Ele foi um dos meus pilotos preferidos e acabar um ano, que já tinha deixado claro que tinha sido nada bom, dessa maneira chega a doer. Gil de Ferran foi daqueles pilotos unânimes em termos de qualidade técnica e conhecimento em mecânica. Nos últimos bons anos da Indy, Gil conseguiu um bicampeonato de forma categórica, alavancando a Penske, após anos nada bons da tradicional equipe. Quando a Penske foi para a IRL e só corria de oval, Gil permaneceu fiel à equipe de Roger Penske e venceu uma 500 Milhas de Indianápolis em 2003, além de conquistar o vice-campeonato nesse mesmo ano. Se aposentou com apenas 36 anos, fazendo algumas corridas aqui e ali. Após fazer uma carreira de sucesso na Europa, Gil de Ferran chegou a paquerar com a F1, inclusive num teste com a poderosa Williams em 1993. Para muitos, Gil teria plenas condições de ter feito um bom papel na F1, mas o destino quis que Gil de Ferran obtivesse muito sucesso na Indy, onde foi, na minha modesta opinião, o melhor brasileiro a correr na categoria. E o melhor piloto brasileiro no período pós-Senna. Como diria o poeta, se Gil não foi para a F1, azar da F1. Sorte da Indy. Nesse finalzinho de ano, exatamente dez anos após o acidente de Michael Schumacher, chegou a notícia da morte de Gil de Ferran, com apenas 56 anos, vitima de infarto. O automobilismo está de luto.
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