quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Que pena...

Uma das famílias mais tradicionais do automobilismo mundial sofreu um forte abalo no dia de hoje. John Andretti, filho de Aldo, o irmão gêmeo de Mario, faleceu hoje aos 56 anos de idade. Como um bom Andretti, John começou cedo sua carreira no automobilismo, chegando a Indy no final dos anos 1980, vencendo uma corrida em Surfer's Paradise. Numa época de ouro da Indy, John Andretti perdeu espaço e foi para a Nascar, vencendo uma corrida em Daytona, na prova da primavera. Ele lutava contra um câncer, mas John Andretti acabou sucumbindo hoje. Uma pena...

domingo, 26 de janeiro de 2020

Dia duro e inesquecível pela pior maneira possível

Sempre tive a curiosidade de saber como seria a morte de Ayrton Senna nos tempos atuais, com as redes sociais e a hiper conectividade. Quando houve a tragédia da Chapecoense, falou-se muito que essa geração ficaria marcada pelo o que ocorreu na Colômbia no final de 2016. Porém, o time de Chapecó não tem o apelo de um gigante do esporte, como era Senna. Hoje à tarde o mundo ficou em choque com a morte trágica de Kobe Bryant, que ontem havia sido superado por Lebron James como o terceiro maior cestinha da história da NBA. Com apenas 41 anos de idade, Bryant estava ao lado da filha de 13 anos quando seu helicóptero caiu nas cercanias de Los Angeles. Foi um golpe pesado para quem acompanha esporte. E me veio a mente o que ocorreu em maio de 1994. Mesmo quem não entendia muito sobre F1 ficou atônito com a morte de Senna. A extensão da transmissão e a comoção ocorrida naquele domingo e nos dias subsequentes faz qualquer pessoa lembrar de tudo que se passou, mesmo quase 26 anos depois do ocorrido. Nessa tarde de 26 de janeiro de 2020, a impressão era a mesma. A comoção nas redes sociais, hoje a principal via de notícias do mundo moderno, foi gigantesca. Era uma mistura de choque e tristeza por uma notícia tão terrível. Até quem não entende nada de basquete foi atingido pela notícia. Não irei entrar na vazia discussão de quem é o maior da história do basquete. Basta dizer que Kobe Bryant e seus incríveis números com o Los Angeles Lakers está junto de Wilt Chamberlain, Bill Russell, Kareem Abdul-Jabbar, Magic Johnson, Michael Jordan e mais recentemente Lebron James. Bryant foi um gigante, uma lenda, uma bandeira do esporte. Desde a trágica morte de Drazen Petrovic o basquete não sofria uma perda trágica, mas o croata de apenas 28 anos ainda não era um gigante do esporte, apesar do potencial para isso. Kobe Bryant, recém-aposentado e tendo vencido um Oscar por um curta metragem, era uma lenda já consolidada. Kobe não morreu ao vivo como Senna, mas desde o brasileiro um gigante do esporte não morria tão jovem e de forma tão trágica. Todo o esporte lamenta as terríveis notícias de hoje. Esta tarde, infelizmente matei a curiosidade de um gigante morrer de forma trágica na época atual. 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Nasceu de novo

Atual campeão do WRC, Ott Tanak não começou muito bem sua defesa de título em 2020. O estoniano sofreu um dos mais espetaculares acidentes dos últimos tempos do WRC durante o glamoroso Rali de Monte Carlo. Mesmo com tamanho susto, Tanak e seu navegador saíram ilesos do seu carro.

domingo, 19 de janeiro de 2020

Lorde das pistas

Ele teve uma carreira meteórica nas categorias de base e foi considerado um garoto prodígio em seu começo na F1, mas sua carreira demorou a deslanchar, só conseguindo se firmar como uma estrela da F1 na segunda metade de sua longa carreira na categoria e depois de conquistar o título numa equipe que não existia no começo daquele ano. Jenson Button não tinha o talento do seu compatriota Lewis Hamilton ou brilhantismo dos seus contemporâneos Fernando Alonso e Kimi Raikkonen, mas o inglês tinha suas qualidades que o fizeram ser conhecido como um dos pilotos mais técnicos de sua geração. Button tinha uma tocada limpa e clássica, além de ter uma sensibilidade em condições mistas de pista que lhe deram vitórias impressionantes. Muito gente boa fora das pistas e bastante educado, Button marcou seu tempo na F1 e completando quarenta anos no dia de hoje, vamos conhecer um pouco mais de sua carreira.

Jenson Alexander Lyons Button nasceu no dia 19 de janeiro de 1980 na pequena cidade de Frome, na Inglaterra. O automobilismo sempre esteve presente na vida dele e até seu nome pouco usual veio dele. Seu pai John Button era um conhecido piloto de Rallycross na Inglaterra, se caracterizando por sempre correr com um Fusca amarelo. John tinha como rival e amigo o dinamarquês Erling Jensen e em homenagem a ele, colocou o nome do seu primeiro filho de Jenson, trocando apenas o 'e' por um 'o'. Jenson sempre foi apaixonado por esportes ao ar livre e ainda criança já competia no BMX. Aos oito anos ele ganhou um kart do seu pai, que a essa altura já estava divorciado de sua mãe. Foi amor a primeira vista e Button rapidamente se torna um dos melhores kartistas da Inglaterra, vencendo vários títulos em sequência, tendo como principais rivais Dan Wheldon e Anthony Davidson. Em 1995 Button participa do Mundial de Kart júnior na Itália, mas é derrotado pelo brasileiro Gastão Fráguas, ficando com o vice-campeonato. Em 1996 Jenson sobe para a categoria graduados de kart e continua mostrando seu talento, vencendo duas vezes o campeonato inglês, ficando com o vice-campeonato europeu e o terceiro no mundial, em certames que tinham alguns pilotos que Button encontrariam mais tarde na F1, como Fernando Alonso e Kimi Raikkonen. Antes de completar a maioridade Button já era considerado um diamante bruto pelos ufanistas ingleses e com bastante expectativa, ele estreou no prestigioso Campeonato Inglês de F-Ford em 1998 pela equipe Haywood. E Button não decepcionou. Tendo como principal rival o velho conhecido Wheldon, Jenson Button vence não apenas o campeonato, como se sagra vice-campeão europeu e conquista o famoso Festival Mundial, em Brands Hatch. No final do ano Button vence o famoso prêmio de Piloto Jovem do Ano da BRDC, tendo como prêmio um teste com a McLaren de F1. Button e Wheldon não eram grandes amigos e suas carreiras se separariam nesse momento, com Wheldon se mudando para os Estados Unidos.

Tendo mais nada a provar na F-Ford, Button sobe para o tradicional Campeonato Britânico de F3, considerado o mais forte do mundo na época. Correndo pela Promatecme, que tinha apoio oficial da Renault, Button não briga diretamente pelo título, mas o inglês passa longe de decepcionar, conquistando três vitórias e ficando em terceiro lugar no campeonato, sendo o melhor novato do ano. Button tinha chamado mais atenção do que seu compatriota campeão, Marc Hynes. Na famosa corrida de F3 em Macau, Button fica em segundo, perdendo por muito pouco para o compatriota Darren Manning, que na ocasião disputava o Campeonato Japonês de F3. Com toda essa bagagem, Jenson Button era um piloto bastante cobiçado por várias equipes. No final de 1999 ele tem seu primeiro contato com a F1 quando a McLaren lhe paga o teste prometido no ano anterior. Semanas mais tarde ele faz outro teste, dessa vez com a Prost, com resultados promissores. Porém, Button pensava na F3000 e negociava com David Sears um contrato para estrear pela Super Nova, uma das melhores equipes da época, em 2000. Porém, o destino não quis assim. Na Williams as coisas estavam mudando rapidamente e de forma inesperada, Button entraria na F1 pela tradicional equipe. Após fazer dois anos magníficos na Indy, Alessandro Zanardi fracassava de forma retumbante em sua volta a F1 em 1999 e mesmo tendo mais um ano de contrato com a Williams, todos sabiam que o italiano não ficaria um segundo ano na Williams. O fracasso de Zanardi na Williams é um dos grandes mistérios do esporte a motor contemporâneo. Na negociação com Chip Ganassi para trazer Zanardi para a F1, Frank Williams mandou seu principal piloto de testes Juan Pablo Montoya para a Indy e o colombiano fez um ano mágico, se tornando campeão como novato. Ganassi bateu o pé e segurou Montoya mais um ano, mesmo o colombiano querendo claramente ir para a F1. A Williams então precisou ir atrás de outro piloto e escolha natural seria o segundo piloto de testes, o brasileiro Bruno Junqueira, mas o mineiro não tinha a plena confiança de Frank e pensou-se na nova sensação do automobilismo inglês: Jenson Button. Uma espécie de vestibular foi feito entre Junqueira e Button e de forma surpreendente, o inglês se sobressaiu, marcando tempos parecidos com o de Ralf Schumacher, que já tinha três temporadas nas costas. No início de 2000 a Williams anunciou que Jenson Button seria seu piloto para aquela temporada.

Houve muitas críticas de pessoas fora da Inglaterra. Com apenas 20 anos e dois meses, Button se tornava um dos pilotos mais jovens a estrear na F1 e com pouca experiência, poderia causar acidentes. "Deixem eu mostrar o que posso fazer na pista", praticamente pediu Jenson Button, mostrando sua incrível educação. E não demorou muito para ele mostrar o que poderia fazer. Em sua estreia em Melbourne, ele teve problemas nos treinos e largou na última fila. Mau presságio? Nada. Button fez uma ótima corrida de recuperação e estava na zona de pontuação (lembrando que só os seis primeiros marcavam pontos na época) quando seu motor BMW quebrou faltando onze voltas para o fim. Na prova seguinte, Button se aproveitou da desclassificação de David Coulthard para subir ao sexto lugar e se tornar o piloto mais jovem a marcar pontos na F1. Excepcionalmente ocorrendo em abril, o GP da Inglaterra teve como principal estrela Jenson Button, ainda mais quando ele conseguiu um lugar na segunda fila. Todos viam em Jenson Button uma estrela em potencial. Em Spa ele conseguiu um incrível terceiro lugar no grid na difícil pista belga, enquanto em Hockenheim ele ficou menos de 1s de subir ao pódio. Button raramente errava e normalmente andava no mesmo ritmo de Ralf Schumacher. Porém, a Williams tinha uma escolha a fazer. Para 2001 Montoya estava novamente livre no mercado e Frank se impressionara como o colombiano havia dominado as 500 Milhas de Indianápolis e mesmo com Button fazendo um ótimo trabalho, Frank repatriou Montoya. Sem querer perder Button, ele o emprestou para a Benetton. Porém, isso acabaria sendo um tiro n'água. Com apenas 20 anos, sendo pararicado de todo jeito, ganhando muito dinheiro e bonitão, Button se mudou para a Mônaco e, como se diz, caiu na gandaia. O inglês se deslumbrou com sua nova situação e há quem diga que esse foi um dos motivos de Frank ter preferido Montoya. Para complicar sua situação, a Benetton passava por uma profunda fase de transição. Ainda em 2000 a Renault anunciara que compraria a Renault, mas só entraria de forma oficial em 2002. David Richards tinha participado da negociação com Button, mas ele acabaria substituído pelo sempre polêmico Flavio Briatore e seu séquito de pilotos. Com um carro mal nascido e ainda deslumbrado, Button teve um ano esquecível em 2001. Superado de forma constante por Giancarlo Fisichella, não raro o inglês largava ao lado de Minardis. A Benetton esboçou uma reação na segunda metade da temporada e Fisichella subiu ao pódio em Spa, mas Button não seguiu a mesma toada e só marcou pontos com um quinto lugar no esvaziado Grande Prêmio da Alemanha. Normalmente sem paciência com pilotos, ainda mais quando não fazem parte do seu portfólio, Briatore queria dispensar Button no final de 2001 e promover seu protegido Fernando Alonso, mas Button bateu o pé e fez exercer seu segundo ano na Benetton.

Percebendo que poderia estar jogando sua carreira fora, Button ficou mais focado no início de 2002 e mesmo tendo a antipatia de Briatore, fez um bom ano na agora equipe Renault. Na Malásia ele ficou bastante próximo de subir pela primeira vez ao pódio, quando quebrou já no final da corrida. Button conseguia marcar pontos com alguma regularidade e andava no mesmo ritmo de Jarno Trulli, seu novo companheiro de equipe e também protegido de Briatore. O bom desempenho de Button, contudo, não comoveu Briatore, que anunciou a dispensa do inglês no meio da temporada para a chegada de Alonso, para muitas críticas da imprensa inglesa. Button não ficou muito tempo desempregado. David Richards tinha assumido a equipe BAR e quase que imediatamente o contratou para 2003. Richards havia entrado no lugar de Craig Pollock, que era um dos acionistas da equipe junto com Jacques Villeneuve. O polêmico canadense não gostou nada da saída do amigo Pollock e vendo que Button era um piloto de Richards, criticou acidamente Button, chamando-o de 'peça de marketing'. Jenson, que sempre teve ótimo relacionamento com seus pares, não foi bem recebido por Villeneuve. Em Melbourne, Button entrou para o seu pit-stop e deu de cara com o carro de Villeneuve. O canadense alegou problemas de rádio, mas todos acreditaram numa espécie de boicote do canadense. Button arregaçou as mangas e passou a andar mais rápido do que Villeneuve, conseguindo bons resultados, como um quarto lugar na Áustria. Em Monte Carlo Button sofreu o seu maior acidente na F1, quando bateu a 298 Km/h na saída do túnel no treino livre de sábado e ficou inconsciente. Button foi levado ao hospital e mesmo querendo correr, os médicos o proibiram de participar da corrida. Em Indianápolis Button liderou uma corrida de F1 pela primeira vez ao ler melhor as condições molhadas na pista americana. Essa sensibilidade de Button lhe traria muitos dividendos mais tarde. No começo de 2003 Villeneuve disse que andasse mais lento que Button se aposentaria. Bom, ele não cumpriu sua promessa, mas o fanfarrão acabou defenestrado da equipe na última etapa do ano, substituído por Takuma Sato. A chegada do japonês a equipe era um claro sinal da Honda entrando cada vez mais na BAR e antes do início de 2004, a montadora compra metade da BAR, garantindo um motor de fábrica e mais investimentos. 

Com a entrada de Sato, Jenson Button se tornava pela primeira vez na F1 o principal piloto da equipe e com mais dinheiro a disposição, a BAR constrói um bom carro que faz Button se tornar um dos principais coadjuvantes de uma temporada em que a Ferrari e Michael Schumacher humilhou a concorrência. Em Sepang Button finalmente conseguia subir ao pódio, para grande festa do inglês. Em Ímola Jenson conseguiu sua primeira pole, mas em tempos confusos na F1, onde os pilotos se classificavam com níveis distintos de combustível, Button não segurou a força da Ferrari de Schumacher. O ano de 2004 tinha sido o melhor para Button até então na F1, com vários pódios e um ótimo terceiro lugar no Mundial de Pilotos. Em Mônaco, Button perseguiu ferozmente o líder Jarno Trulli nas últimas voltas, mas não achou espaço para uma ultrapassagem vitoriosa. Em Monza, num raro dia de chuva, Button liderava nas últimas voltas, mas acabou ultrapassado por ambas as Ferraris. Apesar desses bons resultados, o inglês acabaria entrando numa confusão desnecessária no meio da temporada. Mesmo em ótima fase e a BAR sendo uma equipe de bom potencial, Button assinou um contrato com a já decadente Williams para 2005. A promissora parceria com a BMW, que começou no mesmo ano de estreia de Button, se desfazia e a Williams fazia uma temporada decepcionante em 2004 e o prospecto era negativo com a iminente separação com os bávaros. A F1 foi pega de surpresa com essa movimentação incomum de Button. Começou uma briga de bastidores entre BAR, Williams e Button. Ficou acertado que Button permaneceria na BAR em 2005, mas isso acabaria custando caro para o inglês. David Richards, com quem Button se dava muito bem, acabou afastado da equipe pela confusão e Jenson acabaria dispensando seu empresário pela presepada. Quando ficou claro que uma ida para a Williams seria um tiro no pé, com a saída da BMW, Button novamente se envolveu em polêmicas no seu contrato, pois Frank tinha um pré-contrato assinado com Button, mas esse percebeu a besteira que tinha feito e bateu o pé para ficar com a BAR. Um acordo foi assinado e a BAR indenizou a Williams em 18 milhões de libras. Porém, o ano de 2005 seria bastante confuso para a BAR. O carro não era tão forte como no ano anterior e para complicar, Button subiu ao pódio em Ímola, mas na inspeção pós-corrida, o carro falhou e estava abaixo do peso mínimo. Foi descoberto que a equipe fazia uma tramoia no tanque de combustível, o que fez a BAR ser suspensa por duas corridas. Num ano de altos e baixos, Button foi pole em Montreal, subiu ao pódio na Alemanha e na Bélgica, mas sofreu inúmeros abandonos. Porém, o futuro da equipe parecia garantido quando a Honda comprou a outra metade da BAR e a partir de 2006 a equipe seria chamada de Honda. O time havia trazido Gil de Ferran como diretor-técnico e o brasileiro pessoalmente negociou com Rubens Barrichello, que saiu da Ferrari diretamente para a Honda.

O início de 2006 foi bastante promissor para Button, com direito a um pódio na Malásia e uma pole na Austrália. Rubens Barrichello era considerado um dos melhores pilotos da época e se dizia que ele fora trazido pela Honda para liderar a equipe rumo ao esperado título, mas o brasileiro teve alguns problemas de adaptação à nova equipe e Button se aproveitou para tomar as rédeas na Honda. Num ano de altíssimo nível técnico, a Honda ficou claramente atrás de Ferrari, Renault e McLaren. À essa altura Button contava com 113 corridas na F1 e ainda não havia vencido nenhuma vez. Mesmo sendo considerado um piloto com bastante recursos, isso começava a pesar contra Button. Então veio o GP da Hungria. O final de semana de Button não começou muito bem com ele ficando apenas em 14º no grid, depois de uma punição de dez posições por trocar o motor, mas pela primeira vez na história, choveu no dia da corrida em Hungaroring. Button tinha um bom carro naquele dia e sua sensibilidade na chuva o fez ganhar terreno rapidamente, subindo para o quarto lugar em dez voltas. Fernando Alonso, que largara atrás de Button, estava com a prova nas mãos quando fez seu último pit-stop, mas uma roda mal apertada causou o abandono do espanhol. Com Schumacher errando na escolha de pneus, Button se viu com uma vantagem confortável nas últimas voltas para vencer de forma surpreendente pela primeira vez na F1. Na ocasião, ele foi o terceiro piloto que mais corridas fez antes de ganhar. No travado circuito magiar, onde largar nas primeiras posições sempre foi essencial, a posição de Button era a mais baixa de um vencedor na Hungria. Como ocorreria na década posterior, Button seria o vencedor de umas das melhores corridas da década. A vitória em Budapeste foi um marco para Button. Mesmo sem vencer, o inglês emendou uma série de bons resultados que o fez o piloto que mais marcou pontos nas seis corridas finais de 2006. As perspectivas para 2007 eram ótimas. A Honda estava confiante e por isso pintou seu carro com o planeta Terra, numa mensagem ambientalista. Button estava numa ótima fase, andando no mesmo nível de Alonso, Schumacher e Raikkonen, as grandes estrelas da época. O que o inglês não contava seria o erro da Honda no carro do ano seguinte, que mais parecia um desastre ambiental. O carro simplesmente não funcionou e Button teve que se conformar em andar no pelotão intermediário. Se antes Jenson brigava com Ferraris e Renaults, agora o inglês lutava com Toro Rosso e Super Aguri. Button marcou apenas seis pontos o ano inteiro, no que seriam os únicos da Honda.

Até então Jenson Button reinava sozinho na preferência dos ingleses na F1, mas em 2007 surgiu um piloto rapidíssimo que fez Button cair no ostracismo. Lewis Hamilton estreou na F1 como o primeiro negro da história da categoria, mas ele fez muito mais do que isso. Ainda como um novato peitou a estrela Fernando Alonso e quase foi campeão na McLaren. Com apenas 22 anos de idade, Hamilton já havia feito muito mais em seu ano de estreia do que Button em oito temporadas. Hamilton conquistaria seu primeiro título em 2008 de forma merecida, enquanto Button teria outro ano para esquecer com a Honda, que na época tinha um investimento milionário e a presença de Ross Brawn. A cena que marcou aquele momento de Button foi quando o carro de Jenson pegou fogo após a corrida em Interlagos e John Button deu de ombros e disse: deixem essa merda queimar!

Com apenas 28 anos de idade Button já tinha perdido definitivamente a preferência dos ingleses e parecia caminhar para um fim de carreira melancólico. Para piorar a Honda anunciou de supetão que estava saindo da F1. Foi algo tão repentino que a Honda já tinha iniciado os primeiros testes com o novo carro. Button parecia definitivamente fora da F1, mas Ross Brawn resolveu comprar a equipe numa movimentação para salvar o time. Button e Barrichello aceitam uma substancial diminuição nos salários para ficar na F1. O time, renomeado Brawn GP, parecia fadada a caminhar no final do pelotão, como havia acontecido nas duas últimas temporadas da Honda. Porém, 2009 representava uma mudança radical de regulamento e Brawn havia participado ativamente dessas mudanças. Mesmo sem nenhum apoio financeiro e tendo conseguido um motor Mercedes de última hora, a Brawn GP foi para a pista pela primeira vez com um carro inteiramente branco na última semana de testes. De forma surpreendente o carro é muito mais rápido do que os demais. Todos pensavam que era uma forma da Brawn conseguir um patrocinador, mas Button e Barrichello continuavam a superar os rivais. A prova dos noves foi na primeira corrida, na Austrália. Button ficou com a pole e dominou a corrida, enquanto Barrichello se aproveitou de um toque entre Vettel e Kubica na última volta para completar a dobradinha. Era um conto de fadas na F1. Brawn conhecia todos os pormenores do novo regulamento e construiu um carro muito a frente dos demais. Uma semana depois na Malásia, Jenson marca uma nova pole e liderava quando a corrida é interrompida por causa da chuva. Ele é declarado vencedor, mas apenas marca metade dos pontos porque a corrida não ultrapassou três quartos das voltas planejadas. O que importa é a demonstração feita: o Brawn era, de fato, o melhor carro do pelotão. Na China, Button e sua equipe, no entanto, sofrem a primeira derrota para a Red-Bull-Renault de Vettel e Webber, que marcam uma dobradinha, enquanto Button ficou em terceiro lugar. Seguiu-se uma excelente série de quatro vitórias consecutivas para o britânico. O carro da Brawn esmaga a concorrência na primavera de 2009 e Button se beneficia perfeitamente. Ele venceu no Bahrein quando começou apenas em quarto, depois venceu facilmente na Espanha e Mônaco na frente de Barrichello. Na Turquia, Vettel ficou com a pole, mas um erro do jovem alemão na primeira volta permitiu que Button assumisse a liderança e conseguisse a sua sexta vitória em sete corridas. Barrichello teve um problema nos freios, mas quando finalmente se adaptou, as demais equipes, mais estruturadas e financiadas, chegaram na Brawn. Sem ter como desenvolver o carro, a Brawn viu as rivais se aproximarem e Button, que liderava o campeonato com folga, viu a aproximação de Barrichello e da Red Bull de Vettel. Após um início de campeonato incrível, Button passou a usar a cabeça e marcar Barrichello de perto. Houve algumas corridas em que Button vacilou, como sua corrida caseira em Silverstone. Mesmo sem ser brilhante, Button chegou a Interlagos com ótimas chances de ser campeão. Numa campanha ridícula, a Rede Globo pediu aos seus jornalistas que levassem lenços para secar Button. E parecia que daria certo. Na classificação debaixo de chuva Barrichello ficou com a pole e Button era apenas décimo quarto. Button precisava reagir e numa corrida agressiva, o inglês conseguiu um quinto lugar, que somado ao abandono de Vettel e perda de rendimento de Rubens, o quinto lugar de Jenson era mais do que suficiente para lhe garantir o campeonato. No final de 2009 ele seria nomeado Membro da Ordem do Império Britânico.

De forma inacreditável e inesperada, Jenson Button se tornava Campeão Mundial de F1 numa equipe que sequer existia em janeiro. Porém, muitos criticaram a segunda metade da temporada de Button, dizendo que ele teve sorte no pulo do gato no carro projetado por Brawn e o seu polêmico difusor duplo. Button precisava se provar e por isso ele aceitou uma proposta perigosa: ir para a McLaren de Lewis Hamilton. Todos sabiam que Hamilton era mais rápido do que Button, mas como campeão mundial reinante, Button já era uma estrela e logo na segunda corrida da temporada o inglês mostrou suas credenciais ao vencer na Austrália, após colocar os pneus slicks na hora certa numa prova que começou com pista molhada. Com uma segunda vitória na China, novamente com Button lendo melhor as condições da pista, o inglês liderava o campeonato. Num campeonato bem disputado entre os pilotos de McLaren, Ferrari e Red Bull, Button se manteve na luta pelo título até a penúltima etapa do campeonato, no Brasil. Um fator decisivo naquele ano foi um toque que recebeu de Vettel em Spa, que lhe fez abandonar. Mesmo ficando atrás de Hamilton no campeonato, Button provara aos que o criticaram por ter ido correr ao lado do compatriota na McLaren, feudo de Hamilton, que ele poderia correr no mesmo ritmo de Lewis. E 2011 seria ainda melhor. Com Hamilton enfrentando problemas extra-pista, que o distraiu bastante, Button aproveita para tomar as rédeas da McLaren. A temporada começa lentamente para Button, dominado por Hamilton na Austrália, mas Jenson consegue um segundo lugar na Malásia, antes de terminar em quarto no GP da China, vencido por seu companheiro de equipe. Seguiram-se uma série de dois terceiros lugares, em Barcelona e Mônaco, corrida em que ele passou a maior parte do tempo na liderança. Então veio Montreal e a melhor corrida de Button na F1. A largada se deu debaixo de muita chuva e numa disputa com Hamilton, os dois se tocam e Lewis abandona reclamando do companheiro de equipe. Button vai aos boxes, depois foi punido pelo toque e estava em último quando colocou pneus intermediários e começar a escalar o pelotão, antes de uma tempestade interromper a corrida. Após duas horas de interrupção, Button continua sua corrida de recuperação e toca na Ferrari de Alonso, furando o pneu do espanhol. Sem punições, Button coloca os pneus slicks no momento certo e com as paradas de Schumacher e Webber, Jenson assumia a segunda colocação, se aproximando de Vettel, que liderou a corrida inteira. Quando abriu a última volta, Button já estava próximo de Vettel, mas sem condições de ataque, mas o alemão da Red Bull errou no meio da última volta e Button vence de forma inacreditável. Assim como na Hungria em 2006, Jenson Button vence uma das grandes corridas da década! 

Fortalecido por esse resultado, Button esperava acompanhar Sebastian Vettel na luta pelo título, mas, pelo contrário, teve de se contentar com um 6º lugar em Valência, seguido de dois abandonos, fato raro na McLaren. No entanto, Button venceu o GP da Hungria, numa corrida em que dominou, cinco anos após sua primeira vitória neste mesmo circuito. Este foi o início de uma série incrível, onde Jenson conseguiu cinco pódios consecutivos, incluindo uma nova vitória no Japão, prova que garantiu o bicampeonato para Vettel, enquanto seu companheiro de equipe acumulava contratempos nas pistas. Esta série de excelentes resultados permitiu a Jenson subir para o segundo lugar no campeonato e, após três novos pódios, ele terminou como vice-campeão mundial nesta temporada e, especialmente, com quase cinquenta pontos à frente de seu companheiro de equipe Lewis Hamilton. Para muitas pessoas, essa temporada de Button foi até melhor que a de 2009, quando se sagrou campeão. Porém, o ano de 2011 não seria só de alegrias para Button. Enquanto voltava para casa da corrida na Coreia do Sul, Button ficou sabendo da morte do seu antigo rival Dan Wheldon, num acidente tolo e estúpido em Las Vegas, pela Indy. Button sentiu bastante o golpe, mesmo não sendo amigo de Wheldon. Alçado a estrela da F1 e um dos candidatos ao título de 2012, Button renova por mais três anos na McLaren e começava o ano da melhor forma possível, vencendo a corrida inaugural na Austrália com direito a melhor volta. Porém, Button tem um ano abaixo do esperado e ainda viu Hamilton se recuperar do seu mau ano de 2011. Foi um ano cheio de altos e baixos, com vários abandonos entre alguns resultados de relevo, como a vitória em Spa, vindo de uma pole que Button não conquistava de 2009. Jenson venceu o emocionante e confuso Grande Prêmio do Brasil, terminando o campeonato em quinto, apenas dois pontos a menos do Hamilton. O que ninguém poderia imaginar que essa seria a última vitória da McLaren na F1 e do próprio Button. A parceria McLaren-Mercedes sofreria um grande abalo quando a montadora resolveu comprar a Brawn e ter uma equipe própria. Após anos como equipe de fábrica, a McLaren se tornava uma equipe cliente. A Mercedes mostrava que não estava para brincadeira e em 2012 tirava Lewis Hamilton da McLaren. Button se tornava o principal piloto da McLaren e recebia o jovem mexicano Sergio Pérez, que tinha feito um ótimo trabalho na Sauber. Dez anos depois de Villeneuve, Button voltaria a ter problemas com seu companheiro de equipe, com Pérez se envolvendo em alguns toques com o inglês, fazendo o sempre polido Button criticar o mexicano. Para sorte de Button, a convivência com Pérez só duraria um ano com a dispensa dele. Porém, era nítido a queda da outrora gigante McLaren e o Button passa longe da luta por vitórias em 2013. Pensando em se tornar novamente uma equipe de fábrica, a McLaren assina uma parceria com a Honda, revivendo um dos grandes momentos da equipe. No início de 2014, Jenson sofre um enorme baque com a morte repentina do seu pai John, a quem Jenson chamava carinhosamente de Papa Smurf. John sempre acompanhou de perto a carreira de Jenson na F1 e se tornara uma personagem querida no paddock da F1 O ano de 2014 seria de transição na McLaren e resultados pobres para Button, que consegue apenas um pódio com o terceiro lugar na Austrália, pela desclassificação de Ricciardo depois da corrida. Nessa prova, por sinal, Button foi superado pelo novo companheiro de equipe, o danês Kevin Magnussen, mas Jenson usou sua experiência para derrotar Magnussen num campeonato dominado amplamente pela antiga parceira Mercedes, mas Ron Dennis não pensava assim.

Com a chegada da Honda em 2015, os japoneses contrataram, a contragosto de Dennis, Fernando Alonso a peso de ouro. Alonso, Dennis e McLaren tinham uma história difícil, quando conviveram entre tapas e beijos em 2007. Mas como a Honda assinava o cheque, Dennis teve que engolir a volta do espanhol. Dessa forma o dirigente teria que dispensar um dos seus pilotos e vendo que Magnussen poderia ser uma potencial estrela, Dennis queria dispensar Button, que além do mais, tinha um alto salário pago integralmente pela McLaren. Porém Button ainda tinha um contrato a cumprir e Magnussen não tinha dinheiro para ficar. Ron Dennis em pessoa correu atrás de patrocínio para Magnussen, mas ao não conseguir, teve que dispensar o dinamarquês e também engolir Button. Seria uma dupla experiente e com três títulos mundiais na McLaren, porém, o que poderia ser uma dupla dos sonhos, se tornou um pesadelo com a difícil adaptação da Honda com os novos motores híbridos. Ficava claro desde os primeiros testes que o motor Honda tinha sérios problemas de confiabilidade e potência, apesar dos dirigentes japoneses mostrarem esperanças. A primeira corrida de 2015 foi um verdadeiro fiasco, com Button chegando em último lugar. O problema era muito sério, mas enquanto Alonso fazia questão de colocar fogo na turbulenta relação entre McLaren e Mercedes, Button permanecia trabalhando junto com os japoneses, com quem se dava muito bem, até por sua então namorada ser japonesa. A McLaren tinha chances apenas em corridas em pistas lentas e Button consegue uma oitavo lugar em Mônaco e nono na Hungria. Numa corrida com muitos abandonos, Button finaliza em sexto em Austin. A falta de potência do motor Honda faz Button e Alonso passar por alguns vexames, como serem ultrapassados facilmente nas longas retas pelos demais carros. Os dois campeões várias vezes largaram das últimas posições, falhando em passar ao Q1. A situação não mudou muito em 2016, com o motor Honda, apesar de ligeiramente mais potente, ainda quebrando demais. Já contando com 36 anos e cansado de correr na rabeira, Jenson Button anunciou que estaria entraria num ano sabático em 2017, esperando voltar em 2018. Jenson retornaria mais cedo do que o esperado, ao substituir Alonso no GP de Mônaco de 2017 para o espanhol participar das 500 Milhas de Indianápolis. Button pouco faz em sua última corrida de F1 e abandonou.

Jenson Button participou de 306 corridas na F1, se tornando o quarto piloto com mais corridas na história e o segundo maior da McLaren (137). Em dezoito temporadas, Jenson Button conquistou 15 vitórias, 8 poles, 8 melhores voltas, 1.235 pontos e o título de 2009. Ainda ligado a Honda, participou com sucesso da categoria japonesa Super GT, além de participar das 24 Horas de Le Mans. Após se casar com Jessica Michibata, Jenson morou um tempo no Japão antes de conhecer a modelo Brittny Ward, com quem mora atualmente nos Estados Unidos e recentemente teve um filho. Jenson é um regular praticamente de triatlo. Button não foi um virtuose como o seu compatriota Lewis Hamilton, com quem dividiu dignamente a equipe McLaren por dois anos, mas o inglês teve uma carreira digna na F1. Jenson passou a maior parte do seu tempo em carros medianos, mas nunca se duvidou de sua capacidade e quando teve carro para isso, Button fez ótimos trabalhos, derrotando um piloto do naipe de Rubens Barrichello. Fora das pistas, seu temperamento sereno e simpático o tornou um dos personagens mais queridos do paddock da F1 no século 21. Dono de uma tocada limpa e bastante técnica, Jenson Button entrou para a história como um dos pilotos mais limpos da F1. Um verdadeiro lorde.

Parabéns!
Jenson Button

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Tri matador

O lendário Carlos Sainz finalmente saiu do bi. Mesmo sendo uma bandeira dos ralis, o espanhol 'só' conquistou dois títulos no WRC, a quase trinta anos atrás. De mudança para o Dakar, o espanhol conseguiu a terceira vitória na edição de 2020, se juntando aos títulos de 2010 e 2018. Sainz teve que enfrentar os não menos lendários Stefan Peterhansel e Nasser Al-Attiyah numa briga renhida e apertada em todo o rali, que esse ano se mudou para as areias da Arábia Saudita, um cenário mais parecido com o antigo e verdadeiro Dakar. 

Nas motos o vencedor foi o americano Ricky Brabec, se tonando o primeiro ianque a triunfar no Dakar, mas mais interessante foi o fim do domínio da KTM no maior rali do mundo. A marca austríaca vinha de dezoito vitórias consecutivas, mas nesse ano a KTM acabou derrotada pela Honda de Brabec. A montadora japonesa não vencia o rali desde 1989.

Claro que a grande estrela da edição desse ano foi Fernando Alonso. Em suas experimentações em outras modalidades do automobilismo, Alonso enfrentou as dunas do deserto com seu Toyota tendo como navegador Marc Coma. Alonso passou pelos típicos apuros do Dakar, como uma capotagem, pneus furados e uma troca de suspensão, mas Alonso também andou rápido e chegou a ser quarto numa especial, finalizando o rali numa honrosa 13º posição.

Porém foi outro espanhol a garantir a taça. Carlos 'Matador' Sainz, aos 57 anos de idade, continua encantando com seu talento e velocidade nas dunas do Dakar.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Queda nas duas rodas

O mundo do esporte a motor no Brasil foi surpreendido com a notícia de que o SporTV ainda não havia renovado com a Dorna para transmitir o Mundial de Motovelocidade no Brasil. Mesmo com a saída da prestigiosa categoria ainda sendo colocada na condicional, o grupo Globo despediu o narrador Guto Nejaim e o comentarista Fausto Macieira, causando uma enorme comoção para quem assistiu nos últimos anos as emocionantes corridas da MotoGP, Moto2 e Moto3.

A surpresa é justamente na quase certeza do retorno que a categoria dá ao SporTV. Apesar de Marc Márquez ter acabado com a competitividade dos últimos campeonatos e não termos brasileiros competindo, as corridas da MotoGP são normalmente boas e as categorias menores entregam corridas eletrizantes, por causa da juventude dos pilotos querendo subir à MotoGP. Com a principal categoria vivendo um ótimo momento, com dois gênios (Rossi e Márquez) coabitando dentro das pistas, o público se tornou fiel para ver as corridas de moto.

Há a torcida para que o SporTV consiga reverter e continue transmitindo o Mundial de Motovelocidade, nem que seja apenas a MotoGP, ou até mesmo que outra emissora transmita as corridas. Contudo, a saída de Fausto Macieira mudará dramaticamente a forma como vemos as corridas de moto. Desde 1996 transmitindo corridas de moto pelo SporTV, Fausto se tornou a cara do Mundial de Motovelocidade no Brasil e mesmo tendo um estilo completamente diferente, dá para afirmar que Fausto Maceira está para a MotoGP como Reginaldo Leme representou para o Brasil a F1. 

A MotoGP sofreu uma bela queda aqui no Brasil, mas a esperança é que ela suba na moto rapidamente e que nós continuemos vendo suas belas corridas na TV.  

domingo, 12 de janeiro de 2020

Que pena...

O Rali Dakar saiu da América do Sul e foi para uma paisagem mais, digamos, compatível com o DNA das origens do rali, indo para o deserto da Arábia Saudita. Infelizmente o Dakar continuou também com sua sina de ser conhecido como o 'Rali da morte'. Nessa manhã o português Paulo Gonçalves, piloto de ponta das motos, com um título mundial e um vice-campeonato do Dakar, faleceu hoje ao cair de sua moto. Gonçalves não vinha fazendo um bom rali após trocar a competitiva Honda pela indiana Hero na sua 13º tentativa de vencer o mítico rali. Aos 40 anos de idade, Gonçalves se tornou mais uma estrela no céu...