A Nascar Sprint Cup vinha de um domínio nos últimos anos de pilotos da Chevrolet. Mais especificamente, de Tony Stewart e Jimme Johnson, vencedores de todos os títulos desde 2005. Porém, justo no seu ano de despedida da Nascar, a Dodge mudou esse quadro graças ao talento de Brad Keselowski e da gestão de Roger Penske, multi-campeão na Indy, mas tendo conquistado seu primeiro título na Nascar em 2012.
Brad já não é nenhum garotinho e seu talento demorou um pouco a desabrochar, talvez por não vir de uma família rica, que optou por ele ao invés do seu irmão Brian Keselowski por questões unicamente monetárias. Brad começou a aparecer forte no mundo da Nascar em 2008, quando começou a se sobressair em equipes menores da Nationwide Series (espécie de 2º divisão da Nascar) e chamou a atenção de Rick Hendrick, dono da equipe mais vitoriosa da Nascar nos últimos anos. Porém, quando o carro de número 5 ficou vago na Hendrick na categoria principal, de forma inexplicável o veteraníssimo Mark Martin foi contratado em 2010, quando a lógico indicava Keselowski, um dos melhores da Nationwide Series e pronto para subir com força na Sprint Cup. Magoado, Keselowski foi para a Penske, uma das equipes mais tradicionais do mundo, mas sem tanta força na Nascar. Porém, o casamento entre Brad e Penske foi perfeito a ponto do piloto ter superado em seu primeiro ano completo na Nascar Sprint Cup seu companheiro de equipe, o campeão na Sprint de 2004 Kurt Bush.
As primeiras vitórias não tardaram a aparecer e este ano Brad Keselowski, juntamente com seu chefe de mecânicos Paul Wolfe, foram consistentes em todas as 36 etapas do campeonato. Carismático fora das pistas, a dupla do carro azul da Penske se caracterizaram por estratégias ousadas durante as provas e não raro Keselowski venceu poupando combustível. Brad raramente largava nas primeiras posições, escolhendo acertar seu Dodge para as corridas. Mesmo a Penske sendo uma potência na Indy, o time ainda não havia brigado pelo título na Nascar e muitos acreditavam que Brad e o time sucumbiriam frente a força e a experiência de Jimmie Johnson, que corria atrás do seu sexto título, e da Hendrick, com mais de dez títulos conquistados na Nascar. Porém, quem sucumbiu à pressão foi justamente Johnson. Em Phoenix, penúltima etapa do ano, um problema nas voltas finais fez com que Johnson perdesse a liderança e chegasse a última prova em Homestead com 20 pontos de desvantagem. Usando algumas de suas estratégias arriscadas, Keselowski chegou a ter seu título ameaçado ao andar no pelotão intermediário após largar na pole, mas no último pit-stop, o então líder Johnson viu sua equipe errar ao não apertar todas as porcas. Punido, Johnson corria para o tudo ou nada, mas nem deu para ver no que daria, com a quebra do câmbio do seu Chevrolet Impala poucas voltas depois.
Brad Keselowski correu tranquilo nas últimas voltas a ponto de terminar num obscuro 15º lugar. Mas era mais do que o suficiente para conquistar o título. Com 28 anos de idade, Brad Keselowski entrou para o olimpo da Nascar mais cedo do que rivais mais badalados de sua geração, como Kyle Bush, Denny Hamlin ou Joey Logano, mas pode estar iniciando uma nova era da Nascar, onde os garotos podem estar derrotando os velhos lobos.
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