segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A notícia do ano


É impossível não falar nada a respeito sobre o drama corintiano ocorrido neste domingo. Olhando completamente de fora, já que não torço Corinthians e nenhum outro clube paulista, o rebaixamente definitivamente não é o fim do mundo e até pode fortalecer o clube, como provaram nos últimos ano Palmeiras, Grêmio, Atlético-MG e Botafogo. Porém...


Tudo que envolve o Corinthians ganha uma dimensão maior do que o normal e o resultado são sentimentos exasperados tanto para o bem como para o mal. A Fiel pode transformar jogadores medianos como Marcelinho Carioca em ídolos incontestáveis, times fracos em campeões como em 1990 e títulos importantes em verdadeiras epopéias, como foi há trinta anos atrás. A queda para a segunda divisão do Timão foi o principal fator nesse ano esportivo e em todo o Brasil o que se fala nos quatro cantos é sobre o Corinthians.


Ontem, assisti ao jogo inteiro e fiquei impressionado com a ruindade do time do Corinthians. Se o clube paulista disputasse a Série B esse ano, garanto que o Ceará ganharia aqui no Castelão e faria jogo duro no Pacaembu. Tirando o goleiro Felipe, o Corinthians não tem jogadores dignos para vestir a camisa alvinegra. Se escorando em jogadores novos demais, como Lulinha e Dentinho, e pernas-de-pau esforçados, como o zagueiro Betão, o Corinthians nem de longe assustou o Grêmio, que começou a 100 por hora, mas quando o Cruzeiro fez 2 a 0 no América de Natal no Mineirão, tirando todas as ambições gremistas para chegar à Libertadores, o time gaúcho tirou o pé completamente do acelerador e fez a partida inteira no piloto automático. Quando forçou um pouquinho, o Grêmio levava perigo ao frágil setor defensivo corintiano.


Nem o ridículo atraso de quinze minutos e o mistério da escalação serviu para alguma coisa. Clodoaldo fez o gol e nada mais. Essa era a arma secreta corintiana? A única coisa que sei desse rapaz foi um gol que ele fez contra o Ceará numa safadeza do ex-clube dele, o Criciúma. Nem o Grêmio pedindo para levar o gol fez com que o Corinthians fizesse algo para tentar a vitória. A esperança estava com o Internacional em Goiânia. O Inter começou vencendo, mas deixou virar no segundo tempo, após ver o Goiás bater três pênaltis até acertar o gol do goleiro Clemer. A torcida corintiana confiava no Inter, a quem tinha tirado um título dois anos atrás de forma polêmica. Mas os gaúchos não fizeram sua parte e nem a besteira que disse o goleiro Felipe, reclamando de "três ou quatro jogadores que não merecem vestir a camisa do Internacional" fez valer a pena.


Restou torcer para um milagre em Porto Alegre. Mas como se animar com um time ruim como o que estava em campo? Felipe foi para a área na hora do desespero. Mas o escanteio era tão mal batido que nem chegava perto do arqueiro e quase proporcionou o gol da vitória gremista em duas oportunidades. Uma dessas oportunidades resultou em expulsão. Era o fim da linha. Choro. Frustração. Reclamação. Porém, não é hora para se lamentar e sim esfriar a cabeça e trabalhar. No começo deste post só falei da parte boa de clubes voltando logo à Primeira divisão, mas há os exemplos ruins, como o caso do Fluminense, Vitória e Santa Cruz, que foram parar na Terceira divisão. Agora nos resta ver o que acontecerá no futuro do Corinthians. E no meu caso, poderei ver ao vivo, quando o clube vier aqui enfrentar o Ceará.

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