sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Chatice atual

Não, não houve nenhuma corrida ruim para ficarmos lembrando dos 'bons tempos' que muitas vezes nem eram tão bons assim. A chatice atual tem uma conotação ainda mais ampla do que uma categoria ou esporte. O mundo está ficando cada vez mais chato. E ninguém parece ter força para mudar isso.

Essa semana a Liberty tomou sua atitude mais impopular dos últimos tempos ao acabar com as famosas gridgirls das corridas de F1. "O que há de mal uma mulher bonita ficar ao lado de um piloto antes da largada?" perguntou Bernie Ecclestone e vários fãs ao redor do mundo. Simplesmente não há mal nenhum, mas olhando o mundo atual, fica claro os motivos da Liberty fazer isso.

Todos tem que ser politicamente corretos, até mesmo instituições como a FIA ou a F1. Não se pode fazer mais nada, antes que alguém se sinta ofendido. Assistindo os velhos 'Trapalhões', que foi produzido na mesma época em que surgiram as gridgirls, via-se brincadeiras de todos os tipos. E todos achavam engraçado. Didi chamando Mussum de 'Grande pássaro'? Hoje é racismo. Didi insinuando que o Dede era gay? Hoje é homofobia. Os quatro trapalhões dando em cima de mulheres bonitas? Hoje seria machismo.  Lógico que não se pode ofender ou diminuir ninguém. Isso é desrespeito, além de falta de educação, mas hoje nada pode-se fazer sem que alguém se ofenda, se sinta atingido. Sou nordestino com muito orgulho e não me sentia quando o Mussum chamava o Didi de 'Paraíba'.

Os tempos dos 'Trapalhões' e das girdgirls eram mais leves e com uma fiscalização menos ostensiva. Se podia brincar e ninguém ficar de mimimi. Eram tempos de carros velozes e barulhentos. Dizem que o futuro é a F-E (que abdicou faz tempo das gridgirls e elogiou a F1 como se estivesse na vanguarda do não sei o que). Na F-E os carros são lentos, feios, as pistas são ruins e não há mulheres bonitas ao lado dos carros. Isso representa o politicamente correto na essência, pois os carros não emitem poluentes, mesmo que não haja emoção.

O mundo está ficando cada vez mais chato...

2 comentários:

  1. Bem...
    Em primeiro lugar, não foram as feministas, os SJW, ou seja-lá-quem for que acabou com as Grid Girls, e sim a própria empresa que tomou essa decisão. E nem tinha muita pressão pra isso, confesso que até fiquei surpreso com essa notícia, foi bem "de repente" mesmo.
    Além disso, mesmo em uma perspectiva não-problematizada, confesso que não vejo muita utilidade nessa profissão, eu olho e penso "pra quê isso?" (Além de dar uma leve impressão de amadorismo)
    "Ah, mas se seguir essa linha de pensamento, então o próprio esporte devia acabar" Nem é pra tanto, Fórmula 1 pode ser bacana de assistir (se a corrida for boa, claro) além de espairecer um pouco da rotina, mas as Grid Girls... bem, elas apenas "existem", confesso que não vejo o porquê da existência desse tipo de profissão.
    Por último, gostaria de comentar esse trecho: "Na F-E os carros são lentos, feios, as pistas são ruins e não há mulheres bonitas ao lado dos carros. Isso representa o politicamente correto na essência, pois os carros não emitem poluentes, mesmo que não haja emoção" Olha, sem essa categoria não tem emoção e mais essa cambada de problemas que tu citou, isso não é problema do politicamente correto, isso é problema dos envolvidos nessa categoria, isso sim! Acho que você foi um pouco infeliz nesse trecho específico.
    No mais, vida que segue.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Opa Bruno.
      Respeito sua opinião e mantenho todas as palavras que deixei sobre a F-E. Se o mundo (em geral) está chato, a F-E é a representante-mor dessa situação no automobilismo.
      Obrigado pelo comentário!

      Excluir