segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

MCL60

 


Há um ditado que carro bonito é carro vencedor. Se isso foi levado ao pé da letra na McLaren, os comandados de Zak Brown terão um ano complicado pela frente. A apresentação do novo carro da McLaren nessa segunda-feira esteve longe agradar aos olhos, com um mosaico de cores em laranja, preto e azul celeste. Porém, a tradicional equipe, que pulou a numeração para sessenta por causa do sexagenário aniversário da equipe, espera um ano mais consistente em 2023.

A chegada de Zak Brown tirou a McLaren do limbo em que a equipe se encontrava, principalmente no período pós-Honda, mas ainda assim, a McLaren está muito distante dos bons tempos, que fizeram da escuderia britânica como uma das mais vencedoras da F1. Após um ótimo terceiro lugar em 2021, a McLaren somente brigou pela quarta posição com a Alpine mais por incompetência dos franceses do que mérito próprio, pois era claro como a água de Maragogi que a Alpine tinha um carro bem melhor, mas sem a mesma confiabilidade. A McLaren também sofreu com muita inconsistência, com ótimas corridas após desempenhos horrendos. O que não mudou foi que Lando Norris continuou levando o time nas costas, marcando boa parte dos pontos da equipe e firmando-se como o líder da McLaren, mesmo com a pouca idade. Porém, o tempo passa e Norris ainda sequer venceu na F1, mesmo sendo praticamente unânime de que Lando é capaz disso, fazendo com que a McLaren corra contra o tempo para dar rapidamente um bom carro para o inglês, antes que uma equipe de ponta encontre Lando. Cansado das corridas medíocres de Daniel Ricciardo, a McLaren dispensou o australiano e para o lugar do já veterano piloto, entrou numa briga com a Alpine para garantir outro australiano, Oscar Piastri.

Piastri é daqueles pilotos com um currículo espantoso, vencendo por onde passou, praticamente atropelando a fase de adaptação com títulos como novato. Protegido da Alpine, Piastri se envolveu numa briga com seus patrões que fez com que entrasse em contato com a McLaren, que o contratou, mesmo Brown tendo admitido todos os jovens talentos da Indy, onde a equipe tem uma equipe. O problema foi que a Alpine foi surpreendida com a saída de Alonso e quando quis Piastri, o australiano já estava de saída, com uma postagem humilhante para os franceses. Isso aumentou ainda mais o ressentimento entre McLaren e Alpine, que brigaram a temporada inteira pela quarta posição no Mundial de Construtores e o caso Piastri foi apenas outro fator de discórdia.

A McLaren conta com uma dupla de pilotos muito jovem, mas bastante conceituada, mesmo Piastri sendo um novato. Tudo leva a crer que a McLaren pensa no futuro e para isso, já se comenta que a equipe inglesa estaria interessada numa terceira tentativa com a Honda, que ficou na rua da amargura com a parceira entre Red Bull e Ford. Não devemos esquecer que a última parceira entre elas, ao contrário da primeira, foi bastante traumática para ambas as partes, mas a Honda quer retornar à F1 e a McLaren sabe que ser uma equipe cliente nunca a levará a ser uma equipe campeã. Há um desejo em comum, mas em 2015 foi a mesma coisa e os resultados são de conhecimento de todos. Porém, isso, se acontecer, só vai valer no futuro. Para 2023, a McLaren lutará no pelotão intermediário, com uma pitada aqui e ali no pódio, se tiver sorte, mesmo contando com dois pilotos podendo fazer muito mais.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário