sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

MCL33

Continuando a maratona de apresentações, a equipe que todos esperavam ver dentro e fora das pistas deu as caras. A McLaren mostrou seu novo carro apresentando o mesmo laranja com que Bruce McLaren começou na F1 cinquenta anos atrás. Dentro das pistas, fica a expectativa de ver como a nova parceria com a Renault mudará aonde estará a McLaren no grid em 2018.

Foram três anos sofridos ao lado da Honda, onde a McLaren desceu de patamar de forma humilhante. Pontos eram comemorados, enquanto terminar uma corrida já era motivo de alívio. Tendo um piloto de gênio difícil como Alonso as coisas só pioravam e a McLaren teve se sujeitar a voltar a ser equipe cliente, saindo da Honda e correndo para os motores Renault, montadora que mais deu alegrias para Alonso. Por sinal, tudo foi feito para agradar Alonso. Mesmo pagando um fortuna por seu salário e sem ter nenhum patrocínio, a McLaren fez de tudo para manter o genial (e genioso) espanhol em sua equipe. Deixou ele correr em Indianápolis e Daytona, além de ver Alonso correr pela Toyota no WEC. Alonso ficou um pouco feliz, mas no fundo o espanhol sabe que o sonho do tricampeonato fica cada dia mais longe, fazendo-o uma espécie de Carlos Reutemann com títulos.

Falava-se que o chassi da McLaren era muito bom e que a Honda puxava os ingleses para trás, no entanto, o motor Renault está longe de agradar aos seus clientes, como a Red Bull. Além do fato da montadora francesa estar presente com uma equipe própria e talvez a Renault não se sinta muito encorajada a perder para as suas clientes num futuro à médio prazo. Enquanto isso, Alonso tentará levar à McLaren o mais alto possível, circundado pelo promissor e talentoso Stoffel Vandoorne, que teve o azar de estrear na McLaren justo no momento mais delicado da equipe.

Sem o problemático motor Honda, a McLaren não terá desculpas para voltar a ser grande, mesmo que isso signifique uma briga com a Red Bull como terceira força da F1. Com o mesmo motor Renault dos austríacos, é o mínimo que se pode esperar de uma gigante como a McLaren.

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