Enquanto a Renault esteve associada à Red Bull, as deficiências do motor francês ficavam escondidos graças ao ótimo chassi construído por Adryan Newey. Porém, o ônus eram as brigas públicas entre os dirigentes de Red Bull e Renault, com a separação ocorrendo no final do ano passado. Ainda pelas farpas trocadas nos últimos anos, a Renault trouxe para a sua equipe Daniel Ricciardo, tirado da Red Bull de forma até surpreendente. Agora tendo sua equipe própria como a ponta de lança na luta contra Mercedes, Ferrari e Honda, a Renault aumentava ainda mais o investimento para finalmente voltar a brigar por vitória, ainda mais contando com um motivado Ricciardo, além da eterna promessa Nico Hulkenberg. Infelizmente para os franceses, a temporada 2019 está bem longe do esperado e o final de semana no Azerbaijão foi horroroso para a montadora gaulesa. Primeiro Hulkenberg ficou pelo caminho ainda no Q1, superando apenas as raquíticas Williams. Ricciardo foi ao Q2 meio que sabendo que não teria chances para ir ao Q3 e foi exatamente o que ocorreu. Em outras provas o ritmo de corrida da Renault era bem melhor do que na classificação, mas a mediocridade continuou no domingo. Hulkenberg fez uma corrida ordinária, onde foi muito atacado e ficou na última posição virtual da corrida, já que a Williams nem conta mais no pelotão intermediário. Se tudo isso não bastasse, a grande contratação da Renault para esse e os próximos anos, Daniel Ricciardo, se envolveu num dos acidentes mais bizarros dos últimos tempos e acabou entrando para o folclore da F1. O australiano tentava ultrapassar Kvyat numa briga por posição intermediária e ambos acabaram saindo da pista. Sem prestar muita atenção no que acontecia ao seu redor, Ricciardo engatou a ré e acabou atingindo o carro de Kvyat num acidente bisonho, terminando a corrida de ambos. Com quatro corridas em 2019, a Honda já ultrapassou a Renault como a terceira força entre os motores, enquanto a equipe cliente dos franceses, a McLaren, marcou pontos com seus dois carros, mesmo que a léguas do pódio. Os dirigentes da Renault terão muito trabalho para convencer os acionistas que continuem o investimento na F1.
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