O início da prova em Indianápolis teve o novo pole da Indy, Christian Lundgaard, se mantendo na ponta, segurando bem o rojão de ter largado pela primeira vez na sua ainda curta carreira na Indy na frente do pelotão feroz da Indy. O dinamarquês da equipe Rahal já começa a chamar a atenção de equipes maiores e a exibição dele em Indianápolis só reforça que Lundgaard brevemente estará numa das equipes do trio de ferro. Palou largou em terceiro e saindo com os pneus macios, o espanhol rapidamente partiu para cima de Rosenqvist e Lundgaard, assumindo a ponta no começo da prova, após a única bandeira amarela do dia, num acidente tosco provocado por David Malukas. Os pneus macios tinham um desempenho muito superior no começo dos stints, mas perdia rendimento com o andar da corrida e Palou não durou muito na ponta, mas quando começaram as paradas, Alex tratou de ter o maior tempo possível os pneus duros, que resistiam muito bem na média geral. Palou se garantiu à frente de Lundgaard, mas a disputa pela ponta não havia terminado.
Se na F1 a McLaren sofre, na Indy a equipe vai muito bem, obrigado. Os três pilotos do time liderado por Zak Brown largaram entre os cinco primeiros e se manteve no pelotão dianteiro o tempo todo, alternando seus pilotos de acordo com os pneus que usavam. Com pneus macios, disparavam por um tempo, mas logo era ultrapassado pelo companheiro de equipe, mesmo que algumas vezes essa equação quase dava problema, como quando Rossi quase bateu em Rosenqvist numa tentativa de ultrapassagem. O'Ward logo se colocou como piloto principal e dos quatro stints da corrida, três usou a borracha dura e na saída da segunda parada, quase se colocou na frente de Palou, o que poderia atrapalhar o espanhol da Ganassi, mas o ritmo de Palou era simplesmente muito superior. No último stint, mesmo com pneus macios novos, O'Ward simplesmente não conseguiu se aproximar de Palou em nenhum momento. Quando os pneus macios de Pato começaram a decair, Palou impôs ótimos 15s sobre o piloto da McLaren, uma cena rara na Indy, mesmo numa corrida praticamente sem bandeiras amarelas. Lundgaard preferia os pneus macios e com eles o danês perdeu muito rendimento no quarto final da corrida, ultrapassado pelas duas McLarens de Rossi e Rosenqvist, completando um 2-3-4 para a McLaren.
Colton Herta, cada vez mais pressionado para conseguir novamente uma vitória na Indy, arriscou com pneus macios no fim, mas quando o desgaste chegou, o americano da Andretti caiu de quinto para nono, ultrapassado por Dixon e Newgarden. A equipe Penske mal apareceu na pista do patrão. Will Power foi tocado por Kirkwood no início, caiu para as últimas posições e ainda salvou posições no meio do pelotão, enquanto Newgarden foi o melhor colocado do time do Capitão, mas bem longe da batalha pela vitória. McLaughlin teve problemas no fim e caiu para as últimas posições, chegando próximo de Helio Castroneves. O implacável tempo chega para todos, até mesmo para pilotos que tiveram seus dias de glória, mas aos 48 anos recém-completados, Helio está cada vez mais assentado na categoria 'ex-piloto em atividade'. Além de exibições ruins, Castroneves está sendo bastante atrapalhado pela péssima fase de sua equipe, que chegou a liberar Pagenaud com uma porca frouxa de um pit-stop. Nem os ares de Indianápolis, que tão bem faz à Hélio, fez a diferença nesse ensaio para o que realmente importa.
Mesmo sendo num circuito misto, a corrida desse sábado é uma espécie de início dos trabalhos para o circo da Indy para a grande corrida do ano: as 500 Milhas de Indianápolis. Os testes já começam nessa terça-feira, com as classificações ocorrendo no próximo final de semana. Dependendo do que foi visto nesse sábado, a Ganassi vem muito forte, enquanto a Penske ainda titubeia e a Andretti precisa decidir focar na Indy ou em sua aventura na F1, que nem começou, mas já toma bastante tempo de Michael. Enquanto Penske e Andretti patinam, a McLaren vai forte com seus três pilotos. Alex Palou iniciou o programa de Indianápolis da melhor forma possível. Em 2021, Palou pecou pela pouca experiência na luta com Helio Castroneves pela vitória na Indy500, mas com mais cancha, Palou mostrou hoje que entrará nesse mês de maio ainda mais forte.
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