domingo, 25 de maio de 2025

Ninguém para Palou!


 A temporada 2025 de Alex Palou na Indy são daquelas de se colocar no quadro, mas para o público em geral, por mais que você performe muito bem no campeonato, se não vencer as 500 Milhas de Indianápolis, todo esse esforço parece ser em vão. Por isso que o espanhol, atual dominador da Indy, estava com sangue nos olhos para uma vitória em Indianápolis. Palou cozinhou muito bem o galo para dar os botes certeiros após a última parada e se tornar um imortal dentro do automobilismo mundial com a vitória desse domingo.

A centésima nona edição das 500 Milhas de Indianápolis começou com atraso por causa de uma insistente garoa, que chegou a fazer que Tony Kanaan quase entrasse no carro de Kyle Larson, em mais uma tentativa do americano em completar as 1.100 milhas na Indy e na Nascar. Por sinal, Larson foi a Charlotte mais cedo, por causa de um acidente. Porém, essa não foi a maior emoção antes da bandeira verde. A história de Indianápolis mostra em vários momentos que o clima frio pode causa enormes surpresas e Scott McLaughlin, o melhor piloto da Penske no grid, rodou sozinho na volta de apresentação, para desespero do neozelandês. Para completar, um fogo no pneu traseiro esquerdo de Scott Dixon prometia uma corrida difícil para o piloto da Ganassi, que logo que visitou os pits, ficou claro que o problema era sério e perdeu três voltas no processo.

Acertado para voar na classificação e nem tanto na corrida, a Prema de Robert Schwartzman não durou muito na pole para surpresa de ninguém e num pit-stop, o novato atropelou metade da equipe, abandonando a prova. Takuma Sato e seu motor 'apimentado' da Honda dominou as primeiras voltas da Indy500, mas um erro num dos pit-stops tirou o japonês da contenda. Largando da última fila por causa de toda a confusão dos atenuadores traseiros, Josef Newgarden voava e rapidamente entrou no top10 da corrida, enquanto outro favorito, Pato O'Ward, se segurava entre os dez primeiros. Infelizmente a corrida de Newgarden terminou no último quarto de prova, com problema mecânico e com Will Power fazendo uma corrida discretíssima, a Penske teve uma edição de Indianápolis para esquecer.

Enquanto isso, vários azarões conquistavam o protagonismo da corrida, incluindo o veterano Ryan Hunter-Reay e Conor Daly, mas um motor apagado no último pit-stop do primeiro e um desgaste acentuado de pneus do segundo, entregou a corrida para David Malukas, Alex Palou e Pato O'Ward, muito forte no final. Fazendo uma corrida discreta, mas economizando bastante, Marcus Ericsson saiu de sua parada no primeiro pelotão, se colocando na briga pela vitória de forma surpreendente. Mesmo não sendo um ótimo piloto, o sueco é um especialista em Indianápolis. Com o último pit-stop feito, Alex Palou farejou o cheiro de sangue. Primeiro, ultrapassou Malukas e depois partiu para cima de Ericsson, que se colocou em posição de espera do bote final. Dois retardatários insistiam em ficar à frente de Palou, mas ele também usava o vácuo dos dois para evitar um ataque de Ericsson, que tentou fazer o mesmo que 2022. Palou iniciou a última volta tentando cortar o vácuo de Ericsson, mas entre as curvas 3 e 4 veio a amarela pela batida de Nolan Siegel, que significava a vitória de Alex Palou em Indiana.

A emoção tomou de conta para a Ganassi e Alex Palou, que entraram em litígio em 2022, mas depois acertaram as contas, mesmo que às custas de uma pesada quebra de contrato com a McLaren. Com cinco vitórias em seis etapas (e chegando em segundo na corrida que não venceu), Alex Palou está com o tetracampeonato mais do que encaminhado, mas com o triunfo nas 500 Milhas, a pergunta que fica é onde Alex Palou está na história da Indy.


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