sábado, 25 de abril de 2020

Que pena...

Certos personagens são unânimes de quão gente boa o são. E de tão profissionais e geniais também o são. Assim foi Ricardo Divila. Quem teve a sorte e o prazer de conviver com ele, falam da ótima pessoa que era Ricardo, da mesma forma como os profissionais com quem Divila trabalhou falam de sua genialidade. Ricardo Divila conheceu dois irmãos que eram apaixonados como ele por automobilismo, de nome Wilsinho e Emerson, nos anos 1960. Formado em engenharia aeronáutica Divila acompanhou os irmãos Fittipaldi enquanto se tornaram figuras importantes no automobilismo mundial e quando Wilsinho resolveu formar uma equipe de F1, Ricardo se tornou projetista do primeiro carro brasileiro de F1. Foram vários altos e baixos, mas numa performance em geral bastante decente, Divila viu carros seus subirem ao pódio três vezes nos oito anos em que a equipe Fittipaldi militou na F1. Ricardo Divila continuou na F1 nos anos 1980, nas equipes March e Ligier. Sempre como um nome respeitado. Nos anos 1990 Divila foi contratado pela Nissan e participou ativamente das empreitadas da montadora japonesa nos Endurance, principalmente nas 24 Horas de Le Mans, corrida na qual Divila era apaixonado. Há muitos anos morando na França, foi anunciado que Ricardo Divila estava muito doente, só que não pela pandemia de Coronavírus, mas por uma doença que, da pior forma possível, conheço muito bem. Todo dia eu ligava a internet com medo, mas esperando a notícia que chegou hoje pela manhã. Aos 74 anos da lenda Ricardo Divila nos deixou, porém seu longo legado não será esquecido.

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