quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O último playboy da F1



Numa Formula 1 marcada pelo politicamente correto, um piloto fanfarrão e folgado como Eddie Irvine não teria vez. Atrás do rosto de paisagem e dos seus estilosos óculos escuros, escondia um piloto super agressivo, mas que a experiência tratou de acalmar Irvine, que participou da primeira fase da reconstrução da Ferrari com a chegada de Michael Schumacher. O irlandês tinha tudo para ser apenas um modesto segundo piloto, mas uma série de fatores e coincidências fizeram com que Irvine quase tirasse a Ferrari do jejum de títulos do Mundial de Pilotos. Sincero e algumas vezes polêmico, Eddie Irvine dizia o que pensava e isso lhe trouxe algumas antipatias e também muitos torcedores como fãs, ávidos em saber o que realmente os pilotos da F1 pensavam. Completando 45 anos nessa semana, iremos conhecer um pouquinho mais desse piloto que marcou a década de 90.

Edmund Irvine Jr. nasceu no dia 10 de novembro de 1965 na pequena cidade de Newtownards, na Irlanda do Norte, porém Eddie sempre correu pela Irlanda. A infância do pequeno Edmund girava em torno do automobilismo, juntamente com sua irmã, Sonia, pois o patriarca da família, que também se chamava Edmund (ou Eddie) era um piloto amador pela Grã-Bretanha. Por isso, Irvine começou no automobilismo de uma maneira pouca ortodoxa. Ao invés do kart, como fizeram a grande maioria dos seus contemporâneos, Eddie começou a correr com os carros de corrida do seu pai. Quando completou 18 anos, Eddie fez sua estréia no automobilismo profissional ao ingressar na F-Ford Inglesa em 1983, onde corria com uma equipe própria. Irvine foi um piloto com um progresso lento, só conseguindo bons resultados em sua terceira temporada. Em 1987, Eddie foi contratado pela equipe oficial da Van Diemen, a mesma que havia dado todos os títulos de F-Ford a Ayrton Senna poucos anos antes, e Irvine se aproveitou para conquistar dois campeonatos com um belo cartel de 19 vitórias em 36 corridas.

Por sinal, Irvine sempre admirou Senna, mesmo com a diferença de idade sendo de apenas cinco anos entre eles, e após um tempo usando um capacete branco passou a utilizar uma réplica do casco do brasileiro, mas anos depois Irvine passou a utilizar um capacete laranja, verde e branco, mas com o mesmo lay-out do capacete de Senna. Ainda com o capacete amarelo, Irvine estreou na F3 Inglesa em 1988 pela equipe WSR (West Surrey Racing) com toda a moral de quem havia acabado de conquistar o famoso Festival de Formula Ford, uma espécie de mundial da categoria. Porém, a equipe WSR, uma das melhores da Inglaterra, fez a escolha do motor Alfa Romeo, enquanto as demais equipes utilizaram os superiores Toyota, mas Irvine não fez feio ao conseguir a quinta posição no campeonato com oito pódios. Mesmo sem nenhuma vitória na temporada, 1988 foi de grande valia para Irvine, pois no final do ano ele conseguiu a pole para o tradicional Grande Prêmio de Macau e chegou a vencer a primeira bateria. Apesar de não ter conseguido o triunfo na final, Eddie chamou a atenção da Marlboro, que o patrocinaria por mais de dez anos. A tabaqueira levou Irvine a assinar com a equipe Pacific, que estrearia em 1989 no Campeonato Europeu de F3000. O noviciado do time fez com que Irvine tivesse altos e baixos durante o ano, onde conseguia um ótimo 3º lugar em Enna-Pergusa após largar em penúltimo na etapa anterior. Porém, Irvine terminou a temporada em nono lugar e, o que era ainda mais importante, à frente de J.J. Lehto, outro piloto apoiado pela Marlboro, mas que também era piloto de testes da Ferrari. Os bons resultados de Irvine o levaram a assinar com a equipe de Eddie Jordan em 1990, que havia acabado de conquistar o título da F3000 com Jean Alesi e ainda teria outro piloto que seria uma estrela na F1 no futuro: Heinz-Harald Frentzen.

A temporada parecia promissora para Irvine, mas a equipe Dams, com Erik Comas e Allan McNish dominaram a temporada, com o título ficando para o francês. Como Frentzen ainda era um novato e Emanuele Naspetti não se adaptou por completo ao time, Irvine tomou as rédeas da equipe e foi o melhor piloto do time, conquistando uma vitória em Hockenheim, terminando o campeonato num ótimo 3º lugar. Porém, as portas da F1 não se abriram de imediato e Irvine não tinha nenhuma equipe interessada nele para 1991. Uma boa participação do irlandês na tradicional corrida de F3 em Macau abriu outras portas para Eddie. O Japão estava investindo muito dinheiro no automobilismo, animado com a atuação da Honda e do seu maior ídolo, Ayrton Senna. Um eldorado foi lançado no Oriente e vários jovens pilotos europeus foram para o Japão, onde participariam de um campeonato tão forte quanto a F3000, a F-Nippon, além de conseguir ganhar muito dinheiro com contratos poucas vezes vistos para pilotos sem experiência como eles. Irvine desembarcou no Japão no início de 1991 para correr na F-Nippon pela equipe Cerumo, juntamente com outros bons pilotos, como Frentzen, Mika Salo, Roland Ratzenberger e Jeff Krosnoff. Enquanto corria no forte campeonato nipônico, Irvine estabelecia contatos para realizar o velho objetivo de chegar a F1. Após duas temporadas regulares, Irvine foi vice-campeão da F-Nippon em 1993, às vésperas do Grande Prêmio do Japão de F1. O velho amigo Eddie Jordan tinha uma equipe na F1, mas precisava de dinheiro para completar o orçamento e não raro o irlandês alugava o segundo cockpit a pilotos-pagantes. Irvine falou com Jordan e com a ajuda de alguns fortes patrocinadores japoneses, fez sua estréia em Suzuka, praticamente o quintal de casa de Eddie. Como a F-Nippon era uma categoria onde os testes eram liberados, Irvine conhecia Suzuka como poucos e de forma surpreendente, Eddie conseguiu superar Rubens Barrichello, o piloto full-time da Jordan. Em uma corrida sólida, mesmo tendo colocado Derek Wawrick para fora da pista nas voltas finais, Irvine terminou a prova em sexto, logo atrás de Barrichello, marcando seu primeiro ponto logo na estréia. Mas isso não seria o ponto principal de Irvine naquele dia de outono de 1993 em Suzuka.

Durante a corrida, Irvine se viu numa situação inusitada, pois seu ídolo Ayrton Senna estava colado em sua traseira a ponto de lhe colocar uma volta. O brasileiro era pressionado por Damon Hill e rapidamente deixou a Jordan do irlandês para trás. Para surpresa e desespero de Senna, Irvine deu o troco logo depois. Mesmo tendo vencido a corrida, Senna ficou louco da vida e foi ao motorhome da Jordan conversar com Irvine. Como tricampeão mundial, Senna deu uma carteirada em Irvine, que permanecia calmo com a situação. Quando perguntou o porquê do novato ter lhe ultrapassado quando havia acabado de tomar uma volta, Irvine não se fez de rogado e disse que fez isso por que Senna estava lento demais. Se já estava furioso, Senna ficou alucinado e partiu para cima de Irvine, que ainda levou um soco do brasileiro. Barrichello, Eddie Jordan e Jo Ramirez (diretor da McLaren) tiveram que intervir, mas o soco levado foi um troféu que Irvine sempre levou consigo. O bom resultado de Irvine em Suzuka lhe garantiu uma segunda corrida com o time em Adelaide e após outra corrida sólida, mais o aporte financeiro dos patrocinadores japoneses e da Marlboro, Irvine conseguiu um contrato de dois anos com a Jordan. Agora com uma pré-temporada para se acostumar com o carro, a tendência era que Irvine melhorasse seu desempenho, mas o irlandês era muito impetuoso e isso ficou claro logo na primeira corrida de 1994, quando provocou um perigoso acidente em Interlagos, no final da reta oposta, onde Martin Brundle e Jos Verstappen também se envolveram. Irvine foi suspenso por três corridas pela barbeiragem, só retornando na Espanha. Mesmo com Barrichello sendo mais experiente e até mesmo mais promissor, Irvine andava junto com o brasileiro, algumas vezes o superando durante os treinos, mas nas corridas Barrichello foi amplamente superior, mesmo com Irvine conseguindo duas pontuações já no final da temporada.

Em 1995 a Jordan fez uma ótima pré-temporada e Rubens Barrichello falou para quem quisesse ouvir que tinha chances de ser campeão. Foi um blefe e o brasileiro ficou ainda mais queimado frente a torcida tupiniquim por ter dito tamanha besteira. Porém, a Jordan tinha feito um bom carro e Irvine passou a superar Barrichello com alguma freqüência, chegando a abrir 6 a 0 nas Classificações. E foi justamente na sexta corrida da temporada que Irvine conseguiu seu melhor resultado até então. Montreal viu uma corrida cheia de abandonos e a prova disso foi que Jean Alesi finalmente conquistava sua primeira e única vitória na F1. Mais atrás, os dois carros da Jordan faziam a arriscada estratégia de uma parada, que poderia provocar uma pane seca nos seus dois pilotos, mas Barrichello e Irvine conseguiram economizar combustível chegaram em 2º e 3º na corrida e Eddie subia ao pódio pela primeira vez na F1. Porém, isso poderia se tornar mais habitual na temporada seguinte. A Ferrari negociava com Michael Schumacher para que o alemão liderasse o renascimento da equipe italiana, que não vencia um Mundial de Pilotos de 1979. Todos já sabiam que Schumacher entraria no lugar de Alesi, mas ainda restava saber quem seria o segundo piloto. Berger tinha uma personalidade forte e não aceitaria ser, novamente, segundo piloto de uma equipe e a Ferrari procurou no mercado alguém que fosse apenas um obediente segundo piloto. Para financiar toda a nova estrutura montada pela Ferrari, Jean Todt, chefe do time, negociou um novo contrato com a Marlboro e a tabaqueira acabou por indicar Eddie Irvine. No Brasil isso foi tratado como uma intriga de Schumacher, que teria ‘medo’ de enfrentar Barrichello na Ferrari, mas a verdade foi que Irvine superou constantemente o brasileiro nas Classificações e superou Barrichello no Mundial de Pilotos.

Porém, Eddie não teria vida fácil, com toda a Ferrari orbitando em torno de Schumacher e o alemão participando praticamente de todos os testes. Contudo, Irvine surpreendeu a todos quando superou Schumacher na Classificação da primeira etapa em Melbourne e enquanto o alemão abandonou a prova (após Irvine ter sido obrigado deixar o alemão passar), Eddie subia ao pódio em 3º. Foi apenas um sonho. A Ferrari tinha um carro bastante inconfiável e Irvine só terminaria outras cinco corridas, sem muito destaque, até o final do ano. Nesse momento, Schumacher já mostrava sua magia e conquistava vitórias tiradas do fundo da cartola e em 1997, com a Ferrari mais evoluída, Schumacher brigou pelo título com Jacques Villeneuve com a ajuda providencial de Irvine. Num dos bons momentos de Eddie nesta temporada, o irlandês chegou em 2º no GP da Argentina colado em Villeneuve e o bom relacionamento entre os dois pilotos praticamente acabou ali. Com sua língua afiada, Irvine dizia que Schumacher era mais piloto do que Villeneuve e o canadense ficou extremamente irritado quando Irvine ajudou descaradamente Schumacher no Grande Prêmio do Japão, chegando o irlandês a abrir passagem para Schumacher e fechar Villeneuve logo em seguida. Nos treinos livres para o Grande Prêmio da Europa, que decidia a temporada de 1997, Irvine e Villeneuve se encontraram na pista e os dois ficaram se fechando. O canadense ficou injuriado e chegou a sair do seu carro para reclamar de Irvine no box da Ferrari. Todos pensavam que Irvine jogaria seu carro em cima de Villeneuve durante a corrida, mas quem fez isso foi Schumacher e o alemão perdeu o título para o canadense. Com a dominação da F1 passando da Williams para a McLaren, mais uma vez a Ferrari teve que correr atrás em 1998 e Schumacher era o líder do time, enquanto Irvine teria que se conformar com as migalhas, porém, o irlandês conseguia resultados mais sólidos, pouco fazendo lembrar o piloto maluquinho de quanto entrou na F1. O quarto lugar no Mundial de Pilotos, com oito pódios durante a temporada, era o melhor resultado de Irvine até então e o irlandês iniciou 1999 com o pensamento que seria novamente o apoio de Schumacher em sua luta para a Ferrari voltar a ser campeã. Porém, uma série de fatores fez com que Eddie quase entrasse para a história da F1.

Logo de cara, Irvine viu Schumacher ter problemas no grid do Grande Prêmio da Austrália de 1999, primeira etapa do ano, e o irlandês era o único representante da Ferrari quando as duas dominantes McLarens quebraram à sua frente ainda no início da corrida. Irvine se viu liderando a corrida sem nenhum dos outros três carros de ponta a lhe pressionar e o irlandês teve categoria para conseguir sua primeira vitória na F1. Todos ficaram felizes por Eddie, mas estava claro que aquilo não teria acontecido se Schumacher ou as duas McLarens tivessem continuado na prova. Isso ficou claro nas provas seguinte, mas Irvine, sabendo do seu papel, pontuava de forma consistente, enquanto Hakkinen, Schumacher e Coulthard brigavam lá na frente. No Grande Prêmio da Inglaterra, Schumacher perdeu os freios da sua Ferrari no final da reta Stowe, bateu forte e tinha a perna esquerda quebrada em dois locais. Mesmo com Irvine tendo terminado em 2º essa prova e estar com os mesmo números de pontos de Schumacher, todos diziam que o título de Mika Hakkinen era favas contadas. Porém, como piloto de número 1, Irvine agora teria tudo o que Schumacher usufruiu nos últimos anos. Mika Salo substituía Schumacher e o finlandês, muito amigo de Irvine, seria essencial já na prova seguinte, na Alemanha. Hakkinen tinha a corrida nas mãos, quando teve um problema no seu carro e bateu forte. Com Coulthard tendo sofrido algumas punições, isso significava que a Ferrari liderava a prova em Hockenheim. Mas era Salo que ponteava a corrida. Se sentindo numa situação inversa, Irvine viu o finlandês lhe abrir caminho rumo a uma dobradinha da Ferrari e Irvine assumia a liderança do Mundial. Da mesma forma como falavam após a vitória na Austrália, não faltou quem dissesse que aquilo havia sido sorte de Irvine. Mas ela iria se manifestar uma semana depois. Na Áustria, as duas McLarens estavam imbatíveis, mas ainda na primeira volta, Coulthard tocou em Hakkinen e o finlandês caiu para último. O escocês liderou a maior parte da corrida, com Irvine em seu encalço. Utilizando a genialidade de Ross Brawn a seu favor, Eddie emulou Schumacher e conseguiu ultrapassar Coulthard nos boxes, segurando a pressão do piloto da McLaren até o final da corrida. Era a terceira vitória de Irvine na temporada e a confirmação do irlandês na liderança do Mundial de Pilotos. Poucos podiam acreditar no que estava acontecendo, mas a Ferrari começou a sentir falta de Schumacher e seu feeling em conseguir melhorar o carro. A Ferrari fez corridas horrorosas em Spa e Monza e Irvine marcou poucos pontos, fazendo com que Hakkinen, Coulthard e surpreendente Frentzen encostassem na briga pela liderança do campeonato. Em Nürburgring, a Ferrari continuava mal, mas as mudanças climáticas fizeram com que Irvine tivesse uma esperança, mas o time de Maranello cometeu o calamitoso erro de esquecer um pneu num dos pit-stops de Irvine e o irlandês perdeu a ponta do campeonato para Hakkinen.

Na nova corrida na Malásia, Schumacher retornava à F1 como segundo piloto de luxo para Irvine e o alemão provou ainda estar em ótima fase quando dominou a prova malaia, humilhou Hakkinen e entregou a vitória para Irvine. O irlandês retomava a liderança do Mundial e após um susto pelas Ferraris terem sido desclassificadas, Eddie chegava a Suzuka, sua pista favorita, como líder do campeonato. O irlandês estava claramente nervoso e não repetiu as ótimas atuações que sempre teve em Suzuka, dependendo unicamente de Schumacher para segurar Hakkinen. Largando apenas em 5º, Irvine viu Hakkinen largar melhor do que Schumacher e disparar na ponta. Irvine ainda chegou ao 3º lugar, mas mesmo que Schumacher lhe abrisse a porta, Hakkinen ainda era o campeão. Sabendo disso, a Ferrari preferiu manter as posições e Hakkinen era bicampeão, acabando com o conto de fadas de Irvine. A verdade e provavelmente o próprio Irvine soubesse disso, aquela era a única chance de Irvine ser campeão. Schumacher foi acusado de não ter se esforçado o que podia para não fazer Irvine quebrar o jejum ferrarista, mas Eddie não aceitaria mais ser o segundo piloto da Ferrari e saiu da equipe italiana no final de 1999, se mudando para a Jaguar. O time era a antiga equipe Stewart, que fora comprada em definitivo pela Ford e havia feito uma ótima temporada em 1999 com Rubens Barrichello e Johnny Herbert. Havia boas expectativas para que Irvine conseguisse repetir seu ano de sonho na nova equipe, agora como primeiro piloto, mas Eddie não subiria mais no alto do pódio na F1. A Jaguar até que tinha um carro rápido e não raro Irvine conseguia bons resultados nas Classificações, mas o carro quebrava muito e Irvine só teve o que comemorar quando chegou em 3º em Mônaco. Após prometer ser campeão em seu primeiro ano, a Jaguar diminuía as expectativas, enquanto a desorganização permeava o time, com a mudança quase que semestral de chefes de equipe. Outro problema era que a Ford não se envolvia com o time e conta a lenda que o CEO da Ford, numa reunião de cúpula, pegou um papel e berrou na ponta da mesa de reuniões: Quem é esse Eddie Irvine, que ganha mais do que eu? É nosso piloto na F1, respondeu um assessor. “O que é F1?”, respondeu o dirigente. Não tinha como dar certo e Irvine afundou juntamente com a equipe. Em 2001, Irvine protagonizou uma cena que raramente é vista ultimamente quando ajudou Luciano Burti a sair do seu carro quando o brasileiro se acidentou em Spa. Em 2002, a Jaguar construiu um carro terrível, mas Irvine o melhorou a ponto de conseguir um emocionante pódio no Grande Prêmio da Itália. Após morar alguns anos na Itália, Irvine se sentia em casa e os tifosi o trataram com muito carinho. Porém, Eddie Irvine já não era o jovem piloto intrépido de quando entrou na F1 e aos 37 anos havia se tornado caro demais para a Jaguar. Eddie procurou o velho amigo Jordan para um último ano em 2003, mas o irlandês precisava de patrocinadores e quando se viu na situação de novamente trazer dinheiro para se manter correndo, Eddie Irvine resolveu se aposentar definitivamente da F1 e do automobilismo. Em dez temporadas Eddie Irvine largou em 146 corridas, conseguiu quatro vitórias, uma melhor volta, 26 pódios, 191 pontos e o vice-campeonato de 1999 como melhor resultado.

Após sua saída da F1, Eddie Irvine se tornou um empresário de sucesso no ramo imobiliário e se tornou o homem mais rico da Irlanda do Norte. Apreciador das coisas boas da vida, Irvine continuou participando de festas e namorando mulheres bonitas, como a atriz Pamela Anderson. Graças a sua língua afiada, Irvine sempre é chamado para entrevistas e o irlandês não se furta em dar suas opiniões polemicas, não se preocupando em agradar ninguém, mas sua atuação no automobilismo não se resume em falar dos outros pilotos, pois corre algumas vezes com carro antigos. Sempre comparado a James Hunt, Eddie Irvine podia ter sido mais bem sucedido se ele se esforçasse mais, mas o irlandês preferiu se divertir correndo pela F1 e ainda assim quase foi campeão mundial.

Parebéns!
Eddie Irvine

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