Para quem assistia o Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1990, ficou a certeza de que uma nova estrela surgia forte na F1 e que Alain Prost teria um digno sucessor para as próximas temporadas. O começo de carreira de Jean Alesi na F1 foi um dos mais avassaladores na história da categoria e poucos apostavam que aquele francês baixinho e extremamente talentoso não fosse campeão nos próximos anos. Porém, escolhas erradas na carreira e um temperamento ameno demais para um ambiente competitivo como é o da F1 fizeram com que Jean Alesi jamais confirmasse as expectativas criadas em cima do seu começo de carreira, mas o francês foi uma das estrelas da F1 durante toda a década de 90 e graças à sua agressividade nas pistas, conquistou milhares de fãs, especialmente dos tifosi da Ferrari, equipe em que passou mais tempo. Completando cinquenta anos hoje, iremos conhecer um pouco mais da carreira de Jean Alesi.
Giovanni Robert Alesi nasceu no dia 11 de junho de 1964 em Avignon-Montfavet na França, filho de pais sicilianos que logo passaram a chama-lo de Jean para deixa-lo mais 'francês'. Filho de um fisiculturista, a infância de Jean Alesi foi dominada pela paixão pelos carros e por um sonho: um dia correr pela Ferrari. Algo que determinaria muito sua carreira profissional. Como é comum na carreira de milhares de pilotos, a carreira de Jean começou nos karts no início da década de 80, vencendo o certame francês aos 18 anos. Em 1983 Alesi participa da Copa Renault 5, mas sem ter muito interesse nas categorias de turismo, no ano seguinte o francês se transfere para a F-Renault. Após dois anos na categoria de acesso, Jean estreia na F3 Francesa em 1986 e surpreende ao conseguir o vice-campeonato à bordo de uma Dallara-Alfa Romeo, despertando o interesse de Hugues de Chaunac, que leva Alesi para a sua equipe de F3 e o jovem piloto não decepciona, se tornando campeão francês de F3 em 1987 com sete vitórias. Permanecendo na equipe de Chaunac, a Oreca, Alesi se transfere para o Campeonato Internacional de F3000 em 1988, mas a Oreca tem vários problemas internos, a começar pela escolha do chassi March, muito inferior aos Reynard, que dominaram a categoria naquele ano. Após três corridas, a Oreca trocou o March pelo Reynard e imediatamente Alesi mostrou resultado, conseguindo um segundo lugar em Pau em sua primeira corrida com o novo chassi. Porém, Jean não consegue de destacar até o final da temporada e termina o campeonato apenas em décimo lugar, sendo dispensado da equipe. Porém, Eddie Jordan acreditava que Jean Alesi era um diamante a ser lapidado e o contrata para sua equipe de F3000 em 1989. Esse seria o ano de redenção para Jean Alesi.
Com uma equipe estruturada e um ano de experiência, Alesi não demora a entrar na briga pelo título quando vence em Pau, terceira prova do campeonato após um quarto lugar em Silverstone. O maior adversário de Alesi naquele ano seria um adversário conhecido desde as categorias de base francesas, o compatriota Erik Comas. Enquanto disputava o campeonato da F3000 com sucesso, Jean Alesi recebeu uma oportunidade de ouro ainda em meados de 1989. Ken Tyrrell dispensou Michele Alboreto de sua equipe mesmo o italiano tendo conseguido um ótimo terceiro lugar no Grande Prêmio do México, quando o velho dirigente acerta um necessário patrocínio com a tabaqueira Camel, criando um conflito com o patrocinador pessoal de Alboreto, a Marlboro. O próximo Grande Prêmio seria em Paul Ricard, na França e Tyrrell precisava de um piloto com experiência na pista e Jordan indica Alesi para essa empreitada. Com a equipe de Eddie Jordan também patrocinada pela Camel, não houve maiores problemas e Alesi fazia sua estreia na F1 antes do imaginava. E que estreia! No mesmo final de semana em que seu companheiro de equipe na Jordan, Martin Donnelly, também debutava na F1, Alesi fez um treino classificatório razoável, conseguindo o 16º tempo. Após escapar do impressionante acidente de Mauricio Gugelmin na primeira largada, Alesi fez uma prova magnífica após a segunda largada, adiando ao máximo sua única parada de boxe e pilotando como um veterano. Utilizando o seu conhecimento de Paul Ricard, Alesi chegou a ser segundo colocado antes de fazer sua parada, fazendo uma improvável dobradinha com o seu ídolo Alain Prost, mas após sua parada Jean ainda recebeu a bandeirada em quarto lugar, marcando pontos logo em sua estreia. Caçador de talentos do jeito que era e sabendo que tinha uma estrela em potencial nas mãos, Ken Tyrrell imediatamente assina contrato com Jean Alesi para o resto do ano e nos próximos dois anos, mas o francês ainda tinha um campeonato a vencer.
O foco de Alesi no Campeonato de F3000 era tamanho, que ele assina com Tyrrell colocando como único senão, que ele não perdesse as corridas da categoria de base mesmo que houvesse coincidência de datas. Motivado como nunca, Alesi consegue um segundo lugar em Brands Hatch na F3000 para emendar duas vitórias consecutivas (Birmigham, um circuito de rua na Inglaterra, e Spa), garantindo o título na prova seguinte, penúltima do calendário, com um sexto lugar em Bugatti. Comas venceria as duas últimas corridas da temporada, realizadas na França, empatando em pontos com Alesi no campeonato, mas Jean levou vantagem por ter uma vitória (3) a mais do que Comas. Na F1, Alesi repetiria o quarto lugar de Paul Ricard em Jerez de la Frontera e mesmo só tendo disputado parte do campeonato, Jean garantia o título de Revelação do Ano. Contudo, ainda faltava uma temporada inteira para se provar do que Jean Alesi era capaz da fazer. Para 1990 a Tyrrell trocaria os pneus Goodyear pelos Pirelli, que havia surpreendido muita gente com o desempenho da borracha italiana em equipes pequenas, principalmente nas classificações. Logo na abertura do campeonato, em Phoenix, Alesi se classifica com um ótimo quarto lugar, sua melhor posição de grid e numa largada sensacional, o francês pulou para a ponta, superando as poderosas McLarens de Berger e Senna. Quando o austríaco bate sozinho, Senna aumenta o seu ritmo e parte para cima de Alesi, que vinha liderando a prova com a calma de um veterano. Tendo a potência do motor Honda V10 ao seu lado, Senna imaginava que não teria muitos problemas em ultrapassar Alesi em seu Tyrrell com motor Ford V8, que ainda por cima era uma versão cliente. Porém, a natureza do circuito de rua de Phoenix ajudava Alesi e mantinha Senna atrás de si. Conhecido pela agressividade, Senna colocou por dentro no final da reta dos boxes na volta 25 e parecia ter conquistado a primeira posição. Parecia. De forma admirável, Alesi colocou por dentro de Senna na curva seguinte e após alguns metros lado a lado numa pista estreita e rodeada por muros, Alesi se manteve na ponta. Pronto. Alesi havia feito seu nome na F1. Nove voltas depois Senna repete a manobra, mas se lembra de fechar a porta na curva seguinte e seguiria para mais uma vitória na carreira, mas não havia dúvidas que a estrela daquele dia abafado no Arizona era Jean Alesi, que com o segundo lugar, conquistava o seu primeiro pódio e a admiração de todos na F1.
Quando Alesi repete o segundo lugar meses mais tarde em Monte Carlo, chegando bem próximo de Senna, todos sabiam que a Tyrrell tinha se tornado pequena demais para o talento do francês. Mesmo Ken Tyrrell dizendo que tinha contrato com Alesi para 1991, todos sabiam que Jean estaria em outra equipe na temporada seguinte. Por sinal, não faltaram equipes interessadas nos serviços de Alesi, o que acabou atrapalhando o desempenho do francês, que após o pódio em Monte Carlo, não pontuaria mais em 1990. Após o bom resultado em Mônaco, a Williams anunciou que havia contratado Alesi pelos próximos três anos. A equipe de Frank Williams estava em seu segundo ano de parceria com a Renault e a tendência era que 1991 seria um ano forte para a Williams. Porém, a Ferrari acenou com um contrato para Alesi e a emoção falou mais alto. Além de ser um sonho de infância para Alesi, correr pela Ferrari significava que ele seria companheiro de equipe do seu ídolo Alain Prost, donde poderia aprender bastante para os anos vindouros. Houve um impasse para onde iria Alesi, mas a Ferrari acabou ganhando a queda de braço, ficando com Jean Alesi por muitos anos. Conta-se que uma das formas da Ferrari convencer Frank Williams de desistir de Alesi foi lhe doando um dos seu carros de F1 para Frank, que o mantém até hoje em seu museu particular. Sem Alesi, a Williams voltou seu foco para Nigel Mansell, que após o GP da Inglaterra anunciou que iria se aposentar da F1 no final de 1990, mas Frank demoveu essa ideia de Nigel e o trouxe de volta para sua equipe. O que aconteceria nos anos seguintes é história e essa decisão de Jean Alesi ficou conhecida como uma das piores trocas de equipe da história da F1. A Ferrari viveria seus piores anos de jejum nas temporadas seguintes, enquanto a Williams estava a ponto de iniciar seus anos de glória, vencendo cinco títulos entre 1992 e 1997.
Se a Ferrari brigou pelo título com a McLaren em 1990, ficava claro ainda no início de 1991 que nem ter Alain Prost na equipe seria suficiente para a Ferrari repetir a temporada de 1990. Ao invés de aprender com Prost, Alesi se viu numa estrutura desorganizada e povoada de politicagem, enquanto via o tecnológico carro da Williams, que poderia ser seu, assumir o bastão de carro capaz de enfrentar o poderio do binômio vencedor Senna-McLaren. Mas com Nigel Mansell. Quando Alesi conseguiu seu primeiro pódio com a Ferrari em Mônaco com um terceiro lugar, na quarta etapa do campeonato de 1991, a equipe de Maranello trocou o chefe de equipe Cesare Fiori por Claudio Lombardi, que havia conquistado muito sucesso na Lancia no Mundial de Rally. Porém, nem uma versão 'B' do modelo 642 levou a Ferrari de volta às vitórias. Alesi repetiria o terceiro lugar de Mônaco na Alemanha e em Portugal, mas Prost perdeu totalmente a paciência e após o GP do Japão, foi demitido após criticar o carro da Ferrari publicamente, o chamando de caminhão. Na verdade, Prost queria se livrar do contrato com a Ferrari e rumar para a Williams, a equipe do momento. Um ano após entrar na Ferrari, Alesi se via como primeiro piloto da equipe, mas 1992 se provaria ainda pior para a Ferrari. Muito pior...
O carro da Ferrari era mal-nascido e em duas corridas atípicas, Jean Alesi conseguiu ainda dois terceiros lugares em 1992, no Canadá e na Espanha. O companheiro de equipe de Alesi naquele ano, Ivan Capelli, teve um destino mais cruel e foi demitido ainda durante a temporada, substituído pelo piloto de testes Nicola Larini. Para 1993, a Ferrari contrata Gerhard Berger para ser o primeiro piloto da equipe e tendo um dos maiores salários da F1 na época. A equipe italiana gostava de Alesi, mas não via no francês um líder como fora Prost em 1990 para fazer o time evoluir, mas foi a chegada de Jean Todt, ainda em meados de 1993, que fez com que a equipe sofresse a revolução que poria fim do incômodo jejum da Ferrari. O problema para Alesi que isso não aconteceria nos próximos anos. Alesi consegue seu melhores resultado da temporada com um segundo lugar em Monza, casa da Ferrari, no GP da Itália de 1993. Durante a preparação para a temporada de 1994, Alesi sofre seu pior acidente na F1 num teste em Mugello e com problemas nas costas, fica duas corridas de fora no começo daquela temporada, privando Alesi de participar do trágico final de semana em Ímola. Quando retorna, Jean consegue uma interessante sequencia de resultados, marcando pontos constantemente, incluindo sua primeira pole na carreira, em Monza, mas a vitória lhe foi negada na prova italiana quando teve problemas de câmbio. Por sinal, com tantos anos correndo pela Ferrari, a primeira vitória de Jean Alesi na F1 já havia se tornado folclore dentro da categoria. A simpatia do francês fazia de Alesi uma das figuras mais queridas da F1 e seu estilo agressivo, além do fato de usar o número 27, o mesmo de Gilles Villeneuve, agradava bastante aos torcedores inflamados da Ferrari. Mas a vitória teimava a escapar das mãos de Jean Alesi...
Então veio o Grande Prêmio do Canadá de 1995. Alesi vinha fazendo uma boa temporada, com dois segundos lugares até então, mas brigar pelo título era uma utopia para a Ferrari daquele ano. O motor Renault dominava a F1 daquela época e Michael Schumacher, campeão em 1994, caminhava a passos largos para o bicampeonato. No circuito Gilles Villeneuve, correndo com a Ferrari número 27 que marcou a carreira do canadense e no dia do seu 31º aniversário, Jean Alesi largava apenas em quinto, mas se aproveitando de abandonos dos pilotos que iam à sua frente, estava num longínquo segundo lugar, atrás do dominador Michael Schumacher. Porém, o alemão da Benetton entrou nos boxes para uma parada não-programada, com problemas em seu volante, ficando muito tempo parado nos boxes. Alesi assumia a liderança com poucas voltas para o fim e os carros que vinham atrás dele, as Jordans de Rubens Barrichello e Eddie Irvine, tendo que diminuir o ritmo para não ter que reabastecer no final da prova. Numa chegada emocionante e comemorada por todas as equipes, Jean Alesi vencia pela primeira vez na F1 e na volta de desaceleração, com a torcida em êxtase dentro da pista, sua Ferrari parou sem combustível. Alesi pegou uma carona com Schumacher, que ainda voltou à pista numa das cenas mais famosas dos anos 90. Porém, o que Alesi não sabia naquele momento era que essa seria sua única vitória na F1.
Logo após seu momento de triunfo, Jean Alesi fica sabendo da negociação entre a Ferrari e Michael Schumacher, resolvendo mudar de ares. Quando a negociação milionária é finalizada, a torcida italiana não fica satisfeita em trocar Alesi, quase um italiano e tendo a pilotagem agressiva de um Villeneuve, pela frieza de Schumacher. Porém, esse era um plano de Todt para levar a Ferrari de volta ao topo e Jean não fazia parte dele. Alesi fica pouco tempo desempregado e juntamente com Berger, de quem se torna um bom amigo, se muda para a Benetton. Tendo conquistado os dois últimos títulos na F1, a Benetton parecia uma ótima escolha para Alesi, mas sem Schumacher, a Benetton não mantém o ritmo vencedor dos dois últimos anos. Alesi fica perto de vencer em Mônaco, debaixo de muita chuva, mas problemas mecânicos estragam a corrida do francês. O ano de 1996 é marcado por vários pódios e o quarto lugar no Mundial de Pilotos é a melhor posição na carreira de Jean Alesi, mas o ano acaba abaixo das expectativas para o francês, que apesar do mau relacionamento com Flavio Briatore, fica mais um ano na Benetton. Contudo, a temporada 1997 seria ainda pior para a Benetton, mas principalmente para Alesi. Logo na primeira corrida do ano, em Melbourne, Alesi liderava a prova, mas um problema no rádio fez com que Jean ficasse parado na pista sem combustível, enquanto a Benetton lhe sinalizava freneticamente através de placas para que ele fizesse seu pit-stop para reabastecer. No Grande Prêmio da França, Alesi se envolve num incidente com David Coulthard e meses depois, provoca um acidente perigoso com Eddie Irvine no Grande Prêmio da Áustria que leva o francês a ser colocado em observação por pilotagem perigosa. Enquanto isso, Gerhard Berger conseguia uma emocionante vitória no Grande Prêmio da Alemanha, demonstrando que o carro da Benetton não era tão ruim assim. Nesse momento da temporada, Briatore havia deixado o comando da Benetton e no que parecia ser uma boa notícia para Alesi, se torna péssima, quando o novo chefe da Benetton, David Richards implica com os altos salários de Berger e de Alesi. O austríaco aproveita para anunciar sua aposentadoria no final do ano e sem muita margem para renovar o seu contrato, Alesi ainda consegue a pole para o Grande Prêmio da Itália e perde a vitória para Coulthard durante a única parada de ambos, mas anunciando que estava saindo da Benetton no final da temporada.
Com 33 anos de idade, Jean Alesi estava longe do jovem piloto que encantou ao mundo no começo da década de 90. Sem opções nas grandes equipes, Alesi assina contrato com a Sauber para 1998 e pela primeira vez desde 1990, ele saía do pelotão da frente para brigar por pontos no pelotão intermediário. Numa classificação debaixo de chuva, Alesi consegue um segundo lugar no grid para o Grande Prêmio da Áustria, mas abandonaria ao bater com Irvine. Porém, no famoso e caótico Grande Prêmio da Bélgica, Alesi sobrevive aos vários incidentes para conseguir o que seria seu último pódio na F1 com um terceiro lugar. A temporada de 1999 seria menos proveitosa e com apenas dois pontos marcados e um segundo lugar no grid do Grande Prêmio da França, debaixo de muita chuva, Alesi via que seu tempo na F1 estava passando rapidamente. Seu antigo companheiro de equipe e ídolo Alain Prost havia comprado a tradicional Ligier em 1997 e com o conceito de uma equipe totalmente francesa, Alesi assina com a Prost para 2000. Porém, a Peugeot estava prestes a deixar a F1 e não se interessava mais em investir e desenvolver o motor para a Prost, enquanto Alesi tem dois momentos embaraçosos quando bate com seu companheiro de equipe Nick Heidfeld. Sem o apoio da montadora francesa, a Prost começa a sofrer com a falta de dinheiro e sem apoio para desenvolver o carro, Alesi passa a sua primeira temporada sem marcar pontos desde que entrou na F1. Mesmo sabendo de todos os problemas da Prost, Alesi fica mais um ano na equipe. Correndo com raça e mostrando a velha agressividade dos bons tempos, Jean Alesi arranca um pontinho em Monte Carlo e sua comemoração
efusiva emocionou a todos na F1 naquele dia no principado. Mesmo sendo um dos pilotos mais experientes do grid na época, Jean Alesi parecia correr como se ainda quisesse mostrar algo. Porém, os problemas financeiros começam a eclodir na Prost e Alesi divulga que estava sem receber salários, para profunda irritação de Prost. A velha admiração para com Alain Prost termina com sua saída conturbada da equipe do seu antigo ídolo. Porém, Alesi ainda tinha mais um pouco de lenha para queimar. Frentzen havia sido surpreendentemente demitido da Jordan e foi procurar abrigo na Prost, entrando no lugar de Alesi. Após testar o piloto de testes Ricardo Zonta, Eddie Jordan resolve trazer Jean Alesi de volta para a sua equipe depois de doze anos do seu triunfo na F3000. Alesi ainda marca um ponto com um sexto lugar em Spa e comemorou seu 200º GP nos Estados Unidos com uma pintura especial, mas aos 37 anos de idade, Jean Alesi anuncia que estaria se aposentando da F1 no final de 2001 e sua última corrida é marcada por um forte acidente com Kimi Raikkonen ainda na primeira volta, mas ainda assim Alesi é cumprimentado pelo finlandês e todas as equipes quando ele retornou aos boxes. Foram 201 corridas, uma vitória, duas poles, quatro voltas mais rápidas, 32 pódios e 241 pontos marcados.
Imediatamente após sair da F1, Alesi assina contrato com a Mercedes para disputar o DTM, onde consegue quatro vitórias em cinco temporadas. Com esse contrato com a Mercedes, Alesi realiza alguns testes com a McLaren em 2002, mas o francês se dedica ao Campeonato Alemão de turismo até 2006, quando se torna um andarilho do automobilismo. Em 2010 Alesi faz um breve retorno à Ferrari quando participa das 24 Horas de Le Mans pela equipe oficial da Ferrari, terminando em quarto na sua classe. Em 2012 Alesi anuncia que irá participar das 500 Milhas de Indianápolis pela Newman-Hass, mas quando a tradicional equipe fecha suas portas poucos dias antes do início dos treinos em Indianápolis, Alesi é convidado às pressas pela equipe HVM, mas o raquítico motor Lotus faz Jean Alesi passar um vexame histórico quando é desclassificado ainda no início da corrida por estar lento demais. Jean Alesi era uma promessa no início dos anos 90 e sua única vitória na F1, mesmo sendo muito popular, não cumpriu as altas expectativas depositadas em cima do francês. Carismático e amável, Alesi foi amigo de praticamente todos os seus companheiros de equipe ao longos dos doze anos em que correu na F1, mesmo a categoria sendo um ambiente competitivo e até mesmo as vezes hostil. Agressivo nas pistas, Alesi conquistou muitos fãs, principalmente os tifosi, que até hoje o idolatra. Mesmo não cumprindo o que dele se esperava, essa idolatria pelos torcedores da Ferrari, pelo qual sonhava correr quando criança, talvez seja mais significante para Jean Alesi do que os possíveis troféus que conquistaria se fosse para a Williams.
Parabéns!
Jean Alesi