sábado, 11 de dezembro de 2010

Bernie por Bernie


Tendo completado 80 anos a pouco tempo, Bernie Ecclestone é capaz de ganhar dinheiro até na pórpria desgraça, como no episódio em que foi assaltado e espancado por marginais na Inglaterra. Comandante supremo da F1, Bernie já dava sinais de que mandaria na categoria há muitos anos atrás. Numa das melhores coisas da internet dos últimos tempos, a Quatro Rodas pôs todo seu vasto acervo no site da revista e me deparei com essa entrevista na edição de Fevereiro de 1977. "Bernie Ecclestone: este homem manda na Fórmula 1", a reportagem entrevista o então homem-forte da Brabham e da FOCA e descobre quem era a pessoa por trás do rápido crescimento da F1 34 anos atrás.

QR: Quem é você?

BE: Não sou muito alto, como você pode ver. Tenho 43 anos e nasci em St. Peters Suffolk, na Inglaterra. Trabalho sete dias na semana, 16 horas por dia, na minha equipe, Martini-Brabham, e também como presidente da Associação de Construtores da Formula 1. Não me considero um homem poderoso da Fórmula 1, como muitos pensam. Apenas sou um dos que mais trabalham.

QR: Como você começou?

BE: Estou ligado às corridas há muitos anos. Antes de entrar na F1, eu corri de motos e automóveis, até me dedicar somente a dirigir equipes. Comecei a correr com 16 anos, após abandonar os estudos para participar de competições de mototrial e velocidade. Em 1958, juntamente com Tim O'Connors, montei uma fábrica de motocicletas e participamos de várias corridas, até que ele resolveu partir para outros negócios. Eu continuei a competir de moto, mas resolvi experimentar o automobilismo. Foi uma experiência curta, pois sofri um acidente em Brands Hatch e parei por algum tempo. Depois de dois anos comprei um Cooper 2000 para fazer algumas corridas, mas acabei descobrindo que não tinha muito talento para isso. Como não queria ficar fora do ambiente, do qual gosto muito, resolvi me dedicar a carreira de manager...

A entrevista completa está no site e vale muito a pena ler e entender como, aos poucos, Bernie foi tomando conta da situação e ser hoje, de fato e direito, o homem que manda na Formula 1.

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