O ano de 2025 tinha tudo para ser bastante especial para a Stock Car. Quebrando uma de suas tradições, a categoria passaria a usar veículos SUV como base dos seus carros substituindo os sedãs. Além do novo carro, um novo motor híbrido faria a Stock entrar na atual onda do automobilismo mundial, com motores cada vez mais eletrificados. Tudo muito bonito na teoria, mas a prática foi bem diferente. Tanto o novo carro como o novo motor se mostraram frágeis a ponto de uma etapa ter sido adiada para mais testes, com a confiabilidade dos novos carros sempre em questão. A insatisfação foi crescendo no paddock da Stock e na reabertura do Autódromo de Brasília um forte acidente envolvendo Bruno Baptista e João Paulo Oliveira levantou outro ponto, ainda mais grave: além de inconfiáveis, os carros também eram inseguros. O campeonato transcorreu literalmente aos trancos e barrancos, com uma polêmica grande em toda a etapa, seja pelos inúmeros problemas mecânicos, seja por erros crassos da organização. Na corrida Sprint em Interlagos, Felipe Fraga se sagrou bicampeão, mas antes uma bandeira vermelha por causa de uma chuva forte fez com que os comissários se embananassem e Gaetano di Mauro, rival de Fraga pelo título e que largaria em primeiro, fosse jogado para as últimas posições. Uma verdadeira várzea que começa a colocar a Stock em cheque. Antes tida e havida como a principal categoria da América do Sul, a Stock Car começa a sofrer com a concorrência da Nascar Brasil e as inúmeras polêmicas de 2025 causou uma enorme repercussão negativa entre equipes, pilotos e, preocupantemente, patrocinadores. Um ano para lembrar, pois a Stock precisa aprender com seus inúmeros erros para não repeti-los, até mesmo por questão de sobrevivência da categoria.

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