Não poderia ser outro! Após uma espera de cento e dez corridas, Lando Norris finalmente sentiu o gosto da vitória e mesmo ajudado pelo Safety-Car, Lando tinha o ritmo mais forte no domingo, merecendo completamente a vitória desse domingo em Miami. O final de semana não começara de forma auspiciosa para o inglês, mesmo com as altas expectativas das melhorias trazidas pela McLaren. Na Sprint, Lando foi atingido na primeira curva e com apenas um treino livre, ele não pôde avaliar a fundo as novidades do seu carro, além de se conformar com a terceira fila na classificação. Ficando em sexto após uma largada confusa, Lando começou a corrida pressionando a Red Bull de Sergio Pérez, demonstrando ter um grande ritmo na prova, só não ultrapassando o apagado mexicano porque ele foi chamado pelos boxes da Red Bull. Com pista livre, Lando se tornou o piloto mais rápido da pista, com voltas mais rápidas seguidas. Além de rápida, a McLaren também se mostrou cuidar bem dos pneus e foram os últimos a parar. Isso acabou sendo decisivo para a vitória de Lando Norris. Quando liderava e estava prestes a parar, um incidente entre Magnussen e Sargeant trouxe o Safety Car para a pista, neutralizando a corrida e ajudando Norris a fazer a parada sem perder a liderança. Porém, Lando teria que encarar uma relargada com Max Verstappen lhe fustigando e o piloto da McLaren se comportou muito bem, segurando o rojão e logo abrindo uma diferença essencial para garantir a vitória. Foi uma vitória bem popular, com o público que lotou as arquibancadas de Miami festejando bastante, além de todo o paddock da F1. Que essa vitória dê a confiança necessária para Lando Norris continuar evoluindo.
JCSPEEDWAY
segunda-feira, 6 de maio de 2024
Figurão(MIA): Sérgio Pérez
Um ano atrás Sérgio Pérez chegava à Miami com moral após uma vitória em Baku e se consolidando como um piloto muito forte em circuitos de rua, o que poderia ser confirmado com uma boa corrida na pista urbana da Flórida. O que se viu, no entanto, foi Checo levar uma ultrapassagem desmoralizante de Verstappen e se perder completamente até o final da temporada. Retornando para 2024, Pérez teve outro final de semana esquecível em Miami. Ficar atrás de um inspirado Verstappen está longe de ser algo ruim, mas Checo não precisava de um erro crasso na largada e quase tirar da corrida... Max! Por muito pouco Checo não provocou um acidente sórdido onde os dois carros da Red Bull poderiam ter saída da prova, mas isso só seria o início de uma corrida medíocre do mexicano. Após sair da pista na primeira curva, Pérez caiu para quinto, mas ao invés de atacar as Ferraris à sua frente, Checo foi atacado por um iluminado Lando Norris, que imprimia uma ritmo avassalador e só não ultrapassou Pérez por que Sergio foi chamado aos boxes. Porém, Pérez continuou a corrida mais olhando para o retrovisor do que para frente, sendo atacado pela raquítica Mercedes de Lewis Hamilton nas voltas finais, terminando a prova em quinto, beneficiado pela punição de Carlos Sainz, mas já vê Charles Leclerc apena cinco pontos atrás no Mundial de Pilotos. Com o contrato com a Red Bull a terminar, o vice-campeonato é o mínimo que se pode esperar do segundo piloto da equipe dominante, mas até nisso Pérez está pecando e que essa corrida ruim em Miami não signifique, como ano passado, o início de um calvário que durou a temporada toda.
domingo, 5 de maio de 2024
E chegou a vez de Lando
sábado, 4 de maio de 2024
Melhor na imperfeição
Após uma Sprint que teve como um dos destaques o bom desempenho de Ricciardo, o australiano voltou à normalidade do que vem sendo seu ano de 2024, quando Daniel ficou no Q1 mais uma vez, junto aos pilotos da Sauber, já que a Alpine conseguiu uma ligeira evolução e agora pelo menos não fica mais na primeira parte da classificação. Alonso já vinha reclamando do seu carro antes mesmo da Sprint e a classificação foi um indicativo de que a Aston Martin não se encontrou em Miami, com seus dois carros ficando pelo caminho no Q2, com o porém de Stroll ter enfiado dois décimos na goela de Alonso.
O Q3 viu Verstappen marcando uma volta matadora logo de cara, que foi o que lhe deu a pole. A dupla da Ferrari veio logo atrás e na segunda volta do trio, ninguém melhorou, com Leclerc mais uma vez na frente de Sainz. Pérez foi um dos poucos que melhoraram no Q3, mas completará a segunda fila amanhã, seguido pelas duplas de McLaren e Mercedes. Mesmo com o carro não estando no seu gosto, Verstappen vai lá e mata a concorrência com a sétima pole consecutiva.
domingo, 28 de abril de 2024
Bonança após a tempestade
Largando na pole, McLaughlin só não liderou a grande maioria das voltas por causa das inúmeras bandeiras amarelas na estranha corrida no Alabama. O auge da bizarrice ocorreu quando um manequim caiu ao lado da pista, vindo de uma ponte de acesso. Isso já entrou no folclore do automobilismo mundial. Christian Rasmussen se envolveu em inúmeros toques e protagonizou a última bandeira amarela, numa altura em que McLaughlin e Power já tinham uma boa vantagem sobre os demais. Com tantas interrupções, as equipes se dividiram na estratégia de duas ou três paradas, com suas variantes. A Penske escolheu não economizar com seus pilotos, enquanto a Ganassi com Alex Palou optou por ser manter na pista e economizar o que desse. Vantagem para a turma da Penske, que venceu com a sua dupla oceânica.
Após triunfar de forma categórica semana passada, Scott Dixon cometeu um incaracterístico erro ao tentar uma manobra otimista em cima de Graham Rahal, por sinal, manobra idêntica tentou Pato O'Ward, novo vencedor de St Pete por toda a polêmica da Penske, e o mexicano acabou por tirar Pietro Fittipaldi da pista logo depois. Os dois vencedores de corrida oficiais da Indy até ontem tiveram um domingo esquecível, fazendo com que Power, mesmo perdendo dez pontos por tudo o que aconteceu em St Pete, assumisse a liderança do campeonato. Foi uma semana terrível, onde a Penske teve que se entender com Indy, incluindo pilotos, equipes e fãs, mas dentro da pista, o time mostrou sua força.
Foi para isso que ele veio
Hoje Jerez viu mais uma corrida épica da MotoGP, tendo Marc Márquez como um dos protagonistas. Largando na pole, após uma classificação no molhado, Márquez foi imprensado pelo líder Jorge Martin e logo depois foi ultrapassado lindamente por Pecco Bagnaia, que fez uma manobra de levantar as sobrancelhas ao passar Bezzecchi e Márquez por fora na Dry Sack. Marc ainda foi ultrapassado por Bezzecchi, enquanto Martin e Bagnaia batalhavam pela ponta, com Pecco mostrando ter mais equipamento. Como é comum nesses casos, o piloto que está forçando para se manter no ritmo está mais suscetível à erros e Martin acabou errando sozinho na Dry Sack, entregando a liderança para Bagnaia, que cortou boa parte da diferença que Martin tinha no campeonato. No entanto, Márquez já havia ultrapassado Bezzecchi e ainda restavam onze voltas para o fim. Marc foi tirando a diferença, principalmente no terceiro setor, em curvas de alta, onde a coragem faz a diferença.
Bagnaia e Márquez já brigaram pela ponta outras vezes, como em Aragão em 2021. Os dois se conhecem muito bem e quando Marc tirou toda a diferença, começou uma luta histórica, com Bagnaia querendo se estabelecer como bicampeão e capitalizar o erro de Martin, enquanto Márquez tentaria um retorno rumo a uma vitória que não vê a quase mil dias. Como sempre, Márquez foi agressivo, principalmente na forte freada da curva 10, bem na frente do barranco onde estava boa parte da torcida espanhola. Houve um toque entre os dois, mas Bagnaia foi resiliente o suficiente para se manter na ponta e aproveitando o equipamento superior, soube se impor nas duas últimas voltas para voltar a vencer no campeonato e já se colocar, bem grande, no retrovisor de Martin no campeonato.
Contudo, a notícia do dia foi o retorno de Marc Márquez como um real contender às vitórias. Quando ele trocou a Honda pela Gresini, foi para exibições como a que vimos hoje e a vitória tende a acontecer em breve para o espanhol.
quarta-feira, 24 de abril de 2024
Punição retardada
Tudo isso por uma irregularidade no push-to-pass, que é previamente programado a não funcionar durante as relargadas, porém, num erro inacreditavelmente amador para um time como a Penske, a equipe simplesmente se esqueceu de tirar o dispositivo que havia sido testado durante os ensaios com os carros híbridos e estava sem restrição. Foi provado que Newgarden e McLaughlin se beneficiaram do dispositivo que não era para estar no carro, enquanto nada foi provado contra Power. A notícia caiu como uma bomba no universo da Indy, principalmente sabendo da excelência da equipe Penske, além de que Roger é simplesmente o dono da Indy.
As especulações já começaram a surgir, principalmente com uma punição tão dura, mas tão atrasada. No entanto, foi uma mancha significativa na equipe Penske.