Uma hora dessas do campeonato, já teríamos passado por Barcelona e Monte Carlos e discutiríamos qual teria sido a pior corrida do ano. Com as novas regras, essas duas tradicionais chatas corridas foram ótimas, com várias ultrapassagens, emoção e polêmica. Dentro da pequena tradição de corrida em Valencia, onde as provas foram terrivelmente chatas, era esperado que o novo regulamento trouxesse uma boa corrida hoje, mas nem os pneus ‘desmanchavéis’ da Pirelli ou a asa móvel trouxe algo de bom para a corrida valenciana e depois da épica corrida em Montreal, já temos a corrida mais chata do ano disparada. Porém, isso não atrapalhou em nada Sebastian Vettel, que conseguiu a vitória, pole e melhor volta da corrida e em nenhum momento foi seriamente ameaçado pelos seus rivais.
A largada foi marcada pela ótima arrancada de Felipe Massa, que deixou os ocupantes da segunda fila falando sozinhos, mas o brasileiro se empolgou e tentou ultrapassar também Webber. Fechado pelo australiano, Massa acabou deixando a porta aberta para Alonso assumir o terceiro posto e partir sozinho para a briga contra os carros da Red Bull. Vettel viu a troca de posições (dentro e fora da pista) entre Webber e Alonso nos retrovisores e dominou a corrida em Valencia com a classe que já lhe é habitual. O alemão forçou quando era preciso e segurou na maior parte do tempo, pois tinha ritmo mais do que suficiente para vencer e mostrar que não se abalou com o erro na última volta do Canadá. A diferença de quase 100 pontos sobre o vice-líder ilustra o quão bem está Vettel com relação aos demais, mas sua forma de pilotar, que parece evoluir a cada Grande Prêmio, é a forma decisiva de que as seis vitórias em oito corrida, com direito ainda a dois segundos lugares é que o bicampeonato será apenas questão de tempo. Mark Webber definitivamente é uma sombra de si mesmo um ano atrás, mesmo que em Valencia/10 ele tenha saído, literalmente, voando da pista. O australiano não consegue acompanhar Vettel em qualquer situação do final de semana e mesmo lutando na briga com Alonso, quando ficou atrás do espanhol, claramente perdeu a motivação para lutar pelo segundo lugar e ficou quase 20s atrás de Vettel. Mesmo com um pequeno problema de câmbio, está claro que o problema de Webber está na cabeça e a aposentadoria já é falada.
Correndo em casa e com o apoio da torcida, Alonso lutou sozinho contra a Red Bull e se não foi capaz de alcançar Vettel, superou Webber e ainda proporcionou o melhor momento da corrida quando ultrapassou o australiano antes da segunda rodada de paradas. A evolução da Ferrari foi clara em Valencia, mas a verdade que foi a gana de Alonso que levou a equipe a um pódio e o asturiano conseguiu seu primeiro pódio em Valencia, corrida que foi feita por causa do seu sucesso. Massa fez uma prova dentro de suas possibilidades, mesmo levando em média meio segundo para Alonso, mas os seguidos erros da Ferrari nos pits está irritando a todos e o tempo perdido pelo brasileiros nos boxes tirou a possibilidade de brigar com Hamilton pelo quarto lugar. Depois das polêmicas nas duas últimas provas, Lewis fez uma corrida burocrática na Espanha, mas isso se deu pelo mau desempenho da McLaren em Valencia, com ambos os carros ficando longe de brigar pela ponta, algo que impressiona, sabendo que a McLaren foi a única até o momento que derrotou a Red Bull em 2011. Nem Button, que conseguiu uma das vitórias mais espetaculares na história da F1, fez uma prova digna de registro.
A Mercedes tem um sério problema em ritmo de corrida e ficou longe das três principais equipes, com o time aparecendo apenas quando Rosberg foi ultrapassado por Button ainda no começo. Depois disso, o time alemão desapareceu e Schumacher, que fez uma prova divina em Montreal, voltou a ser o apagado piloto desde que voltou e se envolveu em um acidente quando saía dos boxes e Schumacher voltou a ocupar posições intermediárias. Com o emprego a perigo na Toro Rosso, a boa corrida de Jaime Alguersuari em casa foi um verdadeiro alívio para o catalão, que foi agressivo na estratégia e foi o único a parar duas vezes entre os dez primeiros. Sua comemoração quando recebeu a bandeirada pode significar muita coisa, principalmente com Helmut Marko, o homem forte da Red Bull, querendo Daniel Ricciardo na Toro Rosso o mais rápido possível. Buemi fez uma prova apagada e ainda viu Alguersuari empatar com ele na Classificação do Mundial. Outro piloto com problemas neste final de semana, Adrian Sutil, finalmente fez uma boa corrida e voltou a marcar pontos no mundial. O alemão está sofrendo um processo pela briga na China e talvez por isso não tenha atacado Alguersuari de forma tão incisiva na parte final da corrida, quando claramente tinha muito mais carro. Ou pneus. Paul di Resta, que mal treinou pela barbeiragem do piloto de testes da Force Índia, Nico Hülkenberg, teve que se contentar com uma posição próximo da zona de pontuação, mas pelo pouco que treinou, Di Resta não fez feio. Heidfeld fez sua corridinha certinha de sempre e levou mais um pontinho para a Renault e mesmo próximo de Petrov (que fez uma péssima corrida hoje) no campeonato, sua posição na equipe é ameaçada justamente pelo pensamento de todos: E se Kubica estivesse nesse cockpit...? Barrichello fez o feijão-com-arroz e com as táticas diferentes de Alguersuari e Pérez, acabou fora dos pontos exatamente por ter sido superado por esses dois pilotos na base da estratégia, enquanto Maldonado, que ficou praticamente parado no grid, fez uma prova de recuperação para ser o último dos pilotos das equipes dignas de estar na F1. A Sauber teve um final de semana para esquecer, mas Sergio Perez, de volta após seu acidente em Mônaco, foi uma grata surpresa ao parar apenas uma vez nos boxes, quando a maioria fez três paradas. O mexicano ficou à frente de Kobayashi, que não pontua pela primeira vez em muito tempo. As três equipes nanicas fizeram o que delas é esperado, que é obedecer as bandeiras azuis e sair da frente, algo que nem sempre foi possível, mas todas receberam a bandeirada. Por sinal, todos os 24 carros que largaram foram até o fim, em algo surpreendente numa pista de rua tão rápida como Valencia.
Mas esta pista espanhola não proporciona surpresas e emoção como Mônaco e Montreal e o que vimos foi uma corrida bem chatinha, mas que teve algumas ultrapassagens. Algo trivial em 2011. Valencia parece não ter sido feita para a F1.
A largada foi marcada pela ótima arrancada de Felipe Massa, que deixou os ocupantes da segunda fila falando sozinhos, mas o brasileiro se empolgou e tentou ultrapassar também Webber. Fechado pelo australiano, Massa acabou deixando a porta aberta para Alonso assumir o terceiro posto e partir sozinho para a briga contra os carros da Red Bull. Vettel viu a troca de posições (dentro e fora da pista) entre Webber e Alonso nos retrovisores e dominou a corrida em Valencia com a classe que já lhe é habitual. O alemão forçou quando era preciso e segurou na maior parte do tempo, pois tinha ritmo mais do que suficiente para vencer e mostrar que não se abalou com o erro na última volta do Canadá. A diferença de quase 100 pontos sobre o vice-líder ilustra o quão bem está Vettel com relação aos demais, mas sua forma de pilotar, que parece evoluir a cada Grande Prêmio, é a forma decisiva de que as seis vitórias em oito corrida, com direito ainda a dois segundos lugares é que o bicampeonato será apenas questão de tempo. Mark Webber definitivamente é uma sombra de si mesmo um ano atrás, mesmo que em Valencia/10 ele tenha saído, literalmente, voando da pista. O australiano não consegue acompanhar Vettel em qualquer situação do final de semana e mesmo lutando na briga com Alonso, quando ficou atrás do espanhol, claramente perdeu a motivação para lutar pelo segundo lugar e ficou quase 20s atrás de Vettel. Mesmo com um pequeno problema de câmbio, está claro que o problema de Webber está na cabeça e a aposentadoria já é falada.
Correndo em casa e com o apoio da torcida, Alonso lutou sozinho contra a Red Bull e se não foi capaz de alcançar Vettel, superou Webber e ainda proporcionou o melhor momento da corrida quando ultrapassou o australiano antes da segunda rodada de paradas. A evolução da Ferrari foi clara em Valencia, mas a verdade que foi a gana de Alonso que levou a equipe a um pódio e o asturiano conseguiu seu primeiro pódio em Valencia, corrida que foi feita por causa do seu sucesso. Massa fez uma prova dentro de suas possibilidades, mesmo levando em média meio segundo para Alonso, mas os seguidos erros da Ferrari nos pits está irritando a todos e o tempo perdido pelo brasileiros nos boxes tirou a possibilidade de brigar com Hamilton pelo quarto lugar. Depois das polêmicas nas duas últimas provas, Lewis fez uma corrida burocrática na Espanha, mas isso se deu pelo mau desempenho da McLaren em Valencia, com ambos os carros ficando longe de brigar pela ponta, algo que impressiona, sabendo que a McLaren foi a única até o momento que derrotou a Red Bull em 2011. Nem Button, que conseguiu uma das vitórias mais espetaculares na história da F1, fez uma prova digna de registro.
A Mercedes tem um sério problema em ritmo de corrida e ficou longe das três principais equipes, com o time aparecendo apenas quando Rosberg foi ultrapassado por Button ainda no começo. Depois disso, o time alemão desapareceu e Schumacher, que fez uma prova divina em Montreal, voltou a ser o apagado piloto desde que voltou e se envolveu em um acidente quando saía dos boxes e Schumacher voltou a ocupar posições intermediárias. Com o emprego a perigo na Toro Rosso, a boa corrida de Jaime Alguersuari em casa foi um verdadeiro alívio para o catalão, que foi agressivo na estratégia e foi o único a parar duas vezes entre os dez primeiros. Sua comemoração quando recebeu a bandeirada pode significar muita coisa, principalmente com Helmut Marko, o homem forte da Red Bull, querendo Daniel Ricciardo na Toro Rosso o mais rápido possível. Buemi fez uma prova apagada e ainda viu Alguersuari empatar com ele na Classificação do Mundial. Outro piloto com problemas neste final de semana, Adrian Sutil, finalmente fez uma boa corrida e voltou a marcar pontos no mundial. O alemão está sofrendo um processo pela briga na China e talvez por isso não tenha atacado Alguersuari de forma tão incisiva na parte final da corrida, quando claramente tinha muito mais carro. Ou pneus. Paul di Resta, que mal treinou pela barbeiragem do piloto de testes da Force Índia, Nico Hülkenberg, teve que se contentar com uma posição próximo da zona de pontuação, mas pelo pouco que treinou, Di Resta não fez feio. Heidfeld fez sua corridinha certinha de sempre e levou mais um pontinho para a Renault e mesmo próximo de Petrov (que fez uma péssima corrida hoje) no campeonato, sua posição na equipe é ameaçada justamente pelo pensamento de todos: E se Kubica estivesse nesse cockpit...? Barrichello fez o feijão-com-arroz e com as táticas diferentes de Alguersuari e Pérez, acabou fora dos pontos exatamente por ter sido superado por esses dois pilotos na base da estratégia, enquanto Maldonado, que ficou praticamente parado no grid, fez uma prova de recuperação para ser o último dos pilotos das equipes dignas de estar na F1. A Sauber teve um final de semana para esquecer, mas Sergio Perez, de volta após seu acidente em Mônaco, foi uma grata surpresa ao parar apenas uma vez nos boxes, quando a maioria fez três paradas. O mexicano ficou à frente de Kobayashi, que não pontua pela primeira vez em muito tempo. As três equipes nanicas fizeram o que delas é esperado, que é obedecer as bandeiras azuis e sair da frente, algo que nem sempre foi possível, mas todas receberam a bandeirada. Por sinal, todos os 24 carros que largaram foram até o fim, em algo surpreendente numa pista de rua tão rápida como Valencia.
Mas esta pista espanhola não proporciona surpresas e emoção como Mônaco e Montreal e o que vimos foi uma corrida bem chatinha, mas que teve algumas ultrapassagens. Algo trivial em 2011. Valencia parece não ter sido feita para a F1.
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