sábado, 31 de agosto de 2024

Quarta força?

 


Havia expectativa de equilíbrio para a classificação em Monza e realmente houve, afinal, os seis primeiros colocados ficaram separados por menos de dois décimos de segundo no Q3. Porém, o que chama atenção é que nenhum carro da Red Bull está nesse meio e Max Verstappen tomou gigantescos seis décimos no cocuruto e para piorar, o pole ficou com Lando Norris, cada vez mais confiante em seu McLaren, que completou a dobradinha.

O sábado começou agitado pela notícia da confirmação de Andrea Kimi Antonelli na Mercedes em 2025, mesmo o jovem italiano ter batido forte em sua primeira participação em treinos livres, após meros nove minutos em pista ontem. Uma aposta alta feita por Toto Wolff, ainda mais com Carlos Sainz dando bobeira no mercado. Mesmo Antonelli sendo um piloto bastante promissor, ter meros 18 anos, sua pouca experiência em carros potentes e a temporada pobre na F2 pesam contra a escolha de Wolff, mas o tempo dirá se Kimi entrou na F1 cedo demais ou não. Como esperado, o pobre Logan Sargeant foi sacado da Williams e ao contrário de todos os prognósticos, o escolhido para substituir o americano foi a jovem prata da casa da Williams Franco Colapinto, argentino de 21 anos de idade, com nome de quinta série e bastante promissor. Acabando com um tabu que já durava 23 anos, ou seja, antes do próprio Franco nascer, de argentinos fora da F1, Colapinto fez um bom papel em Monza, andando próximo de Albon na maior parte do tempo, mas errando em sua tentativa final do Q1, que lhe rendeu uma eliminação.

Desde os treinos livres houve uma certa paridade entre McLaren, Mercedes, Ferrari e Red Bull, exatamente nessa ordem e a classificação mostrou isso, com os oito carros andando sempre muito próximos. No entanto, com regime máximo de potência no Q3, uma quarta força ficou bem clara e para desespero de Max Verstappen, essa foi a Red Bull. A McLaren destruiu a concorrência com Norris e Piastri completando a primeira fila. A Ferrari fez sua torcida sorrir, com seus dois pilotos muito próximos, mas Russell acabou com a festa italiana ao superar Leclerc e ficar em terceiro, enquanto Hamilton ficou logo atrás da dupla da Ferrari. Max terá Checo ao seu lado na quarta fila, mas sem muitas esperanças de que o mexicano possa lhe ajudar muito. Em ritmo de corrida as coisas mudam e o novo asfalto de Monza pode modificar a tradicional estratégia de uma parada, com um asfalto abrasivo e o forte calor na região da Lombardia. Somente nisso reside as esperanças para que Verstappen brigue pela vitória e escape de mais uma dolorida derrota, que pode, sim, afetar um campeonato que parecia já no bolso de Max.  

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Figura(HOL): McLaren

 No começo de 2023, a McLaren sofria para passar ao Q2 e parecia que retornaria aos tempos em que sofria no rodapé do pelotão da F1. Um ano e meio depois, a McLaren retornou, isso sim, aos tempos de glória e de vitórias. Com a queda da Red Bull, mais Mercedes e Ferrari patinando nos seus acertos, a McLaren tomou conta da F1 com um esforço de engenharia onde qualquer atualização da equipe papaia se transformasse em evoluções nítidas. Em Zandvoort, a McLaren chegou com novidades em seu carro e o resultado foi um final de semana dominador de Lando Norris, mesmo o inglês permanecendo com sua tradição de largar mal. Norris não tomou conhecimento de Verstappen em sua casa e não apenas o ultrapassou bem na frente da arquibancada principal de Zandvoort, como desapareceu no horizonte, empurrando 22s goela abaixo de Max. Foi uma vitória enfática de Lando e se o Mundial de Pilotos ainda está sob controle de Verstappen, o Mundial de Construtores está indo cada vez mais para as mãos da McLaren, depois de um jejum de 26 anos. Seria um justo prêmio para uma equipe que investe em engenharia, como nos bons tempos onde a McLaren dominava na F1. Como na corrida desse domingo.

Figurão(HOL): Logan Sargeant

 O jovem americano da Williams tirou toda a paciência de sua equipe. E não faltaram motivos para que James Vowles seu blue caps perdessem a benevolência com Logan Sargeant ao longo de um ano e meio de erros, carros quebrados e falta de resultados. Em Zandvoort, um circuito seletivo e estreito, Sargeant perdeu o controle do seu Williams cheio de atualizações no treino livre de sábado e encheu o guard-rail da pista neerlandesa, destruindo o carro, que chegou a pegar fogo. Com tantos danos, Sargeant nem participou da classificação e o que se fala é que Logan talvez nem se classifique novamente na F1. O enorme prejuízo pelo acidente e as peças novas indo direto para o lixo fez com que Vowles decidisse para a saída antecipada de Sargeant, com efeito já para a corrida da próxima semana em Monza. Lembrando que a Williams já tem Carlos Sainz e Alexander Albon como pilotos em 2025 e simplesmente ninguém se interessou por Sargeant nem como piloto de simulador. Não faltam pretendentes para a vaga de Logan em Monza, assim como não faltou quem criticasse a Williams por manter Sargeant na equipe em 2024 quando era nítido que o americano não tinha condições de permanecer na F1. 

domingo, 25 de agosto de 2024

Power em dia de Lando

 


Se na F1 Lando Norris dominou a corrida nos Países Baixos, em Portland Will Power teve uma vitória tão dominante quanto na Indy. Se Lando vacilou na largada, foi nesse momento que Power se colocou na primeira posição e só perdê-la de forma pontual, nas flutuações dos pit-stops. O australiano da Penske venceu pela terceira vez em 2024, mas para conquistar o terceiro título, Power terá muito mais trabalho, principalmente com a regularidade de Alex Palou.

A corrida no tradicional palco de Portland foi bem fluída, com apenas uma bandeira amarela logo na primeira volta, num acidente onde Scott Dixon praticamente enterrou suas chances de título e iniciava um domingo para lá de desastrado para Pietro Fittipaldi. Na apertada primeira curva, Power colocou por dentro do surpreendente pole Santino Ferrucci e ficou a corrida inteira na ponta, só saindo da primeira posições em momentos de paradas. O líder do campeonato Alex Palou não demorou muito a superar Ferrucci e acompanhar de perto Power, algumas vezes a menos de 1s, mas o ritmo do australiano da Penske foi verdadeiramente insuperável nesse domingo, abrindo 10s na bandeirada sobre o espanhol. Pietro sofreria outra punição num incidente com Conor Daly, num final de semana esquecível para o brasileiro.

Faltando apenas três corridas para o fim, a Indy parte para uma sequência de provas em ovais, no que é a esperança de Power. Se antes era conhecido por não performar tão bem nesse tipo de pista, Power hoje anda bem nos ovais e tem várias vitórias, enquanto Palou ainda procura sua primeira vitória em oval. Por mais que a vitória de Power em Portland, pista onde Palou sempre anda muito bem, seja importante para o campeonato, Palou ainda está com a faca e queijo na mão garantir o tricampeonato da Indy.

Efeito laranja

 


Nem as péssimas largadas de Lando Norris são capazes de parar a McLaren nesse momento. Num Grande Prêmio sem muitas emoções, Lando Norris infringiu a primeira derrota de Max Verstappen na frente de sua torcida, numa corrida dominante do inglês, lembrando muito os triunfos acachapantes de Max no começo de 2024. Estamos vendo uma nova era na F1, mas será que foi tarde demais para os laranjas da McLaren?


Após dois dias de clima instável, Zandvoort amanheceu com sol forte e tempo radiante nesse domingo, fazendo com que a torcida neerlandesa lotasse o acanhado circuito de Zandvoort, que luta para permanecer no calendário da F1, mesmo oferecendo pouco espaço para a categoria, incluindo dentro da pista, pois é nítido a estreiteza da pista, ainda mais para os gigantescos carros atuais da F1. Quando Lando Norris marcou a pole no sábado, a pergunta óbvia seria o comportamento do inglês na largada, pois o piloto da McLaren tem uma estatística nada agradável de nunca ter liderado uma primeira volta, mesmo quando largou na pole. E Lando manteve essa 'tradição'. Foi uma largada horrenda não apenas de Norris, como também de Piastri. Verstappen emergiu na ponta ainda antes da famosa curva Tarzan, enquanto Piastri era engolido por Russell e só não foi ultrapassado por Pérez, por falta de espaço, fazendo o mexicano ser ultrapassado por Leclerc, um dos destaques da corrida. A torcida neerlandesa vibrou com a liderança de Verstappen, mas havia um certo ceticismo no ar. Mesmo com ar limpo, Max não conseguiu se desgarrar de Norris, com a diferença nunca passando de 1,5s, bem no limite do DRS. Bastou quinze voltas para que Norris quebrasse o limite do DRS e iniciasse os primeiros ataques em cima de Max, que se defendeu como pôde, mas na volta 18 Norris fez a ultrapassagem definitiva bem na frente da arquibancada principal de Zandvoort. A torcida laranja sentiu o golpe, assim como Verstappen. O piloto da casa tentou se manter dentro de 1s de desvantagem para aproveitar o DRS mais eficaz da Red Bull, mas assim que Norris construiu a vantagem necessária, simplesmente desapareceu do horizonte verstapiano. Foi um passeio no parque em Amsterdã.


A vitória de Lando Norris nesse domingo foi a de maior margem no ano, destacando o tamanho da vantagem que a McLaren tem nesse momento. Verstappen apenas limitou os danos, se conformando com o segundo lugar e menos oito pontos de sua ainda larga vantagem no campeonato, pois Norris ainda se deu o luxo de esfriar o carro na penúltima volta para abocanhar o ponto da melhor volta no giro final. Se a vantagem de Verstappen ainda é contornável, a Red Bull vê sua liderança no Mundial de Construtores se desmanchando, mas ainda contou com alguma sorte nesse domingo. A McLaren ainda sofre de muita insegurança nas táticas de corrida e se acertou com Norris, errou com Piastri. O australiano foi o último a parar dos líderes, o jogando para o sexto lugar. Piastri ultrapassou Russell até mesmo com facilidade, mas não encontrou a mesma prontidão contra um inspirado Leclerc. Depois de tantos erros, a Ferrari acertou na tática de Leclerc, ainda se aproveitando de uma parada longe da perfeição de Russell. O ritmo de Piastri nos fazia crer que a ultrapassagem seria iminente e que até mesmo Oscar poderia efetuar um ataque em Verstappen, se a manobra sobre Leclerc fosse rápida, mas o problema foi que essa ultrapassagem nunca veio. Charles andou no seu limite e segurou os ataques de Piastri na reta principal, conquistando um até mesmo inesperado pódio para uma Ferrari que sofreu em todo o final de semana. Os pontos perdidos de Piastri podem fazer falta lá na frente no Mundial de Construtores, mesmo com a McLaren nitidamente em viés de alta nesse exato momento.


Vindo de três vitórias em quatro corridas, a Mercedes vinha com boa expectativa para Zandvoort, principalmente depois de uma sexta-feira forte e Russell ficando com um lugar na segunda fila. mas a classificação ruim de Hamilton parecia um mau presságio e se confirmou na corrida, com um ritmo pobre dos carros alemães. Russell foi facilmente superado por Leclerc e Piastri na única rodada de paradas, ficando bem longe da briga dos dois pelo pódio. Hamilton rapidamente subiu ao oitavo lugar, depois de ver sua 11º posição no grid se transformar em 14º por ter atrapalhado Pérez ainda no Q1 da classificação. Porém, Hamilton foi incapaz de subir mais e tentando uma tática diferente, partiu para uma segunda parada, onde teria pneus macios novos no intuito de atacar Pérez, em outra corrida opaca do mexicano, mas pelo menos ele marcou pontos. O problema foi que a Mercedes fez o mesmo com Russell, que não tinha pneus novos e meio que atrapalhou o avanço de Hamilton, fazendo-os terminar nas últimas posições entre as quatro grandes equipes. Quando a Mercedes olha para a sua equipe cliente dominar a corrida, será difícil para Toto explicar que seus carros com apoio de fábrica foram apenas sétimo e oitavo. Sainz corroborou com a boa performance da Ferrari em ritmo de corrida e foi quinto, se recuperando de sua má classificação.


O melhor do resto foi Pierre Gasly, ele que conseguiu um pódio ano passado, mas que ao largar muito bem, se manteve por muito tempo em oitavo, até ser ultrapassado por Hamilton e liderar um trem que tinha a dupla da Aston Martin, Hulkenberg e Albon. Mais uma vez nos pontos, a Alpine mostra evolução, mas ainda muito aquém de uma equipe com apoio de fábrica, o mesmo acontecendo com o décimo colocado Alonso. Por mais que tenha estrutura e contrate gente graúda de equipes grandes, a Aston Martin parece em plena decadência e de equipe que buscava vitórias um ano atrás, agora se conforma com poucos pontos. Desclassificado do grid ontem, Albon quase marcou ponto, além de ter protagonizado a cena da corrida, quando cinco carros entraram juntos na reta dos boxes, com vantagem para Gasly, numa valente ultrapassagem sobre o piloto da Williams na freada da curva Tarzan. O tradicional time azul se cansou das presepadas de Sargeant e o americano, que recebeu a bandeirada normalmente, pode nem correr semana que vem em Monza, enquanto a Sauber ficou com as duas últimas posições e foram os únicos a tomar duas voltas do líder.


A vitória de Lando Norris, a sua segunda na F1, impressionou mais pela forma. O inglês enfiou 22s goela abaixo de Verstappen em sua casa, onde vinha de três vitórias consecutivas, na maior diferença do ano até agora. Uma vitória daquelas para se encher de moral, mas até que ponto esse efeito laranja tenha vindo tarde demais, pensando no Mundial de Pilotos.  

sábado, 24 de agosto de 2024

A laranja errada


A F1 voltou de suas férias de meio do ano com uma McLaren tão ou mais forte do que antes do recesso. A dobradinha do time laranja na primeira fila em Zandvoort só não veio por uma volta pobre de Oscar Piastri no Q3, mas Lando Norris ficou com uma tranquila pole, superando Max Verstappen e frustrando a torcida laranja que lotou o pequeno circuito nas margens do Oceano Atlântico.

O clima foi um fator importante até agora em Zandvoort. A sexta teve chuva e ventos que atingiram picos de 80 km/h. No sábado amanheceu com a chuva e para piorar, o terceiro treino livre foi encurtado por causa de um forte acidente de Logan Sargeant que tirou o americano da classificação, tamanho o estrago no segundo carro da Williams. A pista estava seca no treino classificatório e os pilotos tinham pouca experiência nessa situação. A pista curta e estreita causou problemas de trânsito, mas não houveram surpresas no Q1, porém, na fase seguinte Sainz e Hmailton ficaram pelo caminho. Se a Ferrari está claramente sofrendo nos Países Baixos, a saída de Lewis foi uma surpresa, mesmo com a Mercedes claramente abaixo de McLaren e Red Bull nesse final de semana.

O ameaçado Sérgio Pérez passou ao Q3 e não ficou muito longe de Verstappen, que na frente de sua torcida andou muito forte. Contudo, foi o insuficiente para bater Lando. O piloto da McLaren dominou o Q3 como Max fazia alguns meses atrás e só não teve Piastri ao seu lado, por uma volta errática do australiano, que ainda beliscou um terceiro lugar, na frente de Russell. Amanhã a previsão é de sol, mesmo que com bastante vento. A McLaren nitidamente tem o melhor carro da F1 no momento, mas em vários momentos nesse ano já espalhou a farofa, sem contar as largadas nada boas de Lando nos últimos tempos. Amanhã veremos qual laranja comemorará.

domingo, 18 de agosto de 2024

No controle

 


Francesco Bagnaia teve uma atuação de almanaque no Red Bull Ring nesse final de semana. Mesmo perdendo a pole para o seu rival Jorge Martin, o italiano da Ducati se manteve no controle das ações na Áustria e dominou o final de semana da MotoGP, com vitórias na Sprint e na corrida principal, trazendo Martin à reboque, além de lhe tirar a liderança do campeonato.

A corrida na Áustria foi daquelas de dar sono, a realidade é essa. Martin e Bagnaia largaram muito bem da primeira fila, o mesmo não acontecendo com Márquez, o terceiro colocado. Como sempre, Marc tentou compensar o erro com uma freada Banzai na primeira curva e como resultado, perdeu várias posições, atrapalhando Morbidelli no processo quando ambos saíram da pista. Isso fez com que Bastianini, vindo de vitória em Silverstone, assumisse a terceira posição, mas a luta pela vitória se decidiria ainda no começo. Bagnaia partiu para cima de Martin e efetuou a ultrapassagem da vitória. O espanhol tentou o revide na volta seguinte, mas tomou o troco de imediato e a partir de então apenas comboiou Bagnaia, esperando um erro que não viria.

Mais atrás, Márquez iniciou uma corrida de recuperação bem ao seu estilo, com bastante agressividade e alguns leves toques com seus companheiros de grid, mas a única queda, de Jack Miller, foi por culpa do australiano, que claramente faz hora extra na MotoGP. Márquez assumiu a quarta posição ultrapassando Bezzecchi e Binder, mas já estava longe demais do pódio. Ao contrário das expectativas, Bastianini nada pôde fazer contra as demais Ducatis, com o italiano ficando num isolado terceiro lugar a corrida inteira, consolidando a mesma posição na classificação no campeonato.

Bagnaia controlou como quis a prova. Quando Martin esboçava qualquer ataque, Pecco respondia de imediato, não deixando o espanhol sonhar. Foi uma vitória impositiva, a sétima no ano, igualando o maior número de vitórias do atual bicampeão da MotoGP numa só temporada. As quedas bestas ao longo do ano que fazem com que mesmo com todo esse cartel e pilotagem, Bagnaia somente tenha cinco pontos de vantagem sobre Martin na MotoGP. 

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Mãos ao alto!

 


Num momento complicado da vida do Ceará Sporting Club, fazia tempo que não via tanta união como na revolta da torcida alvinegra por causa desse cretino assoprador de apito. Ontem fomos garfados, roubados, escamoteados, furtados, larapiados, rapinados e surripiados pelo juiz (?) Wagner do Nascimento. VAR? Basta saber que os três primeiros colocados da Série B são do interior paulista e o responsável pelo VAR era do... interior paulista. Sem mais. Se serve de consolo, em 2009 e 2017 fomos prejudicados de forma clamorosa e no final subimos para a série A. Que siga essa tradição!

Porém, até lá, se Deus quiser vai dar tudo certo, o coração sangra de raiva por uma atuação tenebrosa desse elemento conhecido pela má arbitragem.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Strike em Richmond

 A Nascar ficou algumas semanas sem corridas, pois os Estados Unidos inteiro estava focado nas Olímpiadas, que terminou na tarde desse domingo e logo depois da festa de encerramento em Paris, Richmond via a largada que marcava o reinício da Stock Car americana. Com os Play-Offs se aproximando e pilotos cada vez mais desesperados por uma vitória, manobras agressivas aparecem na sempre selvagem Nascar. Austin Dillon estava em 32º no campeonato e somente uma vitória salvaria a temporada do piloto da Richard Childress. Dillon liderava o último stint com facilidade, mas uma bandeira amarela na penúltima volta causou uma prorrogação. Na relargada, Austin foi ultrapassado por Joey Logano, no que seria uma grande injustiça para Austin Dillon, além de praticamente acabar com as chances do ianque de ir para os Play-Offs. Sem nada a perder, Dillon encheu a traseira de Logano na última curva, fazendo o piloto da Penske rodar. Porém, Denny Hamlin assumiu a ponta, no que Dillon jogou seu carro para cima do Toyota de Hamlin, fazendo-o bater no muro. Toda essa ação em poucos metros garantiu a vitória para Austin Dillon, além de muita polêmica...


domingo, 4 de agosto de 2024

Salvo pelo Enea

 


A MotoGP comemorou seus 75 anos no palco sagrado de Silverstone, com direito as equipes mostrando lay-outs retrô, mas no final das vinte voltas de corrida, a Ducati colocou seus oito pilotos entres os dez primeiros, com direito aos cinco primeiros utilizando a moto projetada por Gigi Dall'Igna. Vindo de quatro vitórias consecutivas e liderando o campeonato, Francesco Bagnaia teve um final de semana miserável na Inglaterra, mas o italiano acabou salvo por Enea Bastianini, que varreu o final de semana com ultrapassagens decisivas sobre Jorge Martin no sábado e domingo.

A corrida em Silverstone foi bem morna no seu começo. Aleix Espargaró ficou com a pole, mas todos sabem que o sistema de largada da Aprilia é bem inferior ao da Ducati e de forma até lógica, o veterano espanhol foi ultrapassado por uma legião de Ducatis, liderados por Bagnaia e Martin, que chegou a dar um ligeiro toque em Aleix para ficar em segundo. A partir de então, a corrida ficou bem estática, com os seis primeiros andando bem próximos. Pingos foram vistos antes da largada e o tempo nublado em Silverstone trazia preocupação a respeito de uma chuva cair, tendo como consequência uma prova 'flag-to-flag', no entanto a corrida foi toda em pista seca. A prova começou a esquentar quando os pneus começaram a desgastar e nessa situação há um piloto que sempre se dá muito bem: Enea Bastianini. O piloto oficial da Ducati sempre cresce nos estágios finais de prova e Enea inicialmente deixou Espargaró para trás, enquanto Martin iniciou os ataques em cima de Bagnaia.

Vindo de uma queda solo na Sprint, Bagnaia claramente não queria arriscar outro zero ponto, mesmo que isso lhe custasse a liderança do campeonato. Após tomar de Martin, Pecco viu a rápida aproximação de Bastianini. Depois de uma rápida briga, quando era claro que estrategicamente era bem melhor para Bagnaia deixar Enea ultrapassar e atacar Martin o mais rápido possível, Enea assumiu a segunda posição 1s atrás de Martin, com poucas voltas para o fim. Tendo controlado muito bem os pneus, Bastianini partiu para cima de Martin, mas foi só quando o espanhol errou quando faltavam duas voltas que Bastianini assumiu a liderança de forma definitiva. Pela segunda vez no final de semana, Bagnaia tinha muito a agradecer ao seu companheiro de equipe, pois Enea evitou duas vitórias que estavam nas mãos de Jorge Martin, minimizando um final de semana ruim de Bagnaia, que saiu de Silverstone apenas três pontos atrás de Martin no campeonato. Tudo graças à Bastianini.