O mundo da F1 perdeu um dos seus personagens mais importantes dos últimos quarenta anos, mesmo que muitos não o conheçam, mas John Hogan ajudou a tornar a F1 num esporte extremamente restrito num evento global. Australiano de nascimento e amante do automobilismo, Hogan chegou à Inglaterra como um homem de marketing e no começo da década de 1970 se juntou à Phillip Morris, gigante tabagista que começava a investir na F1 com a equipe BRM. Hogan deu um passo importante quando tirou Emerson Fittipaldi da Lotus a peso de ouro e o colocou na McLaren em 1974, iniciando uma parceria que duraria 22 anos, além de trazer o mítico desenho branco e vermelho da Marlboro. Com a F1 ficando cada vez mais lucrativa, Hogan sempre conseguia aumentar o budget da McLaren, principalmente quando Ron Dennis assumiu a equipe em 1981. Foram anos gloriosos com a McLaren e Hogan ficou conhecido como 'Marlboro Man'. Contudo, o envolvimento de Hogan no automobilismo não se restringia à F1. A Marlboro tinha a 'World Champioship Team', onde vários jovens pilotos conseguiam ascender à F1 com sua ajuda, como Senna e Hakkinen. Do outro lado do Atlântico, a presença de Emerson Fittipaldi na Indy trouxe a Marlboro para a categoria, primeiro com a Patrick e depois com a Penske, onde as cores da Marlboro estampou por décadas os carros de Roger Penske. No Mundial de Motovelocidade, a Marlboro patrocinou por muitos anos a Yamaha, ficando conhecida na equipe de Kenny Roberts do gênio Wayne Rainey, e desde 2003 patrocina a Ducati. Nos anos 1990 a Phillip Morris se juntou à Ferrari numa parceria que dura até hoje, mesmo a propaganda tabagista sendo proibida. John Hogan ficou na Phillip Morris até 2002 e no ano seguinte foi gerente na equipe Jaguar. Depois disso John Hogan ficou ainda mais nos bastidores, mas sua influência permaneceu forte até sua morte, aos 76 anos, por causa dessa terrível doença chamada Covid-19. Porém, John Hogan, o homem Marlboro, nunca será esquecido.
Da uma saudade enorme de ver as marcas tabagistas na F1, como a John Player, Camel, Mild Seven, West e mais, mas como temos a campanha WeRaceAsOne, não acredito que usariam essas marcas como patrocinio (mas vai que a FIA mostre sua incompetência com o slogan e volte com os patrocionios tabagistas, mesmo que seja legal de ver de novo).
ResponderExcluirA Marlboro também ficou conhecida na Motovelocidade ao patrocinar o time da lenda-viva Giacomo Agostini,com os três títulos nas 500 conquistados pela também lenda-viva Eddie Lawson.
ResponderExcluirVinicius.
Eu falei nisso. A Marlboro passou vários anos ligada à Yamaha, antes de se mudar para a Ducati.
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