
No primeiro dia de treinos, José Carlos Pace confirmava a boa fase ao fazer um ótimo tempo que lhe garantiu a pole provisória. Contudo, o piloto da Brabham não repetiu a mesma performance no sábado e acabou superado por James Hunt, Carlos Reutemann, Mario Andretti e Jochen Mass. O americano da Lotus, por sinal, deu um grande susto no sábado a tarde quando seu carro pegou fogo no Bico do Pato. Mario Andretti teve que sair do seu carro ainda em movimento, mas estava ileso. O forte calor em São Paulo já causava algumas reclamações sobre o asfalto, que estava se deteriorando a ponto de soltar pedriscos e deixar a pista bem escorregadia. O ponto crítico era justamente a freada da Curva 3.
Grid:
1) Hunt(McLaren) – 2:30.11
2) Reutemann(Ferrari) – 2:30.18
3) Andretti(Lotus) – 2:30.35
4) Mass(McLaren) – 2:30.36
5) Pace(Brabham) – 2:30.57
6) Depailler(Tyrrell) – 2:30.69
7) Watson(Brabham) – 2:31.09
8) Peterson(Tyrrell) – 2:31.63
9) Regazzoni(Ensign) – 2:31.69
10) Nilsson(Lotus) – 2:32.14
O dia 23 de janeiro de 1977 estava tão quente como os dias anteriores, mas nem o 16º lugar no grid do ídolo Emerson Fittipaldi esfriou o ânimo dos to

Pace liderava um pelotão fortíssimo e talvez por isso não abriu muito na ponta. Ainda na terceira volta James Hunt ultrapassa a Ferrari de Reutemann no final do retão a partiu para cima da Brabham de Pace. Na sexta volta, Hunt saiu colado na traseira de Pace da curva 2 e todo o autódromo sabia que o inglês tentaria a ultrapassagem na freada da curva 3. Com experiência no circuito, Pace também esperava a manobra e freou o mais tarde possível. Talvez tarde demais. Pace acabou atravessando seu Brabham e Hunt passou o brasileiro, mas o pior foi que o inglês acabou atropelando o bico do Brabham com seu pneu traseiro direito, fazendo com que Pace tivesse que ir aos boxes para trocar o bico e consertar o radiador de água, afetado pelo incidente. Aquele seria o primeiro incidente na curva 3, que se deteriorava a olhos vistos.
Na 12º volta, Jochen Mass, então 3º colocado, atravessou sua McLaren na curva 3, batendo forte nas telas de proteção. Uma dessas telas se soltou e Clay Regazzoni, co
m muito sacrifício levando o frágil Ensign ao sexto lugar, acabou pegando a rebarba e também bateu forte. Com o incidente a sua frente, Depailler freou forte e acabou perdendo o controle do seu Tyrrell. O companheiro de equipe do francês, Ronnie Peterson, forçou uma de suas famosas derrapagens, mas a traiçoeira curva 3 fez do sueco mais uma vítima. O asfalto de Interlagos derretia como manteiga quente na frigideira. E ainda não tinha acabado. Brambilla, que vinha em último, bateu na mesma curva e na volta 26 foi a vez de Laffite. Quatro passagens mais tarde, Depailler repetiu a dose, mas desta vez deixou seu Tyrrell por lá, seguido por John Watson na mesma volta. Com sérios problemas de estabilidade após seu acidente, José Carlos Pace acabaria sendo a última vítima do asfalto de Interlagos. Foi um total de oito carros no cemitério de automóveis que se tornou a curva 3.
Devido aos inúmeros acidentes e o forte calor causando problemas mecânicos, poucos carros sobraram para contar a história do Grande Prêmio do Brasil de 1977. Hunt liderava com enorme facilidade, com Reutemann e Andretti isolados nas posições seguintes, mas o americano abandonaria, com problemas mecânicos. Na volta 22 Hunt perdia rendimento e Reutemann descontava meio segundo por volta quando o argentino deu o bote no final da reta. Hunt ainda tentou segurar a posição, mas a escorregadia curva 3 quase fez do piloto da McLaren mais uma de suas vítimas e o campeão mundial perdeu um enormidade de tempo para Reutemann. O piloto da Ferrari controlou a distância para Hunt, que chegou a descontar mais de 30s, mas Carlos Reutemann comemorava mais uma vitória em Interlagos, a primeira numa corrida marcando pontos. Hunt se conformou com o segundo lugar, que caiu no seu colo com o abandono de Tom Pryce, espeta
cular em sua tocada, mas que destruiu seus pneus a ponto de furar o traseiro esquerdo. Com isso, Niki Lauda, cheio de problemas em sua Ferrari, completou o pódio e Emerson Fittipaldi conquistava mais três pontos com seu Copersucar, marcando sete em duas corridas, o deixando em terceiro no campeonato. Um começo animador para o brasileiro, mas não para Interlagos. O problema no asfalto rendeu severas críticas de todos os pilotos, mesmo aqueles que não rodaram na curva 3. Mário Patti, diretor da prova, prometeu que nunca mais organizaria uma corrida em Interlagos. Jacarepaguá seria inaugurado em 1978 e receberia sua primeira prova de F1 naquele ano. O velho Interlagos sediaria o Grande Prêmio do Brasil em 1979 e 1980, mas sempre com problemas de organização, com a F1 só retornando a São Paulo em 1990 com outro traçado. A prova em 1977 marcaria o começo do fim do belo traçado de Interlagos.
Chegada:
1) Reutemann
2) Hunt
3) Lauda
4) Fittipaldi
5) Nilsson
6) Zorzi

Devido aos inúmeros acidentes e o forte calor causando problemas mecânicos, poucos carros sobraram para contar a história do Grande Prêmio do Brasil de 1977. Hunt liderava com enorme facilidade, com Reutemann e Andretti isolados nas posições seguintes, mas o americano abandonaria, com problemas mecânicos. Na volta 22 Hunt perdia rendimento e Reutemann descontava meio segundo por volta quando o argentino deu o bote no final da reta. Hunt ainda tentou segurar a posição, mas a escorregadia curva 3 quase fez do piloto da McLaren mais uma de suas vítimas e o campeão mundial perdeu um enormidade de tempo para Reutemann. O piloto da Ferrari controlou a distância para Hunt, que chegou a descontar mais de 30s, mas Carlos Reutemann comemorava mais uma vitória em Interlagos, a primeira numa corrida marcando pontos. Hunt se conformou com o segundo lugar, que caiu no seu colo com o abandono de Tom Pryce, espeta

Chegada:
1) Reutemann
2) Hunt
3) Lauda
4) Fittipaldi
5) Nilsson
6) Zorzi
Nenhum comentário:
Postar um comentário