terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

R.S.18

A Renault vive um verdadeiro dilema em 2018. Mesmo tendo o status de equipe de fábrica e sendo uma tradicional montadora dentro da história da F1, a Renault corre o sério risco de se ver derrotada pelas suas duas clientes. Ainda estruturando uma equipe que quase faliu dois anos atrás, a Renault corre contra o tempo para fazer frente à Red Bull e McLaren, mas sabe que dificilmente terá condições de superar suas clientes esse ano.

O novo carro da Renault ficou mais elegante com suas linhas mais negras, mas a maior novidade mesmo está na reformulação interna promovida pela equipe, além do time contar agora com uma dupla de piloto de verdade. Se ano passado Nico Hulkenberg levava o time nas costas, enquanto Jolyon Palmer fazia seu papel de piloto medíocre, agora com Carlos Sainz o time poderá pontuar com mais frequência, além de poder fazer Hulkenberg suar pelo o seu salário para poder superar o espanhol. Sainz saiu de sua zona de conforto dentro da Toro Rosso para tentar atrair a atenção da Red Bull e contrata-lo quando chegar a hora, mas se os préstimos de Sainz ainda não forem o suficiente, ele ainda poderá ficar numa equipe de fábrica e com potencial enorme de crescimento. Hulkenberg, ainda uma eterna promessa, tenta pegar o bonde da história liderando a subida da Renault como time grande e mostrar tudo do que dele se espera.

A Renault já prepara o campo para se tornar protagonista. O contrato com a Red Bull, com quem tem um relacionamento turbulento, terminará em definitivo no final dessa temporada, enquanto o acordo com a McLaren poderá deixar a poderosa equipe inglesa na incômoda situação de equipe cliente de um time grande, algo que a McLaren passou em 2012 com a ascensão da Mercedes como equipe. Se estruturando aos poucos, mas sempre evoluindo, a Renault pede passagem para voltar a ser grande, mesmo que não seja ainda em 2018. 

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