Há uma estatística dizendo que o Grande Prêmio da Espanha, disputado no circuito dos arredores de Barcelona, quem largou na primeira fila ganhou a corrida desde 1997. E mesmo para a exceção, Michael Schumacher em 1996, foi debaixo de muita chuva e o alemão, que fazia sua primeira temporada na Ferrari, largou em terceiro. Resumindo, quem larga boa posição em Montmeló, tem meio caminho andado para conseguir um grande resultado na bandeirada, como se a pista espanhola fosse um travado circuito de rua. Pensando unicamente nessa estatística, a comemoração dentro dos boxes da Mercedes, bem mais efusiva do que das oportunidades anteriores, se faz mais do que correta.
Nico Rosberg largará pela segunda vez consecutiva na ponta, tendo ao seu lado Lewis Hmailton, que marcou a pole na China, demonstrando mais uma vez a força da Mercedes em ritmo de classificação. Porém, amanhã haverá outras 64 voltas para definir o vencedor da prova e é justamente nesse momento que a Mercedes tem pecado seriamente com seus pilotos, principalmente no quesito desgaste de pneus, vide o péssimo nono lugar do pole Rosberg no Bahrein. Se conseguir achar um mínimo equilíbrio, a Mercedes poderá vencer não apenas a corrida de amanhã, como outras ao longo do ano. Resta saber quando o time da estrela de três pontas conseguirá esse equilíbrio com dois pilotos tão diferentes.
Com a Mercedes ainda procurando se achar em ritmo de corrida, os olhos se voltam imediatamente para segunda fila, ocupada pelo líder e vice-líder da temporada. Vettel e Raikkonen atacarão os carros prateados amanhã como o alemão fez no Bahrein três semanas atrás e tentará outra vitória, mas Kimi se agarra no ótimo de ritmo de corrida da Lotus, bem superior ao ritmo de classificação do time aurinegro. E ainda há o fator Alonso, sempre muito forte na Espanha, onde é ídolo, apesar dos empurrões em fotógrafos, mas mostrando bem como a Ferrari ainda não se encontrou em ritmo de classificação, o espanhol tomou meio segundo no quengo, com Felipe Massa apenas um milésimo mais lento. Se na Ferrari houve uma grande paridade entre seus pilotos, na Red Bull e na Lotus há um pequeno abismo no desempenho dos seus pilotos e Webber fica cada dia mais longe de fazer sua vendetta contra Vettel. Decepções para Button, que viu Pérez passar ao Q3, enquanto o inglês da McLaren ficava em 14º e seis décimos mais lento que o mexicano, que parece ter despertado, e a Williams, que largou na pole no ano passado, mas em 2013 viu seus dois carros ficarem pelo caminho no Q1.
Porém, mudanças podem ocorrer mais tarde, com punições a Massa, Gutierrez e Maldonado por atrapalhar pilotos mais rápidos. São três pilotos que necessitam de resultados para seu futuro na F1. Hoje, pela primeira vez em anos, a Globo não levou Reginaldo Leme para a transmissão do final de semana da F1, algo histórico, assim como não demorou para Rubens Barrichello falar besteira, quando pediu, ao vivo, que a Williams o contrate para melhorar o carro. Ridículo! E depois falou mal de Michael Schumacher de forma velada... Acho que Rubens deve ter alguma patologia para com Michael, ou, sendo mais simples, tem muita inveja mesmo! Para amanhã, a corrida não deve ter tantas emoções como é o normal do muito testado circuito de Montmeló, mas será interessante ver o desempenho da Mercedes em ritmo de corrida, como Vettel e Raikkonen se sairão na segunda fila e como Alonso tentará fazer a alegria da massa espanhola em Barcelona.
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