A demissão de Jarno Trulli por parte da Caterham nesta sexta-feira não surpreendeu ninguém e o piloto italiano fazia figuração faz tempo, sendo uma caricatura do piloto promissor que surgiu quinze anos atrás e se tornou um errante dentro da F1.
Não vou destacar a entrada de Vitaly Petrov no lugar de Trulli, claramente com o dinheiro influenciando decisivamente no assunto, como aconteceu em outros casos nesse início de temporada, mas a saída de Jarno representa, momentaneamente, a saída da Itália na lista de pilotos da F1. Desde 1950 havia pelo menos um italiano em pelos menos uma corrida na F1 e 2012 será a primeira vez que apenas Ferrari e Toro Rosso representará a Itália.
Isso serve de alerta para o Brasil. Felipe Massa está com um pé fora da Ferrari e se repetir o desastroso 2011, dificilmente conseguirá uma equipe decente em 2013. Bruno Senna terá que provar que não é apenas o sobrinho de Ayrton Senna e o novo queridinho de Eike Batista, dono de uma grande fortuna. Essa semana Luís Nasr foi anunciado como piloto da DAMS, atual campeã da GP2, nessa temporada. E o horizonte de outros pilotos brasileiros na F1 é estreito, com o automobilismo brasileiro se resumindo ao faz-de-conta da Stock Car e a Truck, categoria que não revela ninguém.
Se a Itália, que tem tradição e a força da Ferrari, ficou sem nenhum representante em 2012 na F1 e dificilmente terá num curto espaço de tempo, o que dirá com o Brasil e seu presente nebuloso? Por sinal, bem parecido com o italiano...
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