Dentre os inúmeros nomes que a principal categoria da Nascar já teve, uma delas foi Sprint Cup. Hoje chamada de Monster Cup Series, a Nascar teve um final mais digno da antiga patrocinadora, onde o campeão foi conhecido por causa de um sprint final de arrepiar na última etapa em Homestead.
Por causa do complicado sistema de play-offs que a Nascar implantou a alguns anos, quatro pilotos chegaram à Homestead com chances de ser campeão, onde bastava chegar na frente para vencer o título. Os candidatos eram Kevin Harvick, Kyle Busch, Martin Truex Jr e Joey Logano. Com exceção do último, todos com pelo menos um título na carreira e vindo de temporadas mais sólidas do que o jovem piloto da Penske, mas como ocorriam nos tempos do mata-mata, bastou uma noite feliz para que Logano se sagrasse campeão da Nascar depois de um sprint final nas últimas quinze voltas, após a última relargada do ano. Os quatro contendores fizeram a corrida praticamente inteira juntos e dentro do top-5, o que trazia uma tensão toda especial para essa final de campeonato, mas como sempre acontece nas corridas da Nascar, tudo sempre é decidido na relargada final e foi assim mais uma vez.
Talvez com o pior carro dos quatro, Busch tentava uma manobra arriscada ao ficar na pista sem paradas, mas uma bandeira amarela causada pelo companheiro de equipe Daniel Suárez fez com que todos os quatro parassem por uma última vez e saíssem juntos para as quinze voltas finais. Mesmo ajudado pelo ótima trabalho da equipe Joe Gibbs, Busch logo caiu de primeiro para quarto. O atual campeão Truex Jr relargou melhor e tinha pinta que seria bi, mas Logano deixou Harvick para trás e numa bela manobra nas voltas finais ultrapassou Truex rumo a vitória e ao título.
Joey Logano era considerado a zebra (ou underdogs, como os americanos gostam) do dia, mas contou com a força da Penske para conseguir um carro muito forte no momento mais importante da corrida: a última relargada. Logano fora considerado um prodígio no começo da carreira e com apenas 18 anos fez sua estreia na categoria principal e logo no mítico carro 20 laranja, que por muitos anos fora de Tony Stewart. Talvez pela juventude e pela pressão de ser uma aposta de Joe Gibbs, Logano teve vários anos esquecíveis até ser demitido pelo seu revelador. Amigo de Brad Keselowski, que tinha sido campeão pela Penske, Logano foi contratado pela equipe do Capitão e com menos pressão e se sentindo mais confortável, Logano finalmente mostrou a que veio, conquistando vitória e brigando pelo título. Nas duas vezes em que chegou à corrida final com chances de título, vacilou nas últimas voltas, mas em 2018 o americano de 28 anos fez tudo certinho para confirmar o que dele se esperava há dez anos.
Algumas corridas atrás Logano conseguiu a sua vaga na 'final' em Homestead numa manobra discutível em cima de Truex em Martinsville na última curva, aumentando a fama de piloto não muito bem quisto dentro da Nascar. A disputa entre os dois foi limpa hoje, mas vale o velho questionamento que sempre aparece no futebol. Pontos corridos ou mata-mata? Logano não foi o piloto com mais vitória ou mais consistente e ainda conseguiu sua vaga na finalíssima ao jogar sujo com Truex. A desculpa de Logano na época fora que para tentar o título, deveria se tentar de tudo e assim Joey fez. Justo? Talvez não. Emocionante? Com certeza, mas Joey Logano não está nem aí para elucubrações e agora tem um título da Nascar para dizer que é seu!
Nenhum comentário:
Postar um comentário