ferrari, Alboreto começava a se aproximar de Piquet na luta pela terceira posição.
Mansell, que já tinha sofrido de tudo em 1987, ainda teria mais um dissabor. Na volta 13, o inglês diminuiu a velocidade e levantou seu braço esquerdo com o motor apagado graças a um problema elétrico. Era fim de prova para Mansell e Piquet poderia aumentar ainda mais sua vantagem no campeonato. Com seu principal rival pelo título do lado de fora, Piquet parecia mais relaxado do que o normal e levou uma ultrapassagem para lá de despretenciosa de Alboreto na volta 27 quando ambos ultrapassavam retardatários. Isso parece ter acordado Piquet, que deu o troco duas voltas depois numa ultrapassagem audaciosa em cima do italiano no momento que ambos colocavam uma volta em Nakajima no final da reta dos boxes.
Na volta seguinte Piquet faz sua parada nos boxes, mais uma vez lenta, e perde várias posições. Alboreto assume a segunda posição por apenas duas voltas, quando encosta o seu carro com um problema de câmbio. Prost faz um ótimo pit-stop e com Piquet perdendo tempo nos boxes, o francês assumia a segunda posição, com Fabi em terceiro até que o italiano fez sua parada na volta 38 e Piquet pôde ficar num despreocupado terceiro lugar. As últimas voltas pareciam monótonas com Berger partindo para a primeira vitória ferrarista em dois anos. Porém, Prost aumentou seu ritmo e se aproximava muito de Berger. O piloto da Ferrari pareceu acordar da pasmaceira e começou a andar num ritmo mais forte, mas seus pneus não estavam nas condições ideais. Prost e Berger estavam numa classe a parte e trocavam a melhor volta da corrida em todo instante, mas os freios da Ferrari já estavam falhando e isso provou ser cruel para Berger, quando o austríaco rodou faltando duas voltas para o fim da corrida, dando a vitória e o recorde para Prost.
Mais uma vez Prost via uma corrida cair no seu colo, mas desta vez o francês teve seus méritos, pois tirou tudo da sua McLaren para se aproximar e induzir ao erro Berger, que ainda se recuperou na corrida e chegou num melancólico segundo lugar. Piquet, pensando mais no campeonato, chega em terceiro, enquanto Teo Fabi tem que enfrentar um drama para conseguir o quarto lugar. Seu motor Ford turbo estava tendo problemas de consumo de combustível e o italiano ficou sem combustível na última volta, mas com muita força de vontade Fabi cruzou a
linha de chegada e marcou seus últimos pontos na F1. No campeonato, Piquet disparava na liderança do campeonato, com 18 pontos de vantagem em cima de Senna e 24 à frente de Mansell. Fora da briga, Prost pôde finalmente celebrar sua vitória de número 28 e batia o recorde de vitórias na F1. Nas cinco temporadas seguintes, Prost quase dobra seu número de vitória e chegaria ao incrível número de 51 vitórias no final de sua última temporada em 1993. O número parecia inatingível. Menos para Michael Schumacher, que bateu o recorde de Prost em 2001 e terminou sua gloriosa carreira com a incrível marca de 90 vitórias.
Chegada:
1) Prost
2) Berger
3) Piquet
4) Fabi
5) Johansson
6) Cheever
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Bye, Bye Alonso
A transcrição do reunião da FIA na quinta-feira passada deixou claro o que todo mundo desconfiava: Fernando Alonso e Ron Dennis não se suportam. Agora a pouco li no site www.grandepremio.com.br a transcrição da reunião do Conselho Mundial da FIA e mesmo com todos os problemas de espionagem, o destaque maior ficou para o que Dennis falou sobre Alonso, após ser ameaçado pelo piloto espanhol depois da confusão que virou a Classificação do Grande Prêmio da Hungria, um mês atrás. "Não estamos nos falando, mas esse não é o problema. Desde a Hungria, não tivemos nenhuma conversa", revelou Ron Dennis semana passada em Paris. "Primeiro, nosso relacionamento sempre foi extremamente frio. Na cabeça de Fernando, há uma forte crença de que nossa política, em que cada piloto recebe tratamento igual, em relação aos pilotos não reflete sua condição de campeão mundial. Ele acha que sua experiência e conhecimento que ele trouxe de outro time são tamanhos que ele deveria receber alguma vantagem."
Resumindo as declarações do chefão da McLaren: Alonso não tem o menor clima para permanecer na McLaren em 2008. Por pura coinscidência (será?) o chefão da Mercedes Benz Norbert Haug deu uma entrevista no jornal alemão Bild em que confirmava o descontentamento de Alonso e sua enorme vontade de sair da McLaren. Confirmada a saída do espanhol da casa prateada, a pergunta que fica é para onde vai aportar o talento e a arrogância de Alonso, que nem Ron Dennis agüentou. O mercado está praticamente fechado para o próximo ano, mas a melhor saída de Alonso para 2008 é mesmo a Renault de Flavio Briatore, equipe onde conquistou seus dois únicos títulos até agora. Porém, a simples chegada de Alonso irá mudar a cara da F1 para o próximo ano e é bem provável que Kovalainen, fazendo uma boa temporada na Renault, ceda seu lugar para Alonso e vá para Williams, mas não substituiria Wurz, mas, sim, Rosberg que estaria de malas prontas para assumir a vaga que era de Alonso. Após a boa atuação de Sutil na Bélgica, seu lugar pode ser o segundo assento da Williams, enquanto Nelsinho seria o segundo piloto da Renault no lugar de Fisichella, que finalmente se aposentaria.
Especulações, especulações... Tudo não passa de especulações sobre o futuro e talvez essa novela seja tão animada como o folhetim global das oito, que faz um enorme sucesso com a pergunta "Quem matou Taís?". Na nova novela da F1, em substituição ao Stepneygate, entra a agora a novela 2008 e a pergunta será: "Para onde vai Alonso?"
Resumindo as declarações do chefão da McLaren: Alonso não tem o menor clima para permanecer na McLaren em 2008. Por pura coinscidência (será?) o chefão da Mercedes Benz Norbert Haug deu uma entrevista no jornal alemão Bild em que confirmava o descontentamento de Alonso e sua enorme vontade de sair da McLaren. Confirmada a saída do espanhol da casa prateada, a pergunta que fica é para onde vai aportar o talento e a arrogância de Alonso, que nem Ron Dennis agüentou. O mercado está praticamente fechado para o próximo ano, mas a melhor saída de Alonso para 2008 é mesmo a Renault de Flavio Briatore, equipe onde conquistou seus dois únicos títulos até agora. Porém, a simples chegada de Alonso irá mudar a cara da F1 para o próximo ano e é bem provável que Kovalainen, fazendo uma boa temporada na Renault, ceda seu lugar para Alonso e vá para Williams, mas não substituiria Wurz, mas, sim, Rosberg que estaria de malas prontas para assumir a vaga que era de Alonso. Após a boa atuação de Sutil na Bélgica, seu lugar pode ser o segundo assento da Williams, enquanto Nelsinho seria o segundo piloto da Renault no lugar de Fisichella, que finalmente se aposentaria.
Especulações, especulações... Tudo não passa de especulações sobre o futuro e talvez essa novela seja tão animada como o folhetim global das oito, que faz um enorme sucesso com a pergunta "Quem matou Taís?". Na nova novela da F1, em substituição ao Stepneygate, entra a agora a novela 2008 e a pergunta será: "Para onde vai Alonso?"
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Figura(BEL): Adrian Sutil
O jovem piloto alemão da Spyker voltou a mostrar que seus tempos ao lado de Lewis Hamilton na mesma equipe na época de F3 Européia não forão em vão. O próprio Hamilton foi o primeiro a dizer que Sutil era um ótimo piloto ainda no início da temporada e suas performances ao longo do ano mostraram que além de ser um ótimo piloto, Lewis também sabe onde está os talentos. Mesmo estando ao lado de um piloto rápido e experiente, Sutil destruiu toda a reputação de Christijan Albers na primeira metade do ano a ponto do holandês ser demitido da equipe cujo sogro é um dos donos! A velocidade de Sutil ficou provada quando foi o mais rápido no treino livre de sábado em Mônaco, quando as condições traiçoeiras na travada pista fez com que o talento de Sutil aflorecesse. Porém, a pista estava secando e Sutil estava com pneus intermediários, mais apropriados para aquela situação, diziam os críticos que ainda viam os erros de noviciado que o alemão mostrava no péssimo carro que tem em mãos.
Em Spa, Sutil deu a resposta para quem duvidava do seu talento. Ainda muito mais rápido do que seu novo companheiro de equipe, Sutil não ficou satisfeito em apenas superá-lo, já que o carro da Sypker é o pior da F1 claramente, e simplesmente alçou vôos bem maiores. Já na Classificação Sutil superou o Super Aguri de Anthony Davidson e saiu da última fila. Como não tinha nada a perder na largada, Sutil arriscou tudo e deu certo, subindo para a décima segunda posição. Ao contrário do que era esperado, Sutil não apenas foi segurou sua posição como atacou por várias voltas a Red Bull de David Coulthard. Apesar de ser ultrapassado mais tarde pela Toyota de Jarno Trulli, Sutil conseguiu manter um bom ritmo que pôs à frente das duas Super Aguri e próximo da Toro Rosso de Vitantonio Liuzzi. Mantendo esse ritmo, Sutil tem tudo para abrir portas para 2008. Mais especificamente para ser companheiro de equipe de Trulli.
Em Spa, Sutil deu a resposta para quem duvidava do seu talento. Ainda muito mais rápido do que seu novo companheiro de equipe, Sutil não ficou satisfeito em apenas superá-lo, já que o carro da Sypker é o pior da F1 claramente, e simplesmente alçou vôos bem maiores. Já na Classificação Sutil superou o Super Aguri de Anthony Davidson e saiu da última fila. Como não tinha nada a perder na largada, Sutil arriscou tudo e deu certo, subindo para a décima segunda posição. Ao contrário do que era esperado, Sutil não apenas foi segurou sua posição como atacou por várias voltas a Red Bull de David Coulthard. Apesar de ser ultrapassado mais tarde pela Toyota de Jarno Trulli, Sutil conseguiu manter um bom ritmo que pôs à frente das duas Super Aguri e próximo da Toro Rosso de Vitantonio Liuzzi. Mantendo esse ritmo, Sutil tem tudo para abrir portas para 2008. Mais especificamente para ser companheiro de equipe de Trulli.
Figurão(BEL): Alexander Wurz
Que Alexander Wurz está fazendo uma péssima temporada em sua volta à F1 no bom carro da Williams não é segredo nenhum, mas a atuação do austríaco em Spa Francorchamps foi de chamar a atenção pela disparidade com seu companheiro de equipe. Enquanto Nico Rosberg classificava o carro da Williams num ótimo sexto lugar - que virou quinto com a punição de Kubica -, Wurz voltava a sofrer quando era preciso velocidade máxima e foi apenas o décimo quarto. No entanto, isso não foi novidade. A supresa foi o péssimo rendimento de Wurz durante a corrida. Ainda no início da prova Wurz saiu da pista na nova variante da pista de Spa antes da entrada dos boxes e o piloto da Williams amargou a lanterna da corrida por várias voltas. Num ritmo de corrida lamentável, Wurz demorou uma eternidade para chegar no penúltimo colocado Sakon Yamamoto e ainda assim não conseguiu ultrapassar o japonês, que tem em mãos uma Spyker, um carro bem pior do que o do austríaco. Para completar o dia, um problema de motor acabou o martírio de Wurz e o fez abandonar a corrida já no seu final, quando ocupava a desonrosa última posição. Enquanto isso, Rosberg conseguia mais três pontos para a Williams com mais uma atuação convincente. Por mais que Wurz tenha feito um ótimo trabalho na McLaren e na Williams como piloto de testes, está provado por a mais b que Wurz não tem ritmo de corrida e seu tempo na F1 já acabou.
domingo, 16 de setembro de 2007
Apenas um suspiro
Valentino Rossi conseguiu adiar por algumas semanas algo que é irremediável: o título de Stoner. Após ficar quatro provas sem freqüentar o pódio, Rossi conseguiu uma vitória categórica hoje no Estoril após lutar a corrida inteira contra um revigorado Dani Pedrosa. A Yamaha e, principalmente, a Michelin trabalharam muito nesses últimos quinze dias para que Rossi tivesse condições de novamente subir no alto do pódio e como o italiano sempre gostou de fazer: dando um golpe psicológico em seus adversários. Pedrosa liderou a corrida inteira após ultrapassar Stoner ainda no início da corrida, mas a evolução de Rossi lembrou os bons tempos e logo o italiano estava brigando com Pedrosa e Stoner. Não demorou para a briga virar um match race entre Pedrosa e Rossi, com o espanhol se esgoelando para se manter à frente, enquanto Rossi mantinha uma tocada mais elegante.
Faltando quatro voltas, tanto Rossi como Pedrosa erraram durante a volta e Pedrosa pôde se manter à frente até a penúltima volta, quando Rossi deu o bote aonde não tinha tentado antes: a freada da reta dos boxes. Sem dar chances ao espanhol, Rossi seguiu rumo a bandeirada e a quarta vitória na temporada. Quando Pedrosa chegou aos boxes ficou nítido a decepção do espanhol, que ainda luta por um lugar competitivo em 2008. Rossi fez festa e teve o nome gritado pela torcida portuguesa, mas Stoner ainda terminou em terceiro, mesmo sendo pressionado por Hayden em alguns momentos. Com isso, a diferença entre Stoner e Rossi caiu de 85 para 79 pontos faltando apenas quatro corridas. Por mais que Rossi use todo o seu enorme talento, dificilmente ganhará esse ano, mas ao menos irá prorrogar ao máximo o triunfo de Stoner.
Faltando quatro voltas, tanto Rossi como Pedrosa erraram durante a volta e Pedrosa pôde se manter à frente até a penúltima volta, quando Rossi deu o bote aonde não tinha tentado antes: a freada da reta dos boxes. Sem dar chances ao espanhol, Rossi seguiu rumo a bandeirada e a quarta vitória na temporada. Quando Pedrosa chegou aos boxes ficou nítido a decepção do espanhol, que ainda luta por um lugar competitivo em 2008. Rossi fez festa e teve o nome gritado pela torcida portuguesa, mas Stoner ainda terminou em terceiro, mesmo sendo pressionado por Hayden em alguns momentos. Com isso, a diferença entre Stoner e Rossi caiu de 85 para 79 pontos faltando apenas quatro corridas. Por mais que Rossi use todo o seu enorme talento, dificilmente ganhará esse ano, mas ao menos irá prorrogar ao máximo o triunfo de Stoner.
Comendo pelas beiradas
Com seu estilo discreto, dentro e fora das pistas, Kimi Raikkonen vai aos poucos se aproximando dos pilotos da McLaren e com a vitória de hoje vai se consolidando como o piloto da Ferrari na tentativa quase ingrata de se tornar campeão 2007, porém, Kimi agora tem apenas onze pontos de desvantagem para Hamilton faltando três corridas para o final da temporada. A cara de Massa no pódio significava não apenas o desânimo de perder a corrida de hoje, mas a constatação de que a partir de agora deverá trabalhar para ajudar Kimi Raikkonen a superar os pilotos da McLaren nas corridas que faltam.
A corrida de hoje não foi um primor de emoção graças a superioridade da Ferrari em cima da McLaren e do melhor acerto encontrado por Alonso em comparação ao seu rival Hamilton, não permitindo uma corrida mais próxima dos quatro protagonistas do ano. Porém as ultrapassagens aconteceram no pelotão intermediário na freada da reta Kemel, protagonizadas principalmente por Robert Kubica, que fez uma corrida bastante agressiva hoje. No entanto, o lance de maior emoção ficou para a briga entre Alonso e Hamilton nos primeiros metros da corrida de hoje. O espanhol espalhou para cima de Hamilton na primeira curva e o inglês teve que usar da área asfaltada e então os pilotos da McLaren fizeram a aproximação da Eau Rouge lado a lado. Quem iria tirar o pé primeiro? Hamilton, numa posição pior, usou do bom senso e deixou Alonso passar, mas não resta dúvida que o espanhol ganhou pontos na briga particular com seu companheiro de equipe.
Raikkonen matou a corrida no primeiro stint da corrida, quando foi bastante superior a Massa e fez sua parada com confortáveis 4s sobre o companheiro de equipe. O brasileiro só incomodou quando colocou os pneus macios no terço final da corrida, mas já era tarde demais e a Ferrari já devia ter mandado o recado para que seus pilotos trouxessem os carros em ordem. Assim como aconteceu na Turquia, só que ao inverso, Massa ficou com a melhor volta da prova, como que mostrando a Raikkonen que também tinha capacidade de vencer, mas a pergunta que não quer calar? Por que Massa não usou os pneus moles antes?
Alonso fez uma corrida solitária e apenas quando Hamilton colocou os pneus moles, o inglês foi para cima, mas uma saída de pista pôs tudo a perder e Alonso garantiu a terceira posição com facilidade. Na segunda divisão, Heidfeld foi ultrapassado por Webber na largada, mas não se incomodou muito e apenas esperou que o australiano e Rosberg fizessem suas paradas, para que o alemão voltasse ao seu habitat natural, atrás dos carros de McLaren e Ferrari. Rosberg e Webber fizeram corridas sólidas e sem muitos arroubos e terminaram num tranqüilo sexto e séitmos lugares respectivamente. Heikki Kovalainen usou uma estratégia diferente de parar apenas uma vez e passou a maior parte da corrida com o carro muito pesado e sendo pressionado por alguém. No final, o esforço do valente finlandês rendeu frutos e mais um ponto no campeonato.
Kubica foi a estrela do meio do pelotão com suas ultrapassagens arriscadas e calculadas, como sobre Ralf Schumacher. O polonês vinha fazendo uma baita corrida de recuperação e tinha tudo para marcar pontos novamente, mas esbarrou na Red Bull de Coulthard, que pararia somente uma vez, e perdeu tempo demais. No final da corrida Kubica pressionou bastante Kovalainen na tentativa de marcar pontos, mas ao contrário do início da corrida, o piloto da BMW não obteve sucesso e ele ficou fora dos pontos. Mas valeu pela show!
Trulli novamente largou muito mal e de novo essa predileção em não largar bem acabou com sua corrida. Tanto que ficou atrás do seu companheiro de equipe, Ralf Schumacher, que fez uma corrida discretíssima. Liuzzi fez uma prova sem aparecer, mas ao menos conseguiu o que queria: receber a bandeirada. A Honda fez uma péssima corrida e desta vez nem a confiabilidade funcionou, pois Button quebrou no final da corrida após ser ultrapassado pela Super Aguri de Sato. Já Barrichello não fez nada demais, ficando em décimo terceiro.
A surpresa agradável da corrida, porém, foi a performance de Adrian Sutil com a pequenina Spyker. O alemão levou o carro da equipe holandesa a lugares nunca antes imaginados e pressionou por muitas voltas David Coulthard pela décima primeira posição. Mesmo ultrapassado por Trulli (cuja equipe deve gastar dez vezes mais do que a Spyker), Sutil não perdeu muito rendimento e chegou à frente das duas Super Aguris e próximo de Barrichello. Com certeza a melhor corrida do estreante e isso deve abrir algumas portas melhores para Sutil no próximo ano.
Com apenas três corridas para o fim, o campeonato vai chegando ao seu ápice. A diferença entre Hamilton e Alonso é de apenas dois pontos, mas Raikkonen vem se aproximando perigosamente. Se Kimi vencer as próximas três corridas e qualquer um dos pilotos da McLaren não terminar em segundo, Raikkonen será o campeão. Por isso, Massa deverá ser o "Barrichello" de Kimi a partir de agora, pois somente dobradinhas levará o título de pilotos novamente para Maranello. Falando nisso, se Raikkonen tivesse vencido na Turquia estaria apenas nove pontos atrás de Hamilton. Já pensou se Kimi perde o campeonato desse ano por apenas dois pontos?
A corrida de hoje não foi um primor de emoção graças a superioridade da Ferrari em cima da McLaren e do melhor acerto encontrado por Alonso em comparação ao seu rival Hamilton, não permitindo uma corrida mais próxima dos quatro protagonistas do ano. Porém as ultrapassagens aconteceram no pelotão intermediário na freada da reta Kemel, protagonizadas principalmente por Robert Kubica, que fez uma corrida bastante agressiva hoje. No entanto, o lance de maior emoção ficou para a briga entre Alonso e Hamilton nos primeiros metros da corrida de hoje. O espanhol espalhou para cima de Hamilton na primeira curva e o inglês teve que usar da área asfaltada e então os pilotos da McLaren fizeram a aproximação da Eau Rouge lado a lado. Quem iria tirar o pé primeiro? Hamilton, numa posição pior, usou do bom senso e deixou Alonso passar, mas não resta dúvida que o espanhol ganhou pontos na briga particular com seu companheiro de equipe.
Raikkonen matou a corrida no primeiro stint da corrida, quando foi bastante superior a Massa e fez sua parada com confortáveis 4s sobre o companheiro de equipe. O brasileiro só incomodou quando colocou os pneus macios no terço final da corrida, mas já era tarde demais e a Ferrari já devia ter mandado o recado para que seus pilotos trouxessem os carros em ordem. Assim como aconteceu na Turquia, só que ao inverso, Massa ficou com a melhor volta da prova, como que mostrando a Raikkonen que também tinha capacidade de vencer, mas a pergunta que não quer calar? Por que Massa não usou os pneus moles antes?
Alonso fez uma corrida solitária e apenas quando Hamilton colocou os pneus moles, o inglês foi para cima, mas uma saída de pista pôs tudo a perder e Alonso garantiu a terceira posição com facilidade. Na segunda divisão, Heidfeld foi ultrapassado por Webber na largada, mas não se incomodou muito e apenas esperou que o australiano e Rosberg fizessem suas paradas, para que o alemão voltasse ao seu habitat natural, atrás dos carros de McLaren e Ferrari. Rosberg e Webber fizeram corridas sólidas e sem muitos arroubos e terminaram num tranqüilo sexto e séitmos lugares respectivamente. Heikki Kovalainen usou uma estratégia diferente de parar apenas uma vez e passou a maior parte da corrida com o carro muito pesado e sendo pressionado por alguém. No final, o esforço do valente finlandês rendeu frutos e mais um ponto no campeonato.
Kubica foi a estrela do meio do pelotão com suas ultrapassagens arriscadas e calculadas, como sobre Ralf Schumacher. O polonês vinha fazendo uma baita corrida de recuperação e tinha tudo para marcar pontos novamente, mas esbarrou na Red Bull de Coulthard, que pararia somente uma vez, e perdeu tempo demais. No final da corrida Kubica pressionou bastante Kovalainen na tentativa de marcar pontos, mas ao contrário do início da corrida, o piloto da BMW não obteve sucesso e ele ficou fora dos pontos. Mas valeu pela show!
Trulli novamente largou muito mal e de novo essa predileção em não largar bem acabou com sua corrida. Tanto que ficou atrás do seu companheiro de equipe, Ralf Schumacher, que fez uma corrida discretíssima. Liuzzi fez uma prova sem aparecer, mas ao menos conseguiu o que queria: receber a bandeirada. A Honda fez uma péssima corrida e desta vez nem a confiabilidade funcionou, pois Button quebrou no final da corrida após ser ultrapassado pela Super Aguri de Sato. Já Barrichello não fez nada demais, ficando em décimo terceiro.
A surpresa agradável da corrida, porém, foi a performance de Adrian Sutil com a pequenina Spyker. O alemão levou o carro da equipe holandesa a lugares nunca antes imaginados e pressionou por muitas voltas David Coulthard pela décima primeira posição. Mesmo ultrapassado por Trulli (cuja equipe deve gastar dez vezes mais do que a Spyker), Sutil não perdeu muito rendimento e chegou à frente das duas Super Aguris e próximo de Barrichello. Com certeza a melhor corrida do estreante e isso deve abrir algumas portas melhores para Sutil no próximo ano.
Com apenas três corridas para o fim, o campeonato vai chegando ao seu ápice. A diferença entre Hamilton e Alonso é de apenas dois pontos, mas Raikkonen vem se aproximando perigosamente. Se Kimi vencer as próximas três corridas e qualquer um dos pilotos da McLaren não terminar em segundo, Raikkonen será o campeão. Por isso, Massa deverá ser o "Barrichello" de Kimi a partir de agora, pois somente dobradinhas levará o título de pilotos novamente para Maranello. Falando nisso, se Raikkonen tivesse vencido na Turquia estaria apenas nove pontos atrás de Hamilton. Já pensou se Kimi perde o campeonato desse ano por apenas dois pontos?
sábado, 15 de setembro de 2007
Uma pena... (II)
Após terminar a tarde feliz pela goleada do meu Ceará fora de casa, acabo de receber a péssima notícia da morte de Colin McRae. Vida de torcedor do Ceará é fogo! Quando ganha uma, recebe uma notícia dessa... McRae era o típico piloto que não tinha grandes resultados(apenas um título mundial no longuínquo ano de 1995), mas o carisma e a forma de pilotar o fez um dos pilotos mais queridos e espetaculares da história do Mundial de Rally.
McRae começou sua carreira na equipe Subaru e se tornou o piloto mais jovem a se tornar campeão mundial com apenas 25 anos de idade. McRae brigou cabeça a cabeça com o tetracampeão Tommi Makkinen pelo recorde de vitórias no final dos ano 90, mas sua escolha de andar pela Ford a partir de 1998 com o intuito de desenvolver o modelo Focus o impediu de brigar mais vezes pelo título. Após ser demitido pela Citröen em 2003 McRae se desiludiu um pouco com o WRC a passou a fazer o Rally Dakar e disputar as 24 horas de Le Mans.
As primeiras informações dizem que McRae pilotava seu helicoptéro próximo a sua casa na Escócia quando o aparelho caiu. As notícias ainda são desencontradas, mas também há a possibilidade do filho de McRae também estar envolvido na tragédia. Colin tinha 39 anos.
Com mais essa lacuna, fico pensando no futuro do Mundial de Rally. Os últimos quatro anos foram terríveis para o WRC com mudanças totalmente malucas no regulamento, mas isso ficou em um plano menor. O primeiro choque foi a doença do campeão de 2001 Richard Bruns no final da temporada 2003 e a posterior morte do carismático inglês em 2005. No mesmo ano um acidente matou o não menos popular Michael Park, navegador de Marko Martin, durante o Rally da Grã-Bretanha deixando todos no WRC perplexos e fazendo que Martin também abandonasse os rallys. Carlos Sainz já havia abandonado o mundo dos rallys ano passado e essa semana foi a vez de Marcus Grönholm anunciar sua aposentadoria. Hoje foi a morte de McRae.
O cenário a partir de 2008 é sombrio, pois apenas Loeb tem fama o suficiente de ser chamado de ídolo, pois Petter Solberg está longe da forma que lhe deu o título em 2003, enquanto Daniel Sorno e Mikko Hirvonen são apenas promessas que podem dar certo. Ou não. Porém, esse momento não é propício a reflexões sobre o futuro, mas sim a lamentar a infeliz partida desse gênio do rally Mundial chamado Colin McRae.
McRae começou sua carreira na equipe Subaru e se tornou o piloto mais jovem a se tornar campeão mundial com apenas 25 anos de idade. McRae brigou cabeça a cabeça com o tetracampeão Tommi Makkinen pelo recorde de vitórias no final dos ano 90, mas sua escolha de andar pela Ford a partir de 1998 com o intuito de desenvolver o modelo Focus o impediu de brigar mais vezes pelo título. Após ser demitido pela Citröen em 2003 McRae se desiludiu um pouco com o WRC a passou a fazer o Rally Dakar e disputar as 24 horas de Le Mans.
As primeiras informações dizem que McRae pilotava seu helicoptéro próximo a sua casa na Escócia quando o aparelho caiu. As notícias ainda são desencontradas, mas também há a possibilidade do filho de McRae também estar envolvido na tragédia. Colin tinha 39 anos.
Com mais essa lacuna, fico pensando no futuro do Mundial de Rally. Os últimos quatro anos foram terríveis para o WRC com mudanças totalmente malucas no regulamento, mas isso ficou em um plano menor. O primeiro choque foi a doença do campeão de 2001 Richard Bruns no final da temporada 2003 e a posterior morte do carismático inglês em 2005. No mesmo ano um acidente matou o não menos popular Michael Park, navegador de Marko Martin, durante o Rally da Grã-Bretanha deixando todos no WRC perplexos e fazendo que Martin também abandonasse os rallys. Carlos Sainz já havia abandonado o mundo dos rallys ano passado e essa semana foi a vez de Marcus Grönholm anunciar sua aposentadoria. Hoje foi a morte de McRae.
O cenário a partir de 2008 é sombrio, pois apenas Loeb tem fama o suficiente de ser chamado de ídolo, pois Petter Solberg está longe da forma que lhe deu o título em 2003, enquanto Daniel Sorno e Mikko Hirvonen são apenas promessas que podem dar certo. Ou não. Porém, esse momento não é propício a reflexões sobre o futuro, mas sim a lamentar a infeliz partida desse gênio do rally Mundial chamado Colin McRae.
História: 5 anos do Grande Prêmio da Itália de 2002
Com Michael Schumacher tendo garantido seu pentacampeonato já fazia mais de um mês, a Ferrari decidira que tentaria o campeonato perfeito e para isso Rubens Barrichello teria que ser vice-campeão, já que o Mundial de Construtores já estava na prateleira de Maranello. Rubens não teve um campeonato linear em 2002 e a famosa ordem de equipe na Áustria o abalou bastante. Isso sem contar os problemas que teve antes da largada na Espanha, França e Inglaterra. O domínio da Ferrari em 2002 foi tão brutal, que mesmo com todos esses percalços Barrichello era vice-líder do campeonato, mas com apenas sete pontos à frente do terceiro colocado Juan Pablo Montoya. Com o carro que tinha, era uma vantagem muito pequena. A Ferrari passara a trabalhar para Rubens após o Grande Prêmio da Alemanha, onde Barrichello teria até mesmo o carro reserva, antes exclusivo de Schumacher.
O ano de 2002 foi o último em que as equipes podiam trabalhar nos carros antes da corrida e assim poderiam fazer verdadeiros foguetes para se Classificar mais à frente. Quem era mestre nisso era a Williams-BMW. A equipe inglesa se aproveitava do excelente motor alemão para dar um canhão para seus pilotos marcar poles. Montoya já contava com seis poles na temporada e em Monza, onde o motor era o item mais importante do carro, não foi surpresa ver o colombiano na frente. Não bastasse ser pole no santuário de Monza, Montoya bateu o antigo recorde de Keke Rosberg de volta mais rápida na história da F1, com sua pole tendo uma média de 259,828 km/h. Mesmo sabendo que a Williams só andava bem nas Classificações, a Ferrari não queria levar desaforo para casa e colocou Michael Schumacher na primeira fila, Barrichello apenas em quarto, porém, todos sabiam que o alemão iria trabalhar para ajudar Rubinho. A surpresa foi a quinta posição de Eddie Irvine com a Jaguar, à frente da McLaren de Kimi Raikkonen, que protagonizou um espetacular acidente na Classificação, quando fechou perigosamente Takuma Sato. O japonês ficou possesso com Kimi e foi tirar satisfações com o finlandês na guarita da McLaren. Enquanto Sato gesticulava, Raikkonen não estava nem aí.
Grid:
1) Montoya(Williams) - 1:20.264
2) M.Schumacher(Ferrari) - 1:20.521
3) R.Schumacher(Williams) - 1:20.542
4) Barrichello(Ferrari) - 1:20.706
5) Irvine(Jaguar) - 1:21.606
6) Raikkonen(McLaren) - 1:21.712
7) Coulthard(McLaren) - 1:21.803
8) De la Rosa(Jaguar) - 1:21.960
9) Villeneuve(BAR) - 1:22.126
10) Salo(Toyota) - 1:22.318
A corrida deveria ser decidida por Williams e Ferrari, com claro favoritismo para a equipe italiana e isso ficou claro logo no início da corrida. No começo Ralf Schumacher consegue uma ótima largada e pula para primeiro antes da primeira chicane, à frente do seu companheiro de equipe. Barrichello também ultrapassa seu companheiro de equipe e pula para terceiro. Ainda na primeira volta os quatro primeiros abriam uma boa diferença para o quinto colocado Raikkonen, que ultrapassara Irvine na largada.
Nas primeiras voltas Barrichello pressionava muito Montoya, mas não conseguia a ultrapassagem. Então, no início da quarta volta, o motor de Ralf Schumacher explode espetacularmente antes da primeira chicane. Com apenas Montoya como intruso, a Ferrari começa a consruir sua vitória. Na volta seguinte Rubinho ultrapassa Montoya na freada da primeira chicane e na volta seguinte Schumacher imitou a manobra do seu companheiro de equipe. As duas Ferraris começaram a abrir com relação a Montoya, que claramente não tinha ritmo para acompanhar os líderes, mesmo numa pista que teoricamente era favorável ao potente motor BMW.
Receosos com o que a Williams poderia fazer na corrida, a Ferrari planeja duas estratégias diferentes para seus pilotos e isso fica claro com Barrichello aumentando a distância para Schumacher. Rubinho iria parar duas vezes, enquanto o alemão pararia somente uma vez. Quando Barrichello fez sua primeira parada na volta 19, ele tinha 16s em cima de Schumacher e ainda voltou à frente de Montoya. Na volta 28 Schumacher fez sua única parada e Barrichello teria que se virar para sair do seu segundo pit-stop na frente do alemão. Na volta 34 Montoya volta aos boxes lentamente com a suspensão quebrada. Era fim de corrida para a Williams. E também fim de alguma ameaça sobre a Ferrari.
O ritmo de Rubinho era tão forte para conseguir a vitória, que ele já tinha colocado volta até no terceiro colocado! Na volta 37 Barrichello fez sua parada e voltou bem à frente de Schumacher, que claramente tirou o pé para não ultrapassar o brasileiro e ter que repetir as já famosas ordens de equipe. Com o serviço completo, os pilotos da Ferrari tiraram o pé e Barrichello cruzou a linha de chegada em primeiro, com Schumacher logo atrás. Para se ter idéia do domínio ferrarista, o terceiro colocado Eddie Irvine chegou 50s atrás da dobradinha vermelha. Era o primeiro pódio da Jaguar no ano.
Com uma dobradinha da Ferrari e um ex-piloto da Ferrari em terceiro, a festa em Monza foi total e uma inesquecível invasão de pista pintou de vermelho o asfalto de Monza. Com 17 pontos de vantagem sobre Montoya, Barrichello acabaria sendo vice-campeão e a Ferrari completaria seu plano. Porém, o que a Ferrari fez em 2002 acabaria mudando os rumos da F1 a partir do ano seguinte.
Chegada:
1) Barrichello
2) M.Schumacher
3) Irvine
4) Trulli
5) Button
6) Panis
O ano de 2002 foi o último em que as equipes podiam trabalhar nos carros antes da corrida e assim poderiam fazer verdadeiros foguetes para se Classificar mais à frente. Quem era mestre nisso era a Williams-BMW. A equipe inglesa se aproveitava do excelente motor alemão para dar um canhão para seus pilotos marcar poles. Montoya já contava com seis poles na temporada e em Monza, onde o motor era o item mais importante do carro, não foi surpresa ver o colombiano na frente. Não bastasse ser pole no santuário de Monza, Montoya bateu o antigo recorde de Keke Rosberg de volta mais rápida na história da F1, com sua pole tendo uma média de 259,828 km/h. Mesmo sabendo que a Williams só andava bem nas Classificações, a Ferrari não queria levar desaforo para casa e colocou Michael Schumacher na primeira fila, Barrichello apenas em quarto, porém, todos sabiam que o alemão iria trabalhar para ajudar Rubinho. A surpresa foi a quinta posição de Eddie Irvine com a Jaguar, à frente da McLaren de Kimi Raikkonen, que protagonizou um espetacular acidente na Classificação, quando fechou perigosamente Takuma Sato. O japonês ficou possesso com Kimi e foi tirar satisfações com o finlandês na guarita da McLaren. Enquanto Sato gesticulava, Raikkonen não estava nem aí.
Grid:
1) Montoya(Williams) - 1:20.264
2) M.Schumacher(Ferrari) - 1:20.521
3) R.Schumacher(Williams) - 1:20.542
4) Barrichello(Ferrari) - 1:20.706
5) Irvine(Jaguar) - 1:21.606
6) Raikkonen(McLaren) - 1:21.712
7) Coulthard(McLaren) - 1:21.803
8) De la Rosa(Jaguar) - 1:21.960
9) Villeneuve(BAR) - 1:22.126
10) Salo(Toyota) - 1:22.318
A corrida deveria ser decidida por Williams e Ferrari, com claro favoritismo para a equipe italiana e isso ficou claro logo no início da corrida. No começo Ralf Schumacher consegue uma ótima largada e pula para primeiro antes da primeira chicane, à frente do seu companheiro de equipe. Barrichello também ultrapassa seu companheiro de equipe e pula para terceiro. Ainda na primeira volta os quatro primeiros abriam uma boa diferença para o quinto colocado Raikkonen, que ultrapassara Irvine na largada.
Nas primeiras voltas Barrichello pressionava muito Montoya, mas não conseguia a ultrapassagem. Então, no início da quarta volta, o motor de Ralf Schumacher explode espetacularmente antes da primeira chicane. Com apenas Montoya como intruso, a Ferrari começa a consruir sua vitória. Na volta seguinte Rubinho ultrapassa Montoya na freada da primeira chicane e na volta seguinte Schumacher imitou a manobra do seu companheiro de equipe. As duas Ferraris começaram a abrir com relação a Montoya, que claramente não tinha ritmo para acompanhar os líderes, mesmo numa pista que teoricamente era favorável ao potente motor BMW.
Receosos com o que a Williams poderia fazer na corrida, a Ferrari planeja duas estratégias diferentes para seus pilotos e isso fica claro com Barrichello aumentando a distância para Schumacher. Rubinho iria parar duas vezes, enquanto o alemão pararia somente uma vez. Quando Barrichello fez sua primeira parada na volta 19, ele tinha 16s em cima de Schumacher e ainda voltou à frente de Montoya. Na volta 28 Schumacher fez sua única parada e Barrichello teria que se virar para sair do seu segundo pit-stop na frente do alemão. Na volta 34 Montoya volta aos boxes lentamente com a suspensão quebrada. Era fim de corrida para a Williams. E também fim de alguma ameaça sobre a Ferrari.
O ritmo de Rubinho era tão forte para conseguir a vitória, que ele já tinha colocado volta até no terceiro colocado! Na volta 37 Barrichello fez sua parada e voltou bem à frente de Schumacher, que claramente tirou o pé para não ultrapassar o brasileiro e ter que repetir as já famosas ordens de equipe. Com o serviço completo, os pilotos da Ferrari tiraram o pé e Barrichello cruzou a linha de chegada em primeiro, com Schumacher logo atrás. Para se ter idéia do domínio ferrarista, o terceiro colocado Eddie Irvine chegou 50s atrás da dobradinha vermelha. Era o primeiro pódio da Jaguar no ano.
Com uma dobradinha da Ferrari e um ex-piloto da Ferrari em terceiro, a festa em Monza foi total e uma inesquecível invasão de pista pintou de vermelho o asfalto de Monza. Com 17 pontos de vantagem sobre Montoya, Barrichello acabaria sendo vice-campeão e a Ferrari completaria seu plano. Porém, o que a Ferrari fez em 2002 acabaria mudando os rumos da F1 a partir do ano seguinte.
Chegada:
1) Barrichello
2) M.Schumacher
3) Irvine
4) Trulli
5) Button
6) Panis
Reviravolta
Se ontem a McLaren dominou como quis, hoje foi a vez da Ferrari se sobressair e dominar a primeira fila da corrida belga amanhã. Após uma fase menos boa, Kimi Raikkonen saíra pela terceira vez nesta temporada na pole e nas duas vezes em que saiu da posição de honra, Kimi venceu na Austrália e na Inglaterra. Atrás de Raikkonen veio Felipe Massa por uma margem ínfima de dezessete milésimos, mesmo com a Ferrari do brasileiro bem desequilibrada durante a Classificação.
Os quatro primeiros colocados colocaram uma diferença enorme sobre os dezoitos carros restantes no grid, mas a diferença entre os três primeiros foi de menos de um décimo. Isso num circuito de mais de sete quilometros! Quem destoou um pouco foi Hamilton, que após perder o acesso das informações conseguidas por Alonso durante o final de semana, vem perdendo o algo a mais para superar seus rivais mais diretos e desta vez ficou mais de três décimos do pole. Apesar de uma rodada na sua primeira tentativa no Q3, Alonso ainda conseguiu um tempo excepcional que o colocou bastante próximo das Ferraris, mas aparte os treinos de sexta-feira, as McLaren não andaram num ritmo próximo aos carros vermelhos, como diria Pedro de la Rosa.
Mesmo derrotado por Kimi hoje, Massa fez uma ótima volta em sua última tentativa e se estiver mesmo com o carro mais pesado estará numa ótima posição amanhã durante a corrida. Raikkonen foi o mais rápido na Q2 e teoricamente teria o direito de escolher a melhor estratégia na corrida. Contudo, isso não significa tão somente largar mais leve do que Felipe. E se o finlandês revolseu largar mais pesado amanhã? Saberemos amanhã.
Na segunda divisão, a BMW não foi tão bem como nos outros circuitos e mesmo colocando Kubica na quinta posição, Heidfeld foi apenas sétimo. O autor da façanha de separar os carros bávaros foi Nico Rosberg, numa ótima temporada no ex-parceiro da marca alemã, a Williams. Se Alonso for mesmo para a Renault em 2008, Rosberg deve ser o seu substituto na McLaren e se o alemão for mesmo para a equipe de Ron Dennis, deverá fazer uma dupla do barulho com Hamilton. Após longo e tenebroso inverno Mark Webber finalmente pôde entrar na Q3 e garantiu um oitavo posto para a equipe das bebidas enérgeticas. Como sempre David Coulthard foi mais lento que seu companheiro de equipe e largará apenas em décimo terceiro.
Mostrando que realmente a Toyota é fogo de palha, ou simplesmente treino ontem uma configuração de Classificação, Jarno trulli foi apenas o nono mais rápido. Distante da quinta posição de ontem, mas ainda bem à frente de Ralf Schumacher, o décimo segundo. Kovalainen não repetiu as boas performances anteriores na Classificação e hoje fechou o grupo dos que passaram para a Q3, mas ao menos superou novamente Fisichela, que já há muito tempo não sabe o que é largar entre os dez primeiros. Na Honda, Button destoou um pouco e não apenas conseguiu a décima quarta posição como colocou nada menos do que 1s sobre Rubens Barrichello, longe de ter um carro equilibrado e que terminou seu treino ainda na Q1.
Liuzzi se recuperou da péssima sexta-feira e conseguiu algo que raramente consegue: passar para a Q2. E de quebra, foi mais rápido do que Wurz! Outro piloto da Toro Rosso que surpreendeu foi Sebastian Vettel, mais rápido do que Rubens Barrichello, que tem quase a mesma idade do jovem alemão em termos de experiência de F1. Provando a evolução do novo carro, a Spyker conseguiu alcançar a Super Aguri e não dividirá a última fila do grid, com Sutil superando Davidson, deixando o inglês, que vinha bem nas últimas Classificações, ao lado do eterno último colocado Sakon Yamamoto.
Os quatro primeiros colocados colocaram uma diferença enorme sobre os dezoitos carros restantes no grid, mas a diferença entre os três primeiros foi de menos de um décimo. Isso num circuito de mais de sete quilometros! Quem destoou um pouco foi Hamilton, que após perder o acesso das informações conseguidas por Alonso durante o final de semana, vem perdendo o algo a mais para superar seus rivais mais diretos e desta vez ficou mais de três décimos do pole. Apesar de uma rodada na sua primeira tentativa no Q3, Alonso ainda conseguiu um tempo excepcional que o colocou bastante próximo das Ferraris, mas aparte os treinos de sexta-feira, as McLaren não andaram num ritmo próximo aos carros vermelhos, como diria Pedro de la Rosa.
Mesmo derrotado por Kimi hoje, Massa fez uma ótima volta em sua última tentativa e se estiver mesmo com o carro mais pesado estará numa ótima posição amanhã durante a corrida. Raikkonen foi o mais rápido na Q2 e teoricamente teria o direito de escolher a melhor estratégia na corrida. Contudo, isso não significa tão somente largar mais leve do que Felipe. E se o finlandês revolseu largar mais pesado amanhã? Saberemos amanhã.
Na segunda divisão, a BMW não foi tão bem como nos outros circuitos e mesmo colocando Kubica na quinta posição, Heidfeld foi apenas sétimo. O autor da façanha de separar os carros bávaros foi Nico Rosberg, numa ótima temporada no ex-parceiro da marca alemã, a Williams. Se Alonso for mesmo para a Renault em 2008, Rosberg deve ser o seu substituto na McLaren e se o alemão for mesmo para a equipe de Ron Dennis, deverá fazer uma dupla do barulho com Hamilton. Após longo e tenebroso inverno Mark Webber finalmente pôde entrar na Q3 e garantiu um oitavo posto para a equipe das bebidas enérgeticas. Como sempre David Coulthard foi mais lento que seu companheiro de equipe e largará apenas em décimo terceiro.
Mostrando que realmente a Toyota é fogo de palha, ou simplesmente treino ontem uma configuração de Classificação, Jarno trulli foi apenas o nono mais rápido. Distante da quinta posição de ontem, mas ainda bem à frente de Ralf Schumacher, o décimo segundo. Kovalainen não repetiu as boas performances anteriores na Classificação e hoje fechou o grupo dos que passaram para a Q3, mas ao menos superou novamente Fisichela, que já há muito tempo não sabe o que é largar entre os dez primeiros. Na Honda, Button destoou um pouco e não apenas conseguiu a décima quarta posição como colocou nada menos do que 1s sobre Rubens Barrichello, longe de ter um carro equilibrado e que terminou seu treino ainda na Q1.
Liuzzi se recuperou da péssima sexta-feira e conseguiu algo que raramente consegue: passar para a Q2. E de quebra, foi mais rápido do que Wurz! Outro piloto da Toro Rosso que surpreendeu foi Sebastian Vettel, mais rápido do que Rubens Barrichello, que tem quase a mesma idade do jovem alemão em termos de experiência de F1. Provando a evolução do novo carro, a Spyker conseguiu alcançar a Super Aguri e não dividirá a última fila do grid, com Sutil superando Davidson, deixando o inglês, que vinha bem nas últimas Classificações, ao lado do eterno último colocado Sakon Yamamoto.