terça-feira, 7 de outubro de 2025

Figura(SIN): McLaren

 O momento do time não é dos melhores na temporada 2025, principalmente na delicada gestão de pilotos, mas não se pode negar todo o mérito da McLaren nesse título de Construtores, o décimo na longa história da equipe britânica, se isolando como a segunda equipe com mais títulos na história da F1. Vindo de uma situação de sobrevivência, correndo entre os últimos após a fracassada parceria com a Honda, a McLaren sofreu uma enorme reformulação com a chegada de Zak Brown, que trouxe as peças certas dentro da equipe e a evolução veio, com seus jovens pilotos Lando Norris e Oscar Piastri começando a escalar o pelotão até chegar na briga por vitórias. O primeiro título em mais de vinte anos veio ainda no ano passado e 2025 a McLaren veio ainda mais forte, com Lando e Oscar completando várias dobradinhas. O bicampeonato veio com seis corridas de antecedência e com a McLaren tendo o dobro de pontos da vice colocada, a Mercedes, equipe que fornecer motores ao time, ou seja, a McLaren conseguiu o bicampeonato como equipe cliente e derrotando uma montadora do tamanho da Mercedes. As vitórias começaram a escapar e seus dois jovens pilotos parecem sentir o tamanho da responsabilidade de se tornar campeão mundial nesse momento do campeonato, restando à McLaren o primeiro título no Mundial de Pilotos desde 1999, no século passado. Aos trancos e barrancos, começando com o toque entre seus dois pilotos, McLaren vive novamente seus bons tempos. 

Figurão(SIN): Ferrari

 A chegada de Lewis Hamilton à equipe de Maranello criou altas expectativas para o 2025 da Ferrari, mas com o campeonato chegando ao último quarto do calendário, o time comandado por Fred Vasseur tem muito mais do que lamentar e isso acabou afetando a frágil mentalidade de Hamilton. Singapura viu o puro suco do que foi a temporada 2025 da Ferrari. O time até começou bem nos treinos livres, mas na medida em que as outras equipes top vão aumentando o ritmo, a Ferrari vai ficando para trás, deixando Hamilton e Leclerc frustrados e propensos a erros durante a classificação, deixando fora da briga pelas primeiras posições do grid. Fora das duas primeiras filas, a dupla da Ferrari executou uma corrida medíocre e seus dois pilotos ainda enfrentaram problemas nas voltas finais. Depois de segurar Antonelli por boa parte da prova, Leclerc ficou sem pneus e tomou uma bela ultrapassagem do jovem italiano. Hamilton tentou uma outra via e realizou um segundo pit-stop, se aproximando de forma decisiva de Antonelli e Leclerc, sendo o mais rápido do pelotão naquele momento. Quando Lewis se aproximava de ultrapassar Antonelli, o inglês se viu sem freios e ao invés de atacar, Hamilton precisou fazer das tripas coração para terminar a corrida, tomando até mesmo uma punição nesse meio tempo. No final do dia, a Ferrari esteve longe do pódio e Vasseur lamentava frente à frenética mídia italiana, ávida por explicações após mais um fracasso em 2025.

domingo, 5 de outubro de 2025

Metade da entrega

 


O circuito citadino de Marina Bay, em Singapura, tem como característica o forte calor que castiga bastante os pilotos e a entrada constante do Safety-Car, bagunçando corridas normalmente enfadonhas num traçado que permite raras ultrapassagens. Avisados pela FIA que o dia da corrida seria muito quente, os pilotos tinham até mesmo a opção de correr com coletes de resfriamento debaixo do macacão se assim quisessem e mesmo com uma chuva antes da largada, o forte calor deixou os pilotos extenuados no final da corrida. Porém, Singapura só fez metade da entrega em 2025. Pelo segundo ano consecutivo, Bernd Mayländer foi à Singapura apenas a passeio e o esperado Safety-Car não deu às caras em Marina Bay, fazendo da edição 2025 do Grande Prêmio de Singapura numa das corridas mais soníferas dos últimos tempos. George Russell, contudo, não teve do que reclamar. Largando da pole, o inglês da Mercedes dominou a prova singapurense e venceu pela segunda vez nessa temporada, seguido a uma distância segura de Verstappen e Norris, que superou Piastri à fórceps na primeira volta e pode ter jogado às Papayas Rules pela janela em dia de festa para a McLaren, que comemorou o décimo Mundial de Construtores em sua longa jornada na F1.


A chuva até apareceu em Singapura minutos antes da largada, mas o calor na cidade-estado é tamanho que a pista estava seca no momento da largada. Ainda sonhando com o pentacampeonato, Max Verstappen arriscou na escolha de pneus e optou pelo composto macio para ter uma melhor tração no apagar das cinco luzes vermelhas, enquanto praticamente todos os pilotos ao seu redor saíram com a borracha média, incluindo o pole Russell. Talvez pela chuva tenha limpado ainda mais a pista, o fato foi que Verstappen nem de longe usou o potencial dos pneus macios na largada, com Russell efetuando uma bela saída e se mantendo confortavelmente na ponta. Porém, o drama da corrida ocorria alguns metros atrás. Conhecido pelos vacilos em largadas, Lando Norris subverteu a ordem nesse domingo com uma baita largada, imediatamente ultrapassando Andrea Kimi Antonelli e mergulhando por dentro em cima de Oscar Piastri. Na apertada primeira chicane, a dupla da McLaren se apertou sem toques, mas na forte freada da curva 3, Norris foi agressivo, batendo na traseira de Verstappen e tocando rodas com Piastri, que com muito custo não se estatelou no muro. Piastri ainda manteve a quarta posição, mas o australiano não se furtou a reclamar do comportamento do companheiro de equipe via rádio. Papaya Rules? Aparentemente Lando Norris jogou pela janela, o que pode ser bem para o campeonato.


Vendo que sua tática inicial de atacar George Russell havia fracassado, restou à Max Verstappen tentar fazer com que seus pneus macios durassem o máximo possível e isso foi fundamental para o domínio de Russell. O inglês da Mercedes nem precisou forçar ao extremo para abrir uma distância decisiva em cima de Verstappen, chegando aos 10s na medida em que o primeiro pit-stop se aproximava. Russell parou bem depois de Max e mesmo retornado à pista apenas 5s na frente e Verstappen tendo conseguido abaixar esse déficit para menos de 3s algumas voltas depois, um erro do piloto da Red Bull ajudou ainda mais George a ficar ainda mais tranquilo na frente, se preocupando apenas em não cometer o mesmo erro que o fez bater no final da corrida em Marina Bay em 2023 quando estava em posição de pódio. Russell venceu de forma tranquila, sem maiores problemas, mas após a corrida o inglês sorria ao mesmo tempo em que coçava a cabeça por não saber ao certo como a Mercedes, conhecida por ter sérios problemas em pistas quentes como o de Marina Bay, ter performado tão bem nesse domingo. Vencer é bom, mas a Mercedes claramente não sabe muito bem porque triunfou. Kimi Antonelli largou mal, perdendo duas posições e se afastou decisivamente da luta pelo pódio. Empacado atrás da Ferrari de Leclerc, o jovem italiano demorou dois terços de corrida para ultrapassar o monegasco e garantir pelo menos um quinto lugar, deixando a Mercedes mais destacadamente na segunda posição do Mundial de Construtores.


Se George Russell poderia até mesmo ligar o som do seu Mercedes e curtir uma música enquanto passeava na quente corrida em Marina Bay, Verstappen teve mais trabalho. Parando mais cedo, Max teria que administrar seus pneus até o fim da corrida e via rádio o neerlandês reclamava sistematicamente do equilíbrio do seu Red Bull. O erro quando se aproximava de Russell deixou os retrovisores de Max com o McLaren de Norris ainda maior, mas o inglês da McLaren apenas perseguiu o rival. Mesmo com uma avaria na asa dianteira pelo toque com o próprio Max Verstappen na primeira volta, em nenhum momento Lando Norris parecia sequer próximo de uma ultrapassagem sobre o piloto da Red Bull. Afora uma colocada de lado ao final da reta oposta, Norris nada fez para tomar o segundo lugar de Max Verstappen. Essa falta de decisão de Lando só aumenta a sensação de que lhe falta o 'eye of tiger' que tanto caracteriza os campeões de F1, mesmo Norris tirando três pontos de vantagem sobre Piastri, que fez uma corrida opaca, que ainda foi atrapalhada por outro pit-stop ruim da McLaren, algo que vem se tornando bastante comum para o time de Andrea Stella e seus papaia caps. Por mais que Piastri tenha se aproximado bastante na disputa pelo segundo lugar, já faz um bom tempo que Oscar não tem uma boa corrida para chamar de sua e Norris já começa a ficar grande em seu retrovisor no Mundial de Pilotos. Para a McLaren, essa parada já foi decidida. Com seis corridas de antecedência, o time comandado por Zak Brown conquistou o Mundial de Construtores, mostrando a enorme vantagem que a McLaren tem sobre as rivais em boa parte do campeonato, além da pouca diferença entre seus dois pilotos. Enquanto Max Verstappen subiu ao pódio em segundo lugar, Yuki Tsunoda terminou dez posições e uma volta atrás do companheiro de equipe. Uma diferença grande demais, que faz toda a diferença no Mundial de Construtores.


A Ferrari teve mais um dia para esquecer, onde mal apareceu na transmissão em outra corrida discreta dos seus pilotos. Leclerc ainda largou bem e ficou bastante tempo na frente de Antonelli, num bom dia da Mercedes, mas com todo o pelotão optando pela estratégia de uma parada, Charles ficou sem pneus nas últimas voltas e foi ultrapassado por Antonelli e por Hamilton, que vendo o sétimo colocado muito longe, escolheu colocar pneus macios numa segunda parada e ser o mais rápido da pista nas voltas finais. Lewis engoliu a diferença que tinha para Kimi e Charles, mas quando tentava ultrapassar Antonelli, sua Ferrari o deixou na mão, sem freios. Hamilton fez de tudo para se receber a bandeirada, inclusive cortar curvas e isso não passou barato pelos comissários da FIA e, principalmente, por Fernando Alonso, que ficou possesso com a atitude de Hamilton na sua frente. Lewis acabou punido em 5s e perdeu a sétima posição para Alonso.


Por sinal, Alonso foi escolhido o Piloto do dia provavelmente não pelo o que fez na pista, mas pelo o que disse no rádio. Após ameaçar desligar o rádio e se auto-intitular como herói do dia após ultrapassar Albon, Alonso foi o melhor do resto com direito a mais um pontinho no grito e superando um pit-stop horroroso da Aston Martin. Oliver Bearman foi outro destaque ao colocar sua Haas no Q3 e se manter entre os pontuáveis, mesmo que alguns pilotos estivessem esticando seus stints esperando o Safety-Car que não veio. O nono lugar fez valer a boa corrida de Bearman, enquanto Sainz manteve a boa fase fechando a zona de pontos. A Williams foi desclassificada no sábado por irregularidades no tamanho da abertura do DRS e seus dois pilotos largaram no final do grid. Sainz foi um dos que esticaram o primeiro stint ao máximo, foi o último a parar e ao colocar pneus macios, ultrapassou quem apareceu na sua frente, garantindo o décimo lugar nas voltas finais, ao ultrapassar Isack Hadjar, que sofria com problemas de motor desde o primeiro terço de prova. Alpine e Sauber brigaram entre si quem tinha o pior carro em Singapura e os pilotos do time francês ficaram uma posição à frente dos pilotos da equipe helvética. Bortoleto teve um toque na primeira curva e danificou a asa dianteira, fazendo com que o brasileiro tivesse que antecipar sua parada e ainda trocar a peça quebrada. Tendo que ficar muito tempo com os mesmo pneus, Gabriel foi alvo fácil dos pilotos que pararam mais tarde, terminando a noite em Singapura em 17º, colado o tempo inteiro em... Calapinto. O argentino começa a mostrar uma sobrevida dentro da Alpine, superando mais vezes Gasly, que segurou Hulkenberg na briga pela penúltima posição, após o alemão rodar e ter que fazer uma parada extra, num dia em que a normalmente acidentada corrida em Marina Bay não viu nenhum abandono.


Max Verstappen andou na frente da McLaren num circuito que não favorece o seu carro e onde o neerlandês nunca venceu. Mesmo com a vitória de George Russell, Max sai de Singapura um pouco mais fortalecido na luta pelo pentacampeonato. Ainda é uma luta inglória, mas Max vê bons sinais em seu horizonte. A McLaren pôde ter conquistado o Mundial de Construtores com ampla antecedência, mas no final do ano todos lembram mais do piloto campeão e os dois pilotos da McLaren ainda parecem imaturos e isso pode piorar com a aproximação de Max Verstappen. Mesmo com as notórias dificuldades de se ultrapassar em Marina Bay, Norris mais uma vez se mostrou inofensivo numa luta direta contra Verstappen, enquanto Piastri vem numa fase menos boa, onde não faz uma corrida de destaque já faz algum tempo. Sem contar que hoje os dois pilotos da McLaren se tocaram, podendo afetar a delicada harmonia dentro da equipe. Max Verstappen já fareja sangue papaia na água.

sábado, 4 de outubro de 2025

Vindo por fora


 No abafado circuito de rua de Singapura, a própria Mercedes revelara que não esperava muito desse final de semana, já que o carro é mais afável em climas mais amenos, mas como vem acontecendo várias vezes nesse ano, surpresas apareceram e George Russell surpreendeu ao ficar com a pole, superando o favoritismo de Max Verstappen, que teve sua volta atrapalhada por Lando Norris.

Vindo de duas vitórias em dois circuitos de baixo downforce por causa das longas retas, Max Verstappen iria comprovar sua ressurreição no campeonato em Singapura, pista onde Max ainda não venceu e a Red Bull normalmente não anda bem. Pois se depender do desempenho em Singapura os pilotos da McLaren podem colocar as barbas de molho. Max liderou o terceiro treino livre e se mostrou forte o tempo inteiro, demonstrando que os updates trazidos pela Red Bull em Monza funcionaram perfeitamente. A classificação começou com Bortoleto ficando de fora do Q2 e reclamando de uma bandeira amarela causada por Pierre Gasly, onde muitos pilotos não aliviaram o acelerador no local, como fizera Gabriel. Singapura viu um certo equilíbrio entre as quatro equipes grandes, com exceção de Tsunoda, que lutou para passar de fase e tomou sete décimos na moleira de Verstappen no final.

Verstappen parecia confortável na pista citadina, mas ao mesmo tempo a Mercedes mostrava força, com Russell e Antonelli se colocando sempre entre os primeiros. A primeira volta do Q3 de George foi incrível e o inglês praticamente a repetiu na segunda tentativa. A dupla da McLaren não estava tão forte, principalmente Lando, mas o que pode ter definido a classificação foi justamente um dos pilotos papaias, já que Norris teria atrapalhado Max na segunda volta do neerlandês, que desistiu de completar a volta e Russell marcou a segunda pole dele em 2025. Max completou a primeira fila cuspindo maribondo pela manobra de Lando: Eu lembrarei disso, ameaçou Max. Piastri superou seu companheiro de equipe e largará em terceiro, com Antonelli separando a dupla da McLaren. A corrida em Singapura dificilmente é limpa, com Safety-Car normalmente dando o ar da graça, além do clima extremo e os muros tornarem a corrida muito cansativa.   

domingo, 28 de setembro de 2025

Resiliência e glória

 


Ao ser atingido por sua Honda em Jerez após uma segunda queda, na primeira corrida da complicada temporada 2020, Marc Márquez não poderia imaginar pelo o que aconteceria a seguir. O braço direito quebrado fora operado no dia seguinte e Marc pensava em retornar para a corrida seguinte, dali a seis dias. Márquez foi visto até fazendo flexão no hospital na tentativa de voltar o mais rápido possível e Márquez chegou a subir em sua moto no final de semana seguinte, mas a dor era grande demais. Era apenas o início do suplício de Marc Márquez. Fisioterapia, dor, cirurgias, retornos, frustração, dúvidas. Tudo isso atormentava a cabeça de Marc Márquez.

Se Marc Márquez não era mais o mesmo, a sua Honda também. Moto complicada e sem o seu feeling para desenvolver tornou a Honda uma máquina improvável para retornar aos tempos vencedores. Marc escaneou o paddock e era óbvio que a Ducati tinha os meios para tirar a dúvida que martelava a cabeça do espanhol: ele ainda era capaz de ser campeão da MotoGP?

No que parecia uma loucura, Marc Márquez quebrou seu milionário contrato com a Honda e foi para a pequena equipe Gresini praticamente de graça, mas o time comandado pela viúva de Fausto Gresini tinha algo que era bastante precioso para Márquez: uma Ducati. Não era a Ducati de fábrica. Nem mesmo a do ano vigente. Mas era uma Ducati, a melhor moto do grid da MotoGP. Márquez poderia se medir com os pilotos que emergiram no vácuo de sua ausência. As vitórias chegaram e era evidente que Márquez poderia fazer algo especial com uma Ducati de fábrica. Num movimento polêmico, a Ducati de fábrica preteriu Jorge Martin, que seria campeão em 2024, pelo veterano Marc Márquez. Era uma aposta arriscada de Davide Tardozzi e Luigi Dall'Igna. Mas que se pagou plenamente!

Logo nos primeiros testes Marc Márquez mostrou sua magia e Pecco Bagnaia, piloto sempre ligado à Ducati, italiano e bicampeão da MotoGP pela montadora foi suplantado frente ao talento de Márquez. O começo da temporada indicava que algo incrível estava para acontecer. Marc Márquez deixava para trás o que acontecera entre 2020 e 2024. Ele retornava aos tempos dominantes com a Honda, quando as vitórias aconteciam naturalmente e os títulos eram mera formalidade. De forma surpreendente, o amado irmão Alex seria o maior 'rival' de Marc. Entre aspas, pois na temporada 2025 Marc Márquez não teve um rival. Foi um massacre. Os demais pilotos pareciam um ou mais degraus abaixo do espanhol de 33 anos. O título, como acontecia nos bons tempos da Honda, era mera formalidade. E o título veio nesse domingo em Motegi. Num raro bom momento de Bagnaia em 2025, o italiano varreu o final de semana. Correndo com o regulamento debaixo do braço e Alex num final de semana ruim, Marc terminou em segundo para comemorar seu sétimo título.

Todos os títulos são especiais, mas esse título de Marc Márquez será para sempre lembrado como o veterano campeão se igualou ao arquirrival Valentino Rossi com sete títulos, além de também se juntar à Michael Schumacher, Lewis Hamilton, A.J. Foyt, Jimmie Johnson, Dale Earnhardt e Richard Petty como os heptacampeões do esporte a motor. Como Márquez provou que pode vencer com uma moto diferente, saindo de sua zona de conforto na Honda. E principalmente, Marc Márquez provou que pode ser o piloto dominante como era antes do seu acidente.

sábado, 27 de setembro de 2025

Que pena...

 


Dono de uma das equipes pequenas mais charmosas da década de 1980 da F1, Vicenzo 'Enzo' Osella começou a correr no começo da década de 1960 com carros da Abarth e não demorou muito para Enzo ir para o lado gerencial do automobilismo, se tornando chefe de equipe e construtor de carros. Como um jovem piloto em começo de carreira, a equipe Osella começou nas categorias de base, passando pelo Turismo antes de correr por F3 e F2, culminando com a F1 em 1980. Num momento em que as equipes de F1 desenvolviam motores turbo e chassis com efeito-solo, Enzo Osella sofreu com a falta de financiamento, mas nem por isso deixou de construir carros muito bonitos, projetados por gente competente como Guiseppe Petrotta e Tony Southgate. A equipe Osella conseguiu bons resultados aqui e ali, como o quinto lugar de Ghinzani em Dallas/1984 e a mesmo posição de Jo Gartner em Monza/1984, mas normalmente a Osella lutava pelas últimas filas do grid. O simpático time italiano atravessou a inesquecível década de 1980 com valentia e em 1990 o time se tornou Fondmetal, fazendo com que Enzo Osella saísse do time que fundara, retornando à construção de carros-esporte, como fizera na década de 1970, dessa vez com sucesso na Itália. Hoje, aos 86 anos, foi anunciado a morte de Enzo Osella, um dos últimos garagistas da década de 1980 que ainda estavam entre nós.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Figura(AZE): George Russell

 O piloto da Mercedes chegou à Baku gripado e esteve próxima de desistir do final de semana azeri, mas Russell ficou e fez uma bela corrida, voltando ao pódio. George soube se livrar dos problemas na classificação e mesmo perdendo posição para Tsunoda na largada, Russell retomou a posição e rapidamente se aproximou da briga entre os novatos Lawson e Antonelli, que por sinal lhe fechou a porta na primeira volta, deixando o inglês fulo. Russell encostou em Antonelli, sugeriu uma troca de posições, mas a Mercedes simplesmente tirou Antonelli do caminho e Russell apenas esperou Lawson fazer sua parada e já assumir a segunda posição, pois Sainz tinha parado. Com o desgaste de pneus bem baixo nesse domingo, Russell manteve um ótimo ritmo e emergiu na frente de Sainz para ficar em segundo e subir novamente ao pódio. Uma clara demonstração de que Russell é mais do que um piloto de ponta, mas um verdadeiro líder numa equipe grande.