O chamado trio-de-ferro Stéphane Peterhansel, Nasser Al-Attiyah e Carlos Sainz dominaram a competição nos carros. Os três multicampeões e melhor equipados nessa edição venceram quase todos os estágios, mas Peterhansel usou sua vasta experiência para triunfar pela oitava vez nos carros, que juntando aos seis das motos, faz do francês uma lenda inconteste do esporte a motor. Peterhansel venceu apenas um estágio, mas sempre ficou entre os primeiros e não teve problemas com os pneus, algo que atingiu com força tanto Al-Attiyah como principalmente Sainz, que no meio do rali se perdeu e terminou num distante terceiro lugar.
Nas motos o argentino Kevin Benavides se tornou o primeiro sul-americano a vencer o Dakar numa disputa apertada com Ricky Brabec, Sam Sunderland e Joan Barreda Bort. Foi também a segunda vitória consecutiva da Honda, derrotando novamente a dominante KTM. Infelizmente a morte se fez presente novamente com o falecimento do francês Pierre Cherpin, cinco dias depois do piloto amador cair feio e sofrer um traumatismo craniano. A morte também apareceu fora do Dakar, com o falecimento de Hubert Auriol, mítico piloto do antigo Paris-Dakar nos anos 1980, vencendo nas motos e nos carros, depois se tornando diretor da prova.
Finalmente nos caminhões, categoria dominada pelos países do leste europeu, o russo Dmitry Sotnikov ganhou pela primeira vez o Dakar com folga, mas seu caminhão Kamaz vem de uma longa dinastia no Dakar, seja aonde ele for.
Apesar das ameaças de cancelamento e as críticas ao país-sede por causa das seguidas violações aos direitos humanos por parte da Arábia Saudita, o Rally Dakar terminou com os grandes favoritos triunfando e com a esperança de que a edição de 2022 ocorra sem maiores problemas extra-competição.
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