domingo, 28 de julho de 2024
Medalha cassada
sábado, 27 de julho de 2024
Zebra chuvosa
Após uma tempestade castigar a floresta das Ardenas, a chuva cessou minutos antes da classificação, possibilitando que os carros fossem à pista, ao contrário da turma da F2, que viu a largada ser adiada, no entanto, a pista em nenhum momento secou e os pilotos usaram o tempo todo pneus intermediários. A única surpresa do Q1 acabou sendo Yuki Tsunoda, que vinha de boas exibições e ficou na primeira parte da classificação. O pressionado Sergio Pérez suou frio quando conseguiu passar ao Q3 por muito pouco, mesmo com vários pilotos melhorando seus tempos e o mexicano foi décimo, apenas três milésimos na frente de Albon. Stroll, que bateu no TL3 e quase não foi para a classificação, tomou muito tempo de Alonso e Gasly ficou no Q2, enquanto o demissionário Ocon foi ao Q3, fazendo a alegria da Haas, que anunciou sua contratação para 2025. Boa sorte Bearman...
Em todo momento Max Verstappen dominou em Spa, algumas vezes com vantagens superiores a 1s. No Q3, com o risco da chuva ficar mais forte, Max continuou sua superioridade, mesmo sabendo que não largará amanhã na pole. Verstappen ficou com o melhor tempo, mas a badalada McLaren não capitalizou. Com Piastri andando mais forte do que Norris em pista molhada, os laranjas não brigaram pelo segundo lugar e quem esteve na posição por algum tempo foi o surpreendente Pérez, finalmente fazendo o que dele se espera. Porém, Leclerc tirou uma super volta com o cronômetro zerado e tirou o doce de Checo, garantindo a pole amanhã, numa autêntica zebra, mesmo Charles tendo uma Ferrari nas mãos. Para amanhã, a expectativa é que tempo firme, o que favoreceria a McLaren, que sairá na segunda fila, mas pelo o que mostrou na chuva, ninguém pode descartar Verstappen.
segunda-feira, 22 de julho de 2024
Figura(HUN): Oscar Piastri
O australiano não mereceu todo o constrangimento que a McLaren o fez passar, mas Oscar Piastri mereceu demais vencer sua primeira corrida na F1. Correndo ao lado de um dos melhores pilotos da atualidade, Piastri só foi derrotado por Lando Norris por meros quatro centésimos de segundo. Oscar conseguiu uma ótima largada, não se intimidando com a fechada recebida por Lando e se sobressaiu após a primeira curva, liderando a corrida inteira, com exceção das voltas em que foi aos boxes e no erro estratégico da McLaren, que causou um undercut involuntário e um grande constrangimento. Piastri não merecia ter passado por isso, mas a vitória após apenas dezoito meses mostra que a McLaren fez em ter lutado tanto para ter o australiano na equipe.
Figurão(HUN): Alpine
O início de temporada tenebroso da Alpine parecia ter ficado para trás. Os franceses não apenas iam ao Q2, como beliscavam o Q3 e marcavam pontos com relativa regularidade, iniciando até mesmo uma situação em que a Alpine poderia brigar com a Aston Martin para ser a quinta força da F1 em 2024. No entanto, tudo veio abaixo na Hungria. Num circuito de altíssimo downforce junto ao forte calor, fez com que o carro gaulês derretesse no escaldante asfalto magiar. Ocon e Gasly tiveram sérios problemas de equilíbrio em todo final de semana, culminando numa classificação em que a Alpine ocupou a última fila, relembrando tempos nada bons, quando os franceses lutavam arduamente para sair das últimas posições. Provando que não se tratava de algo pontual, a dupla da Alpine passou longe de lutar pelos pontos no domingo e Gasly foi o único abandono, com Ocon superando por pouco Zhou para não ser o último colocado. A peculiar pista de Hungaroring pode ser uma desculpa para os gauleses, mas a Alpine precisa lutar para não voltar a ter um dos piores carros da F1 em 2024.
domingo, 21 de julho de 2024
Dobradinha constrangedora
sábado, 20 de julho de 2024
Dobradinha McLaren
Falando em Red Bull, a situação de Sergio Pérez passou de estupefação para pena. O mexicano simplesmente parece destruído mentalmente nesses anos todos de Red Bull e sem nenhum sinal aparente de reação. Mais uma vez Checo bateu sozinho durante o Q1, destruindo seu carro, sua classificação e até mesmo suas chances de continuar com a Red Bull em 2025 ou até mesmo, como se fala, ao final do período de férias da F1, que se inicia semana que vem, quando o Grande Prêmio da Bélgica terminar. A fase de Pérez beira o inacreditável e a Red Bull tem um verdadeiro abacaxi nas mãos, pois mesmo o mexicano fazendo uma temporada abaixo da crítica, achar um substituto para as próximas corridas ou para o próximo ano está se mostrando algo bem complicado. Ricciardo fez uma boa classificação, chegando a liderar o Q1, mas o australiano não convence. Tsunoda chegou a cobrar um lugar na equipe principal, mas seu acidente no Q3 e o fato de ser um piloto Honda, que irá para a Aston Martin em 2026, depõe contra o pequeno japonês. O certo é que a situação de Sergio Pérez vai passando de insustentável para calamitosa e a solução não parece nada fácil para a cúpula da Red Bull.
Mesmo com respingos, a pista não chegou a molhar e ninguém arriscou usar os pneus intermediários, mas não deixaram de ter surpresas. Duas semanas depois de marcar uma bela pole em Silverstone, George Russell ficou de fora do Q2 por um erro absurdo da Mercedes, que o deixou sem combustível para uma tentativa final e George acabou ficando no Q1, enquanto Hamilton por muito pouco não ficou no Q2, mas em nenhum momento Lewis se mostrou forte o suficiente para entrar na briga pela pole. A evolução da Mercedes parece ter dado uma parada.
O Q3 foi atrapalhado pela chuva fina e o forte acidente de Tsunoda. Lando fez um tempo excepcional logo em sua primeira tentativa. Max tinha feito um bom tempo, mas ao ser superado, tentou de tudo em sua segunda tentativa, mas um ligeiro erro o deixou em terceiro, já que Piastri se recuperou de uma primeira tentativa pobre para ficar em segundo e completar a dobradinha da McLaren. Num circuito notoriamente complicado de se ultrapassar, ficar com a primeira fila é um ótimo começo para a McLaren, mas o time não pode cometer os erros estratégicos das últimas corridas, que custaram vitórias. E amanhã a tendência é de muito calor, fazendo que duas paradas possam ser necessárias.
domingo, 14 de julho de 2024
Os outros da Penske
No sábado, McLaughlin mostrou que tinha o carro mais rápido ao fazer a volta mais rápida do minúsculo circuito na cidade de Newton, mas ao contrário da ideia de que é fácil ultrapassar nos circuitos ovais, em Iowa ultrapassar é quase que uma atividade hercúlea e o neozelandês teve que usar a força da Penske nos pit-stops para superar Colton Herta e ficar com a vitória, a sua primeira em ovais.
Já no domingo Alex Palou dominou boa parte da corrida, esquecendo um pouco a corrida terrível de domingo, quando deixou o carro morrer num dos pit-stops e depois rodando sozinho, dando boas chances aos adversários no campeonato. Power tinha errado na classificação e largava bem atrás no domingo e não vinha de um bom sábado, quando errou bisonhamente na última bandeira amarela e bateu na traseira de Pietro Fittipaldi. No entanto uma bandeira amarela no meio da corrida deste domingo colocou Power em segundo e num pit-stop muito rápido, além de ter parado depois de Palou, garantiu à Power a primeira posição, garantindo sua primeira vitória em ovais depois de cinco anos.
Na última volta do domingo, um susto fez com que o carro de Sting Ray Robb alçasse voo após bater num lento Alexander Rossi, fazendo com que o americano da Foyt saísse do circuito de ambulância, mesmo tendo acenado que estava bem num acidente que também envolveu Ed Carpenter e Kyle Kirkwood. Por sinal, o pneu traseiro de Carpenter só não atingiu o capacete de Kirkwood graças ao aeroscreen. Ponto para o aparato de segurança.
Esse final de semana mostrou que Roger Penske pode contar com os outros pilotos da Penske, afora Newgarden, em circuitos ovais.
segunda-feira, 8 de julho de 2024
Figura(ING): Lewis Hamilton
Não poderia ser outro! O crescimento da Mercedes nas últimas corridas é nítido, mas a vitória de George Russell na Áustria foi muito mais circunstancial, cortesia da refrega entre Verstappen e Norris no final da prova. Em Silverstone, Hamilton conseguiu a vitória de forma bem diferente. O veterano ganhou a corrida na pista, com um ritmo forte e acertos estratégicos numa corrida complicada, com o asfalto mudando do seco para úmido e depois para seco, onde uma opção errada poderia definir a prova. Hamilton foi perfeito a corrida inteira, imprimindo um ritmo forte o tempo inteiro, não importando a condição de pista e com os vários tipos de pneus usados, sempre escolhendo a borracha correta para a situação. Lewis venceu e emocionou a todos. Mesmo em sua 104º vitória, Hamilton chorou e deu um belo espetáculo na frente de uma torcida que vibrou com seus pilotos, mas quando Lewis assumiu a ponta pela primeira vez, explodiu e Hamilton os agraciou com uma volta com a bandeira da Grã-Bretanha, se aproximou ao máximo, deu amor aos seus pais e à sua equipe, com quem esteve nos últimos anos, mas em 2025 estará na Ferrari. Enfim, foi uma vitória famosa de Lewis Hamilton, demonstrando que nas condições certas, o inglês ainda pode guiar em altíssimo nível.
Figurão(ING): Sergio Pérez
E voltamos ao personagem de sempre. A Red Bull parece já estar cansado das atuações abaixo da crítica de Sérgio Pérez. Silverstone é a sexta corrida consecutiva onde Pérez tem um final de semana ruim e dos 111 pontos amealhados pela Red Bull nesse período, Checo conseguiu apenas quinze pontos. Muito, muito pouco para um piloto que tem em mãos um carro que lidera os dois campeonatos em disputa em 2024, mesmo que a Red Bull não seja mais o carro dominador de antes. Pérez já vinha andando bem atrás de Verstappen até a classificação em Silverstone, mas numa situação de clima misto no sábado, Sergio rodou ainda no Q1 e ficou de fora do resto da sessão. Tendo que largar dos boxes, Sergio Pérez viu mais um final de semana estragado ainda antes da largada, mesmo que o mexicano possa acusar a Red Bull de ter errado em sua estratégia, pois o time austríaco colocou pneus intermediários cedo demais. Checo terminou em penúltimo, tendo sido ultrapassado por Ocon nas últimas voltas e só ficando perto de Verstappen quando estava tomando volta. Com sua renovação sendo posta em xeque, Pérez parece sem forças para dar a volta por cima e seus anos na F1 parecem cada dia mais contados.
domingo, 7 de julho de 2024
Início de uma nova era
Ver Scott Dixon parado durante a volta de apresentação por problemas nos capacitores da parte elétrica, quase interrompendo uma sequência de mais de trezentas largadas consecutivas do neozelandês da Ganassi não foi um bom agouro. No entanto, a corrida em Mid-Ohio não teve maiores problemas de confiabilidade e os tempos não mudaram muito, mesmo com mais potência, apesar de maior peso. Os pneus sofreram um pouco, mas nada que mudasse a dinâmica da corrida no tradicional circuito da Indy. Numa corrida sem bandeiras amarelas, a prova de hoje foi basicamente decidida nos boxes. O pole Alex Palou dominou o primeiro stint, ficando bem à frente de Pato O'Ward. Na primeira parada, o mexicano colocou pneus macios e encostou no espanhol, mas num circuito de ultrapassagens muito difíceis, Pato esperou a segunda parada para ter uma chance. Num raro erro do espanhol, Palou quase deixou o motor morrer e perdeu um tempo precioso, fazendo com que Pato, que tinha parado uma volta antes, emergisse na frente.
No terceiro e decisivo stint, Palou sentiu a mesma dificuldade que O'Ward sofrera na perna anterior. Com os dois com pneus duros, o espanhol partiu para cima, mas O'Ward soube controlar as estocadas de Palou para ser o primeiro vencedor da nova era híbrida. O forte ritmo dos dois ficou claro com o terceiro colocado Scott McLaughlin mais de 17s atrás. Mesmo com uma chegada apertada, a corrida deixou bem a desejar, com a maior parte do tempo sendo bem morna, mas é uma amostra pequena para o que vem por aí na Indy.
O que eu vou dizer lá em casa, Martin?
A corrida em Sachsenring da MotoGP foi bem animada do terceiro lugar para trás. Jorge Martin confirmou a pole na primeira volta, enquanto Francesco Bagnaia, surpreendentemente superado pela dupla da Track House na classificação, rapidamente ultrapassou a dupla da Aprilia satélite e foi para cima de Martin. Bagnaia chegou a ultrapassar o espanhol, mas acabou tomando o troco logo em seguida. Precisando de resultados para ontem, o companheiro de equipe de Martin, Franco Morbidelli, foi para cima do compatriota e formou uma dobradinha da Pramac. Mais atrás, Marc Márquez fazia outra bela corrida de recuperação após uma queda no treino livre lhe custar uma fratura no medido mindinho da mão esquerda e ficar apenas em 13º no grid. Provando que o vice-campeonato em 2020 foi quase que uma obra do acaso, Morbidelli errou e fez com que Bagnaia o ultrapassasse e fosse pra cima de Martin. Com Morbidelli perdendo rendimento, os dois líderes corriam sozinhos, separados por menos de 1s, mas parecia que Martin tinha a corrida sob controle, onde venceria com facilidade e abriria uma boa vantagem no campeonato. Então, na abertura da penúltima volta, quando Bagnaia nem o pressionava muito, Martin caiu sozinho na curva um, entregando a vitória e a liderança do campeonato à Pecco.
Depois de ter trombado com Morbidelli, Marc Márquez foi para cima do italiano e do irmão para subir ao pódio em segundo, pela primeira vez dividindo o pódio com o irmão mais novo, que foi terceiro e garantiu a festa da equipe Gresini na Alemanha. A MotoGP sai de férias com Bagnaia em primeiro no campeonato e com moral, frente a outra queda inexplicável de Martin, que vai corroborando a escolha da Ducati em 2025.
God saves Lewis
sábado, 6 de julho de 2024
F1 comes home
O exemplo claro que a fase da Red Bull não é das melhores é a situação até mesmo vexatória de Sergio Pérez. As atuações de Checo estão tão ruins, que seu esperado contrato de dois anos de renovação está sendo seriamente questionado e a atuação de Pérez hoje não o ajudou muito. Numa classificação que começou com piso úmido, mas que secava claramente, Checo rodou sozinho na Copse quando colocou pneus slicks, atolando seu Red Bull e tendo que largar numa péssima 19º posição. O problema é que o seu pretenso substituto, Daniel Ricciardo, tomou sonoros sete décimos para Tsunoda no Q2. A situação da cúpula da Red Bull está bastante complicada e nem mesmo o talento assombroso de Max Verstappen irá fazer milagre toda vida. O neerlandês errou no Q1, danificando o assoalho do seu carro e em nenhum momento Max esteve perto dos líderes, numa situação inusitada para um time que parecia determinado a dominar a F1 em 2024.
O trio inglês, em qualquer tipo de asfalto, dominou toda a classificação e no final, George Russell ficou com a pole, corroborando sua ótima fase pós-vitória na Áustria. Numa equipe que ainda tenta reviver outros tempos, a Mercedes ainda viu Hamilton completar a primeira fila, com Norris em terceiro. Com a Ferrari cada vez mais consolidada como quarta força, a Mercedes vai se aproximando dos líderes, que nesse momento é a McLaren, não mais a Red Bull.
segunda-feira, 1 de julho de 2024
Figura(AUT): George Russell
Ok, a vitória caiu no colo do inglês da Mercedes, mas George Russell estava no lugar certo e na hora certa para capitalizar o toque entre Verstappen e Norris. Porém, essa vitória também será importante para que a Mercedes continue sua evolução no campeonato. No início da temporada a Mercedes brigava com a Aston Martin para ser a quarta força no campeonato, mas o time de Toto Wolff trouxe atualizações que não apenas se distanciou do time esmeraldino (e bote distância nisso!), como agora está como terceira força no campeonato atual, na frente da Ferrari. Russell lidera a equipe com a má fase momentânea de Lewis Hamilton e George poderia ter vencido em Montreal depois de ter feito a pole e por muito pouco não foi ao pódio em Barcelona. Com um Max Verstappen destruidor na classificação na Áustria, Russell se colocou logo atrás do piloto da Red Bull e de Lando Norris, sendo o terceiro colocado no grid e em praticamente toda a corrida, onde correu isolado e parecia conformado com a posição de pódio, mas com o melê ocorrido entre os líderes, Russell aproveitou para conseguir sua segunda vitória na F1. O triunfo pode motivar ainda mais a Mercedes a continuar crescendo durante o ano, além de tornar Russell num líder na equipe, com tantas conversas de chegadas de Verstappen e Andrea Kimi Antonelli em 2025, mas Toto tem um grande piloto para o próximo ano.
Figurão(AUT): Charles Leclerc
A vitória em casa parece não ter feito muito bem à Charles Leclerc. Após o emocionante triunfo do monegasco, onde emocionou a todo o principado, a temporada de Leclerc está indo por água abaixo desde então e de um vice-líder relativamente próximo de Verstappen, Charles entrou em parafuso junto com a Ferrari e se viu não apenas ultrapassado por Lando Norris no Mundial de Pilotos, como o time italiano caiu claramente para a quarta força da F1 atual. No entanto, Leclerc teve um final de semana particularmente atrapalhado. Na sexta-feira, durante a classificação da Sprint, Charles viu seu carro entrar no modo de 'anti-stall' na saída do pit-lane e ao perder tanto tempo, o piloto da Ferrari se viu sem tempo no Q3 e relegado ao décimo lugar. Já no sábado, quem pareceu entrar em anti-stall foi Leclerc. Em sua última tentativa num Q3 bem apertado do segundo lugar para baixo, Leclerc errou totalmente as duas últimas curvas e terminou apenas em sexto, quando havia potencial de ganhar mais terreno. Isso deve ter influenciado para péssimo domingo de Leclerc. Largando entre Piastri e Pérez, Leclerc se viu espremido pelos dois na curva um e teve a asa dianteira quebrada. Lentamente indo aos boxes, Leclerc caiu para último e com a Ferrari totalmente perdida em seus planos, o monegasco em nenhum momento flertou com a zona de pontuação, zerando novamente. Um final de semana para esquecer para Charles Leclerc, que vibrou muito em Monte Carlo, mas deve voltar logo ao normal.