domingo, 12 de abril de 2020

Que pena...

O domingo pascoal começou com uma notícia bastante triste para o esporte a motor. A lenda Stirling Moss faleceu nessa manhã inglesa aos 90 anos de idade, deixando um enorme vazio para todos que amam de F1. Para quem gosta da história da F1 e faz pesquisas, um dos primeiros nomes a surgir obrigatoriamente é do inglês Stirling Moss. Mesmo não se tornando campeão, Moss foi uma referência durante a segunda metade dos anos 1950, principalmente no vácuo da aposentadoria de Juan Manuel Fangio, de quem Moss era grande amigo e admirador. Foram quatro vice-campeonatos seguidos, sendo três para Fangio, de onde Moss nunca escondeu ser um grande fã. Tinha tudo para ser campeão em 1958, o primeiro ano sem Fangio, mas Moss preferiu defender seu rival Mike Hawthorn numa polêmica em Portugal e praticamente entregou o título para o piloto da Ferrari. Assim era Moss. Extremamente nacionalista, muitas vezes preferiu ter um carro inferior e inglês, do que ir para uma montadora italiana, as grandes dominadoras dos anos 1950. Ainda no auge como piloto e considerado o melhor piloto do mundo, Moss sofreu um gravíssimo acidente em 1962 que o deixou em coma por muito tempo e encerrou sua carreira competitiva. Da mesma forma como sempre especulamos e sonhamos como seria uma disputa entre Senna e Schumacher, ficou a curiosidade de como seria uma luta entre Moss e o jovem Jim Clark. Stirling Moss continuou no paddock da F1 por muitos anos como comentarista e convidado, mesmo com a idade avançada. O inglês era um elo entre a moderna F1 e os tempos românticos nos anos 1950. Desde 2016 com a saúde fragilizada, Moss deixou a vida pública. Aos 90 anos, se juntará ao seu amigo Fangio e ao rival Hawthorn na corrida do céu dos primeiros anos da F1. Nessa semana o SporTV reprisou os jogos da Copa de 1982 da seleção brasileira, um time que encantou, mas não ganhou a Copa do Mundo. O mesmo pode falar de Stirling Moss. O título não veio, mas ele é um dos gigantes da F1.

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