quarta-feira, 5 de junho de 2024

Mercado quente

 Tanto na F1, como na MotoGP essa semana foi recheada de novidades. Ou não. Mesmo continuando a fazer um trabalho abaixo do esperado, Sergio Pérez teve seu contrato renovado por dois anos com a Red Bull, mesmo que houvessem indícios de que a equipe só quisesse um ano e foi o mexicano que forçou para serem dois. Imaginem se Checo estivesse fazendo um ótimo trabalho...

A renovação de Checo mostra que a Red Bull tem ao mesmo tempo um assento valioso e amedrontador pelo contexto de uma equipe que funciona em torno de Max Verstappen, que vai se tornando um piloto dos gigantes da história da F1, iniciando um círculo virtuoso para o neerlandês, mas vicioso para quem quer que esteja ao seu lado. Não custa lembrar à Red Bull que os times, aos poucos, se aproximam dos austríacos e a Ferrari, com uma dupla equilibrada, só está 24 pontos atrás da Red Bull no Mundial de Construtores, com Checo apenas em quinto lugar no Mundial de Pilotos. Mesmo que o piloto campeão chame atenção, é no certame de construtores que as equipes ganham dinheiro.

Já na MotoGP a movimentação foi mais intensa. Antes do final de semana de Mugello, falava-se claramente que Jorge Martin seria companheiro de equipe de Bagnaia em 2025 na equipe oficial da Ducati, numa transação esperada, ainda mais com Martin liderando o campeonato, mesmo com toda a sua banca. O que a Ducati não esperava era que Marc Márquez recusasse a vaga de Martin na Pramac, deixando os dirigentes italianos em pânico, com a possibilidade real de perder Márquez. Então a Ducati mudou de ideia e contratou Marc, deixando Martin no vácuo pela terceira vez e irritado, o espanhol se mandou para a Aprilia, com a aposentadoria de Aleix Espargaró.

Com Jorge Martin liderando o campeonato numa equipe satélite, será que a Ducati irá apoiar de forma irrestrita o espanhol? Fala-se muito que a Pramac, cujo contrato com a Ducati termina no final desse ano, não ficou nada feliz com a movimentação feita pelos italianos e teria na mesa uma fortuna para se juntar à Yamaha. E como será a relação entre Bagnaia e Márquez, dois galos no mesmo galinheiro? 

Muitas perguntas para uma semana quente no mercado da F1 e da MotoGP.

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