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A África do Sul vivia sobre o regime do Apartheid e as pessoas ricas do país tinham bastante dinheiro para promover um campeonato nacional de F1. Pilotos como Neville Lederle e John Love dominavam o forte campeonato sul-africano e a não demorou para a F1 fazer novamente uma corrida na África, quatro anos após o trágico Grande Prêmio do Marrocos, na África do Sul. A corrida seria realizada no circuito de East London nas vésperas do Ano-Novo. Algo impensável hoje em dia! Como forma de preparação, duas corridas seriam realizadas na África do Sul no mês de dezembro. A primeira em Kyalami foi vencida por Jim Clark e a segunda em Westmead deu a primeira vitória para Trevor Taylor na F1, companheiro de equipe de Clark na Lotus. Porém, a corrida em Westmead custou a vida de Gary Hocking, ídolo local que competia em corridas de motos e estava em transição para as quatro rodas. Hocking corria com um Lotus de Rob Walker e assim o velho chefe de equipe via a segunda morte em dois meses em um dos seus carros.
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Mesmo com um campeonato bem irregular, Jim Clark ainda tinha chances de ser campeão em 1962, graças ao regulamento que só permitia os cinco melhores resultados de cada piloto e como Clark ou ganhava ou quebrava, o escocês só precisava de mais uma vitória para levar o caneco para casa. Graham Hill, que tinha sido bastante regular durante o ano e era o líder do campeonato até então, era o outro concorrente ao título. A Lotus 25 de Clark era o melhor carro disparado em 1962 e demonstrou isso nos treinos, com Jimmy conseguindo uma tranqüila pole-position, enquanto a BRM tentava de tudo para colocar Hill no páreo. Durante os treinos, a equipe tirava peso do carro de Hill na tentativa de colocá-lo em condições de igualdade com a Lotus de Clark. Com os dois protagonistas na primeira fila, o resto do grid ficou em segundo plano, com o terceiro colocado Jack Brabham, já em sua própria equipe, ficando 2s atrás do tempo da pole.
Grid:
1) Clark(Lotus) - 1:29.3
2) Hill(BRM) - 1:29.6
3) Brabham(Brabham) - 1:31.0
4) Ireland(Lotus) - 1:31.1
5) Surtees(Lola) - 1:31.5
6) Maggs(Cooper) - 1:31.7
7) Ginther(BRM) - 1:31.7
8) McLaren(Cooper) - 1:31.7
9) Taylor(Lotus) - 1:32.6
10) Lederle(Lotus) - 1:33.6
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Com muito sol e calor, mais de 90.000 espectadores foram ao autódromo de East London acompanhar a primeira corrida do Campeonato Mundial de F1 na África do Sul. Na largada, Clark sai queimando pneus, demonstrando o que vinha pela frente. O escocês permaneceu na liderança, seguido por Hill e um surpreendente Tony Maggs, segundo piloto da Cooper, que era sul-africano e se aproveitou do conhecimento da pista para andar no primeiro pelotão. Como era do seu estilo, Clark disparou na frente, aproveitando-se da potência do seu Lotus. Hill fazia o que podia e também forçava bastante, mas seu ritmo não era páreo ao de Clark. Isso provocou um grande espaçamento no pelotão, com Clark, despencado na frente, Hill num solitário segundo lugar e uma briga animada pelo terceiro lugar que envolvia Maggs, Bruce McLaren e John Surtees.
Na volta 20, a diferença de Clark
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Na volta 62, faltando vinte para o final, Jim Clark encostou nos boxes da Lotus na vã esperança de ver consertado o já identificado vazamento de óleo no seu motor Climax. Mas não havia nada a ser feito. O campeonato estava acabado e Graham Hill acabara de se tornar o primeiro piloto inglês a ser campeão a bordo de um carro inglês. A equipe Lotu
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Chegada:
1) Hill
2) McLaren
3) Maggs
4) Brabham
5) Ireland
6) Lederle
Tá melhor do que o meu. Mais uma bem escrita!
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