sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

W11

Em time que está ganhando não se mexe? O velho bordão do futebol se aplica à Mercedes depois de seis anos vencendo de forma contínua na F1 e apesar de Toto Wolff insistir com as mesma palavras dos outros anos dizendo que foi feito muito trabalho no novo carro, é claro para quem vê o novo carro da Mercedes que as diferenças são mínimas em comparação ao ano passado, seguindo a receita que vem se tornando vencedora desde 2014.

A Mercedes conseguiu construir uma base sólida dentro e fora das pistas. Toto Wolff comanda um time que parece à prova de erros, que consegue sempre ter as melhores ideias na primeira dificuldade de qualquer natureza que apareça em um final de semana de Grande Prêmio. Com as pessoas certas construindo um conjunto carro-motor imbatível, a Mercedes não precisaria de muito para se garantir como favorita, mas os sempre eficientes alemães não dão muitas alternativas e tem o melhor piloto dessa geração. Falar de Lewis Hamilton é cair no trivial. O inglês já está na história do automobilismo e corre apenas para quebrar os antes inquebráveis recordes de Michael Schumacher. Hamilton tem um talento e velocidade natural assombrosos e a maturidade veio com a derrota para Nico Rosberg em 2016. Para manter a ordem dentro do time, Wolff não arriscou muito e deixou o insosso Valtteri Bottas ao lado de Hamilton. 

Olhando para o que acontece na Ferrari, a escolha de Wolff pode ser impopular, mas é bastante lógica. Bottas não importuna Hamilton e ainda consegue pontos importantes no Mundial de Construtores. O nórdico foi vice-campeão em 2019 e amealhou quatro vitórias sem incomodar muito o caminhar de Hamilton rumo ao hexacampeonato. Colocar um jovem piloto junto a Hamilton poderia tirar o inglês de sua zona de conforto e fazer a Mercedes perder alguns pontos. Numa organização criada de forma metódica e sem brechas para problemas, manter uma dupla harmoniosa também está no script para outro ano dominante. Red Bull virá forte com Verstappen? Sim. A Ferrari virá rápida e com dois pilotos motivados? Sim. Mas ninguém duvida que a Mercedes é a grande favorita para 2020.  

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