segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

RB14

Normalmente a Red Bull deixa para os últimos dias para mostrar seu novo carro, mas em 2018 a equipe austríaca foi diferente. Tentando voltar aos dias de glória e acabar com o chorôrô dos seus dirigentes, a Red Bull foi a terceira equipe a mostrar suas armas para essa temporada, mesmo que com uma pintura alternativa.

A Red Bull não sofre com problemas financeiros, mas está num momento decisivo de sua existência. Após quatro temporadas impecáveis, a Red Bull viu uma mudança de regulamento onde a principal arma dos seus adversários era a única coisa que os austríacos não dominavam: o motor. Quando o regulamento de motores estava estável, a Renault serviu muito bem à Red Bull, porém a Mercedes tem hoje o melhor motor híbrido da F1, com a Ferrari logo atrás. A Renault ficou para trás nessa corrida e quem mais sofre é a Red Bull, que se viu sem armas para poder enfrentar Mercedes e Ferrari, mesmo tendo os meios para encarar essas gigantes. As cutucadas entre Red Bull e Renault são tão aparentes que é nítido que ambas apenas se suportam, porém, 2018 será o último ano dessa parceria tão vitoriosa quanto turbulenta, principalmente por causa dos dirigentes da Red Bull. No entanto, restam poucas opções para a Red Bull. Com Mercedes e Ferrari não querendo armar uma rival em potencial e brigada com a Renault, a Red Bull torce para que a Honda consiga uma evolução monstruosa após três anos com fracassos espetaculares. Ou então rezar para que a VW finalmente entre na F1...

Enquanto espera para ver o que será do seu futuro, a Red Bull entra em 2018 com pinta de terceira força da F1, mesmo com uma dupla de pilotos fortíssima. Cada vez mais maduro e experiente, a curva de crescimento de Max Verstappen é ainda ingrime e ainda estamos por ver o melhor do holandês. No outro lado do box, Daniel Ricciardo já percebeu que Max deverá ocupar o cargo de estrela da equipe num futuro próximo e o australiano terá um ano em que, ou conquista logo seus objetivos, ou mudará para uma outra equipe, ainda mais que é seu último ano de contrato.

Com forte investimento e dois pilotos excelentes e motivados, a Red Bull já superou suas concorrentes outras vezes e poderá fazê-lo novamente, resta saber como será a convivência nada pacífica com a Renault.

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