Ninguém duvida da velocidade e talento de Esteban Ocon. Concorrente direto de Max Verstappen na F3, o francês derrotou o neerlandês na ocasião, imediatamente entrando no radar na Mercedes, que o colocou como seu protegido até a F1, mesmo que Toto Wolff não o tenha colocado na equipe Mercedes. Porém, Ocon mostrou na mesma medida velocidade, como também confusões internas nas equipes em que atuou, particularmente com seus colegas de equipe. Na Alpine, quando recebeu Pierre Gasly, a beligerância já era antiga, com os dois franceses não se dando bem desde os tempos de kart, no entanto, pode-se afirmar que Gasly e Ocon se suportavam sem maiores problemas para a Alpine. No entanto, nesse final de semana em Monte Carlo, Ocon tentou uma manobra em cima de Gasly que passou de todos os limites aceitáveis da boa convivência entre companheiros de equipe. Numa Alpine em sérias dificuldades técnicas e gerenciais, pontuar é algo raro para o time gaulês e na classificação Gasly era décimo, com Ocon logo atrás. Num circuito de ultrapassagens beirando o impossível, marcar pontos era algo bastante plausível para a Alpine, mas Ocon quase pôs tudo a perder numa manobra desajeitada na apertada Portier ainda na primeira volta, onde os dois carros se tocaram e foram danificados. Por sorte, Gasly ainda pôde continuar, enquanto Ocon teve que abandonar por culpa unicamente sua, além de deixar Bruno Famin e toda a cúpula da Alpine em desespero. Menos mal que a corrida sem ação de Monte Carlo fez com que Gasly marcasse mais um pontinho para a Alpine, mas isso não diminuiu a fúria da Alpine, que fala até mesmo em suspender Ocon por uma corrida. Com um cartel interessante e velocidade reconhecida, Esteban Ocon corre o risco de sair da F1 pelas portas dos fundos por seu comportamento completamente errático dentro e fora das pistas.
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