segunda-feira, 27 de junho de 2011
Figura(EUR): Red Bull
Figurão(EUR): Pit-stops da Ferrari
domingo, 26 de junho de 2011
O homem do ano
A primeira do ano
A largada foi marcada pela ótima arrancada de Felipe Massa, que deixou os ocupantes da segunda fila falando sozinhos, mas o brasileiro se empolgou e tentou ultrapassar também Webber. Fechado pelo australiano, Massa acabou deixando a porta aberta para Alonso assumir o terceiro posto e partir sozinho para a briga contra os carros da Red Bull. Vettel viu a troca de posições (dentro e fora da pista) entre Webber e Alonso nos retrovisores e dominou a corrida em Valencia com a classe que já lhe é habitual. O alemão forçou quando era preciso e segurou na maior parte do tempo, pois tinha ritmo mais do que suficiente para vencer e mostrar que não se abalou com o erro na última volta do Canadá. A diferença de quase 100 pontos sobre o vice-líder ilustra o quão bem está Vettel com relação aos demais, mas sua forma de pilotar, que parece evoluir a cada Grande Prêmio, é a forma decisiva de que as seis vitórias em oito corrida, com direito ainda a dois segundos lugares é que o bicampeonato será apenas questão de tempo. Mark Webber definitivamente é uma sombra de si mesmo um ano atrás, mesmo que em Valencia/10 ele tenha saído, literalmente, voando da pista. O australiano não consegue acompanhar Vettel em qualquer situação do final de semana e mesmo lutando na briga com Alonso, quando ficou atrás do espanhol, claramente perdeu a motivação para lutar pelo segundo lugar e ficou quase 20s atrás de Vettel. Mesmo com um pequeno problema de câmbio, está claro que o problema de Webber está na cabeça e a aposentadoria já é falada.
Correndo em casa e com o apoio da torcida, Alonso lutou sozinho contra a Red Bull e se não foi capaz de alcançar Vettel, superou Webber e ainda proporcionou o melhor momento da corrida quando ultrapassou o australiano antes da segunda rodada de paradas. A evolução da Ferrari foi clara em Valencia, mas a verdade que foi a gana de Alonso que levou a equipe a um pódio e o asturiano conseguiu seu primeiro pódio em Valencia, corrida que foi feita por causa do seu sucesso. Massa fez uma prova dentro de suas possibilidades, mesmo levando em média meio segundo para Alonso, mas os seguidos erros da Ferrari nos pits está irritando a todos e o tempo perdido pelo brasileiros nos boxes tirou a possibilidade de brigar com Hamilton pelo quarto lugar. Depois das polêmicas nas duas últimas provas, Lewis fez uma corrida burocrática na Espanha, mas isso se deu pelo mau desempenho da McLaren em Valencia, com ambos os carros ficando longe de brigar pela ponta, algo que impressiona, sabendo que a McLaren foi a única até o momento que derrotou a Red Bull em 2011. Nem Button, que conseguiu uma das vitórias mais espetaculares na história da F1, fez uma prova digna de registro.
A Mercedes tem um sério problema em ritmo de corrida e ficou longe das três principais equipes, com o time aparecendo apenas quando Rosberg foi ultrapassado por Button ainda no começo. Depois disso, o time alemão desapareceu e Schumacher, que fez uma prova divina em Montreal, voltou a ser o apagado piloto desde que voltou e se envolveu em um acidente quando saía dos boxes e Schumacher voltou a ocupar posições intermediárias. Com o emprego a perigo na Toro Rosso, a boa corrida de Jaime Alguersuari em casa foi um verdadeiro alívio para o catalão, que foi agressivo na estratégia e foi o único a parar duas vezes entre os dez primeiros. Sua comemoração quando recebeu a bandeirada pode significar muita coisa, principalmente com Helmut Marko, o homem forte da Red Bull, querendo Daniel Ricciardo na Toro Rosso o mais rápido possível. Buemi fez uma prova apagada e ainda viu Alguersuari empatar com ele na Classificação do Mundial. Outro piloto com problemas neste final de semana, Adrian Sutil, finalmente fez uma boa corrida e voltou a marcar pontos no mundial. O alemão está sofrendo um processo pela briga na China e talvez por isso não tenha atacado Alguersuari de forma tão incisiva na parte final da corrida, quando claramente tinha muito mais carro. Ou pneus. Paul di Resta, que mal treinou pela barbeiragem do piloto de testes da Force Índia, Nico Hülkenberg, teve que se contentar com uma posição próximo da zona de pontuação, mas pelo pouco que treinou, Di Resta não fez feio. Heidfeld fez sua corridinha certinha de sempre e levou mais um pontinho para a Renault e mesmo próximo de Petrov (que fez uma péssima corrida hoje) no campeonato, sua posição na equipe é ameaçada justamente pelo pensamento de todos: E se Kubica estivesse nesse cockpit...? Barrichello fez o feijão-com-arroz e com as táticas diferentes de Alguersuari e Pérez, acabou fora dos pontos exatamente por ter sido superado por esses dois pilotos na base da estratégia, enquanto Maldonado, que ficou praticamente parado no grid, fez uma prova de recuperação para ser o último dos pilotos das equipes dignas de estar na F1. A Sauber teve um final de semana para esquecer, mas Sergio Perez, de volta após seu acidente em Mônaco, foi uma grata surpresa ao parar apenas uma vez nos boxes, quando a maioria fez três paradas. O mexicano ficou à frente de Kobayashi, que não pontua pela primeira vez em muito tempo. As três equipes nanicas fizeram o que delas é esperado, que é obedecer as bandeiras azuis e sair da frente, algo que nem sempre foi possível, mas todas receberam a bandeirada. Por sinal, todos os 24 carros que largaram foram até o fim, em algo surpreendente numa pista de rua tão rápida como Valencia.
Mas esta pista espanhola não proporciona surpresas e emoção como Mônaco e Montreal e o que vimos foi uma corrida bem chatinha, mas que teve algumas ultrapassagens. Algo trivial em 2011. Valencia parece não ter sido feita para a F1.
sábado, 25 de junho de 2011
Mapa da mina
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Centenário do mestre
quinta-feira, 23 de junho de 2011
História: 25 anos do Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1986
O clima estava bastante nublado naquele final de semana decisivo de Copa do Mundo e Ayrton Senna ficou com a pole no mesmo dia em que o Brasil era eliminado pela França nos pênaltis, causando muitas piadas dos mecânicos franceses da Renault. Mesmo embalado pela vitória dominante em Montreal, Mansell teve que se conformar com a segunda posição no grid, logo à frente do seu agora grande rival Piquet. A Ligier estava bem à vontade na ondulada e sinuosa pista de rua de Detroit e seus pilotos estavam bem colocados no grid. Cheever queria mostrar que tinha um lugar na F1 e por isso aproveitou essa chance para não apenas superar Alan Jones, como também colocar seu Lola no top-10 do grid, algo que não tinha sido muito usual ao longo do ano.
Grid:
1) Senna(Lotus) – 1:38.301
2) Mansell(Williams) – 1:38.839
3) Piquet(Williams) – 1:39.076
4) Arnoux(Ligier) – 1:39.689
5) Johansson(Ferrari) – 1:40.312
6) Laffite(Ligier) – 1:40.676
7) Prost(McLaren) – 1:40.715
8) Patrese(Brabham) – 1:40.819
9) Rosberg(McLaren) – 1:40.848
10) Cheever(Lola) – 1:41.540
O dia 22 de junho de 1986 estava quente e úmido em Detroit, mas havia a perspectiva de chuva para qualquer momento. Porém, ela não viria e a prova se realizaria com pista seca. Como sempre a largada seria essencial numa pista de rua cansativa como Detroit e por isso Senna e Mansell largaram muito bem, chegando praticamente juntos na primeira curva, com Senna ficando com o lado de dentro e ficando em primeiro. Um pouco mais atrás, Arnoux consegue ultrapassar Piquet e para não bater na traseira de Mansell, chega a fritar o pneu dianteiro esquerdo, mas fica numa boa terceira posição.
O ritmo de Arnoux era tão bom que o francês estava pressionando Mansell, quando Senna errou uma troca de marcha bem na reta dos boxes e permitiu ao inglês da Williams assumir a liderança. Arnoux tentou ir junto, mas Senna deu uma de suas famosas fechadas no piloto da Ligier. Imediatamente Mansell abriu uma diferença de 4s sobre Senna, quando as pastilhas de freio traseira da Williams do inglês, muito frias, envidraçaram e Mansell perdeu rendimento, fazendo com que Senna se aproximasse rapidamente e efetuando a ultrapassagem na oitava volta. Os problemas de freio de Mansell permitiram também que Arnoux o ultrapassasse, mas Piquet não se aproveitou do infortúnio do seu companheiro de equipe e ficou algumas voltas atrás dele, seguido por Laffite, Johansson e Prost. Porém, os problemas com os pilotos que vinham em primeiro não acabaram e na 12º volta Senna tem um pneu furado, fazendo com que o brasileiro fosse aos boxes e caísse para oitavo. Seria o início de uma incrível corrida de recuperação do piloto da Lotus.
À essa altura, a Ligier fazia uma improvável dobradinha quando o veterano Jacques Laffite tinha ultrapassado os dois pilotos da Williams. Prost deixava Johansson para trás e pressionava Piquet, que até aquele momento fazia uma corrida burocrática, incapaz de deixar Mansell para trás. Laffite estava com os compostos mais duros da Pirelli e se aproveitou do desgaste dos pneus macios de Arnoux para se aproximar do companheiro de equipe e ultrapassá-lo na volta 17. Enquanto isso mais atrás, Senna era o piloto mais rápido da pista e após ultrapassar as duas Ferraris, ele estava colado na traseira de Piquet, que tinha sido ultrapassado por Prost. Juntando a isso, a perda de rendimento de Arnoux prendia todos, fazendo um trenzinho de cinco carros. Mostrando o excelente nível daquela turma, o trenzinho tinha na ordem: Arnoux, Mansell, Prost, Piquet e Senna. Só fera! Quando Piquet se viu atacado por Senna, ele resolveu acordar da sua letargia e ultrapassou Prost, trazendo consigo Senna. Com seus pneus muito desgastados, Arnoux vai aos boxes bem no momento em que Piquet atacava Mansell, trazendo consigo Senna. Ao contrário das primeiras voltas, Piquet estava motivado em não ser deixado para trás por Senna e logo ultrapassou Mansell, enquanto Senna, não querendo deixar passar essa oportunidade de ultrapassar seu desafeto Piquet, levou apenas algumas curvas para ultrapassar Mansell.
Os dois brasileiros eram os mais rápidos na pista, trocando várias vezes a volta mais rápida, permitindo uma rápida aproximação a Laffite. A Ligier liderava uma corrida depois de quatro anos, mas Laffite não seria capaz de segurar a velocidade de Piquet e Senna foi engolido pelos dois. Os dois rivais brasileiros davam um show na pista de Detroit e estavam a ponto de repetir a dobradinha no Rio de Janeiro quando Piquet foi aos boxes na volta 38 para trocar seus pneus. A Williams faz um péssimo trabalho e os 18s perdidos nos boxes seriam decisivos para Piquet. Informado do péssimo pit-stop do compatriota e rival, Senna vai aos boxes pela segunda vez três voltas depois e a Lotus leva apenas 9s para trocar os quatro pneus de Senna e o brasileiro retorna à pista tranquilamente em primeiro. No Brasil houve muita repercussão a respeito dessa parada de Piquet. Ele estaria sendo prejudicado pelos mecânicos ingleses, agora ao lado de Mansell? Isso não importava muito nesse momento e Piquet marcava a volta mais rápida na volta 40, mas na passagem seguinte, o brasileiro dá um golpe de vista numa curva à esquerda e bate seu Williams, destruindo sua corrida e de Arnoux! O francês não respeita a bandeira amarela no local e sem diminuir a velocidade, quase bate na Williams de Piquet, mas na manobra acaba atingindo a Arrows de Boutsen, fazendo Arnoux abandonar no local. Isso significava que Senna tinha 27s de vantagem sobre o segundo colocado Prost, que tinha que monitorar seu combustível e por isso Laffite o ultrapassou nas voltas finais. Quando recebeu a bandeirada em primeiro, Senna queria se vingar dos franceses que tinha lhe perturbado no dia anterior por causa da Copa do Mundo e na sua volta de consagração, achou uma bandeira brasileira e desfilou com ela pelo circuito de Detroit. Isso seria a primeira vez de um ritual que marcaria para sempre Ayrton Senna.
Chegada:
1) Senna
2) Laffite
3) Prost
4) Alboreto
5) Mansell
6) Patrese
terça-feira, 21 de junho de 2011
História: 30 anos do Grande Prêmio da Espanha de 1981
Grid:
1) Laffite(Ligier) - 1:13.754
2) Jones(Williams) - 1:14.024
3) Reutemann(Williams) - 1:14.342
4) Watson(McLaren) - 1:14.657
5) Prost(Renault) - 1:14.669
6) Giacomelli(Alfa Romeo) - 1:14.897
7) Villeneuve(Ferrari) - 1:14.987
8) Andretti(Alfa Romeo) - 1:15.159
9) Piquet(Brabham) - 1:15.355
10) De Angelis(Lotus) - 1:15.399
O dia 21 de junho de 1981 estava extremamente quente em Jarama e mesmo com a presença do Rei Juan Carlos, o público era pequeno no circuito espanhol,
Nos treinos, a Ferrari já havia demonstrado ter uma potência descomunal e era o carro mais rápido no final da reta dos boxes. Em compensação, o chassi se comportava terrivelmente mal nas curvas e Villeneuve sabia que só conseguiria ter sucesso na corrida se pudesse obter alguma vantagem na reta dos boxes. Ainda no final da primeira volta, o canadense conseguiu sair da última curva grudado na traseira da Williams de Reutemann e mesmo com o argentino lhe dando apenas o lado de fora da curva Fangio, o piloto da Ferrari consegue uma ultrapassagem audaciosa por fora. Contudo, Alan Jones já tinha conseguido abrir uma boa diferença sobre o seg
Villeneuve e Reutemann lideravam a corrida, mas o canadense fazia um esforço sobre-humano para manter o argentino atrás de si. O piloto da Ferrari fechava Reutemann na curvas no miolo do circuito, enquanto soltava toda a potência de seu motor Ferrari turbo na reta, não dando chances à Reutemann. Nas freadas, Villeneuve fritava os pneus, algumas vezes saía do traçado, mas ele teimava em permanecer na ponta. Mais atrás, Piquet havia abandonado ao sair da pista, destino parecido com o de Prost, atrapalhado pelo bico quebrado por Villeneuve na largada. Enquanto isso, John Watson era o terceiro colocado após o abandono de Prost e se aproximava aos poucos de Reutemann, mas o que impressionava era o ritmo de Jacques Laffite, que vinha imprimindo uma forte corrida de recuperação. Após cair para 11º, o piloto da Ligier já era 4º na metade da corrida e sem muito trabalho, ultrapassou Watson quando a traseira da Williams de Reutemann já estava à sua vista. Percebendo que as coisas poderiam piorar, Reutemann aumenta a pressão em cima de Villeneuve, mas o canadense insistia em sua tática de utilizar a potência de sua Ferrari na reta, enquanto fechava seus adversários no miolo. Sim, adversários, pois Laffite e Watson já estavam colados na Williams de Reutemann.
Para demonstrar o quanto Villeneuve estava fazendo naquela quente tarde de domingo em Jarama foi histórico, era que Laffite estava andando em média 3s mais rápido que o canadense em sua corrida de recuperação, onde fez várias ultrapassagens, inclusive sobre Reutemann quando faltavam 18 voltas para o fim. Mas Villeneuve teimava em se manter na ponta. Ele diminuía o ritmo dos demais a ponto das duas Lotus encostarem no pelotão inicial, mas logo Mansell tem problemas e deixa apenas Elio de Angelis no final da fila de cinco carros que disputavam a ponta da corrida. Watson também ultrapassa Reute
Chegada:
1) Villeneuve
2) Laffite
3) Watson
4) Reutemann
5) De Angelis
6) Mansell
domingo, 19 de junho de 2011
Na sorte
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Mais uma do homem-cueca
quarta-feira, 15 de junho de 2011
História: 25 anos do Grande Prêmio do Canadá de 1986
Grid:
1) Mansell(Williams) – 1:24.118
2) Senna(Lotus) – 1:24.188
3) Piquet(Williams) – 1:24.384
4) Prost(McLaren) – 1:25.192
5) Arnoux(Ligier) – 1:25.224
6) Rosberg(McLaren) – 1:25.533
7) Berger(Benetton) – 1:26.439
8) Laffite(Ligier) – 1:26.447
9) Patrese(Brabham) – 1:26.483
10) Warwick(Brabham) – 1:27.413
Os anos anteriores mostraram que Montreal era uma corrida típica de economia de combustível e acelerar demais poderia ser problemático, principalmente no final. Porém, logo na primeira volta Prost partiu para cima de Senna de forma agressiva, mas o piloto da Lotus, como era seu estilo, fechava a porta do francês de forma imperativa, dando chances da Mansell liderar de forma tranqüila. A forma como Senna segurava os pilotos fazia com que uma fila de carros ficasse atrás dele, algo que seria bastante prejudicial a Senna mais tarde. Mas enquanto Senna se fazia de tampão, Rosberg ultrapassava Piquet para ficar em quarto. Finalmente na quinta volta Prost ultrapassava Senna numa manobra audaciosa nos esses de alta e trouxe consigo vários carros. Em apenas alguns metros, Senna caía de segundo para sexto!
Pensando em conversar combustível, Mansell não havia se distanciado muito da briga pelo segundo lugar e de forma até mesmo surpreendente as duas McLarens chegaram no inglês, mas Rosberg ultrapassa Prost antes e é o finlandês que ataca Mansell. Andando num ritmo muito forte, algo que seria cobrado mais tarde, Rosberg ultrapassa o inglês da Williams na volta 17, enquanto Prost prefere ficar na espera. Na volta 21, os três líderes se aproximaram de Alan Jones para lhe colocar um volta. O australiano fez de tudo para não atrapalhar os líderes, como ex-campeão que era, mas Jones acabaria sendo decisivo ao segurar Rosberg atrás de si durante duas curvas e Mansell reassumiu a liderança. Mansell, Rosberg e Prost ficam num ritmo mais baixo e rumaram para as paradas de boxe. Foi aí que Mansell ganhou a corrida.
A Williams fez um trabalho perfeito, enquanto a McLaren errou nas duas paradas dos seus pilotos. Na parada de Rosberg, foi engraçado um mecânico deixando o pneu que iria colocar na McLaren rolar e quando foi procurar, o pneu estava metros adiante... Como resultado, Mansell agora tinha liderança confortável, mas a McLaren ainda iria sofrer mais um pouco. Piquet havia postergado sua parada ao máximo e quando retornou a pista, com pneus novos, seu carro estava se comportando bem melhor e partiu para cima da McLaren de Prost. A ultrapassagem se consumou na volta 47, mas Prost se manteve próximo do brasileiro e quando Rosberg tirava o pé por causa do consumo de combustível, Piquet e Prost ultrapassaram o finlandês praticamente ao mesmo tempo.
A dobradinha da Williams parecia consumada, mas havia um problema com Piquet. Uma faixa mais negra apareceu bem no meio do pneu traseiro esquerdo do brasileiro da Williams. Bolhas haviam se formado nos pneus Goodyear e Piquet teve que voltar aos boxes para trocar ao menos os pneus traseiros. Foi descoberto mais tarde que os mecânicos colocaram pneus moles no carro de Piquet, no lugar do composto duro ideal. Por engano, disseram a Piquet depois da corrida. O brasileiro acreditou, mas ficava cada vez mais claro que a Williams trabalhava a favor de Mansell, que venceu a corrida com imensa facilidade. Prost chegou muito atrás e Piquet ainda conseguiu um lugar no pódio, pois Rosberg apenas se arrastava no final, poupando combustível, o mesmo fazendo Senna para chegar em quinto, fazendo o brasileiro perder a liderança do campeonato, que se tornava cada vez mais espetacular.
Chegada:
2) Prost
3) Piquet
4) Rosberg
5) Senna
6) Arnoux
terça-feira, 14 de junho de 2011
História: 35 anos do Grande Prêmio da Suécia de 1976
Isso foi confirmado com a primeira pole de Jody Scheckter na F1, mas ao seu lado estava uma ‘surpresa’. A Lotus estava andando tão mal que Chapman ameaçou abandonar a F1 por causa dos maus resultados, mas a contratação de Mario Andretti após o fim da equipe Parnelli deu o up-grade necessário ao time e o americano conseguiu acertar o carro e colocá-lo na primeira fila. Ronnie Peterson, que havia se recusado a andar com o Lotus 77 e se transferiu para a March, era apenas nono no grid. Depailler mostrava o quanto a Tyrrell estava bem e fechava a segunda fila, tendo ao seu lado uma verdadeira surpresa, com o novo Ensign de Chris Amon andando muito bem na Suécia. Pela primeira vez no ano a Ferrari não largaria na pole e Lauda estava insatisfeito com seu carro, mas ainda assim estava bem colocado no grid.
Grid:
1) Schekcter(Tyrrell) – 1:25.659
2) Andretti(Lotus) – 1:26.008
3) Amon(Ensign) – 1:26.163
4) Depailler(Tyrrell) – 1:26.362
5) Lauda(Ferrari) – 1:26.441
6) Nilsson(Lotus) – 1:26.570
7) Laffite(Ligier) – 1:26.773
8) Hunt(McLaren) – 1:26.958
9) Peterson(March) – 1:27.040
10) Pace(Brabham) – 1:27.133
O dia 13 de junho de 1976 estava quente e ensolarado, mesmo com a chuva que caiu a noite e deixou a pista bem escorregadia. No final dos treinos, a opinião era unânime em afirmar que apenas os carros da Tyrrell e da Lotus estavam se comportando bem na difícil pista de Anderstorp, enquanto os demais pilotos reclamavam que os carros estavam saindo demais de frente. Na largada, Scheckter deixa sua embreagem patinar, mas Andretti também o faz, com a diferença de ter queimado a largada de forma descarada, assumindo a ponta da corrida, enquanto Depailler ultrapassava Amon na briga pelo terceiro lugar.
Ainda na primeira volta, acontecem dois abandonos, com as saída de Reutemann (problemas de motor) e Watson (um acelerador travado o fez sair da pista), que estreava o belo carro da Penske. Andretti imprimia um bom ritmo na frente, mas Scheckter o perseguir de perto. Mais atrás, Depailler liderava um trem de carros que tinha Amon, Gunnar Nilsson e Lauda, mas o sueco da Lotus acabaria rodando na entrada da reta dos boxes na terceira volta e batendo seu carro no pit-wall. Para piorar as coisas para o time de Colin Chapman, a direção da prova anuncia que Andretti estava punido em um minuto por ter queimado a largada, fazendo o americano forçar o ritmo e em seis voltas já tinha 8s de vantagem sobre Scheckter. Mais atrás, Emerson Fittipaldi abandonava quando andava em último, com seu Copersucar praticamente inguiável, mas o brasileiro estava confiante com o futuro da equipe brasileira a ponto de desmentir uma possível negociação para que a Porsche lhe fornecesse motores a partir de 1977...
Quando Andretti se aproximou dos retardatários, o ítalo-americano perdeu tempo e permitiu a aproximação de Scheckter, mas havia outros indícios dessa perda de rendimento do piloto da Lotus. Fumaça era vista saindo da traseira da Lotus e o motor Ford-Cosworth soava cada vez pior. Mais atrás, Depailler ainda era pressionado pelo surpreendente Chris Amon, quando a suspensão traseira do Ensign quebrou na volta 38 e o neozelandês saiu da pista, abandonando a corrida. E o apelido de Rei do Azar ficava cada vez mais a calhar para Amon... Mas o piloto oceânico não ficaria sozinho quando o motor de Andretti finalmente se entregou na volta 45 e Scheckter finalmente pôde assumir a liderança, ganhando a corrida podendo até mesmo cuidar do seu Tyrrell, não forçando a 3º marcha, a mais usada em Anderstorp. Sem o mesmo acerto do companheiro de equipe, Depailler completou a dobradinha da Tyrrell sem ameaçar Scheckter, enquanto Lauda, sabendo que não tinha condições de vencer, mas pensando no campeonato, completou o pódio e garantiu pontos importantes rumo ao bicampeonato. Mesmo com todo esse domínio da Tyrrell na Suécia com seu carro de seis pneus(era a primeira vitória de um carro com mais de quatro rodas na história da F1), parecia que ninguém tiraria o título de Lauda naquele momento.
Chegada:
1) Scheckter
2) Depailler
3) Lauda
4) Laffite
5) Hunt
6) Regazzoni
Batalha histórica
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Figura(CAN): Jenson Button
Figurão(CAN): Lewis Hamilton
domingo, 12 de junho de 2011
Na história!
Durante a semana inteira se falava em previsão de chuva durante o final de semana do Grande Prêmio do Canadá, mas se a metereologia falhou no sábado, a chuva veio forte no domingo. Talvez forte demais... Após um início confuso, com vários incidentes e a corrida truncada por várias intervenções do safety-car, um dilúvio se abateu em Montreal e a bandeira vermelha apareceu pela segunda corrida consecutiva. Até este momento, Vettel liderava fácil, com Kobayashi e Massa logo a seguir. A dúvida de estar com os pneus corretos pairaram no ar e por isso houve várias modificações na corrida, com o segundo colocado no grid Alonso lá atrás, por exemplo. Button também entrou nessa situação, mas de maneira forçada. Em outra diarréia mental de Hamilton, o inglês campeão de 2009 quase teve sua corrida terminada quando foi jogado contra o pit-wall pelo próprio companheiro de equipe e foi aos boxes pela primeira vez, colocando pneus intermediários. A chuva veio forte e Button fez outra parada, sendo que esta era a sua terceira passagem nos pits, já que o inglês fui punido por ter excedido a velocidade atrás do safety-car. Após as duas horas de interrupção, Button se envolveu em um toque com Alonso e ainda foi punido pela manobra. O inglês teve a sensibilidade de colocar os pneus intermediários e depois os slicks, quando uma trilha seca cortava o circuito Gilles Villeneuve. Mais rápido nas voltas finais, Button passou quem vinha pela frente, mas um safety-car no finalzinho da corrida acabou lhe ajudando, pois ele encostou na briga pelo segundo lugar entre Webber e Schumacher. Esperto, Button se aproveitou de um erro de Webber para o ultrapassar, deixando o heptacampeão para trás facilmente mais tarde. Faltavam quatro voltas. A diferença para o intocável Vettel não era grande. E Button não desistiu. Fez volta mais rápida em cima de volta mais rápida e quando encostou na Red Bull do atual campeão, Vettel começou a andar no mesmo ritmo de Button, mesmo com o inglês ligeiramente mais rápido. Em condições normais, Vettel venceria quando cortou a linha de chegada pela penúltima vez. Mas a corrida de hoje foi tudo, menos normal. Vettel segurou de forma sensacional Alonso e o próprio Button na última corrida em Monte Carlo e nada poderia indicar o que aconteceu nas últimas curvas, quando o alemão errou e Button partiu sozinho para uma das vitórias mais sensacionais dos últimos tempos. Uma vitória maiúscula do inglês da McLaren, que mesmo passando nos boxes seis vezes, nunca baixou os braços e não saindo de sua pilotagem limpa, foi o mais rápido da pista e fez Vettel, um piloto sensacional e cada vez mais maduro, errar na última volta.
A forma como Button venceu em Montreal diminuiu a tensão pela interrupção da corrida por mais de duas horas. Mas em matéria de tensão, as coisas não estão tão rosas na McLaren. Lewis Hamilton aprontou novamente, se envolvendo em um toque com Mark Webber na primeira curva da corrida de hoje e quase pôs Jenson Button no muro, mas como os deuses queriam agraciar Button com uma vitória histórica, Hamilton acabou se dando mal e abandonou a corrida com a suspensão quebrada. Lewis é um baita piloto, mas precisa seguir o exemplo de Vettel, que claramente evolui sem nos dar uma sensação que está mais cerebral ou até mesmo mais lento. Hamilton dá a impressão de estar involuindo. Falando em Vettel, o alemão liderou a corrida praticamente de ponta a ponta, mas justamente na volta final cometeu um erro que não foi visto em 2011. Talvez o alemão da Red Bull tenha se assustado com a chegada incrível de Button nas voltas finais e, saindo de sua zona de conforto, precisou forçar seu Red Bull e sem a concentração necessária, acabou saindo da pista, sendo que o fato de não ter batido ou rodado já mostrou bem toda a sua habilidade. Contudo, sem Alonso e Hamilton marcando pontos, esse segundo lugar não deixa de ser um bom resultado para Vettel, que lidera o campeonato com ampla folga. Mark Webber fez uma prova brilhante de recuperação após ter recebido um toque de Hamilton na primeira curva, mas o australiano maculou sua bela pilotagem pelos erros sucessivos na tentativa de ultrapassar Schumacher no final, quando tinha muito mais carro, permitindo com certa facilidade a passagem de Button no final. Webber ainda garantiu seu lugar no pódio, mas pelo o que fez na corrida, Schumacher merecia ter ficado com o terceiro lugar. O alemão fez sua melhor corrida desde sua volta e a ultrapassagem feita sobre Kobayashi e Massa, mesmo com o erro do japonês, merece destaque para aqueles críticos que dizem que Schummy não sabe ultrapassar.
Falando em Kobayashi, novamente o japonês foi brilhante quando ficou na pista no momento certo e quando a bandeira vermelha apareceu, ele era o segundo colocado e com a prerrogativa de poder trocar seus desgastados pneus de chuva, manteve a posição após a relargada. O piloto da Sauber segurou a Ferrari de Felipe Massa com maestria, andando claramente mais do que o carro e quando isso acontece, normalmente erros aparecem e Kobayashi acabou saindo da pista, proporcionando um dos belos momentos da corrida, quando Schumacher o ultrapassou junto com o brasileiro. A ponto de repetir seu melhor resultado do ano, Kobayashi acabou superado por Massa na linha de chegada, numa bandeirada digna da lendária chegada Senna-Mansell em Jerez/86. Apesar dessa alegria final, Massa tem muito o que se lamentar na sua melhor corrida do ano. Felipe chegou a pressionar Alonso no início da corrida e resolveu ficar na pista no momento em que alguns pilotos, como Alonso, colocaram pneus intermediários, capitalizando a bandeira vermelha com o terceiro lugar. Quando a corrida se encaminhava com a tranqüilidade, Massa tinha o segundo lugar nas mãos, mas o brasileiro saiu da trilha seca com pneus slicks e acabou batendo no muro, tendo sorte em ter podido voltar à prova e ter colocado um bico novo. O pódio não veio, mas Felipe mostrou evolução em Montreal, mesmo com a Ferrari não querendo se lembrar deste final de semana canadense. Favorita a vitória após a boa Classificação, a Ferrari viu Massa ficar apenas em 6º e Alonso no muro, após um toque com Button. Muito pouco para quem largou em 2º e 3º.
A Renault voltou a andar bem, com Heidfeld e Petrov sempre entre os primeiros colocados, mas Heidfeld se afobou em uma tentativa de ultrapassagem sobre Kobayashi e acabou provocando um acidente perigoso quando sua asa dianteira foi para baixo do seu carro e seu Renault descontrolado bateu forte no muro, trazendo o último safety-car do dia. Petrov, sem a confiança da equipe após um 2010 instável, já está à frente de Heidfeld no campeonato, teoricamente o primeiro piloto da equipe após o acidente de Kubica. Por isso que a TV sempre procura Bruno Senna após um take de Heidfeld. Sem condições com seu Williams, Barrichello pontuou mais uma vez, enquanto Maldonado acabou abandonando mais uma vez quando estava na zona de pontuação de forma sólida no final da corrida. O venezuelano está precisando de uma rezadeira... Paul di Resta vem se tornando a revelação do ano, com uma pilotagem sólida em condições traiçoeiras e um carro que também não está entre os melhores. Por isso, sua punição, o toque e o acidente no final não era o fim da corrida merecido para Di Resta, enquanto Sutil abandonou a corrida, mas não fez frente ao seu jovem companheiro de equipe. Rosberg ficou bem abaixo do companheiro de equipe, enquanto a Toro Rosso marcou pontos com seus dois pilotos, algo muito bom para dois jovens pressionados como Buemi e Alguersuari. De la Rosa, que foi avisado de que iria correr faltando dez minutos para o início do segundo treino livre, ao menos não comprometeu e completou a corrida. Das pequenas, que podiam se aproveitar da confusa corrida de hoje, pouco fizeram e ficaram uma volta atrás dos líderes.
Foi uma corrida que ficará marcada na história pela chuva que caiu, a longa interrupção, pelo final emocionante e pela pilotagem antológica de Jenson Button. O título está indo para as mãos de Vettel de forma até fácil, mas ninguém poderá reclamar de provas chatas.
De volta à realidade
Tirando a casca
sábado, 11 de junho de 2011
Mais do mesmo
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Gilles Villeneuve?
terça-feira, 7 de junho de 2011
MMA na Nascar
domingo, 5 de junho de 2011
Monotonia australiana
Com perspectivas de chuva, chegando até mesmo a aparecer as bandeiras brancas autorizando a trocaro para as motos acertadas para piso molhado, os pilotos maneiraram e a corrida foi extremamente monótona. O grande personagem do final de semana, o ameaçado Marco Simoncelli, largou mal saindo da pole e após seguidas chamadas de atenção, o italiano não exibiu seu tradicional estilo agressivo e praticamente se acomodou a corrida inteira em sexto. Não ameaçou ninguém e não partiu para cima de Rossi, o piloto que vinha à sua frente. Lorenzo assumiu a ponta na largada após uma ótima saída, mas o espanhol não foi capaz de completar duas voltas na frente de Stoner, que utilizou o incrível poderio de sua Honda e disparou rumo a vitória.
Claro que a ótima fase da Honda ajuda, e muito, o sucesso da montadora em 2011 na MotoGP, mas Stoner está fazendo o que Pedrosa não fez nos últimos anos e parte como grande favorito rumo ao bicampeonato, mesmo tendo como maior adversário um osso duríssimo na pessoa de Jorge Lorenzo, um piloto mais cerebral este ano, mas sem Valentino Rossi para acertar sua Yamaha. O italiano ficou atrás dos segundos pilotos de Yamaha (Ben Spies) e Honda (Andrea Doviziozo), chegando ao máximo do que pode fazer a Ducati. Sem Pedrosa, Stoner praticamente representa sozinho a Honda e com a melhor moto, não será muito tempo para o australiano assumir a ponta do campeonato.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
História: 15 anos do Grande Prêmio da Espanha de 1996
1) Hill(Williams) – 1:20.650
2) Villeneuve(Williams) – 1:21.084
3) Schumacher(Ferrari) – 1:21.587
4) Alesi(Benetton) – 1:22.061
5) Berger(Benetton) – 1:22.125
6) Irvine(Ferrari) – 1:22.333
7) Barrichello(Jordan) – 1:22.379
8) Panis(Ligier) – 1:22.685
9) Herbert(Sauber) – 1:23.027
10) Hakkinen(McLaren) – 1:23.070
1) Schumacher
2) Alesi
3) Villeneuve
4) Frentzen
5) Hakkinen
quinta-feira, 2 de junho de 2011
História: 20 anos do Grande Prêmio do Canadá de 1991
Porém, mais espalhafatosa era a crise da Ferrari. Como sempre. O time italiano era favorito ao título no começo do ano, mas fora o pódio de Prost em Phoenix, a Ferrari estava tendo um desempenho pífio em 1991 e Prost já havia se desentendido com Cesare Fiori, pivô da sua contratação em 1989 e agora desafeto. Como sempre acontece nesses casos, a corda partiu no lado mais fraco e Fiori foi demitido, entrando em seu lugar Claudio Lombardi, chefe da equipe Lancia no Mundial de Rally, que teria supervisão pessoal de Piero Lardi Ferrari. Como não podia deixa de ser, os resultados não apareceram para os italianos em Montreal e quem se aproveitou disso foi a Williams. Com a Ferrari em crise e a McLaren com problemas fora das pistas, o time de Frank Williams voltou ao posto de protagonista e ficou com a primeira fila do grid, algo que não ocorria desde 1987. Porém, foi o segundo piloto Riccardo Patrese quem ficou com a pole, derrotando Mansell, que havia sido o mais rápido na sexta. Patrese havia destruído seu carro titular na sexta-feira e usou no sábado o carro reserva de Mansell. Coincidência? Assim como parecia não ser coincidência a queda repentina de desempenho da McLaren, com o ás da Classificação Senna ficando apenas na segunda fila. Piquet foi muito discreto na confusão que também tomou conta da Benetton e o tricampeão ficou atrás até mesmo de Roberto Moreno.
Grid:
1) Patrese(Williams) – 1:19.837
2) Mansell(Williams) – 1:20.225
3) Senna(McLaren) – 1:20.318
4) Prost(Ferrari) – 1:20.656
5) Moreno(Benetton) – 1:20.686
6) Berger(McLaren) – 1:20.916
7) Alesi(Ferrari) – 1:21.227
8) Piquet(Benetton) – 1:21.241
9) Modena(Tyrrell) – 1:21.298
10) Pirro(Dallara) – 1:21.864
O dia 2 de junho de 1991 amanheceu lindo em Montreal e o dia estava perfeito para uma corrida de F1. Única equipe grande em paz, a Williams sabia que uma largada boa seria essencial e seus pilotos não cometeram erros quando chegaram à primeira curva, mas Mansell freou mais forte e assumiu a liderança da corrida, escoltado por Patrese. E o inglês disparou num ritmo alucinante!
O dia da McLaren se inicia mal com Berger parando ainda na quarta volta com problemas de transmissão, mas o pior era ver a Williams dominando a corrida, algo que eram os carros brancos e vermelhos havia feito nas duas corridas iniciais. Se servia de consolo, Senna também abriu uma boa distância para Prost, seu grande rival e que no momento parecia ser o piloto que poderia lhe tirar o terceiro título. Porém, o francês estava tendo sérios problemas com seu câmbio semi-automático e permitiu a aproximação de Alesi e Piquet, que fez uma boa largada.
Prost é ultrapassado praticamente ao mesmo tempo por Alesi e Piquet, que andavam a corrida inteira juntos. Prost abandonaria mais tarde, logo depois da primeira rodada de paradas para trocar pneus. Contudo, Senna também tinha que enfrentar seus problemas. Desde o início da corrida o seu McLaren havia desenvolvido um problema elétrico que fazia Senna não ter muitas informações do seu carro. A primeira dificuldade foi em passar as marchas no momento correto, pois o brasileiro não tinha a leitura de RPM do seu carro em seu painel. Infelizmente, o problema foi piorando a ponto de fazer Senna abandonar bem no momento em que a corrida havia passado da metade. E Piquet atacava Alesi! Quando a dupla deixava a lenta McLaren para trás, Piquet mostrava sua velha arte em ultrapassar Alesi e assumir o terceiro lugar, o que parecia o máximo para tricampeão.
Porém, os deuses das corridas estavam a ponto de aprontar uma naquela ensolarada tarde de junho no Canadá. Primeiramente, Patrese teve um pneu furado, tendo que ir aos boxes para uma troca não-programada. Claro que o italiano teria totais condições de reaver seu segundo lugar, ainda mais com pneus novos, mas o calcanhar de Aquiles da Williams naquele ano, o câmbio semi-automático, resolve dar problemas e Patrese não apenas é superado por Piquet, como se vê acossado por Stefano Modena, que havia assumido o quarto lugar com a desistência de Alesi. Lombardi e Ferrari teriam muito que fazer... O final da corrida se aproximava e Mansell tinha uma incrível diferença de 50s para seu eterno rival Piquet. Patrese já havia sido ultrapassado por Modena e a corrida parecia que terminaria daquele jeito. Mansell abre a última volta. Era a chance de se aproximar de Senna, que não pontuaria pela primeira vez, além de voltar a vencer pela Williams depois de quatro anos. Mansell era muito querido em vários lugares e no Canadá não era diferente. Quando o inglês se aproximar do hairpin, local de maior concentração de torcedores, Mansell acena para os canadenses, que vibram emocionados. Alegria, alegria. Então... puff! O carro da Williams pára misteriosamente. Mansell se desespera. Oh, my god! Enquanto isso, Piquet passa pelo Williams para receber a bandeirada de primeiro colocado pela vigésima terceira vez. Piquet ri bastante no pódio. Era uma felicidade genuína, ainda mais pela forma como conseguiu aquela vitória sortuda sobre seu maior rival. Perguntado o que sentiu quando viu Mansell parado, Piquet não deixou de lado sua galhardia: Quase tive um orgasmo!
Chegada:
1) Piquet
2) Modena
3) Patrese
4) De Cesaris
5) Gachot
6) Mansell