Com isso, o caminho ficou praticamente livre para Al-Attiyah. O veterano catari de 51 anos usou a robustez e a confiabilidade da Toyota para vencer com até bastante facilidade seu quarto Dakar (2011, 15, 19 e 22), tendo como principal adversário a lenda do WRC Sebastien Loeb. Usando um BRX da famosa Prodrive, Loeb venceu várias especiais, mas o francês ainda aprende as manhas do Dakar e sua primeira vitória não demorará a acontecer.
As motos viu uma emocionante disputa que muitas vezes envolveram cinco pilotos separados por minutos, que numa disputa que soma mais de quarenta horas, é o mesmo que andarem colados! No fim o britânico Sam Sunderland conquistou o bicampeonato, superando a força da Honda de Pablo Quintanilla e a KTM de Mathias Walkner com sua Gas Gas, marca espanhola que foi comprada recentemente pela KTM e usa a tecnologia dos austríacos. Nos caminhões a Kamaz dominou inteiramente a disputa e no fim foi o russo Dmitry Sotnikov a conquistar o bicampeonato, enquanto seus três companheiros de equipe completaram a quadra da Kamaz. O Brasil teve um vencedor nos UTVs, protótipos leves que estrearam a pouco no Dakar e Gustavo Gugelmin, navegador do americano Austin Jones, derrotaram o espanhol Gerard Farrés no último dia de disputa.
No primeiro grande evento do esporte a motor no ano, não houveram exatamente surpresas. Até mesmo a morte, que sempre persegue o Dakar, surgiu no último dia com o falecimento de um chefe de mecânicos, que se acidentou numa etapa de deslocamento. Desde a saída do continente africano em 2008 o Rally Dakar perdeu em muito seu charme e até mesmo sua atratividade. Mesmo Argentina e Arábia Saudita mostrando os mesmos desafios de antes, nem todo o dinheiro dos árabes pode pagar uma largada aos pés da Torre Eiffel, a passagem pelas dunas do deserto do Saara e o fim ao lado do lago rosa em Dacar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário