segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

FW45


 A única coisa que resta da atual Williams da gloriosa equipe que um dia foi é justamente o nome. Com a família de fora do time desde a venda para a Dorilton Capital, a Williams está bem longe de ser a equipe de ponta que tem um ótimo repertório na F1, com inúmeras vitórias e títulos. O time inicia 2023 vindo de uma última posição no Mundial de Construtores em 2022, mas mantém um certo otimismo, pois muito pelo atual momento da F1, a Williams não vive uma crise financeira a ponto da equipe dispensar o gordo dinheiro que era trazido pelo canadense Nicholas Latifi e contratar um jovem piloto das canteras da equipe. 

O ano de 2023 começa com mudanças para o time inglês, pois Jost Capito surpreendeu a todos ao anunciar sua saída da equipe por alegado cansaço, vindo no lugar do alemão o engenheiro James Vowles, que alcançou muito sucesso como diretor de estratégia da Mercedes e por muitos, era um dos candidatos à sucessor de Toto Wolff num futuro na equipe Mercedes. Por sinal, essa ligação entre Williams e Mercedes (Wolff ainda tem ações minoritárias da equipe) faz-se desconfiar de que a tradicional Williams se transforme numa equipe B dos tedescos, algo imediatamente negado por Vowles e companhia limitada. Na verdade, o futuro da Williams pode estar ligado à Porsche, dispensada pela Red Bull em favor da Ford e que se mantém interessada em entrar na F1 num futuro próximo. A Williams seria um alvo óbvio. Por mais que não ganhe uma corrida a mais de dez anos e em 2022 completou um quarto de século sem títulos, a Williams ainda é uma equipe forte e estruturada. Com o apoio de uma montadora, o potencial da Williams cresceria ainda mais.

Enquanto esse futuro não vem, a Williams se prepara para 2023 com dois pilotos jovens e com potencial. Albon liderou de forma decente a Williams em 2022, conseguindo alguns resultados que levantaram algumas sobrancelhas pelo paddock, mostrando que o anglo-tailandês tem talento, mesmo que ainda falte consistência à Albon. Com a saída de Latifi, nitidamente muito atrás de Albon, a Williams pôde usar um dos seus pilotos de desenvolvimento. Logan Sargeant fez uma boa carreira no kart e desde sempre foi muito observado nas categorias de base. Na F2 em 2022, fez um campeonato bom para um novato, sendo quarto colocado e com isso garantindo a super-licença, algo que era necessário para que Logan pudesse estar na F1 em 2023. A Williams confia tanto em Sargeant, que o contratou antes mesmo do americano garantir sua passagem à F1 nesse ano. Por sinal, com a F1 crescendo exponencialmente nos Estados Unidos, ter um piloto ianque será um importante handcap para a Williams, principalmente fora das pistas.

A Williams terá uma dupla de pilotos interessante para 2023, mas sem maiores expectativas para dar um pulo no competitivo pelotão intermediário da F1, a tradicional escuderia criada pelo Tio Frank olha para o futuro com bons olhos, pensando numa vantajosa associação que a levaria aos bons tempos. 

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