Aquela seria a última chance de Damon Hill. Depois de três temporadas com a Williams, Hill estava se despedindo da equipe em que se tornou um piloto de ponta e mesmo tendo nove pontos de vantagem sobre Jacques Villeneuve, o inglês parecia em desvantagem, vide as derrotas nos últimos dois anos para Michael Schumacher, com um carro pior. Porém, Damon parecia mais relaxado e veio de Hong Kong para Suzuka decidido a conquistar o que deveria ser seu último título. O GP do Japão seria marcado por várias despedidas. A principal delas era o fim de um dos lay-outs mais conhecidos da história da F1. A Marlboro iria se concentrar unicamente na Ferrari a partir de 1997 e deixava a McLaren (que passaria a se vestir de prata e negro com a vinda da West) depois de mais de vinte anos de parceria, acabando com os famosos carros brancos e vermelhos. A Elf, famosa fornecedora de combustível, sairia de cena da F1 após 25 anos na categoria. Outro que se despedia era Martin Brundle, que se aposentaria da F1 após 12 anos militando em equipes médias ou pequenas.
Após sua épica ultrapassagem sobre Michael Schumacher no Estoril, Jacques Villeneuve vinha em ótima fase para Suzuka, pista no qual estava acostumado dos tempos em que corria de F3 no Japão. Rapidamente o canadense, que se dizia franco atirador na luta pelo título, ditava o ritmo e para piorar as coisas, Hill não o acompanhava. O inglês chegou a ficar em quarto durante a Classificação, mas se recuperou e largaria em segundo, fechando a primeira fila. A Williams utilizava sua vantagem técnica sobre os demais e o terceiro colocado já estava mais de 1s atrás dos carros ingleses. Quem tem menos de vinte anos, chega a ser difícil acreditar nisso vendo a F1 de hoje em dia.
Grid:
1) Villeneuve(Williams) – 1:38.909
2) Hill(Williams) – 1:39.370
3) Schumacher(Ferrari) – 1:40.071
4) Berger(Benetton) – 1:40.364
5) Hakkinen(McLaren) – 1:40.458
6) Irvine(Ferrari) – 1:41.005
7) Frentzen(Sauber) – 1:41.277
8) Coulthard(McLaren) – 1:41.384
9) Alesi(Benetton) – 1:41.562
10) Brundle(Jordan) – 1:41.600
O dia 13 de outubro de 1996 amanheceu com sol em Suzuka, mas as equipes estavam confusas sobre o acerto dos carros, pois todos os treinos até então foram realizado com tempo ameno e pista úmida ou seca. Não importava a situação, Villeneuve era o mais rápido, dando ao canadense o franco favoritismo para vencer no Japão. Após a primeira largada ter sido abortada por David Coulthard ter deixado o motor morrer, Villeneuve fez a pior largada dele na temporada e começava a perder o campeonato naquele momento. Hill agradeceu e rapidamente pulou para a ponta, seguido pelos dois carros da Benetton, mas Alesi acabaria perdendo o controle do seu carro ainda nas primeiras curvas e batendo forte, terminando uma temporada que tinha tudo para ser positiva para o francês, mas acabou de forma melancólica.
Com Villeneuve apenas em sexto, Damon Hill estava com a faca e o queijo na mão, mas Gerhard Berger pressionava o inglês. Pensando apenas no campeonato, Hill poderia deixar o austríaco passar sem problemas, mas na terceira volta o inglês fechou decididamente a porta de Berger na freada da chicane Causio e o piloto da Benetton acabaria perdendo a asa dianteira após um choque com a zebra. Todos ficaram assustados com a agressividade de Hill. O inglês parecia querer mostrar a todos que ele não era o piloto medíocre que todos o acusavam, fora que dificilmente Damon teria chances reais em 1997 com um Arrows. Com Hill liderando, Villeneuve tinha que começar a fazer algo para ainda sonhar com o título e faz uma manobra audaciosa sobre Irvine na sétima volta na mesma chicane Causio e rapidamente se aproximou do terceiro colocado Schumacher. Se havia alguma dúvida se o carro de Hill estava danificado, o inglês mostrava o contrário, controlando o segundo colocado Hakkinen até mesmo com facilidade.
Villeneuve inaugurou a primeira rodada de paradas e mostrando que aquele não era mesmo seu dia, o canadense foi atrapalhado quando saiu dos pits, pois Barrichello entrou nos seus alguns metros adiante. Isso permitiu Schumacher se manter à frente do canadense, enquanto Hill permanecia impávido na ponta. Na metade da corrida, Villeneuve sentiu algo de estranho em seu carro e a Williams chamou o canadense para os boxes, antecipando a parada de Villeneuve. Mesmo tendo trocado os pneus, pois achava que tinha um pneu furado, Villeneuve ainda parecia lento e a realidade veio a tona na volta seguinte. Na verdade o cubo da roda traseira direita de Villeneuve havia se quebrado (mesma quebra que tirou Hill da sua corrida caseira no verão...) e de forma perigosíssima, o canadense da Williams perdeu um pneu no final da reta dos boxes. O pneu saiu voando em direção ao público, mas por sorte ninguém se machucou. Dezenove anos antes, o pai de Jacques sofrera um acidente similar, quando acertou a traseira de Ronnie Peterson e voou em direção ao público, mas Gilles teve menos sorte e duas pessoas morreram.
Porém, o que importava era que o título estava decidido e Damon Hill era o Campeão Mundial de 1996. Sem o carisma do pai, Damon Hill conviveu com a comparação com Michael Schumacher, seu grande rival desde 1994, no qual criou grande inimizade e perdeu dois títulos. Com o alemão indo para a Ferrari no final de 1995, Hill parecia ter a chance que esperava, mas não contava pelo furacão Jacques Villeneuve, que se tornou o melhor estreante da F1 até aquele momento. Contudo, Damon usou a sua maior experiência e sua serenidade para levar o campeonato em banho-maria e mesmo sabendo que estava saindo da Williams, foi profissional ao extremo para levar a equipe ao seu sexto título mundial de pilotos. Quando estava prestes a cruzar a linha de chegada, Damon viu uma placa mostrada por sua esposa Georgie “Damon Hill – 1996 World Champion” e o inglês se tornava o primeiro filho de campeão mundial a igualar o feito do pai, 28 anos depois do triunfo do grande Graham. Era a redenção de um piloto que, se não era gênio, era trabalhador e soube aproveitar a grande chance que teve. Quando questionado por um repórter depois da corrida se ganhar o Campeonato de 1996 foi a maior realização da vida dele, Hill respondeu: Eu não sei sobre isso, mas foi certamente a coisa mais difícil que eu já fiz na minha vida... você deveria tentar algum dia!”, encerrou a temporada de 1996 o bem-humorado, cavalheiro e campeão mundial Damon Hill.
Chegada:
1) Hill
2) Schumacher
3) Hakkinen
4) Berger
5) Brundle
6) Frentzen
Após sua épica ultrapassagem sobre Michael Schumacher no Estoril, Jacques Villeneuve vinha em ótima fase para Suzuka, pista no qual estava acostumado dos tempos em que corria de F3 no Japão. Rapidamente o canadense, que se dizia franco atirador na luta pelo título, ditava o ritmo e para piorar as coisas, Hill não o acompanhava. O inglês chegou a ficar em quarto durante a Classificação, mas se recuperou e largaria em segundo, fechando a primeira fila. A Williams utilizava sua vantagem técnica sobre os demais e o terceiro colocado já estava mais de 1s atrás dos carros ingleses. Quem tem menos de vinte anos, chega a ser difícil acreditar nisso vendo a F1 de hoje em dia.
Grid:
1) Villeneuve(Williams) – 1:38.909
2) Hill(Williams) – 1:39.370
3) Schumacher(Ferrari) – 1:40.071
4) Berger(Benetton) – 1:40.364
5) Hakkinen(McLaren) – 1:40.458
6) Irvine(Ferrari) – 1:41.005
7) Frentzen(Sauber) – 1:41.277
8) Coulthard(McLaren) – 1:41.384
9) Alesi(Benetton) – 1:41.562
10) Brundle(Jordan) – 1:41.600
O dia 13 de outubro de 1996 amanheceu com sol em Suzuka, mas as equipes estavam confusas sobre o acerto dos carros, pois todos os treinos até então foram realizado com tempo ameno e pista úmida ou seca. Não importava a situação, Villeneuve era o mais rápido, dando ao canadense o franco favoritismo para vencer no Japão. Após a primeira largada ter sido abortada por David Coulthard ter deixado o motor morrer, Villeneuve fez a pior largada dele na temporada e começava a perder o campeonato naquele momento. Hill agradeceu e rapidamente pulou para a ponta, seguido pelos dois carros da Benetton, mas Alesi acabaria perdendo o controle do seu carro ainda nas primeiras curvas e batendo forte, terminando uma temporada que tinha tudo para ser positiva para o francês, mas acabou de forma melancólica.
Com Villeneuve apenas em sexto, Damon Hill estava com a faca e o queijo na mão, mas Gerhard Berger pressionava o inglês. Pensando apenas no campeonato, Hill poderia deixar o austríaco passar sem problemas, mas na terceira volta o inglês fechou decididamente a porta de Berger na freada da chicane Causio e o piloto da Benetton acabaria perdendo a asa dianteira após um choque com a zebra. Todos ficaram assustados com a agressividade de Hill. O inglês parecia querer mostrar a todos que ele não era o piloto medíocre que todos o acusavam, fora que dificilmente Damon teria chances reais em 1997 com um Arrows. Com Hill liderando, Villeneuve tinha que começar a fazer algo para ainda sonhar com o título e faz uma manobra audaciosa sobre Irvine na sétima volta na mesma chicane Causio e rapidamente se aproximou do terceiro colocado Schumacher. Se havia alguma dúvida se o carro de Hill estava danificado, o inglês mostrava o contrário, controlando o segundo colocado Hakkinen até mesmo com facilidade.
Villeneuve inaugurou a primeira rodada de paradas e mostrando que aquele não era mesmo seu dia, o canadense foi atrapalhado quando saiu dos pits, pois Barrichello entrou nos seus alguns metros adiante. Isso permitiu Schumacher se manter à frente do canadense, enquanto Hill permanecia impávido na ponta. Na metade da corrida, Villeneuve sentiu algo de estranho em seu carro e a Williams chamou o canadense para os boxes, antecipando a parada de Villeneuve. Mesmo tendo trocado os pneus, pois achava que tinha um pneu furado, Villeneuve ainda parecia lento e a realidade veio a tona na volta seguinte. Na verdade o cubo da roda traseira direita de Villeneuve havia se quebrado (mesma quebra que tirou Hill da sua corrida caseira no verão...) e de forma perigosíssima, o canadense da Williams perdeu um pneu no final da reta dos boxes. O pneu saiu voando em direção ao público, mas por sorte ninguém se machucou. Dezenove anos antes, o pai de Jacques sofrera um acidente similar, quando acertou a traseira de Ronnie Peterson e voou em direção ao público, mas Gilles teve menos sorte e duas pessoas morreram.
Porém, o que importava era que o título estava decidido e Damon Hill era o Campeão Mundial de 1996. Sem o carisma do pai, Damon Hill conviveu com a comparação com Michael Schumacher, seu grande rival desde 1994, no qual criou grande inimizade e perdeu dois títulos. Com o alemão indo para a Ferrari no final de 1995, Hill parecia ter a chance que esperava, mas não contava pelo furacão Jacques Villeneuve, que se tornou o melhor estreante da F1 até aquele momento. Contudo, Damon usou a sua maior experiência e sua serenidade para levar o campeonato em banho-maria e mesmo sabendo que estava saindo da Williams, foi profissional ao extremo para levar a equipe ao seu sexto título mundial de pilotos. Quando estava prestes a cruzar a linha de chegada, Damon viu uma placa mostrada por sua esposa Georgie “Damon Hill – 1996 World Champion” e o inglês se tornava o primeiro filho de campeão mundial a igualar o feito do pai, 28 anos depois do triunfo do grande Graham. Era a redenção de um piloto que, se não era gênio, era trabalhador e soube aproveitar a grande chance que teve. Quando questionado por um repórter depois da corrida se ganhar o Campeonato de 1996 foi a maior realização da vida dele, Hill respondeu: Eu não sei sobre isso, mas foi certamente a coisa mais difícil que eu já fiz na minha vida... você deveria tentar algum dia!”, encerrou a temporada de 1996 o bem-humorado, cavalheiro e campeão mundial Damon Hill.
Chegada:
1) Hill
2) Schumacher
3) Hakkinen
4) Berger
5) Brundle
6) Frentzen
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