E20

A Lotus tem uma história de vida que lembra muito o Paraná Clube, advindo da junção de vários clubes ao longo dos anos. A hoje Lotus não tem nada a ver com a antiga Lotus, nem com o time de Tony Fernandez. A equipe começou em 1981 chamando-se Toleman, que depois passou a se chamar Benetton em 1986, Renault em 2002 e Lotus a partir deste ano. Uma equipe com larga tradição e bons momentos nesses mais de trinta anos, exclicitamente nos títulos de Michael Schumacher e Fernando Alonso.

Seis anos depois da vitória do espanhol, a Lotus fez uma aposta arriscada em sua tentativa de reviver momentos gloriosos ao tirar da aposentadoria precoce Kimi Raikkonen. O finlandês se desiteressou por completo da F1 após seu título em 2007 e saiu da categoria dois anos depois por absoluta falta de saco. Dois anos no WRC foram suficientes para Kimi pensar em retornar às corridas e com a Lotus procurando um líder depois da saída de Robert Kubica no começo do ano passado, todos ficaram felizes, mas há várias questões a resolver. Desde 2006 a Lotus, ainda chamando-se Renault, não briga por títulos e vitórias. A motivação de Kimi é uma incógnita difícil de se decefrar, até por que Raikkonen parece ser um tipo esquisito, apesar de muito rápido. Quem poderá se aproveitar disso é Romain Grosjean, piloto francês que foi enxotado pela Renault no final de 2008, mas que foi campeão da GP2 ano passado e voltou à equipe bancado pelo patrocínio da Total. Se Kimi não se motivar, mas a Lotus fazer um carro decente, Grosjean pode se sobressair.

A Lotus viveu um ano de 2011 difícil, perdendo seu piloto principal e tendo problemas financeiros, com a Renault claramente apoiando a Red Bull, mesmo a equipe usando o nome da montadora até o ano passado. Uma nova dupla de pilotos foi contratada e há mais perguntas do que respostas no momento. O carro tem o já famoso bico-degrau, algo que deverá ser moda nesse ano.