segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

VJM11

A Force India representa o sucesso mais inesperado da F1 atual. A equipe hindu necessita de patrocínios para sobreviver e ano passado pintou o carro de rosa por causa de um contrato milionário. Sergio Pérez está na equipe pelo dinheiro de Carlos Slim e Esteban Ocon foi contratado para a Force India conseguir um desconto nos motores Mercedes. Vijay Mallya não pode sair da Inglaterra com medo de ser preso, já que ele foi condenado em seu país por dívidas milionárias. Tudo isso poderia levar um time à bancarrota, mas a Force India conseguiu pela segunda vez consecutiva o título de melhor do resto, sendo que em 2017 conquistou o quarto lugar no Mundial de Construtores com folga.

E é tentando reverter a lógica que a Force India parte para 2018. Com McLaren e Renault mais fortes em comparação aos outros anos, a Force India tentará manter sua posição nessa temporada usando a mesma fórmula do ano passado. Tendo o melhor motor da F1 (Mercedes), a Force India sempre constrói um chassi simples e sem maiores invencionices. Seus dois pilotos foram contratados tendo muitos interesses por trás, mas estão longe de serem meros pay-drivers. Sergio Pérez já é um piloto experiente e faminto para conseguir se firmar na F1. Protegido da Mercedes, Ocon mostrou muito talento, o mesmo que o fez derrotar Max Verstappen nos tempos da F3. Com dois pilotos tão fortes e motivados, a Force India teve problemas em segurar o ímpeto de sua dupla ano passado e toques aconteceram em mais de uma oportunidade. Isso também pode ser bom, pois eleva o nível da equipe, ao menos que isso custe pontos à Force India.

Ainda em volta com problemas financeiros, que provavelmente mudará o nome do time antes do início da temporada, a Force India vem ainda mais forte para 2018, mesmo que tendo uma concorrência muito forte pela frente. Por isso, precisará dos potentes motores Mercedes e dos seus dois ótimos pilotos para manter o ritmo de 2017.

STR13

Mesmo sendo uma filial, a Toro Rosso experimentará uma situação inédita em sua já longa jornada na F1. Será uma equipe de fábrica. Na verdade, a Toro Rosso será uma espécie de cobaia para a matriz Red Bull saber se a Honda estará preparada para equipar os austríacos em 2019, quando a combalida parceria entre Red Bull e Renault terminar.

A Toro Rosso ainda manterá a fama de celeiro de pilotos para a Red Bull, entregando aos quase novatos Pierre Gasly e Brendon Hartley a missão de desenvolver um motor que fracassou por três anos consecutivos nas mãos da poderosa McLaren. Se Gasly ainda é bastante jovem, Hartley é bicampeão no WEC e tem experiência com motores híbridos nos seus tempos de Porsche, no que pode ajudar na parceria com a Honda. Contudo, todas as atenções estarão no desempenho da Honda. Livre da pressão da McLaren os japoneses terão pelo menos mais sossego para apagar o vexame que foi até sua passagem na F1.

Se correr na Toro Rosso normalmente já é certeza de muita pressão para os pilotos, por causa da forma como a Red Bull espera resultados dos seus investimentos, desta vez quem estará mais pressionado será a Honda, que tenta se reerguer após o retumbante fracasso ao lado da McLaren.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

MCL33

Continuando a maratona de apresentações, a equipe que todos esperavam ver dentro e fora das pistas deu as caras. A McLaren mostrou seu novo carro apresentando o mesmo laranja com que Bruce McLaren começou na F1 cinquenta anos atrás. Dentro das pistas, fica a expectativa de ver como a nova parceria com a Renault mudará aonde estará a McLaren no grid em 2018.

Foram três anos sofridos ao lado da Honda, onde a McLaren desceu de patamar de forma humilhante. Pontos eram comemorados, enquanto terminar uma corrida já era motivo de alívio. Tendo um piloto de gênio difícil como Alonso as coisas só pioravam e a McLaren teve se sujeitar a voltar a ser equipe cliente, saindo da Honda e correndo para os motores Renault, montadora que mais deu alegrias para Alonso. Por sinal, tudo foi feito para agradar Alonso. Mesmo pagando um fortuna por seu salário e sem ter nenhum patrocínio, a McLaren fez de tudo para manter o genial (e genioso) espanhol em sua equipe. Deixou ele correr em Indianápolis e Daytona, além de ver Alonso correr pela Toyota no WEC. Alonso ficou um pouco feliz, mas no fundo o espanhol sabe que o sonho do tricampeonato fica cada dia mais longe, fazendo-o uma espécie de Carlos Reutemann com títulos.

Falava-se que o chassi da McLaren era muito bom e que a Honda puxava os ingleses para trás, no entanto, o motor Renault está longe de agradar aos seus clientes, como a Red Bull. Além do fato da montadora francesa estar presente com uma equipe própria e talvez a Renault não se sinta muito encorajada a perder para as suas clientes num futuro à médio prazo. Enquanto isso, Alonso tentará levar à McLaren o mais alto possível, circundado pelo promissor e talentoso Stoffel Vandoorne, que teve o azar de estrear na McLaren justo no momento mais delicado da equipe.

Sem o problemático motor Honda, a McLaren não terá desculpas para voltar a ser grande, mesmo que isso signifique uma briga com a Red Bull como terceira força da F1. Com o mesmo motor Renault dos austríacos, é o mínimo que se pode esperar de uma gigante como a McLaren.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

W09

E a nova flecha de prata está entre nós. A Mercedes mostrou seu nono modelo desde que retornou oficialmente à F1 com uma equipe própria, além de ser o quinto carro da Era Híbrida. Época essa amplamente dominada pela Mercedes, com exceção do ano passado. A Mercedes irá manter esse domínio?

Quando a Ferrari fraquejou no terço final do campeonato do ano passado, a Mercedes mostrou uma superioridade que nos faz pensar se os alemães estivessem tudo sob controle, apenas esperando a hora certa para dar o bote com um pacote muito superior à Ferrari. O certo é que a Mercedes entra 2018 como a equipe a ser batida novamente e desde 2014 ninguém consegue derrubar os alemães. Grande fator de diferença na F1, a Mercedes construiu um novo motor que faz todos perguntarem (e temerem) se os alemães darão outro estilingada na frente dos rivais. O comentário era que a Mercedes não forçava o desenvolvimento dos motores, pois tinha ainda um ampla vantagem sobre os demais, mesmo tendo ainda um bom campo à explorar.

Hamilton começa a temporada olhando mais para os números que pode conquistar. O inglês já é um dos grandes da história da F1 e isso o faz ficar ainda mais relaxado na tentativa de chegar ao pentacampeonato. Bottas fez um bom campeonato ano passado vide as circunstâncias, por isso, ele terá que mostrar ainda mais serviço se quiser ficar em 2019, ainda mais com tanta gente (Ocon, Ricciardo, Russell...) de olho em sua vaga.

Com o melhor piloto e o melhor carro, nada parece deter a Mercedes. Toto Wolff luta exatamente para manter sua equipe motivada após tantos anos dominando a F1. Se não deitar nos louros da vitória, a Mercedes pode fazer como Hamilton: escrever a história da F1.

SF71H

A Ferrari mostrou as suas armas na tentativa de finalmente desbancar a Mercedes, algo que ficou perto em 2017, mas perdeu o fôlego no final. Como principal característica à chamar atenção, é que o carro está bem mais vermelho do que nos últimos tempos, principalmente por causa do novo lay-out da Marlboro.

Apesar de extremamente vitoriosa e tendo dois campeões mundias como pilotos, a Ferrari tem na sua atual cúpula um grupo de pessoas um tanto quanto inexperientes no que tange brigar pelo título na F1. O tempo passa tão rápido, que nem percebemos que o último de pilotos da Ferrari já completou dez anos na temporada passada. Arrivabene construiu uma boa equipe que finalmente peitou a Mercedes, mas falhou no momento decisivo no ano passado. Usando um adjetivo bem futebolístico, o atual grupo da Ferrari criou 'casca' e deverá vir mais forte em 2018.

Vettel foi derrotado num luta titânica contra Hamilton, o outro grande expoente dessa geração, e deverá vir com fome de título em sua busca pelo pentacampeonato, além de superar o inglês nesse quesito no ranking dos grandes da F1. O alemão mostrou seus pontos fortes e fracos em 2017, tendo que desenvolve-los se quiser ter outra luta com Hamilton. Último ferrarista campeão e já próximos dos 40 anos, Kimi Raikkonen parte em busca de uma última vitória, pois dentro da política da Ferrari, é muito claro que Vettel é hoje o primeiro piloto. Enquanto isso, Kimi diverte os fãs com suas patadas e seu jeito raiz de ser.

A esperança é que a Ferrari repita 2017 e faça frente à Mercedes nessa temporada, independente que seja campeã ou não. Uma nova luta Mercedes x Ferrari, Hamilton x Vettel já pode fazer a temporada 2018 tão boa quanto ano passado.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

R.S.18

A Renault vive um verdadeiro dilema em 2018. Mesmo tendo o status de equipe de fábrica e sendo uma tradicional montadora dentro da história da F1, a Renault corre o sério risco de se ver derrotada pelas suas duas clientes. Ainda estruturando uma equipe que quase faliu dois anos atrás, a Renault corre contra o tempo para fazer frente à Red Bull e McLaren, mas sabe que dificilmente terá condições de superar suas clientes esse ano.

O novo carro da Renault ficou mais elegante com suas linhas mais negras, mas a maior novidade mesmo está na reformulação interna promovida pela equipe, além do time contar agora com uma dupla de piloto de verdade. Se ano passado Nico Hulkenberg levava o time nas costas, enquanto Jolyon Palmer fazia seu papel de piloto medíocre, agora com Carlos Sainz o time poderá pontuar com mais frequência, além de poder fazer Hulkenberg suar pelo o seu salário para poder superar o espanhol. Sainz saiu de sua zona de conforto dentro da Toro Rosso para tentar atrair a atenção da Red Bull e contrata-lo quando chegar a hora, mas se os préstimos de Sainz ainda não forem o suficiente, ele ainda poderá ficar numa equipe de fábrica e com potencial enorme de crescimento. Hulkenberg, ainda uma eterna promessa, tenta pegar o bonde da história liderando a subida da Renault como time grande e mostrar tudo do que dele se espera.

A Renault já prepara o campo para se tornar protagonista. O contrato com a Red Bull, com quem tem um relacionamento turbulento, terminará em definitivo no final dessa temporada, enquanto o acordo com a McLaren poderá deixar a poderosa equipe inglesa na incômoda situação de equipe cliente de um time grande, algo que a McLaren passou em 2012 com a ascensão da Mercedes como equipe. Se estruturando aos poucos, mas sempre evoluindo, a Renault pede passagem para voltar a ser grande, mesmo que não seja ainda em 2018. 

C37

A associação entre Sauber e Ferrari já pode ser considerada antiga e tradicional dentro da F1, contando mais de vinte anos de estrada, isso, sem contar os tempos em que os suíços foram comprados pela BMW no final da década passada. Sempre querendo aliados políticos nas votações para decidir os rumos da F1, a Ferrari ter uma equipe no bolso é uma grande ajuda. Além da estreita parceria com a Haas, a Ferrari alongou seu relacionamento com a Sauber, tornando a antiga equipe de Peter Sauber numa espécie de time B, além de ter trazido o nome da Alfa Romeo de volta à F1.

A pintura da Sauber/Alfa Romeo já era conhecida, mas o carro novo foi apresentado hoje. A Sauber passou por momentos turbulentos e quase fechou as portas, muito por causa da desastrada gestão de Monisha Katelborn. Com a ajuda de investidores suecos e da Ferrari, a Sauber ressurgiu na tentativa de sair das últimas posições e voltar a frequentar o pelotão intermediário, seu tradicional habitat em exatos 25 anos de F1. Provando os dois pilares que mantém a equipe, estão os dois pilotos da Sauber em 2018. A Ferrari impôs à equipe o jovem e promissor Charles Leclerc, piloto júnior da escuderia italiana. Atual campeão da F2 com sobras, Leclerc chega à F1 com pinta de futura estrela e todos esperam muito do que o monegasco possa fazer na F1. Do outro lado, os investidores suecos impuseram o horrível Marcus Ericsson em mais uma temporada, no lugar do ótimo Pascal Wehrlein, dono de todos os pontos da Sauber em 2017. Em sua quarta temporada na Sauber e na F1, todos sabem da (não) capacidade de Ericsson, mas seus patrocinadores ainda acreditam nele.

A Sauber tentará sair do buraco em que se meteu nos últimos anos com a preciosa ajuda da Ferrari, que se não colocará seu nome na equipe, costurou um belo Alfa Romeo na lateral do carro suíço.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

RB14

Normalmente a Red Bull deixa para os últimos dias para mostrar seu novo carro, mas em 2018 a equipe austríaca foi diferente. Tentando voltar aos dias de glória e acabar com o chorôrô dos seus dirigentes, a Red Bull foi a terceira equipe a mostrar suas armas para essa temporada, mesmo que com uma pintura alternativa.

A Red Bull não sofre com problemas financeiros, mas está num momento decisivo de sua existência. Após quatro temporadas impecáveis, a Red Bull viu uma mudança de regulamento onde a principal arma dos seus adversários era a única coisa que os austríacos não dominavam: o motor. Quando o regulamento de motores estava estável, a Renault serviu muito bem à Red Bull, porém a Mercedes tem hoje o melhor motor híbrido da F1, com a Ferrari logo atrás. A Renault ficou para trás nessa corrida e quem mais sofre é a Red Bull, que se viu sem armas para poder enfrentar Mercedes e Ferrari, mesmo tendo os meios para encarar essas gigantes. As cutucadas entre Red Bull e Renault são tão aparentes que é nítido que ambas apenas se suportam, porém, 2018 será o último ano dessa parceria tão vitoriosa quanto turbulenta, principalmente por causa dos dirigentes da Red Bull. No entanto, restam poucas opções para a Red Bull. Com Mercedes e Ferrari não querendo armar uma rival em potencial e brigada com a Renault, a Red Bull torce para que a Honda consiga uma evolução monstruosa após três anos com fracassos espetaculares. Ou então rezar para que a VW finalmente entre na F1...

Enquanto espera para ver o que será do seu futuro, a Red Bull entra em 2018 com pinta de terceira força da F1, mesmo com uma dupla de pilotos fortíssima. Cada vez mais maduro e experiente, a curva de crescimento de Max Verstappen é ainda ingrime e ainda estamos por ver o melhor do holandês. No outro lado do box, Daniel Ricciardo já percebeu que Max deverá ocupar o cargo de estrela da equipe num futuro próximo e o australiano terá um ano em que, ou conquista logo seus objetivos, ou mudará para uma outra equipe, ainda mais que é seu último ano de contrato.

Com forte investimento e dois pilotos excelentes e motivados, a Red Bull já superou suas concorrentes outras vezes e poderá fazê-lo novamente, resta saber como será a convivência nada pacífica com a Renault.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

0.000

No automobilismo, o tempo é contado de uma forma bem diferente do normal. Se para nós segundos algumas vezes passam desapercebidos, nas corridas um ou dois segundos chega a ser uma eternidade para os envolvidos, principalmente em categorias como a Nascar. Por isso que ao longo dos tempos aparecem cada vez mais casas decimais para decidir quem é o mais rápido ou simplesmente o vencedor. Nesse sábado, na primeira etapa da Xfinity Series em Daytona, a terceira casa decimal, há tanto tempo decidindo provas não foi suficiente para definir a vitória de Tyler Reddick. Depois de um final interminável com cinco prorrogações (uma anomalia da Nascar moderna...), Reddick bateu o veterano Elliot Sadler por um spoiler de diferença. No cronômetro, a diferença foi de 0.000s! Isso mesmo, deu empate! Apenas no photo-finish se definiu a vitória de Reddick. 

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

FW41

Quando a temporada da F1 se aproxima do seu início, todas as equipes ficam otimistas para o ano vindouro, sempre esperando o melhor e que o desempenho do ano anterior seja superior. Para 2018, porém, a Williams talvez seja a única com o pensamento contrário. E por culpa da própria Williams.

Ao perder dois patrocinadores, a Williams precisou amealhar mais dinheiro e não satisfeita em ter Lance 'Riquinho' Stroll ao volante, contratou outro piloto-pagante, o russo Sergey Sirotkin. Os dois contestados pilotos terão a missão de manter a Williams no top-5 do Mundial de Construtores, um objetivo bem menor do que no ano passado, quando a tradicional equipe inglesa falava em pódios e até mesmo vitória. Mesmo o sarrafo tendo baixado, o objetivo da Williams parece ainda mais difícil de se obter em 2018. Quando a Mercedes tinha um motor bem superior à concorrência, a Williams ainda se sustentava no pelotão da frente, mas com a aproximação dos motores Ferrari e Renault, a Williams perdeu seu principal diferencial e hoje nem consegue superar a outra cliente da Mercedes, a Force India.

Para complicar, terá em seu plantel dois pilotos jovens de potencial para lá de duvidoso. Stroll venceu vários títulos nas categorias de base, mas está claro que o canadense chegou cedo demais na F1. Em sua estreia na F1 a inconsistência corrida a corrida de Lance assombrava, além do canadense nunca conseguir extrair todo o potencial do seu carro em volta de classificação. Stroll está com o cargo à perigo? Não com o papai pagando a brincadeira. E foi pagando muito dinheiro que Sergey Sirotkin ascendeu à F1, após uma tentativa frustrada na Sauber anos atrás. O russo esteve longe de brilhar nas categorias de base e pouco ou nada se espera dele.

O novo carro da Williams ficou bonito (apesar do Halo...) e pode até ser superior ao do ano passado. O problema é fazer Stroll e Sirotkin aproveitarem essa superioridade.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

VF-18

A Haas tinha sido a única equipe a não divulgar quando apresentaria seu carro para a F1-2018. Os americanos, no entanto, foram mais rápidos e antes de divulgar alguma data, divulgaram logo o novo carro para esse ano. Foi uma bela surpresa, além de inaugurar a temporada de apresentações para a temporada 2018 da F1. A novata Haas entrou muito mais preparada do que suas antecessoras (Lotus, Hispania e Virgin) na F1 e os americanos estão longe de fecharem o grid, mas ainda falta o passo adiante para que a Haas se consolide como uma equipe média. Isso pode afetar a paciência do dono da equipe Gene Haas. Quando ingressou na Nascar ao lado de Tony Stewart, rapidamente a equipe Haas foi campeã com Stewart, tornando-se uma equipe de ponta na stock americana. Na F1, a Haas ainda comemora pontos... Os dois pilotos da equipe vivem também momentos decisivos em suas carreiras. Grosjean já vai para a sua oitava temporada completa na F1 e sua busca por uma equipe grande vai ficando cada vez mais difícil, enquanto Kevin Magnussen terá que desfazer a fama de piloto desleal dentro da pista. O chefe de equipe Günter Steiner entrou numa polêmica nessas férias ao dizer que nenhum piloto americano está no nível da F1. Apesar de muita gente, principalmente da Indy, espernear o chefe da Haas não está totalmente errado, mas para garantir ter os americanos ao seu lado, a Haas não precisa desse tipo de polêmica, além de finalmente dar um passo à frente, mesmo tendo a mesma base de 2017 (leia-se a parceria com a Ferrari). Para o sonho de Gene Haas na F1 ter continuidade, esse passo à frente tem que ser dado logo, se possível em 2018.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Indy 1 x 0

Esse ano a F1 estreará o polêmico Halo em seus carros, que visa aumentar a segurança dos pilotos, com mais ênfase em objetos que possam atingir a cabeça do piloto, causa de boa parte dos acidentes graves nos últimos tempos nos monopostos. Após longos estudos, a polêmica foi criada por que o Halo não agrada visualmente, além de deixar brechas para que o piloto possa ser atingido por algo e piorar a visão de quem está atrás do volante a mais de 300 km/h. A última morte da Indy (Justin Wilson) aconteceu justamente por que uma peça atingiu a cabeça do inglês e a categoria também pensou em algo para minimizar esse tipo de acidente. Os americanos estudaram e usaram uma das alternativas que a FIA deixou de lado: um defletor transparente. Nessa semana Scott Dixon testou o aparato no novo carro da Indy e aparentemente protege melhor a cabeça do piloto, a visão do piloto não é afetada, além de ser bem mais agradável aos olhos do que o Halo. Se tudo der certo e a Indy escolher essa alternativa, ponto para os americanos.


sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Chatice atual

Não, não houve nenhuma corrida ruim para ficarmos lembrando dos 'bons tempos' que muitas vezes nem eram tão bons assim. A chatice atual tem uma conotação ainda mais ampla do que uma categoria ou esporte. O mundo está ficando cada vez mais chato. E ninguém parece ter força para mudar isso.

Essa semana a Liberty tomou sua atitude mais impopular dos últimos tempos ao acabar com as famosas gridgirls das corridas de F1. "O que há de mal uma mulher bonita ficar ao lado de um piloto antes da largada?" perguntou Bernie Ecclestone e vários fãs ao redor do mundo. Simplesmente não há mal nenhum, mas olhando o mundo atual, fica claro os motivos da Liberty fazer isso.

Todos tem que ser politicamente corretos, até mesmo instituições como a FIA ou a F1. Não se pode fazer mais nada, antes que alguém se sinta ofendido. Assistindo os velhos 'Trapalhões', que foi produzido na mesma época em que surgiram as gridgirls, via-se brincadeiras de todos os tipos. E todos achavam engraçado. Didi chamando Mussum de 'Grande pássaro'? Hoje é racismo. Didi insinuando que o Dede era gay? Hoje é homofobia. Os quatro trapalhões dando em cima de mulheres bonitas? Hoje seria machismo.  Lógico que não se pode ofender ou diminuir ninguém. Isso é desrespeito, além de falta de educação, mas hoje nada pode-se fazer sem que alguém se ofenda, se sinta atingido. Sou nordestino com muito orgulho e não me sentia quando o Mussum chamava o Didi de 'Paraíba'.

Os tempos dos 'Trapalhões' e das girdgirls eram mais leves e com uma fiscalização menos ostensiva. Se podia brincar e ninguém ficar de mimimi. Eram tempos de carros velozes e barulhentos. Dizem que o futuro é a F-E (que abdicou faz tempo das gridgirls e elogiou a F1 como se estivesse na vanguarda do não sei o que). Na F-E os carros são lentos, feios, as pistas são ruins e não há mulheres bonitas ao lado dos carros. Isso representa o politicamente correto na essência, pois os carros não emitem poluentes, mesmo que não haja emoção.

O mundo está ficando cada vez mais chato...