Foi uma corrida chatinha a deste domingo. A má vontade pelo horário (06:30) e ter visto o Ceará perder mais uma vez no estádio não contribuiram muito para meu estado de ânimo. Nem o belo circuito, cheio de altos e baixos, curvas lentas e rápidas e retas longas fizeram do primeiro Grande Prêmio da Índia uma prova emocionante ou com lances chamativos. Por sinal, o momento mais emocionante da corrida foi mais entrevero entre Felipe Massa e Lewis Hamilton, onde não deveria ter havido nenhuma punição, mas acabou atrapalhando Hamilton e desestabilizando Massa, a ponto do ferrarista ter repetido o erro de sábado e estourado a suspensão numa zebra mal feita. Vitória? Sebastian Vettel, de ponta a ponta, sem dar chances a senhor ninguém, enquanto Button define a cada dia que passa seu merecido vice-campeonato em outra corrida que só não foi melhor do que Vettel.
Antes da corrida, a F1 prestou suas homenagens a Dan Wheldon e Marco Simoncelli, mostrando o luto do esporte a motor nesse momento de tanta dor, não importando a categoria. Mas quando as cinco luzes vermelhas se apagaram, a corrida teve um roteiro em que Vettel não foi ameaçado por ninguém, enquanto Button costurava uma segunda posição também solitária. Eles foram os donos da corrida, assim como foram os melhores do campeonato, em especial Vettel. Mesmo com um domínio parecido com o de Schumacher em 2002 e 2004, Sebastian Vettel não permite uma F1 tão asséptica e chata como naqueles anos vermelhos. Ao contrário. A alegria contagiante deste alemão, que vai derrubando um a um os recordes da F1, faz de cada vitória da Red Bull algo até engraçado muitas vezes, como a procura de Vettel de fazer o hat-trick e sua equipe pedindo quase que pelo amor de Deus para que ele parasse de fazer melhores voltas no final! No entanto, o carro da Red Bull não é assim tão superior aos demais pelas atuações de Mark Webber. Com os títulos de pilotos e construtores na mão, a Red Bull já anunciou que quer Webber como vice, inclusive com ordens de equipe, mas o australiano não ajuda e não ficou nem no pódio, perdendo o terceiro lugar para Alonso. Em quarto lugar no mundial, Webber deverá ficar com o mico do ano.
Jenson Button fez uma prova até mesmo discreta hoje, mas nem por isso o inglês decepcionou. Button ultrapassou Alonso na primeira curva e Webber na reta oposta, ficando na segunda posição até o final da corrida. Simples assim. Mas Button merece o vice-campeonato que está indo para suas mãos. Já Lewis Hamilton parece estar com um ímã para confusões e ainda mais com Felipe Massa. O inglês foi rápido no sábado, mas não largou muito bem e quando parecia pronto para ultrapassar o brasileiro, em mais uma das várias vezes em que se encontraram nesse ano, a manobra não acabou bem. Após não conseguir a ultrapassagem nas longas retas, Hamilton tentou passar na freada de uma curva à esquerda e Massa, mesmo tendo o inglês ao seu lado, não deu espaço e o toque foi inevitável, com Hamilton quebrando o bico e estragando sua corrida, terminando-a atrás das Mercedes. Já Massa recebeu um discutível drive-through e se perdeu definitivamente. Após sentir um problema no carro e trocar asa dianteira, Massa quebrou a suspensão novamente ao bater numa zebra mais alta. Um erro que ele havia cometido no sábado, mas talvez nervoso com sua situação tanto na Ferrari, como na corrida, o brasileiro cometeu o mesmo erro duas vezes. Com raiva, provavelmente de si mesmo, ele nem falou aos jornalistas, mas falar o que nesta hora? Alonso mais uma vez andou mais do que os recursos que dispõem e conseguiu mais um pódio, se consolidando no terceiro lugar do campeonato, à frente do melhor equipado Webber. Alonso ainda mostra suas magias e isso deve incomodar ainda mais Massa, mas para o espanhol, já serão cinco anos sem título, algo que também deve causar urticárias aos asturiano!
Com longas retas, a Mercedes fez outra boa corrida, correndo como uma solitária quarta força do campeonato, restando aos seus dois pilotos saber quem será chegará na frente na bandeirada. E desta vez foi Schumacher, que largou atrás de Rosberg, mas retardou ao máximo sua parada e foi rápido o suficiente para tomar a posição do companheiro de equipe (que teve uma parada lenta...) e sair na frente após a segunda parada. Schumacher ainda não está no nível de antes da aposentadoria e provavelmente nunca chegará lá, mas já está dando trabalho a Rosberg. Nas demais posições, Jaime Alguersuari fez uma prova sólida e provando o crescimento da Toro Rosso, foi o melhor destacadamente das equipes médias. Com uma vaga da equipe teoricamente em aberto, o desespero de Buemi com o motor quebrado mostra claramente que Alguersuari hoje está num melhor momento. Correndo em ‘casa’ a Force Índia marcou seus pontinhos com Sutil, mas Di Resta esteve longe de brigar com seu companheiro de equipe e por pontos. Sergio Pérez saiu da 20º posição no grid para 10º na bandeirada e salvou um ponto para a Sauber, que deverá ser ultrapassada pela Toro Rosso, mas o novato mexicano mostra bem uma maturidade impressionante, principalmente em ritmo de corrida. Kobayashi abandonou na primeira volta, não sendo claro o porquê. A Renault ficou na bica de marcar pontos, mas Petrov e Senna, este andando boa parte da corrida em nono, mostraram bem o declínio da equipe anglo-francesa e a presença do presidente da Renault, Carlos Gosh, no box da Red Bull mostra bem quem a montadora está apoiando agora. A Williams continuou seu sofrimento habitual, com Barrichello batendo em Maldonado na largada e estragando sua corrida, enquanto venezuelano abandonou quando brigava com Senna. A Williams tem a simpatia de muitas, talvez tendo a segunda ou terceira maior torcida da F1 em termos de equipe, mas o time precisa de mudanças da água para o vinho em 2012. Entre as novatas, Kovalainen andou novamente entre as equipes médias, denotando uma evolução da Lotus, enquanto Narian Karthikeyan, provavelmente em sua última corrida na F1, usou o fator casa para superar Daniel Ricciardo.
O circuito de Buddh, que agradou a todos, mostrou que mesmo em retas longas e uma asa móvel, pode fazer com que a corrida seja emocionante. A prova de hoje foi espaçada entre os líderes e as poucas ultrapassagens ocorreram no pelotão intermediário, mas Vettel não tinha nada com isso. Décima primeira vitória no ano e vigésima primeira na carreira. Este alemão de Heppenheim entra cada dia mais na história da F1.
Antes da corrida, a F1 prestou suas homenagens a Dan Wheldon e Marco Simoncelli, mostrando o luto do esporte a motor nesse momento de tanta dor, não importando a categoria. Mas quando as cinco luzes vermelhas se apagaram, a corrida teve um roteiro em que Vettel não foi ameaçado por ninguém, enquanto Button costurava uma segunda posição também solitária. Eles foram os donos da corrida, assim como foram os melhores do campeonato, em especial Vettel. Mesmo com um domínio parecido com o de Schumacher em 2002 e 2004, Sebastian Vettel não permite uma F1 tão asséptica e chata como naqueles anos vermelhos. Ao contrário. A alegria contagiante deste alemão, que vai derrubando um a um os recordes da F1, faz de cada vitória da Red Bull algo até engraçado muitas vezes, como a procura de Vettel de fazer o hat-trick e sua equipe pedindo quase que pelo amor de Deus para que ele parasse de fazer melhores voltas no final! No entanto, o carro da Red Bull não é assim tão superior aos demais pelas atuações de Mark Webber. Com os títulos de pilotos e construtores na mão, a Red Bull já anunciou que quer Webber como vice, inclusive com ordens de equipe, mas o australiano não ajuda e não ficou nem no pódio, perdendo o terceiro lugar para Alonso. Em quarto lugar no mundial, Webber deverá ficar com o mico do ano.
Jenson Button fez uma prova até mesmo discreta hoje, mas nem por isso o inglês decepcionou. Button ultrapassou Alonso na primeira curva e Webber na reta oposta, ficando na segunda posição até o final da corrida. Simples assim. Mas Button merece o vice-campeonato que está indo para suas mãos. Já Lewis Hamilton parece estar com um ímã para confusões e ainda mais com Felipe Massa. O inglês foi rápido no sábado, mas não largou muito bem e quando parecia pronto para ultrapassar o brasileiro, em mais uma das várias vezes em que se encontraram nesse ano, a manobra não acabou bem. Após não conseguir a ultrapassagem nas longas retas, Hamilton tentou passar na freada de uma curva à esquerda e Massa, mesmo tendo o inglês ao seu lado, não deu espaço e o toque foi inevitável, com Hamilton quebrando o bico e estragando sua corrida, terminando-a atrás das Mercedes. Já Massa recebeu um discutível drive-through e se perdeu definitivamente. Após sentir um problema no carro e trocar asa dianteira, Massa quebrou a suspensão novamente ao bater numa zebra mais alta. Um erro que ele havia cometido no sábado, mas talvez nervoso com sua situação tanto na Ferrari, como na corrida, o brasileiro cometeu o mesmo erro duas vezes. Com raiva, provavelmente de si mesmo, ele nem falou aos jornalistas, mas falar o que nesta hora? Alonso mais uma vez andou mais do que os recursos que dispõem e conseguiu mais um pódio, se consolidando no terceiro lugar do campeonato, à frente do melhor equipado Webber. Alonso ainda mostra suas magias e isso deve incomodar ainda mais Massa, mas para o espanhol, já serão cinco anos sem título, algo que também deve causar urticárias aos asturiano!
Com longas retas, a Mercedes fez outra boa corrida, correndo como uma solitária quarta força do campeonato, restando aos seus dois pilotos saber quem será chegará na frente na bandeirada. E desta vez foi Schumacher, que largou atrás de Rosberg, mas retardou ao máximo sua parada e foi rápido o suficiente para tomar a posição do companheiro de equipe (que teve uma parada lenta...) e sair na frente após a segunda parada. Schumacher ainda não está no nível de antes da aposentadoria e provavelmente nunca chegará lá, mas já está dando trabalho a Rosberg. Nas demais posições, Jaime Alguersuari fez uma prova sólida e provando o crescimento da Toro Rosso, foi o melhor destacadamente das equipes médias. Com uma vaga da equipe teoricamente em aberto, o desespero de Buemi com o motor quebrado mostra claramente que Alguersuari hoje está num melhor momento. Correndo em ‘casa’ a Force Índia marcou seus pontinhos com Sutil, mas Di Resta esteve longe de brigar com seu companheiro de equipe e por pontos. Sergio Pérez saiu da 20º posição no grid para 10º na bandeirada e salvou um ponto para a Sauber, que deverá ser ultrapassada pela Toro Rosso, mas o novato mexicano mostra bem uma maturidade impressionante, principalmente em ritmo de corrida. Kobayashi abandonou na primeira volta, não sendo claro o porquê. A Renault ficou na bica de marcar pontos, mas Petrov e Senna, este andando boa parte da corrida em nono, mostraram bem o declínio da equipe anglo-francesa e a presença do presidente da Renault, Carlos Gosh, no box da Red Bull mostra bem quem a montadora está apoiando agora. A Williams continuou seu sofrimento habitual, com Barrichello batendo em Maldonado na largada e estragando sua corrida, enquanto venezuelano abandonou quando brigava com Senna. A Williams tem a simpatia de muitas, talvez tendo a segunda ou terceira maior torcida da F1 em termos de equipe, mas o time precisa de mudanças da água para o vinho em 2012. Entre as novatas, Kovalainen andou novamente entre as equipes médias, denotando uma evolução da Lotus, enquanto Narian Karthikeyan, provavelmente em sua última corrida na F1, usou o fator casa para superar Daniel Ricciardo.
O circuito de Buddh, que agradou a todos, mostrou que mesmo em retas longas e uma asa móvel, pode fazer com que a corrida seja emocionante. A prova de hoje foi espaçada entre os líderes e as poucas ultrapassagens ocorreram no pelotão intermediário, mas Vettel não tinha nada com isso. Décima primeira vitória no ano e vigésima primeira na carreira. Este alemão de Heppenheim entra cada dia mais na história da F1.
É a corrida foi meio sem graça mesmo. Mas na média tá muito bom.
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