quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

MR03

Demorou, mas chegou. Última equipe a mostrar seu carro de alguma forma ou de outra (a Lotus já mostrou como ficará seu carro de forma virtual, mas não deu as caras em Jerez), a Marussia mostrou seu novo carro que tentará manter a surpreendente décima posição no Mundial de Construtores do ano passado, desbancando pela primeira vez a Caterham, equipe que surgiu no mesmo ano da Marussia, então Virgin.

A equipe russa foi uma das poucas a manterem sua dupla de pilotos, mas não pelo fator performance de pista. Max Chilton só ficou mais um ano na equipe por causa do suporte financeiro que tem, proveniente de negócios de sua família. Mesmo tendo conseguido o recorde de novato que não abandonou nenhuma prova em 2013, Chilton o fez no velho lema 'devagar e sempre'. Já Bianchi ninguém tem muitas dúvidas de sua capacidade, mas o francês só emplacará sua segunda temporada na Marussia pelas suas ligações com a Ferrari, que fornecerá seus motores para o time russo. 

A Marussia terá uma dupla desigual para 2014, mas igualzinha a que superou as expectativas no ano passado, quando Bianchi fez um 'algo mais' e garantiu uma posição melhor do que as que a Caterham conseguiu em 2013. Com todas as equipes tendo seríssimos problemas de confiabilidade, a Marussia pode, juntamente com sua rival Caterham, dar o pulo do gato e marcar seus primeiros pontos na F1, superando mais uma vez as expectativas.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

FW36

Equipe com um grande potencial de crescimento para 2014 e com uma das maiores estruturas da F1. Time que melhor contratou e a simples chegada de Pay Symons já fez mudanças que melhoraram o péssimo carro de 2013. Assim é a Williams na visão da Globo e SporTV desde que Felipe Massa foi contratado pelo time do Tio Frank em meados do ano passado, mas a realidade é que o time vem de sua pior temporada de sua longa história e sem dinheiro, algo que aflige a Williams há muitos anos, não tem muito o que fazer. O novo carro foi mostrado hoje em Jerez e o bico do FW36 nem impacta mais, pelo o que já foi visto nos últimos dias.

A Williams terá uma cobertura toda especial em 2014 pela TV Globo por causa da contratação de Felipe Massa e por isso vamos ouvir falar muito dela. Principalmente sendo vendida esperanças que algumas vezes Felipe não poderá cumprir pelas dificuldades crônicas da atual Williams. Após doze anos como piloto Ferrari, Massa saiu debaixo da saia dos italianos e pela primeira vez correrá em uma equipe inglesa e com um motor não-Ferrari. Mesmo não sendo mais aquele piloto pré-acidente em 2009, Massa pode contribuir com o crescimento da equipe e até mesmo de Valtteri Bottas, seu novo companheiro de equipe que com certeza não tem a moral que Alonso tinha na Ferrari, mas o finlandês mostrou que em breve poderá ser mais um 'Fly Finn'.

Como sempre, é difícil dizer o que esperar de qualquer equipe em 2014 com regras tão distintas em comparação ao ano passado. No dia em que a Williams apresentou seu novo carro, pouquíssimas voltas foram dadas pelas demais equipes em Jerez e algumas praticamente nem treinaram. 2014 será um ano atípico e se equipes como a Williams souberem agarrar as oportunidades que surgirem, podem surpreender.

CT05

A melhor das nanicas, invenção de Max Mosley em 2010, apresentou seu novo carro com um (oh!) bico estranho que, (oh! novamente) deixou o novo carro da Caterham com linhas, digamos, não muito arrojadas. A frente do carro lembra bastante o Renault de 1981, que deu a primeira vitória para Alain Prost.

Mesmo tendo mais estrutura do que a Marussia, a Caterham ficou atrás da rival no Mundial de Construtores de 2013 e por isso terá que pegar pela logística para poder se locomover ao longo de 2014, além do fato vergonhoso de ter perdido por uma equipe ainda menor do que a sua. Mesmo com mais investimento, a Caterham sofre dos mesmos males de outros times e alinhará dois pay-drivers em 2014. Se lembram do site de ajuda (e não é o mesmo dos mensaleiros...) que Kobayashi criou para poder pagar um lugar na Sauber no final de 2012? Pois bem, com algum atraso, serviu para pagar um lugar na Caterham em 2014, garantindo a volta do popular piloto japonês a F1. Ao seu lado, o novato Marcus Ericsson, que passou quatro anos na GP2 sem título, algo que não abona muito sua carreira e o seu futuro na F1.

Com carros tão novos e muitos problemas de confiabilidade, a Caterham tem boas chances de realizar o sonho de conquistar seus primeiros pontos na F1 se construir um carro confiável para essas primeiras provas, onde a chance de uma alta taxa de quebra é alta.

RB10

Se tem uma equipe que tem muito a perder, como falou semana passada o Ico em seu blog, essa é a Red Bull. Se as regras fossem as mesmas dos últimos cinco anos, a equipe capitaneado por Christian Horner seria favorita destacada para esta temporada, mas a F1 não gosta muito de eras de dominância e por isso tudo mudou para tentar dar mais emoção ao campeonato, que no ano passado foi dominado de forma avassaladora por Sebastian Vettel e pelo RB9, principalmente no segundo semestre. Pessimista com relação a aparência do novo carro, Newey desenhou provavelmente o carro menos feio do ano, com um bico discreto e que bem poderia ser seguido pelos demais. Ficou bem parecido com os dos carro de F3 de dez anos atrás.

Mesmo sendo tetracampeão, algumas pessoas ainda duvidam da capacidade de Sebastian Vettel. Provavelmente essas mesmas pessoas sonham que Vettel faça o mesmo que o seu compatriota Schumacher, que saiu da ajustada Benetton para a capenga Ferrari, transformando uma equipe problemática em uma equipe devoradora de títulos, com a ajuda das pessoas certas nos locais certos. Porém, Vettel já provou que tem todas as credenciais de um piloto histórico da F1, vencendo campeonatos fáceis e difíceis, administrando ou correndo atrás no campeonato, fazendo belíssimas provas de recuperação, ou simplesmente fazendo suas corridas com marca registrada, vencendo quase que de ponta a ponta. Vettel é um dos grandes da história e quem não vê isso, não quer enxergar o óbvio. Para tentar fazer frente a Vettel, a Red Bull tem agora Daniel Ricciardo, fruto do programa de jovens pilotos da Red Bull, da onde veio Vettel. Porém, Ricciado nunca mostrou um algo mais em seus tempos de Toro Rosso, mesmo tendo sido consistente nas provas, rápido nas classificações e inteligente no que diz respeito a estratégia de corrida. Se será capaz de deter Vettel? É só Ricciardo fazer um DDI para seu compatriota Webber e perguntar como é conviver com o alemão...

Mesmo com um carro totalmente novo, a Red Bull surge com pinta de favorita par 2014. Não como favorita absoluta, até por que para quem não lembra, a Red Bull já havia construído um grande carro em 2009, mas pecou na confiabilidade. Em 2010, ano do primeiro título, as coisas só complicaram por abandonos de seus pilotos em algumas provas e somente em 2011 o problema da confiabilidade foi parcialmente acertado, principalmente no carro de Vettel. E não o de Webber. Como a confiabilidade desses novos carros será essencial, é bom que Newey e cia tenham em mente que antes de chegar em primeiro, primeiro tem que chegar. E logo!  

W05

Aproveitando o primeiro dia de treinos de pré-temporada, a Mercedes apresentou seu carro por inteiro, já que nos últimos o time tedesco mostrou fotos de pequenas partes do novo carro. De forma surpreendente, o bico do novo W05 não ficou tão feio assim e o que mais chamou atenção foi os detalhes preto na carenagem do motor do carro.

A Mercedes corre contra o tempo para dar um retorno pelo imenso investimento feito pela fábrica se Stuttgart no projeto da F1, iniciado em 2010. A contratação de Lewis Hamilton deu um upgrade na equipe e os resultados de 2013, os melhores desde a volta da Mercedes como equipe oficial, estão aí para comprovar isso. Porém, a Mercedes pareceu longe da briga pelo título, tanto que mesmo ficando com o vice-campeonato no Mundial de Construtores, Hamilton foi um distante terceiro lugar no campeonato, atrás de Alonso em sua Ferrari capenga e de Vettel, com sua Red Bull dominadora. Precisando dar um outro passo rumo ao título, a Mercedes foi uma das poucas a permanecer com a mesma dupla de pilotos, com Hamilton liderando a equipe, com Nico Rosberg ainda procurando mais consistência durante todo o campeonato. 

Muito se falou nos bastidores que a Mercedes teria o melhor motor V6 Turbo desta nova geração de motores e se a equipe acertar com o novo carro, isso pode significar o tão sonhado passo rumo ao título mundial.  

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

STR9

Se filho de peixe, peixinho é, então o bico da filial pode ser bem parecido com o da matriz. Enquanto o tão esperado carro novo da Red Bull não dá as caras (ou o nariz...), a Toro Rosso mostrou seu bólido para 2014 e como não poderia deixar de ser, todos só prestaram atenção no bico do novo carro da Toro Rosso. Bonito? Claro que não!

Com Daniel Ricciardo usando como ponte para a Red Bull a Toro Rosso, como sempre quis Helmut Marko, os jovens pilotos da equipe deveriam estar mais animados do que nunca. Deveriam, já que Jean-Eric Vergne, um dos pilotos cotados para o lugar de Webber na Red Bull esse ano, não escondeu o desânimo de ter sido supero pelo então companheiro de equipe Ricciardo. Porém, Vergne tem que abrir o olho rapidinho. Daniil Kvyat, o novo piloto da equipe, não parece ser apenas um russinho com potencial para trazer fortes patrocinadores do seu país. Kvyat mostrou nas categorias de base que tem tudo para fazer sucesso na F1 e fazendo isso na Toro Rosso, pode fazê-lo subir para a Red Bull num futuro nem tão distante assim. 

Com um clima de cobrança fortíssimo, o clima dentro da filial Toro Rosso deve ser até mesmo mais pesado do que na matriz Red Bull, pois seus pilotos sabem que seu companheiro de equipe é seu maior adversário e eles sabem que a paciência de Helmut Marko não é das maiores. Um carro ruim ou bom não é desculpa para os jovens pilotos da Red Bull e a chance de sair da F1 pelas portas dos fundos (como Klien, Buemi e Alguersuari) não maiores do que ir para a matriz.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Panca!

De ontem para hoje houve as 24 Horas de Daytona, evento que praticamente abre as atividades automobilísticas nos Estados Unidos, ainda mais com Grand-Am e ALMS se juntando para criar a United Sports Car. Christian Fittipaldi venceu ao lado de Sebastien Bourdais, João Barbosa e Burt Friselle, mas o que ficará marcado na prova de 2014 foi o incrível acidente que se envolveu Memo Glidey. O fato de Glidey ter quebrado braço e perna esquerdos, já é quase um milagre pelo tamanho da panca.

C33

Na medida em que se aproxima o primeiro grande dia da temporada 2014, com os primeiros testes coletivos em Jerez de la Frontera nesta semana, mais carros saem do forno. Hoje foi a vez da Sauber apresentar seu novo carro e, como de hábito, todos os olhos voltaram-se para o bico do carro. Conservador como sempre foi a equipe ao longo dos mais de vinte anos de F1, a Sauber optou por um bico discreto e até o momento é o menos feio dos carros que já nos mostraram a cara.

A Sauber viveu um 2013 muito atribulado, com sérios problemas financeiros colocando o futuro da já tradicional equipe em xeque, mas acordos foram costurados e a Sauber parte para mais um ano em que ser o melhor das médias é o objetivo de sempre. Para melhorar o orçamento, a equipe manteve o mexicano Esteban Gutierrez, mesmo o estreante não ter impressionado e ter ficado bem aquém do esperado, principalmente em comparação ao seu compatriota Sergio Pérez. Com os contratos com os russos, o companheiro de Gutierrez seria Sergey Sirotkin, um adolescente de 17 anos que se tornaria o mais jovem a correr na F1, mesmo o russo nunca tendo demonstrado nada demais em sua curtíssima carreira. Porém, os acordos não saíram como o esperado e a Sauber deve ter ficado aliviada em não ter que engolir Sirotkin e apostou na experiência de Adrian Sutil, piloto que passou os últimos sete anos na Force India e pela primeira vez correrá sem estar debaixo das asas de Vijay Mallya.

Como já dito, a Sauber correrá para beliscar pontos e um resultado excepcional só deverá ocorrer em situações excepcionais. Com dois pilotos médios numa equipe média, a Sauber tentará uma temporada na média de sua história e sem passar sustos financeiros.

sábado, 25 de janeiro de 2014

F14T

Seguindo o padrão de bicos esquisitos, a Ferrari apresentou seu novo carro para 2014 hoje, o F14T, cujo nome foi escolhido pelos fãs do time de Maranello via internet. O lay-out do carro está bem parecido com o de 2013, mas o bico, como não poderia deixar de ser, está bem diferente. Dois fatos chamaram minha atenção. Se havia reclamações de que os carros da F1 atual estavam parecidos demais, não importando a equipe, foram apresentados três carros com três bicos bem distintos entre si de ontem para cá, já que o artefato é o principal diferenciador entre as equipes. Outro é que o bico do Ferra F14T ficou bem parecido com o Dallara da F-Indy.

Porém, a grande expectativa na Ferrari já foi discutida em vários fóruns nos últimos meses: como será o relacionamento Alonso-Raikkonen? Muitos, como eu, preveem um encontro explosivo e se a Ferrari tiver um bom carro, poderá fazer deste campeonato de 2014 uma edição épica do Campeonato Mundial de F1, com seus dois pilotos brigando de forma escarnecida pelo título. A vinda de Raikkonen para a Ferrari serviu para baixar um pouco a bola de Alonso, que já se sentia o reizinho de Maranello e não faltará 'pachecos' torcendo contra essa combinação, para tentar mostrar que Felipe Massa deveria ter ficado na Ferrari. Sendo que a permanência do brasileiro na equipe era insustentável e até mesmo atrapalhou um pouco Felipe, pois poucas equipes se interessaram por um piloto cujo último bom ano na F1 aconteceu há mais de cinco anos atrás.

Com o domínio acachapante da Red Bull nos últimos quatro anos, a Ferrari necessita de um título e Luca di Montezemolo estará pressionando bastante o sr. Stefano Domenicalli para que 2014 seja um ano de alegrias e títulos, mesmo que uma dupla como Alonso e Raikkonen possa ser tão explosiva, que poderia até mesmo entregar o título para um terceiro piloto.    

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

E22

Quando Felipe Massa saiu da Ferrari, todos torceram para que o destino do brasileiro fosse a Lotus. Quatro meses depois, mesmo Felipe tendo ido para a decadente Williams, essas mesmas pessoas devem estar dando graças à Deus por Felipe não ter ido para a cambaleante Lotus. O time baseado em Enstone já foi muita coisa nesses últimos 33 anos, quando estreou na F1 como Toleman. Já foi também Benetton, Renault e Lotus. Porém, a imagem que sempre teve era de uma equipe organizada e forte. Quando houve um maior investimento, a equipe se destacou, como os quatro títulos mundiais de piloto que conquistou. Porém, a obscura Genii está levando a Lotus para um buraco negro que ninguém poderá prever aonde vai acabar.

A apresentação do novo E22 foi no mesmo dia em que Eric Boullier, competente chefe da equipe nos últimos anos, foi anunciado que estava fora da Lotus. Provavelmente Eric não queria ser o último a apagar a luz, pois vários membros importantes da forte equipe que andou muito bem nos últimos anos com Raikkonen foram embora, incluindo aí o próprio finlandês. Em grave crise financeira, será difícil prever um ano de 2014 como os anteriores para a Lotus, ainda mais agora tendo Pastor Maldonado em suas fileiras. O venezuelano levou seus dólares petro-ditatoriais para o time esperando a forte Lotus dos dois últimos anos, mas Pastor deverá encontrar uma equipe em frangalhos. 

Já para a Romain Grosjean a situação é ainda mais desagradável, pois o francês ainda está na equipe graças a Bouiller, mesmo que sua nacionalidade ter ajudado no contrato com a Total. Sem seu maior apoiador, Grosjean pode sentir o baque justamente no seu melhor momento na carreira na F1.

Com relação ao carro, o bico não ficou muito bonito e deverá ser difícil encontrar um este ano. Porém, o mais importante, se o carro é rápido e poderá se desenvolver ao longo do ano, é que deve ser uma grande incógnita para a Lotus, assim como o seu futuro a curto, médio prazo.

MP4/29

Sendo este o último ano com a Mercedes após longa parceria, a McLaren vai aos poucos se desfazendo das amarras alemãs que mantinha até ano passado. Mesmo com algumas especulações de que o time novamente comandado por Ron Dennis poderia correr com o tradicional laranja, a McLaren permaneceu prata, mesmo que mais escuro do que no ano passado. Com a saída também da Vodafone, os charmosos detalhes em vermelho do carro saíram da McLaren e os pilotos do time se apresentaram com um macacão branco, deficiente de patrocinadores.

Porém, o que todos queriam ver era o novo bico do carro para as novas regulamentações de 2014 e o resultado foi um 'M' todo angulado, de gosto bem duvidoso. E a expectativa de outras lindezas como essa aparecerem nos próximos dias de apresentações dos novos carros.

Se o abalado Jenson Button permanece mais um ano na McLaren, mais líder do que nunca, Kevin Magnussen estreia com duas fortes expectativas sobre os seus jovens ombros. A primeira é que desde o furacão Lewis Hamilton nenhum outro piloto havia feito sua estreia na McLaren e a pressão sobre Magnussen é tentar repetir a performance impressionante de Hamilton no já longínquo 2007, quando o inglês quase foi campeão em sua primeira temporada. Claro que Kevin dependerá demais de como o MP4/29 irá se portar frente aos adversários, mas o dinamarquês terá que andar muito para superar esta expectativa, além de ter que fazer mais do que seu pai fez. Assim como Kevin, Jan Magnussen foi um virtuose nas categorias de base e cedo ficou debaixo da asa da McLaren, mas Jan nunca fez o que dele se esperava, mesmo ele nunca ter pilotado pela McLaren. Quase vinte anos depois, Kevin terá a oportunidade de fazer o que se esperava não apenas dele, mas também de seu pai.

Após um ano terrível como o de 2013, a McLaren começou 2014 com modificações profundas, com a volta de Ron Dennis à cena da McLaren, deixando o eterno braço-direito Martin Whitmarsh como... braço-direito mesmo. Vamos ver se a aura de Dennis poderá recuperar as tradições vitoriosas da McLaren, algo até fácil face ao péssimo 2013 do time, sendo que em 2015, a McLaren terá novamente a companhia da Honda como parceira. E louca para voltar a vencer. 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

VJM07

Alguns anos atrás, o mês de janeiro era cheio de apresentações de carros para a nova temporada de F1. Era um evento e tanto. Cada equipe reunia jornalistas e seus patrocinadores para apresentar a nova arma do time para conseguir seus objetivos, seja o título mundial, seja marcar alguns pontinhos. O tempo passou e as apresentações vão se tornando cada vez mais minimalistas e simples. Com a Internet sendo uma realidade global, os últimos anos foram de apresentações via internet para praticamente toda as equipes. É, a crise está braba!

Hoje, a Force India apresentou seu carro de um modo mais simples ainda. Divulgou uma imagem do seu novo carro, juntamente com a impressão dos cabeças da equipe e... voi là! O novo VJM07 está apresentado. Uma foto de perfil do novo carro mostra as novas cores da Force India, uma lateral mais robusta e o bico do carro, foco de grande curiosidade frente ao novo regulamento, bem baixo, mas não sendo possível identificar se como ficará.

E assim a F1 começa, de forma mais discreta possível, sua temporada de apresentações dos novos carros.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mito?

Em meados da década de 80, piloto japonês era sinônimo de piloto ruim e barbeiro. Seja Satoru Nakajima na F1, ou Hiro Matsushita na Indy, os nipônicos que corriam na época nas duas principais categorias do automobilismo mundial eram considerados chicanes ambulantes e retardatários habituais, mas nem sempre amigáveis, exemplificado pelo incidente Senna-Nakajima em Interlagos/90.

O tempo passou e a qualidade dos pilotos vindo do oriente melhorou consideravelmente, mas algumas características deles permaneceram intactas, como a agressividade selvagem que nos premiou com vários momentos banzai durante as corridas. Após Nakajima e Aguri Suzuki, aportou na F1 Ukyo Katayama, que graças ao dinheiro de patrocinadores do seu país andou em equipes menores da categoria por alguns anos e querendo andar mais do que o carro, ficou conhecido por essas bandas como 'Katagrama'. Porém, via-se em Katayama alguma velocidade que o fez marcar alguns pontos, mesmo que entremeada com alguns momentos cômicos. O mais importante foi que o preconceito com os pilotos do país do sol nascente diminuía cada vez mais e o próximo representante, Takuma Sato, sepultou de vez essa implicância e, de forma impressionante, se transformou em simpatia.

Campeão da F3 Inglesa (dizem que com motores especiais da Mugen, que dominava o campeonato na época), Sato foi talhado pela Honda para ser o melhor piloto japonês da história. Sato mostrou velocidade e agressividade, característica já inerente dos pilotos nipônicos, e foi o primeiro japonês a ficar conhecido como 'mito'. Mesmo andando em equipes boas, Sato era capaz de fazer grandes corridas e grandes asneiras em pouquíssimo tempo, como acontece comumente na Indy hoje em dia. Essa falta de constância o tirou da F1 e o mesmo aconteceu com o atual 'mito', Kamui Kobayashi. Rápido e agressivo, Koba foi capaz de ultrapassagens em lugares impossíveis e isso o tornou bastante popular, mesmo que a constância não fosse o forte do japonês. Por sinal, outra característica inerente dos pilotos japoneses...

Após um ano de fora da F1, Kobayashi foi anunciado como o novo contratado da Caterham ao lado do novato Marcus Ericsson. 'O mito voltou!', exclamou vários. Será mesmo? Primeiro que de mito, só vejo poucos pilotos na F1 atual, e eles estão brigando por títulos há algum tempo. E Kobayashi, mesmo com sua experiência sendo importante nesse atual momento da Caterham, foi contratado como piloto-pagante. As corridas poderão ser mais divertidas no pelotão de trás, pois com o carro que tem em mãos, dificilmente Kobayashi poderá fazer suas acrobacias que tanto encantou o público lá na frente, mas que teve pouco efeito prático para resultados mais concretos.  

sábado, 18 de janeiro de 2014

Ordens de equipe

Ah... ordens de equipe...

Essas três palavrinhas que causam tanto terror para quem gosta de automobilismo deu as caras novamente no Rally Dakar deste ano. A equipe Mini tem o melhor carro, equipe e pilotos do Rally Dakar 2014 e sem nenhuma surpresa, dominou o Dakar (sul-americano) deste ano. Porém, o espanhol Nani Roma, líder durante esta última semana, via a aproximação inapelável da lenda Stéphane Peterhansel, maior piloto de todos os tempos do off-road. O francês não teve um começo de rali muito auspicioso e imprimia um ritmo forte para tentar seu 12º triunfo no Dakar. Para quem não lembra, Nani Roma venceu o Dakar nas motos quando o rali ainda era na África em 2004, após várias tentativas frustradas. Inclusive, houve um ano que Roma teve um colapso nervoso numa das etapas finais quando percebeu que o Dakar lhe escorria pelas mãos novamente.

Com os três primeiros colocados garantidos, a Mini resolveu que a espetacular recuperação de Peterhansel, menos de três minutos atrás do companheiro de equipe no início do penúltimo dia, estava se tornando perigosa demais para os interesses da equipe. E solicitou encarecidamente a Peterhansel que tirasse o pé, o mesmo fazendo Roma. O francês ficou furioso. Liderando a volta da Peugeot ao Dakar nos próximos anos, Peterhansel se aproveitou de problemas de Roma no penúltimo dia e superou o espanhol, assumindo a ponta do Dakar. Porém, quem teve problemas (?) nesse último dia foi Peterhansel e Roma conseguiu uma emocionante virada, conquistando seu primeiro Dakar nos carros e fazendo a vontade da Mini.

Não foi a primeira vez que o Dakar foi decidido por ordens de equipe e em 1989 a disputa entre Jacky Ickx e Ari Vatanen foi decidida num cara-ou-coroa orquestrado pelo então diretor da Peugeot, Jean Todt. Vatanen venceu a disputa na moeda e Ickx, só para arengar, como se diz nessas bandas alencarinas, disparou na última especial, tirou a diferença para Vatanen e parou seu Peugeot nos metros finais para dar a vitória para o finlandês e obedecer o que queria a Peugeot na época.

Se o que Peterhansel teve em seu Mini foi um problema mecânico ou de estratégia no último dia de rali  Dakar permanecerá um mistério, mas o que estará nos livros é que Nani Roma venceu com o signo da velha polêmica das ordens de equipe. Os pilotos devem considera-las ou ignora-las? As equipes devem usa-las ou não? Essa discussão, não importando a categoria, nunca terminará.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Liga da negação

Estava assistindo agora há pouco um documentário bastante interessante e elucidativo chamado 'Liga da Negação'. Para quem não sabe, além de esporte a motor e futebol, também acompanho e curto bastante o futebol americano, para mim, o esporte coletivo onde a estratégia é parte mais significante de um jogo, onde uma escolha certa ou errada pode definir uma partida, além do jogo ser tão centrado no Quarterback, que um atleta bom ou nem tanto dessa posição realmente pode fazer a diferença. Claro que que trata de um esporte violento, mesmo com tanto QI sendo gasto para vencer uma partida. Imagine você ser atingido por uma montanha de músculos de 140 kg. Deve doer bastante...

O documentário retrata um problema que a NFL está lidando com as concussões que acontecem durante um jogo, um campeonato e numa carreira dos seus atletas. Problemas crônicos no cérebro fizeram com que alguns ex-atletas da NFL tivessem aposentadorias problemáticas e mortes mais cedo do que o comum. Isso o documentário fala com exatidão e contra fatos, não há muitos argumentos, apesar de que esteroides, drogas e álcool seja bem corriqueiro na vida dos jogadores da NFL.

Porém, este não é cerne da questão. Poucos dias atrás, apareceu uma pesquisa mostrando que a ESPN lidera as tardes e noites de domingo em canais fechados muito por causa de sua vasta transmissão da NFL. Será coincidência este documentário ter passado no SporTV, braço esportivo da Globo e principal rival da ESPN? Não acredito. Mesmo o futebol americano ser um esporte violento e não há como negar isso, a Globo e a própria SporTV transmite um esporte tão ou mais violento com grande destaque: o MMA. Mesmo a imagem da perna deformada de Anderson Silva ser impressionante, será que esses mesmos problemas que estão acometendo os ex-atletas da NFL não podem atingir essas mesmas estrelas do MMA?

Um tackle bem dado na NFL não teria um efeito bem parecido com os socos levados na cabeça pelos gladiadores do MMA? No final do documentário, especialistas falaram que o 'futebol americano é um esporte de risco' e 'não recomendaria ninguém praticar'. Será que foi bonito para a Globo mostrar o replay de Anderson Silva quebrando a perna? Será que Anderson terá uma vida normal após esse trauma? Será que o SporTV passará um documentário sobre os efeitos de anos de lutas e pancadas na cabeça dos lutadores do 'queridinho da grade' MMA? Acho que a resposta é uma grande negação.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Que pena!

Se tinha um cara que parecia ser gente boa no paddock da F1, este era John Button, pai de Jenson. Prestes a completar 34 anos, infelizmente Jenson Button não terá a companhia do seu pai, encontrado morto essa manhã. Uma pena...

sábado, 11 de janeiro de 2014

Devagar e sempre

Max Chilton começou sua carreira na F1 batendo um recorde. Algo louvável. Porém, o jovem inglês conseguiu a façanha na base do 'devagar e sempre'. Chilton completou todas as dezenove provas de sua temporada de estreia, um feito que deve ser relativizado pela enorme confiabilidade que a F1 ganhou nos últimos dez anos. Porém, Max teve seu mérito em levar seu problemático Marussia ao fim de todas as provas em 2013 e até mesmo merecia outra chance na forma de uma segunda temporada na F1. Porém, a confirmação de Chilton na Marussia em 2014 ao lado de Jules Bianchi tem mais a ver com a empresa de sua família, que investe pesado em Max do que pelo talento (pouco) ou o recorde conquistar pelo então novato. A F1 está cada dia mais estranha...

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Choro

Apesar de 99% do charme do Rally Dakar ter se perdido quando o rali saiu da África (e deixar de chegar em... Dakar!), ainda é enorme a o prestígio da prova, que hoje ocorre na América do Sul, mas especificamente na Argentina. É uma prova única, onde os pilotos e equipes se preparam durante um ano para quinze dias de muita ação. Por isso, é frustrante quando um piloto, como o português Paulo Gonçalves, vê sua moto pegar fogo ainda nos primeiros dias de disputa. É de chorar...

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Que pena...

Num ano que começou pesado, com os sérios problemas de saúde de Michael Schumacher e a incógnita de como o alemão sairá dessa, esse começo de 2014 ainda reservou a perda de Brian Hart, engenheiro inglês que produziu por quase duas décadas motores para a F1 de forma independente, com graus variados de sucesso, mas sempre limitado pelo pouco orçamento que dispunha. Bastante conceituado no paddock da F1, Hart entrou para a história como um engenheiro que sempre usou a inteligência para passar pelos obstáculos da F1 moderna, mas que sucumbiu aos 77 anos ontem, na Inglaterra. 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

O 307º GP

Ainda remoendo a tristeza que foi 2013, ainda mais que minha família foi abatida por uma tragédia na última segunda-feira, nada falei sobre Schumacher e o seu terrível acidente. 

Como este blog não é de notícias, não ficarei dando updates sobre o estado de saúde do alemão, para mim, o segundo maior piloto da F1, atrás somente de Fangio. 

Somente torcerei e acompanharei para que Michael Schumacher consiga a sua 92º vitória em seu 307º GP, o mais difícil deles todos.