Não poderia ser outro! Após uma espera de cento e dez corridas, Lando Norris finalmente sentiu o gosto da vitória e mesmo ajudado pelo Safety-Car, Lando tinha o ritmo mais forte no domingo, merecendo completamente a vitória desse domingo em Miami. O final de semana não começara de forma auspiciosa para o inglês, mesmo com as altas expectativas das melhorias trazidas pela McLaren. Na Sprint, Lando foi atingido na primeira curva e com apenas um treino livre, ele não pôde avaliar a fundo as novidades do seu carro, além de se conformar com a terceira fila na classificação. Ficando em sexto após uma largada confusa, Lando começou a corrida pressionando a Red Bull de Sergio Pérez, demonstrando ter um grande ritmo na prova, só não ultrapassando o apagado mexicano porque ele foi chamado pelos boxes da Red Bull. Com pista livre, Lando se tornou o piloto mais rápido da pista, com voltas mais rápidas seguidas. Além de rápida, a McLaren também se mostrou cuidar bem dos pneus e foram os últimos a parar. Isso acabou sendo decisivo para a vitória de Lando Norris. Quando liderava e estava prestes a parar, um incidente entre Magnussen e Sargeant trouxe o Safety Car para a pista, neutralizando a corrida e ajudando Norris a fazer a parada sem perder a liderança. Porém, Lando teria que encarar uma relargada com Max Verstappen lhe fustigando e o piloto da McLaren se comportou muito bem, segurando o rojão e logo abrindo uma diferença essencial para garantir a vitória. Foi uma vitória bem popular, com o público que lotou as arquibancadas de Miami festejando bastante, além de todo o paddock da F1. Que essa vitória dê a confiança necessária para Lando Norris continuar evoluindo.
segunda-feira, 6 de maio de 2024
Figurão(MIA): Sérgio Pérez
Um ano atrás Sérgio Pérez chegava à Miami com moral após uma vitória em Baku e se consolidando como um piloto muito forte em circuitos de rua, o que poderia ser confirmado com uma boa corrida na pista urbana da Flórida. O que se viu, no entanto, foi Checo levar uma ultrapassagem desmoralizante de Verstappen e se perder completamente até o final da temporada. Retornando para 2024, Pérez teve outro final de semana esquecível em Miami. Ficar atrás de um inspirado Verstappen está longe de ser algo ruim, mas Checo não precisava de um erro crasso na largada e quase tirar da corrida... Max! Por muito pouco Checo não provocou um acidente sórdido onde os dois carros da Red Bull poderiam ter saída da prova, mas isso só seria o início de uma corrida medíocre do mexicano. Após sair da pista na primeira curva, Pérez caiu para quinto, mas ao invés de atacar as Ferraris à sua frente, Checo foi atacado por um iluminado Lando Norris, que imprimia uma ritmo avassalador e só não ultrapassou Pérez por que Sergio foi chamado aos boxes. Porém, Pérez continuou a corrida mais olhando para o retrovisor do que para frente, sendo atacado pela raquítica Mercedes de Lewis Hamilton nas voltas finais, terminando a prova em quinto, beneficiado pela punição de Carlos Sainz, mas já vê Charles Leclerc apena cinco pontos atrás no Mundial de Pilotos. Com o contrato com a Red Bull a terminar, o vice-campeonato é o mínimo que se pode esperar do segundo piloto da equipe dominante, mas até nisso Pérez está pecando e que essa corrida ruim em Miami não signifique, como ano passado, o início de um calvário que durou a temporada toda.
domingo, 5 de maio de 2024
E chegou a vez de Lando
sábado, 4 de maio de 2024
Melhor na imperfeição
Após uma Sprint que teve como um dos destaques o bom desempenho de Ricciardo, o australiano voltou à normalidade do que vem sendo seu ano de 2024, quando Daniel ficou no Q1 mais uma vez, junto aos pilotos da Sauber, já que a Alpine conseguiu uma ligeira evolução e agora pelo menos não fica mais na primeira parte da classificação. Alonso já vinha reclamando do seu carro antes mesmo da Sprint e a classificação foi um indicativo de que a Aston Martin não se encontrou em Miami, com seus dois carros ficando pelo caminho no Q2, com o porém de Stroll ter enfiado dois décimos na goela de Alonso.
O Q3 viu Verstappen marcando uma volta matadora logo de cara, que foi o que lhe deu a pole. A dupla da Ferrari veio logo atrás e na segunda volta do trio, ninguém melhorou, com Leclerc mais uma vez na frente de Sainz. Pérez foi um dos poucos que melhoraram no Q3, mas completará a segunda fila amanhã, seguido pelas duplas de McLaren e Mercedes. Mesmo com o carro não estando no seu gosto, Verstappen vai lá e mata a concorrência com a sétima pole consecutiva.
domingo, 28 de abril de 2024
Bonança após a tempestade
Largando na pole, McLaughlin só não liderou a grande maioria das voltas por causa das inúmeras bandeiras amarelas na estranha corrida no Alabama. O auge da bizarrice ocorreu quando um manequim caiu ao lado da pista, vindo de uma ponte de acesso. Isso já entrou no folclore do automobilismo mundial. Christian Rasmussen se envolveu em inúmeros toques e protagonizou a última bandeira amarela, numa altura em que McLaughlin e Power já tinham uma boa vantagem sobre os demais. Com tantas interrupções, as equipes se dividiram na estratégia de duas ou três paradas, com suas variantes. A Penske escolheu não economizar com seus pilotos, enquanto a Ganassi com Alex Palou optou por ser manter na pista e economizar o que desse. Vantagem para a turma da Penske, que venceu com a sua dupla oceânica.
Após triunfar de forma categórica semana passada, Scott Dixon cometeu um incaracterístico erro ao tentar uma manobra otimista em cima de Graham Rahal, por sinal, manobra idêntica tentou Pato O'Ward, novo vencedor de St Pete por toda a polêmica da Penske, e o mexicano acabou por tirar Pietro Fittipaldi da pista logo depois. Os dois vencedores de corrida oficiais da Indy até ontem tiveram um domingo esquecível, fazendo com que Power, mesmo perdendo dez pontos por tudo o que aconteceu em St Pete, assumisse a liderança do campeonato. Foi uma semana terrível, onde a Penske teve que se entender com Indy, incluindo pilotos, equipes e fãs, mas dentro da pista, o time mostrou sua força.
Foi para isso que ele veio
Hoje Jerez viu mais uma corrida épica da MotoGP, tendo Marc Márquez como um dos protagonistas. Largando na pole, após uma classificação no molhado, Márquez foi imprensado pelo líder Jorge Martin e logo depois foi ultrapassado lindamente por Pecco Bagnaia, que fez uma manobra de levantar as sobrancelhas ao passar Bezzecchi e Márquez por fora na Dry Sack. Marc ainda foi ultrapassado por Bezzecchi, enquanto Martin e Bagnaia batalhavam pela ponta, com Pecco mostrando ter mais equipamento. Como é comum nesses casos, o piloto que está forçando para se manter no ritmo está mais suscetível à erros e Martin acabou errando sozinho na Dry Sack, entregando a liderança para Bagnaia, que cortou boa parte da diferença que Martin tinha no campeonato. No entanto, Márquez já havia ultrapassado Bezzecchi e ainda restavam onze voltas para o fim. Marc foi tirando a diferença, principalmente no terceiro setor, em curvas de alta, onde a coragem faz a diferença.
Bagnaia e Márquez já brigaram pela ponta outras vezes, como em Aragão em 2021. Os dois se conhecem muito bem e quando Marc tirou toda a diferença, começou uma luta histórica, com Bagnaia querendo se estabelecer como bicampeão e capitalizar o erro de Martin, enquanto Márquez tentaria um retorno rumo a uma vitória que não vê a quase mil dias. Como sempre, Márquez foi agressivo, principalmente na forte freada da curva 10, bem na frente do barranco onde estava boa parte da torcida espanhola. Houve um toque entre os dois, mas Bagnaia foi resiliente o suficiente para se manter na ponta e aproveitando o equipamento superior, soube se impor nas duas últimas voltas para voltar a vencer no campeonato e já se colocar, bem grande, no retrovisor de Martin no campeonato.
Contudo, a notícia do dia foi o retorno de Marc Márquez como um real contender às vitórias. Quando ele trocou a Honda pela Gresini, foi para exibições como a que vimos hoje e a vitória tende a acontecer em breve para o espanhol.
quarta-feira, 24 de abril de 2024
Punição retardada
Tudo isso por uma irregularidade no push-to-pass, que é previamente programado a não funcionar durante as relargadas, porém, num erro inacreditavelmente amador para um time como a Penske, a equipe simplesmente se esqueceu de tirar o dispositivo que havia sido testado durante os ensaios com os carros híbridos e estava sem restrição. Foi provado que Newgarden e McLaughlin se beneficiaram do dispositivo que não era para estar no carro, enquanto nada foi provado contra Power. A notícia caiu como uma bomba no universo da Indy, principalmente sabendo da excelência da equipe Penske, além de que Roger é simplesmente o dono da Indy.
As especulações já começaram a surgir, principalmente com uma punição tão dura, mas tão atrasada. No entanto, foi uma mancha significativa na equipe Penske.
segunda-feira, 22 de abril de 2024
Figura(CHN): Lando Norris
A McLaren chegou à Xangai pessimista pelas características da pista chinesa. Andrea Stella falava em contenção de danos. No entanto, faltou 'combinar' com Lando Norris. O inglês da McLaren teve um final de semana sensacional, onde foi pole da Sprint Race com pista molhada, conseguiu ficar na segunda fila no grid para a corrida principal e na prova, fez um trabalho sólido para capitalizar os dois Safety-Cars e conseguir um surpreendente segundo lugar, separando os dois pilotos da Red Bull, no que parecia uma dobradinha certa, superando com relativa facilidade da dupla da Ferrari, que tem no momento o segundo melhor carro do pelotão. Lando Norris entregou mais do que o potencial do seu McLaren e sua vitória já é mais do que merecida. É questão de tempo.
Figurão(CHN): Lewis Hamilton
Os números não negam que Lewis Hamilton está no olimpo dos grandes da história da F1. São mais de cem vitórias e poles, além de sete títulos mundiais. Por melhor que seja seu carro, ninguém faz isso em vão. Lewis é muito, muito bom. No entanto, na comparação com outras grandes lendas da F1, Hamilton peca num quesito que ficou explícito na corrida dessa domingo: a mentalidade. Senna, Schumacher e o próprio Max Verstappen já se viram em situações desfavoráveis durante a carreira e nem por isso ficaram chorando pelos cantos (ou pelo rádio) para se justificar suas corridas ruins. Eles trabalharam firme com suas equipes para conseguir evoluir e muitas vezes entregaram mais que o potencial que os carros que pilotavam. Mesmo não duvidando que Hamilton esteja trabalhando firme para melhorar seu carro, a forma como o inglês reclama de tudo via rádio irrita, dando a sensação de que bastava Lewis mostrar seu talento para que ele saía das enrascadas que se vê metido pelo terceiro carro errático consecutivo da Mercedes. Hamilton, contudo, canaliza tanto suas frustrações no carro, que ele poderia fazer um trabalho melhor, algo que seu companheiro de equipe vez fazendo. Corridas como a de domingo fazem com que muitos duvidem da qualidade de tudo que Lewis Hamilton conquistou.
domingo, 21 de abril de 2024
Maquinista do trem
A corrida em Long Beach foi separada em duas, quando o novato Christian Rasmussen encostou no muro após o famoso Hairpin e acabou batendo mais forte algumas curvas depois. A bandeira amarela apareceu na volta 18, bem no meio do primeiro stint, fazendo com que pilotos e equipes tivessem que fazer uma escolha estratégica. Até aquele momento a corrida era dominada por Will Power, que ultrapassou o pole Felix Rosenqvist na primeira volta e liderava com facilidade. No entanto, o australiano da Penske e um punhado de pilotos foram aos pits nesse momento, enquanto praticamente outra metade ficou na pista, liderados por Josef Newgarden.
Mesmo sendo um circuito de rua, essa acabou sendo a única bandeira amarela do dia, o que atrapalhou a turma que parou mais cedo, que incluía Scott Dixon. O piloto da Ganassi era o segundo no grupo que pararam junto com Power e ultrapassou o piloto da Penske logo depois da relargada, passando a ser o primeiro dessa turma. A corrida transcorreu normalmente, o que fazia com que os pilotos que pararam mais cedo tivessem que fazer uma corrida de economia radical de combustível, enquanto a outra turma poderia queimar metal à vontade. Isso, claro, com todo mundo parando duas vezes. No último stint, Dixon emergiu na frente, mas tinha Newgarden sem nenhuma reserva para acelerar e rapidamente o americano, que completou duzentas corridas na Indy hoje, encostou em Scott. E ainda restavam mais de quinze voltas.
Numa das corrida mais tensas e emocionantes dos últimos tempos, Scott Dixon fez sua mágica ao economizar combustível, ao mesmo tempo que administrava muito bem os ataques de Newgarden, que preso atrás de Dixon, viu Herta e Palou encostaram. Logo os quatro primeiros andavam juntos, tendo que serpentear entre retardatários. Numa dessas, Herta bateu na traseira de Newgarden, fazendo o piloto da Penske perder muito tempo na saída do Hairpin e cair para quarto, tendo que enfrentar os ataques de Marcus Ericsson, que entrara na festa. A corrida foi chegando ao fim e somente a classe e o talento de Scott Dixon foi capaz de fazê-lo segurar a ponta até a bandeirada, liderando um trem de quatro carros próximo a ele. São vitórias assim que fazer de Scott Dixon numa lenda do automobilismo.
Passeio chinês
sábado, 20 de abril de 2024
Sábado daqueles
quinta-feira, 18 de abril de 2024
Vinte anos da consagração de Rossi
Valentino Rossi confirmava tudo que se esperava dele e conquistara três títulos seguidos na MotoGP, mas havia quem dissesse que o fator que estava fazendo diferença à favor do italiano era a força da Honda, algo que os japoneses não escondiam que concordavam. Isso causava alguns atritos entre Honda e Rossi, que pensou que era ele e não a moto, que estava fazendo a diferença. Por isso que todos ficaram estupefatos quando Valentino anunciou que estava abandonando a Honda para se transferir para a Yamaha, que passara o ano de 2003 em branco e estava em crise técnica. A Honda teve seus brios feridos e contratou Alexandre Barros e Max Biaggi, um dos que mais instigavam que o motivo do domínio de Rossi era pela enorme diferença que a Honda tinha para as demais.
No dia 18 de abril de 2004, no circuito sul-africano de Welkom, um tira-teima de tirar o fôlego aconteceu na abertura da temporada da MotoGP. De um lado Rossi queria provar que ele poderia vencer em qualquer moto. Do outro, a Honda queria provar que qualquer que tivesse uma de suas motos venceria na MotoGP. E se fosse com o inimigo declarado Biaggi, ainda melhor!
A corrida em Welkom foi amplamente dominada por Rossi e Biaggi, que disputaram palmo a palmo a vitória. Nas últimas voltas, Vale fez uma ultrapassagem ousada em cima de Biaggi, que mesmo tentando de tudo, não impediu a vitória de Rossi. Era a primeira vitória da Yamaha desde 2002. Com Biaggi...
Valentino Rossi vibrou como nunca, chegando a sair da moto e beija-la, antes de sentar ao lado do guard-rail, em claro momento de júbilo. Aquela vitória, considerada impossível para muitos, foi apenas o início da belíssima e premiada parceria entre Valentino Rossi e a Yamaha.
domingo, 14 de abril de 2024
Top Gun
A corrida em Austin nem parecia tão boa para Maverick em seu início. O espanhol da Aprilia largou mal e ao ser espremido por Bagnaia na curva um, acabou desabando para nono lugar. Lá na frente a sensação Pedro Acosta liderava pela primeira vez na MotoGP, mas o jovem espanhol e nem ninguém no primeiro pelotão teria sossego numa corrida eletrizante. Acosta tinha a companhia de Jorge Martin e Marc Márquez, com os três trocando de posição de forma insana nas primeiras voltas, enquanto Bagnaia se aproximava da briga. Márquez chegou a encostar em Martin numa tentativa para lá de otimista na última curva, mostrando que em Austin, uma das pistas que mais favorece Marc, ele estava muito forte. Márquez assumiu a ponta, mas sabia que nas freadas Acosta estava muito forte e na entrada da curva 11, acabou perdendo a frente e caindo, para desgosto de todos que acompanhavam a prova, além de sua equipe, que na volta anterior tinha perdido o outro Márquez.
Isso deixava Acosta na ponta, mas a ascensão de Maverick era simplesmente imparável. O espanhol da Aprilia atropelou quem vinha pela frente, começando por Jack Miller e logo depois a dupla da Ducati oficial, com Bastianini já na frente de Bagnaia, que uma corrida bastante apagada na sua metade final. Martin também mostrava dificuldades e praticamente não colocou muita objeção aos ataques de Viñales. Restava Acosta. O piloto da KTM tinha a primeira vitória ao seu alcance, mas Maverick se mostrou forte demais e Viñales assumiu a ponta para não mais perdê-la até a bandeirada, ficando claramente emocionado quando garantiu mais uma vitória, com a terceira moto diferente. Acosta mostrou mais uma vez que poderá se tornar um fenômeno tão incrível como Márquez, terminando em segundo e se garantindo como a melhor KTM do pelotão, mas o mais importante foi a capacidade de Acosta de enfrentar as grandes estrelas da MotoGP de igual para igual. Bastianini ainda teve tempo de tirar Martin do pódio e se garantir na vice-liderança do Mundial, apenas 21 pontos atrás de Martin, que faz campanha descarada para tirar o lugar do próprio Enea na equipe oficial da Ducati. Bela resposta de Bastianini.
Foi uma corrida daquelas na MotoGP, dando um prospecto de uma campeonato sensacional pela frente, com o crescimento da Aprilia, que quebrou uma sequência de onze vitórias consecutivas da Ducati, fazendo aumentar a confiança de Maverick. Quando parar de cair e se acostumar mais à nova moto, Márquez sempre brigará por vitórias, enquanto Acosta já é uma realidade. Uma realidade assustadora para os seus rivais, enquanto a Ducati, que se gaba de ter tantos pilotos na ponta, pode se perder em não apostar as fichas em apenas um deles. Isso, sem contar mais um vexame das motos japonesas, com Quartararo decepcionando em sua primeira corrida após renovar seu contrato com a Yamaha, deixando para lá um convite da Aprilia. Com a demonstração de hoje, Fabio poderá se arrepender amargamente de sua escolha, algo que Maverick Viñales simplesmente não o faz.
segunda-feira, 8 de abril de 2024
Figura(JAP): Honda
Alguns anos atrás, a Honda sofreu a humilhação pública de Fernando Alonso quando o espanhol chamou o motor Honda de 'GP2 Engine', num rádio que entrou para a história. Porém, a Honda deu a volta por cima e correndo em casa, se aproveitou da excepcional fase da Red Bull e seu modelo RB20 para conquistar uma fácil dobradinha na edição 2024 do Grande Prêmio do Japão. Para completar, seu piloto protegido, Yuki Tsunoda, fez uma bela corrida para marcar um ponto com a décima posição, derrotando a Aston Martin de Lance Stroll, numa das melhores corridas do japonês, na frente de sua torcida, que vibrou como nunca em cada ultrapassagem de Yuki. Na pista de sua propriedade, a Honda teve um dia inesquecível, bem longe do 'GP2 Engine'.
Figurão(JAP): Alpine
Oh mon Dieu! A Alpine continua o calvário que está sendo a temporada 2024 da F1, com outra corrida horrorosa do time bancado pela tradicional Renault. Em Suzuka, a Alpine viu seus dois pilotos baterem na largada, um toque de leve, mas que segundo Ocon e Gasly, fizeram com que perdessem downforce e a corrida dos dois gauleses tiveram uma corrida onde foram ultrapassados por quem quer que se aproximasse deles, mostrando também o quão pouco potente é o motor Renault híbrido, que dez anos atrás tantas críticas a Red Bull fez. Passado tanto tempo, aparentemente os motores franceses continuam atrás das concorrentes e com uma equipe à deriva, com seus dois pilotos tomando 30s de Bottas e só não ficaram em último pelo erro do onipresente Sargeant, o grande nome da Renault vai indo para a vala das marcas derrotadas.
domingo, 7 de abril de 2024
Sono, pneus e domínio
sábado, 6 de abril de 2024
Primeira resposta
segunda-feira, 1 de abril de 2024
Mais poder
Por exatos quatro bilhões de dólares, a Liberty agora tem no seu portifólio a F1 e a MotoGP, simplesmente os dois maiores e melhores campeonatos mundiais do esporte a motor. Não restam dúvidas que a F1 cresceu bastante nos últimos tempos e há a expectativa de que a MotoGP trilhe o mesmo caminho de sua, agora mais do que nunca, sua irmã. Quem sabe uma dobradinha F1/MotoGP não aconteça num futuro próximo?
sábado, 30 de março de 2024
A Nascar nunca decepciona...
A Nascar se caracteriza por suas brigas entre pilotos, muito pelos vários toques que há nos ovais. Nesse sábado, Joey Gase passou um pouco dos limites na sua chateação com seu rival...
segunda-feira, 25 de março de 2024
Figura(AUS): Carlos Sainz
Dezesseis dias atrás, Carlos Sainz dava entrada no Hospital Militar de Jedá para realizar uma cirurgia de retirada de apêndice, após o espanhol passar alguns dias se sentindo mal. Perder o final de semana saudita era apenas mais um revés nesse ano de 2024 para Carlos Sainz. Mesmo tendo chegado à frente de Leclerc no Bahrein, Sainz recebeu a notícia nada agradável de que estava fora dos planos da Ferrari em 2025 antes mesmo da temporada 2024 começar, sendo substituído por Lewis Hamilton na transação mais bombástica dos últimos anos na F1. Sainz foi para Melbourne sem estar 100% fisicamente e seu substituto na Arábia Saudita, o talentoso Oliver Bearman, estava de prontidão no caso de Carlos não puder correr na Austrália. Correndo com uma proteção no lugar da cirurgia, Sainz começou os treinos livres com cautela, mas sentindo a força da Ferrari no final de semana australiano. Após ficar atrás de Leclerc na sexta-feira, Sainz superou o companheiro de equipe na classificação e foi ele quem lutou com Max Verstappen quando os problemas no freio da Red Bull apareceram ainda na segunda volta da corrida, capitalizando o abandono de Max com uma vitória contundente. A terceira vitória de Sainz na F1 foi a mais inesperada pelo contexto do que vinha sendo 2024 para a F1, com a Red Bull iniciando outro domínio e toda a situação contratual do espanhol. Tanto que ao sair do carro para dar a entrevista antes de subir ao pódio, Sainz usou a palavra que resume bem as últimas semanas do espanhol: uma montanha-russa.
Figurão(AUS): Daniel Ricciardo
Certa vez Nigel Mansell falou que correr em casa lhe garantia mais 1s por volta. Se essa verdade valer para Daniel Ricciardo, o australiano está seriamente encrencado em 2024. Dessa vez correndo em casa, Ricciardo fez outra corrida pífia, ficando bem atrás do seu companheiro de equipe e piorando cada vez mais sua situação dentro do caótico cenário da Red Bull. Trazido de volta para colocar pressão em Sergio Pérez na equipe principal, Ricciardo fez boas corridas em 2023 na então Alpha Tauri e tinha como objetivo claro fazer um bom trabalho em 2024 na equipe Racing Bulls prospectando um lugar na Red Bull em 2025, quando contrato de Checo termina. No entanto, Ricciardo não faz um trabalho bom o suficiente nem para permanecer na equipe atual, que, lembremos, foi criada pela Red Bull para ser uma espécie de criatório de jovens pilotos para abastecer a equipe principal. E os 35 anos de Ricciardo indicam que o australiano está longe de ser um jovem piloto. As três primeiras corridas de Ricciardo foram muito abaixo do esperado e a corrida caseira deixou ainda mais evidente essa decepção, pois Tsunoda foi ao Q3 e garantiu os primeiros pontos da equipe em 2024, enquanto Ricciardo ficou no Q1 no sábado (que tinha um piloto a menos, não devemos nos esquecer) e na corrida em nenhum momento o australiano esteve próximo da zona de pontuação. Ricciardo sabe muito bem que a paciência de Helmut Marko é bem curta e o fato de Liam Lawson ter sido mostrado várias vezes na transmissão da TV é uma mensagem bem subliminar para Ricciardo. Ou melhora, ou a Indy (ou Edurance, ou V8 Supercars) o espera!
domingo, 24 de março de 2024
Troca de guarda
Com apenas 19 anos, Pedro Acosta ultrapassou a Ducati de Márquez na tinhosa curva um de Portimão, mas quinze dias atrás o mesmo havia acontecido e Acosta foi perdendo rendimento, ele que ainda vai se entendendo com a gestão de pneus. Porém Acosta não apenas se manteve na frente de Márquez, como partiu para cima de Bagnaia, que fazia uma corrida abaixo, após um erro na Sprint de ontem o ter relegado ao quarto lugar, quando Pecco errou enquanto liderava. Bagnaia tinha a poderosa moto oficial da Ducati, a mesma moto que Jorge Martin usava e disparava na frente, controlando toda a corrida dos ataques de Maverick Viñales e Enea Bastianini. Bagnaia vinha em quarto, segurando o quanto podia Acosta, quando o espanhol deu o bote na fechada curva 2, deixando Pecco sem pai, nem mãe. Tamanho passão deixou Bagnaia tão desnorteado, que o italiano passou a ser atacado por Márquez logo em seguida. Conhecido por sua agressividade, Márquez tentou várias manobras fortes, mas Bagnaia ia respondendo a todas elas, até que Márquez se jogou na curva 5 e quando Bagnaia ia dando o troco, os dois se tocaram e caíram. Márquez ainda voltou à corrida, enquanto Bagnaia abandonou a prova e viu Martin tomar sua liderança com certa folga.
Enquanto as duas maiores estrelas da MotoGP atual caíam, Acosta seguia impávido e teria uma surpresa quando Viñales teve problemas em sua Aprilia na entrada da última volta e acabou ejetado de sua moto quando já estava fora da pista. Com isso Acosta entrava no pódio numa corrida madura e muito forte. Pedro se tornou o terceiro mais jovem a subir no pódio na categoria principal logo em sua segunda corrida na MotoGP, mas pelo o que vem mostrado, esse não será o único milestone de Acosta em 2024.
Pegou fogo
Sem a Red Bull, a McLaren assumiu a tocha de segunda força do campeonato e o time comandado por Zak Brown cumpriu o que dela se esperava nessa situação, ficando em terceiro e quarto, com Norris conseguindo o primeiro pódio da McLaren em 2024. Lando forçou bastante em cima de Leclerc, mas não houve uma verdadeira briga por posições. Norris retornou ao pódio, enquanto o local Piastri fez uma corrida bem sem graça, tendo ainda que ceder sua posição para Norris via ordem de equipe, acabando Piastri em quarto a praticamente 30s atrás do companheiro de equipe. A Mercedes saiu de Melbourne zerada, mas por motivos distintos. No pior início de temporada em sua já longa carreira, Lewis Hamilton abandonou com o motor quebrado ainda no primeiro terço de corrida, com o inglês mal conseguindo pontuar no momento, depois de ficar no Q2 na classificação. Já Russell fazia uma corrida decente, bem superior à de Hamilton e se aproximava de Alonso na briga pela sexta posição. Na última volta Alonso fez o chamado brake test e Russell acabou estampando o muro com força, ficando com o carro quase capotado no meio da pista. implorando por uma bandeira vermelha. Depois da corrida, a FIA impôs uma forte punição à Alonso, que caiu para oitavo após tomar 20s, beneficiando seu companheiro de equipe Stroll e Tsunoda. E falando no nipônico, Daniel Ricciardo fez outra corrida para esquecer, nem vislumbrando a pontuação, enquanto Tsunoda tirou a Racing Bulls do zero em 2024. Nem a amizade com o encrencado Horner, que tem mais com o que se preocupar, parece ajudar Ricciardo, que já viu a transmissão da TV mostrar Liam Lawson nos boxes. Basta ligar os pontos...
segunda-feira, 18 de março de 2024
Que pena...
terça-feira, 12 de março de 2024
Figura(ARS): Oliver Bearman
Claramente o grande destaque do final de semana! Quando a Ferrari se viu sem Carlos Sainz, acometido de uma apendicite ao final do primeiro dia de treinos, o time italiano não tinha muitas opções e trouxe o seu jovem piloto Oliver Bearman, que acabara de fazer a pole na F2. O inglês de 18 anos tinha feito alguns treinos com F1, não apenas na Ferrari, como na Haas, mas estrear num F1 já tendo perdido duas sessões de treinos livres e num circuito peculiar e perigoso como Corniche poderia ser a chave de um retumbante fracasso. Felizmente não foi o caso. Bearman quase foi ao Q3 (eliminando Hamilton) e na corrida fez tudo certo. Muito provavelmente a Ferrari nem esperasse marcar pontos com seu jovem piloto largando fora do top-10, mas Bearman disputou posições com Hulkenberg (que tem quase o dobro da idade de Ollie) e no final resistiu à pressão de Norris e Hamilton, pilotos bem mais experientes do que ele, mas Bearman simplesmente não errou rumo a um sétimo lugar que lhe valeu como uma vitória e a admiração de todo o paddock. O sucesso de Bearman serve também para mostrar que uma leva de jovens pilotos pede passagem na F1, substituindo alguns pilotos em hora extra.
Figurão(ARS): Lance Stroll
É constrangedor um assento bom na F1 ser tão mal utilizado como o da Aston Martin. A equipe foi adquirida por Lawrence Stroll em 2021 com o intuito claro de colocar seu filho Lance para correr. Até porque ninguém se interessa pelo parco talento do canadense. É louvável o investimento que Lawrence faz na equipe, contratando não apenas pilotos do quilate de Vettel e Alonso, como trazendo ótimos técnicos e engenheiros, além de firmar um acordo com a Honda. O problema é que o objetivo principal da equipe existir simplesmente não desabrocha e nem irá fazê-lo, pois falta à Lance Stroll simplesmente talento para se tornar o piloto principal da Aston Martin. Mesmo já próximo das duzentas corridas na F1, Lance acumula erros infantis e vai tomando tempo de Alonso, como tomou de pilotos que eram nitidamente melhores do que ele. Em Corniche Lance sofreu o único acidente da corrida num erro bobo, típico de um piloto que só está na F1 por um único motivo: o bolso sem fundo do pai. Até mesmo para pagar os prejuízos que Lance dá.
domingo, 10 de março de 2024
Sobrando em dose dupla
Se não houve um domínio absurdo como na F1 em duas primeiras etapas, Indy e MotoGP tiveram como coincidência além do horário, também o domínio em suas etapas de abertura. Claro, não um domínio gritante como na F1, mas na MotoGP a Ducati colocou seis motos entre os sete primeiros no Catar, enquanto a Penske colocou três carros entre os quatro primeiros em St Petersburg. Outro fator foi que o vencedor em ambos os lados do Atlântico predominaram na corrida, praticamente vencendo de ponta a ponta.
Após uma corrida obscura na Sprint Race, o atual bicampeão Pecco Bagnaia mostrou mais uma vez que é um piloto de domingo. Mais do que isso. O piloto da Ducati tratou de dar uma carteirada nos rivais e em Jorge Martin, vencedor da Sprint de ontem, em particular. Conhecido pelo estilo cerebral, Bagnaia fez uma grande largada, pulando para terceiro na primeira curva, atacando a KTM de Binder na curva seguinte, numa ultrapassagem bem agressiva. Apenas alguns metros depois, colocou por dentro no pole Martin para assumir a ponta e administrar a corrida a seu bel-prazer. Bagnaia nunca teve uma grande diferença para o segundo colocado Binder, mas não sofreu ataques do sul-africano para vencer mais uma vez e sair líder do Catar. Mais do que isso, Bagnaia sabe que novamente a Ducati tem a melhor moto do pelotão e como atual bicampeão, se impôs sobre seus rivais, em particular Martin, que teve que segurar o terceiro lugar das investidas de Marc Márquez.
Grande destaque do final de semana em sua estreia na Gresini e na moto Ducati após anos de Honda, Márquez fez uma grande corrida, chegando em quarto e demonstrando que quando estiver mais adaptado à nova moto, a luta pelas vitórias não tardará. Outro destaque para o novato sensação Pedro Acosta. Correndo com sua GasGas, o espanhol chegou a ocupar a quarta posição, numa luta de gerações com Márquez, mas perdeu rendimento e finalizou a corrida em nono. Acosta mostrou personalidade com sua moto e se Jack Miller continuar fazendo corridas pífias como a de hoje, muito provavelmente Pedro estará ao lado de Binder na KTM oficial.
Praticamente no mesmo horário Josef Newgarden largava para a prova de St Petersburgo e só não liderou todas as voltas por uma tática diferente de Christian Lungaard. A sempre competitiva Indy não estava acostumada com um piloto se sobressaindo de tal forma como fez Newgarden, que ainda abriu bons 8s para Pato O'Ward na bandeirada. A corrida em St Pete, muito pela dificuldade de ultrapassagens, foi decidida em boa parte nos boxes e nas relargadas, com três bandeiras amarelas, com destaque para Romain Grosjean continuando a aprontar das suas, ao bater em Linus Lundqvist, jogando o novato no muro. Grosjean foi punido, mas acabou abandonando logo depois com problemas de câmbio.
Mesmo com algumas mudanças, Newgarden se mostrou insuperável na tarde da Flórida. As bandeiras amarelas não atrapalharam em nada o piloto da Penske, que venceu pela trigésima vez e voltou a triunfar em circuitos mistos, após dominar as provas em oval no ano passado. Felix Rosenqvist largou na primeira fila, mas foi perdendo rendimento na medida em que colocou pneus duros e a Meyer & Shank foi se perdendo nos pit-stops, mas o sueco ainda salvou um bom sétimo lugar, ainda mais se lembrarmos que a Meyer & Shank sofreu bastante em 2023 com Helio Castroneves e Simon Pagenaud. Os dois saíram e a equipe evoluiu seus resultados, demonstrando nesse momento que o problema não era no carro, mas os veteranos pilotos.
Pato O'Ward e Colton Herta perseguiram Newgarden de perto em algum momento, mas não foram páreo para Josef, com Herta ainda sendo engolido pelos dois pilotos da Penske que vieram de trás, Scott McLaughlin e Will Power. Scott fez uma ótima largada, demonstrando seu poder de fogo e cresceu bastante no terço final, trazendo consigo Power, que fazia uma prova até discreta, mas no final Will abriu fogo contra o companheiro de equipe, mas os dois permaneceram nas mesmas posições, com McLaughlin completando o pódio e Power em quarto. Após o frustrante processo de negação que sofreu da F1, a Andretti voltou a sofrer na Indy. Herta não manteve o ritmo das voltas inicias, enquanto o estreante Marcus Ericsson teve problemas mecânicos quando vinha no pelotão da frente. O atual campeão Alex Palou fez uma prova de chegada, principalmente quando percebeu que a Ganassi não tinha o melhor carro em St Petersburg. Vindo de uma sequência incrível de chegadas no top-10, o espanhol chegou a flertar com a quebra da sequência, mas fez um belo último stint rumo ao sexto lugar, superando um discreto nono colocado Scott Dixon. Pietro Fittipaldi fez uma prova bastante burocrática, onde muitas vezes figurou nas últimas posições, mas sem se envolver em qualquer problema, Pietro levou seu carro à 15º posição, na frente dos seus dois experientes companheiros de equipe.
Indy e MotoGP entregaram corridas não muito emocionantes, com duas equipes sobrando frente às demais, mas ainda assim com bem mais entretenimento do que a F1. Resta que as duas categorias não repitam o erro desse final de semana em largar no mesmo horário.