terça-feira, 25 de março de 2025

Figura(CHN): Oscar Piastri

 Uma semana depois do mal resultado na corrida de estreia da temporada 2025, em sua casa, Oscar Piastri deu uma bela resposta ao dominar o final de semana chinês, conseguindo a pole e liderando a corrida praticamente de ponta a ponta. Piastri viu seu companheiro de equipe Norris vencer em Melbourne, enquanto ele conseguira apenas um nono lugar, após errar quando a chuva voltou a aparecer na prova australiana. Mordido, Piastri não esmoreceu e menos de uma semana depois respondeu à Norris com a primeira pole da carreira e uma corrida dominadora, não dando qualquer chance à Lando Norris, mesmo com os problemas que o inglês teve nos freios nas últimas voltas. Uma boa volta por cima de Piastri, que parece ter começado o campeonato 2025 agora. E da melhor forma possível!

Figurão(CHN): Liam Lawson

 Estar no segundo carro da Red Bull sempre foi uma missão difícil, tendo passado por ali vários pilotos com diferentes experiências. Contudo, ninguém poderia imaginar que Liam Lawson, jovem neozelandês que fez boas corridas na Racing Bulls, fosse performar tão mal como ele vem fazendo. Em sua segunda corrida pela Red Bull, Lawson teve sérios problemas em conduzir o Red Bull RB21. Fazer qualquer tipo de comparação com Max Verstappen chegaria a ser covardia, mas alguns fatos mostram o péssimo trabalho de Lawson na China. Na classificação da Sprint, Liam ficou ainda no SQ1. Se já fosse ruim o suficiente, Lawson foi último (!) colocado na classificação da corrida principal. Não houve problemas com o carro ou algum piloto tendo bloqueado o piloto da Red Bull. No rendimento puro e simples, Lawson foi vigésimo colocado no grid para a corrida chinesa, que mostrou tão ruim quanto, com Liam muito longe de escalar o pelotão e ficando léguas de distância para marcar um mísero ponto qualquer. Um desempenho lastimável e no final do dia, já se fala que Liam Lawson poderia ser sacado após apenas duas corridas, com o neozelandês entrando para a lista nada digna de mais um moído pelo programa de jovens pilotos da Red Bull, liderado por Helmut Marko. Porém, Lawson vem fazendo até aqui o pior trabalho já visto no segundo carro da Red Bull.

domingo, 23 de março de 2025

O Max da Indy


 No outro lado do Pacífico, a McLaren tinha tudo para repetir o sucesso conseguido em Xangai, dessa vez na Indy. Pato O'Ward e Christian Lundgaard largavam na primeira fila em Thermal Club e lideraram boa parte da corrida, podendo completar a segunda dobradinha da McLaren no dia. Na China, o único que poderia travar a dupla da McLaren usando unicamente o talento era Max Verstappen, mas sem ritmo em seu Red Bull, o neerlandês nada pôde fazer. Já na California, Alex Palou fez o que se esperava de Max. Com carros iguais e tendo a diferença o acerto de equipe para equipe, além do talento, o espanhol conseguiu fazer a diferença rumo a uma belíssima vitória.

Antes de tudo, apesar do circuito ser bem seletivo, correr em Thermal Club é um exemplo claro de como a Indy cuida mal de si. O autódromo localizado na California na verdade é um circuito particular dentro de um clube para milionários, que dão voltas pela pista com seus supercarros quando tem vontade. Um clube exclusivo, com casas espetaculares, mas basicamente sem fãs. Apenas um pequena arquibancada de cinco mil expectadores com ingressos vendidos a preços absurdos transformaram o ambiente na corrida ainda mais desértico, com pouca ou quase nenhuma pessoa realmente apaixonada por automobilismo estivesse vendo a corrida in loco. Para a TV, a sensação que passou é que não havia ninguém na pista, apenas alguns parcos convidados, além dos moradores milionários. Uma bola fora da Indy.

A corrida transcorreu sem bandeiras amarelas e havia a preocupação com o desgaste de pneus, mas os pneus macios se comportaram muito bem e foram bem decisivos para a vitória de Palou. Os primeiros dois terços de prova foram dominados pela dupla da McLaren, tendo O'Ward na ponta. Antes da segunda e última parada, Palou diminuiu a diferença para Lundgaard, que economizava combustível após uma parada mais cedo. O espanhol atacou muito, mas o dinamarquês segurou Palou. Então o piloto da Ganassi colocou pneus macios para o último stint, enquanto a dupla da McLaren foi para as últimas voltas com os duros. Foi o pulo do gato. Voltando à pista logo atrás de Lundgaard, Palou rapidamente ultrapassou o danês da McLaren e estava 10s atrás de Pato. O mexicano foi atrapalhado por alguns retardatários, ajudando Palou a desintegrar a desvantagem e numa manobra certeira, ultrapassar o piloto da McLaren.

A esperança de Pato era que os pneus macios Palou se acabassem nas voltas finais, mas além disso não acontecer, o ritmo de Pato foi bem abaixo, causando até desconfianças de um problema de consumo de combustível. Mesmo gripado, Palou recebeu a bandeirada com tranquilidade e venceu pela segunda vez consecutiva, algo que não acontecia na Indy fazia bastante tempo e o espanhol da Ganassi já parte para um incrível tetracampeonato, igualando à Max Verstappen, que assim como Palou, faz toda a diferença em sua categoria. 

Dias de glória

 


Correndo em casa, Oscar Piastri obteve um resultado decepcionante ao sair da pista no momento em que a pista molhou em Melbourne e jogar fora uma dobradinha certa da McLaren, corroborando com a falta de sorte do australianos em seu próprio solo. Uma semana depois, Piastri se recuperou magistralmente nesse enfadonho Grande Prêmio da China, com uma vitória dominante vindo da pole, não dando chances a ninguém, nem mesmo seu companheiro de equipe Lando Norris, que levou um susto no final da prova, quando enfrentou problemas nos freios. Seguindo sua toada, George Russell subiu mais uma vez ao pódio, à frente de Verstappen e das desclassificadas Ferraris.


O alta desgaste de pneus na Sprint Race ligou o sinal amarelo das equipes, fazendo com que todos esperassem uma corrida mais tática do que emocionante, sendo que ao final das cinquenta e seis voltas, outro adjetivo pôde ser usado para a prova chinesa: chata. Claro que Oscar Piatri não tem nada a ver com isso. O australiano usou o exemplo de Hamilton no dia anterior e convergiu seu carro para dentro no apagar das cinco luzes vermelhas, acabando com qualquer chance de Russell efetuar algum ataque na primeira curva. Para melhorar a situação da equipe comandada por Zak Brown, Lando Norris fez algo não muito usual para o inglês, que é ganhar alguma posição na largada, ultrapassando seu conterrâneo ainda no complexo primeiro setor da pista. Um pouco mais atrás, era Max Verstappen que fazia algo não muito comum nos últimos tempos, que foi uma má largada, quando se posicionou mal por fora e acabou superado pela dupla da Ferrari, mas com Lewis e Charles se tocando, resultando num dano na asa dianteira de Leclerc. Fora a rodada de Bortoleto, a primeira volta foi bem tranquila, iniciando uma corrida que foi morna o tempo todo, com os pilotos com receio de forçar os pneus e que no fim, se mostrou infundado quando foram calçados os pneus duros na primeira rodada de paradas, o que se provou ser a única para boa parte do pelotão.


Piastri e Norris não desapareceram no horizonte, claramente controlando o ritmo, enquanto Russell segurava bem um inicialmente motivado Hamilton. Mesmo com a asa dianteira sem o direcionador esquerdo, Leclerc mantinha um bom ritmo, para desespero de Verstappen, que era um conformado sexto colocado. Com os pilotos quase todos utilizando os pneus médios, ninguém atacava, todos presos no famoso 'trem do DRS'. Quando as paradas começaram, ainda antes do primeiro terço de prova, havia uma clara sensação de que as equipes usariam a tática de duas paradas, mas ao calçar os pneus duros, George Russell foi o primeiro a vocalizar que seria bastante possível ir até o final da prova com aquele set de pneus. E assim foi com praticamente todo o grid. Mesmo com alguns undercuts ocorrendo, como Tsunoda ultrapassando um apagado Antonelli e Russell surgindo ligeiramente à frente de Norris, que logo deu o troco, a corrida se manteve estática e sem emoções. Leclerc fazia uma corrida surpreendente e logo encostou em Hamilton, pedindo passagem via rádio. Relutantemente Lewis cedeu passagem ao companheiro de equipe, que inicialmente foi para cima de Russell, mas logo perdeu rendimento, enquanto Hamilton ficou ainda mais para trás, porém, ainda com vantagem sobre um solitário Verstappen. À essa altura Piastri já estava com o braço para o lado de fora e ouvindo FM de forma sossegada lá na frente. Quando percebeu-se que uma segunda parada não seria necessária, Piastri controlou totalmente a corrida rumo a uma tranquila bandeirada, vencendo pela terceira vez na carreira e iniciando de verdade o campeonato. Já Norris não teve uma corrida tão serena. Sem condições de atacar Piastri, teve que ultrapassar Russell após sua única parada e praticamente mandou Oscar aumentar o ritmo para não ficar no 'ar sujo' do australiano e prejudicar seus pneus. Algo que Piastri fez sem maiores problemas. Contudo, o pior para Lando estava reservado para o final.


Nas últimas voltas Norris relatou problemas nos freios, uma complicação que só piorou na medida em que as voltas foram passando, causando um verdadeiro drama para o inglês, que claramente freava bem antes das curvas, deixando o carro rolar para usar menos os freios. Na última volta, Norris cruzou a bandeirada apenas 1,3s à frente de Russell, indicando que mais uma volta significaria uma posição (ou mais) a menos. Aliviado, Lando Norris completou a dobradinha da McLaren, mas viu que Oscar Piastri está de volta e pode ser um fator importante na briga pelo título, no que pode ser um assunto interno da McLaren. Russell fez uma prova sólida, que é sua principal característica, vencendo a dupla da Ferrari e quase capitalizando o problema de Norris. Liderando a Mercedes agora, George vem reagindo bem a responsabilidade, enquanto Antonelli fez uma corrida medíocre nessa sua primeira prova em pista seca. Após impressionar no piso úmido de Melbourne, Andrea foi muito mal e chegou a ser ultrapassado pela Haas de Ocon, algo não esperado por alguém que tem em mãos uma Mercedes, porém, Kimi acabou marcando bons pontos depois da corrida.


Hamilton foi dos poucos a fazer duas paradas, quando se viu pressionado por Verstappen, mas isso não lhe rendeu muitos frutos, pois Lewis acabou por não alcançar o neerlandês. O dano da asa dianteira de Leclerc deve ter feito efeito quando os pneus duros desgastados diminuíram o ritmo da Ferrari e ao invés de atacar Russell, Charles acabou sendo atacado por Verstappen, que efetuou a mais bela manobra do dia para ganhar a quarta posição do monegasco nas últimas voltas. Depois de vencer a Sprint pela primeira vez, quinto e sexto lugares não era algo que a Ferrari esperava na corrida, principalmente com o ritmo do primeiro stint, mas tudo pioraria horas mais tarde, quando pela primeira vez em 75 anos de F1, a dupla da Ferrari seria desclassificada. E por motivos diferentes. Enquanto Leclerc foi eliminado por estar com o carro abaixo do peso, Hamilton acabou desclassificado por causa da prancha debaixo do carro estar com desgaste acima do limite tolerado. Zero ponto para a Ferrari após o GP da China e um início nada promissor para os italianos, mesmo com a primeira vitória na Sprint. Já na Red Bull a saga do segundo carro segue. Se Max Verstappen continua levando o carro nas costas e ainda se mantém na vice-liderança do campeonato, Liam Lawson teve uma corrida abaixo da crítica. Depois de conseguir o último tempo na classificação e largar dos boxes, o neozelandês em nenhum momento sequer esboçou uma corrida de recuperação, ficando sempre entre os últimos colocados. Pelo menos Sérgio Pérez evoluía... Já se fala abertamente em trocar Lawson e que isso poderia ocorrer já na próxima corrida, em Suzuka. Porém, fica a pergunta: Tsunoda conseguirá acabar com a maldição que parece pairar sobre o segundo carro da Red Bull?


Após ter sido o carro mais lento em Melbourne, o Haas deu a volta por cima em Xangai. Depois de uma classificação positiva, o time comandado por Ayao Komatsu viu seus dois pilotos efetuarem boas largadas e rapidamente se colocarem entre os dez primeiros. Com uma estratégia diferente, onde esticaram o primeiro stint, Ocon e Bearman foram destaques nas voltas após suas paradas, efetuando boas ultrapassagens, com destaque pela agressividade de Esteban ao ultrapassar a Mercedes de Antonelli e as tiradas que Bearman fez ao ultrapassar vários carros no Hairpin no final da reta oposta. Ciao, era o que dizia o inglês. Com as desclassificações das Ferraris, Ocon subiu para um impressionante quinto lugar e Bearman ficou em oitavo, garantindo bons pontos à Haas. Continuando a boa forma mostrada na Austrália, Albon novamente colocou Sainz no bolso e liderou a Williams numa prova sem sustos, enquanto Sainz se aproveitou das desclassificações à sua frente para marcar seu primeiro ponto em 2025, mas o espanhol vem sendo uma das decepções da atual temporada. 


Stroll foi outro que esticou seu primeiro stint e chegou a andar no top5 antes de parar, mas quando o canadense fez sua única parada, o piloto da Aston Martin não evoluiu mais e só marcou pontos pelas desclassificações. Alonso foi o único abandono do dia logo nas primeiras voltas, ficando zerado no campeonato e surpreendentemente não levando a Aston Martin nas costas. A Racing Bulls andou praticamente a corrida inteira na zona de pontuação, inclusive com Tsunoda ficando na frente de Antonelli e Ocon, enquanto Hadjar fazia uma prova segura rumo aos pontos, mas o time B da Red Bull escolheu fazer uma segunda parada em seus carros. Foi o fim das chances de pontos para ambos, no que ficou ainda pior quando a asa dianteira de Tsunoda colapsou na reta dos boxes, jogando o nipônico para a última posição. A Racing Bulls é a única equipe sem pontos no momento, mas o ritmo certamente está lá. A Sauber foi o carro mais lento do pelotão, com Hulkenberg largando muito mal e Bortoleto rodando na primeira volta, no primeiro erro do novato, mas Gabriel fez uma boa corrida de recuperação e ainda teve chance de ultrapassar Hulk. Além da Ferrari, Pierre Gasly também foi desclassificado, pelo mesmo motivo de Leclerc, mas o gaulês não estava nos pontos no momento, o que não fez tanta diferença. Jack Doohan parece inquieto com a sombra permanente de Colapinto e por isso faz corridas bem agressivas. Punido na Sprint, o australiano voltou a ser punido na corrida, ao jogar Hadjar para fora da pista numa disputa de posição. Pressionado, Doohan começa a espanar, para alegria de Franco.


Depois de um resultado ruim na estreia do campeonato, Oscar Piastri demorou apenas uma semana para dar a resposta, com uma vitória categórica, só não garantindo o 100% de pontos no final de semana por não ter sido capaz de alcançar Hamilton na Sprint Race. A McLaren segue muito forte, mas a diferença não parece ser tão grande assim, principalmente em volta única. George Russell e Max Verstappen seguem capitalizando qualquer vacilo dos pilotos da McLaren, enquanto a Ferrari se perde com toques entre seus pilotos e problemas técnicos. Lando Norris teve sorte em manter a segunda posição, mas sabe que Piastri pode ter despertado para a temporada 2025. E não terá Papaya Rules que segure o australiano. 

sábado, 22 de março de 2025

Dias de luta

 


O sábado em Xangai foi o primeiro no formato Sprint e por isso, não faltaram histórias para contar. Ainda na sexta-feira o mundo da F1 sorriu com a pole de Lewis Hamilton para a minicorrida e o inglês confirmou a pole com uma vitória convincente no sábado chinês, mas horas mais tarde quem deu as cartas foi Oscar Piastri, conseguindo sua primeira pole na F1, se aproveitando de um final de semana errático do seu companheiro de equipe Lando Norris.

Havia certa expectativa para a largada da Sprint Race por termos na primeira fila os rivais Hamilton e Verstappen. O inglês deu uma verdadeira aula de como se portar frente a um piloto confiante e agressivo como Max, convergindo completamente sua Ferrari para cima de Verstappen, deixando o piloto da Red Bull sem muitas opções a não ser ficar com a segunda posição. Muito criticado por um final de semana decepcionante de estreia pela Ferrari, Hamilton deu uma bela resposta na Sprint Race, controlando o acentuado desgaste de pneus e não cedendo quando Verstappen esboçou um ataque. Foi uma vitória de almanaque e mesmo que os triunfos na Sprint não contem nas estatísticas, essa primeira vitória de Hamilton pela Ferrari pode lhe dar muita confiança para o restante da temporada.

A classificação mais tarde viu que muitos pilotos mal começaram a temporada e já se veem em dias de luta. Jack Doohan cometeu um erro crasso na Sprint Race, batendo em Bortoleto e sendo punido por isso. Ainda no Q1 o jovem australiano rodou e ficou pelo caminho, mas se serve de consolo, Gasly também ficou no Q1, porém, isso não pode ser o suficiente para Flavio Briatore. Colapinto agradece. Pior situação vive Liam Lawson. Após vencer Tsunoda para ficar com a vaga na Red Bull nesse ano, o neozelandês sofre com o mesmo problema dos demais companheiros de equipe de Verstappen, com um carro dificílimo de pilotar e uma janela de funcionamento minúscula, onde apenas Max parece ser capaz de administrar. O resultado disso tudo é Liam ficar com a última posição do grid e a pressão já começar a aumentar pelos lados da Red Bull. Afinal, acertarão algum segundo piloto ao lado de Max?

A McLaren tomou conta da classificação, principalmente com Norris, mas o inglês errou justamente quando não podia: a última volta do Q3. Superado por Piastri na primeira volta do Q3, Lando viu não apenas seu companheiro de equipe melhorar seu tempo, como ainda foi superado pelo conterrâneo George Russell, numa volta sobrenatural do piloto da Mercedes que o colocou em segundo. A dupla da Ferrari ficou com a terceira fila, longe de brigar pela pole, mas novamente com Lewis à frente de Leclerc, enquanto Verstappen ficou em quarto, mas se queixando de um ritmo de corrida inferior, algo que foi visto na Sprint, quando foi ultrapassado por Piastri e viu a aproximação de Russell e Leclerc nas voltas finais. A corrida tenderá a ser bem tática, com as equipes se preocupando bastante com o desgaste de pneus e isso poderá ajudar a McLaren, notadamente quem melhor cuida da borracha da Pirelli.   

quinta-feira, 20 de março de 2025

Que pena...

 


Ele foi um personagem da década de 1990 e sem coincidência, estreou na F1 logo no primeiro ano do decênio. Eddie Jordan militava no automobilismo britânico desde a década de 1970, inicialmente como piloto e percebendo a própria limitação, o irlandês se tornou chefe de equipe, evoluindo categoria a categoria até chegar à F1 em 1991 com a equipe que levava seu nome, logo de cara lançando um dos carros mais icônicos da história, o Jordan verde da 7up, no mesmo ano em que fazia estrear Michael Schumacher. A equipe Jordan passou por algumas turbulências e dois anos depois revelou Rubens Barrichello, piloto com mais corridas pelo time. A partir de 1996 a Jordan seria patrocinada pela B&H, trazendo os belos carros amarelos que marcaria a arrancada da equipe naquela época, onde conquistaria a primeira vitória em 1998 com Damon Hill e brigaria pelo título no ano seguinte com Heinz-Harald Frentzen. Contudo, aquele seria o último grande momento da Jordan Grand Prix. O time de Eddie entraria em decadência até Jordan vender o time. Eddie Jordan se caracterizou pelo carisma, seu amor pelo rock and roll e curtir a F1 de uma forma diferente de outros chefes de equipe. Várias vezes Eddie tirava fotos com Grid Girls, em cenas que seriam canceladas hoje em dia. O irlandês se manteve na F1 como comentarista e muitas vezes Jordan trouxe grandes novidades no mercado de pilotos. E foi num podcast que Eddie comunicou que lutava contra um câncer agressivo, que acabaria lhe matando aos 76 anos nessa quinta-feira, deixando o automobilismo de luto. 

segunda-feira, 17 de março de 2025

Figura(AUS): Max Verstappen

 Os títulos de 2022 e 2023 de Max Verstappen foram caracterizados por um massacre do neerlandês da Red Bull, principalmente no último ano, quando Max bateu recordes de vitórias numa mesma temporada. No entanto, a turbulência dos bastidores da Red Bull afetaram o ano da equipe e mesmo com o título em 2024, tudo indicava para um 2025 duro para a equipe e Max Verstappen. A pré-temporada indicava uma McLaren muito forte e o primeiro final de semana confirmou essa expectativa. Max teve que voltar à 2020, quando via uma Mercedes forte demais, mas sempre pronto capitalizar qualquer vacilo, lembrando o que Michael Schumacher fez nos seus primeiros anos de Ferrari contra a potência de McLaren e Williams, carros construídos por Adrian Newey, projetista dos carros que deram os quatro títulos de Max. Em Melbourne, Verstappen experimentou aquela sensação e claramente andou muito mais do que o carro, andando próximo dos carros da McLaren durante a corrida e até mesmo ameaçando a vitória de Lando Norris nas duas últimas voltas. Max deu o recado: a McLaren pode ter o melhor carro, mas qualquer vacilo, por menor que seja, Verstappen estará pronto para derrotar os pilotos papaias.