"Ele foi o piloto que meu filho mais respeitava", falou o pai de Jim Clark logo após a morte do genial escocês. Ele, no caso, era o americano Dan Gurney. Quer frase melhor do que essa para mostrar o tamanho de Gurney no automobilismo? Pois ele, Gurney, fez muito mais. Criou uma aleta (Gurney Flap), construiu carros em várias categorias e conquistou o respeito nos dois lados do Atlântico, algo que somente poucos conseguiram. Além de ser o percursor do estouro do champanhe dos pódios, algo hoje corriqueiro em qualquer corrida no mundo. Dono de uma versatilidade impressionante, Gurney venceu na F1, na Indy e na Nascar, além de uma vitória nas 24 Horas de Le Mans. Mesmo construindo parte de sua carreira na Europa, batizou sua equipe de American Racers e seu carro ficou conhecido como Eagle, para lembrar da ave símbolo dos Estados Unidos. E com um Eagle, venceu sua última corrida de F1 em Spa em 1967, uma semana depois de vencer em Le Mans ao lado de A.J. Foyt com a Ford. Em tempos em que a segurança nas corridas era precária, Dan Gurney teve uma carreira longa e vitoriosa, tanto como piloto, como construtor, principalmente na Indy. Daniel Sexton Gurney viu com os próprios olhos gerações de carros e pilotos se sucederem em mais de seis décadas nas pistas de todo o mundo. Mesmo sem um título na F1, Gurney foi um grande na categoria, assim como na Indy, na Nascar e no Endurance. Hoje, aos 86 anos de idade, essa lenda do automobilismo nos deixou. O que nos conforta é que lendas nunca morrem. E não será fácil esquecer Dan Gurney.
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