Antes de falar de mais uma pole devastadora de Sebastian Vettel, desempatando com Nigel Mansell em número de poles na história, é bom retratar o que foi o Q2 do Grande Prêmio da Europa, em Valencia. Foi um marco. Num circuito longo, com o tempo de volta em torno 1:40s, os treze primeiros colocados estarem separados por meros três décimos de segundo mostra o quão boa está a F1 atual. Galvão disse que fazia tempo que isso acontecia. Engano. Isso nunca havia acontecido! O equilíbrio conseguido pela F1 atual é tudo que muita gente queria há anos e estamos acompanhando em in-loco com pilotos de altíssimo nível. Não vejo influência de pneus ou medidas de restrição apenas o motivo de tanto equilíbrio. São ótimos pilotos e equipes fortes lutando por aquele décimo que hoje está fazendo uma enorme diferença. No Brasil vejo um preconceito enorme sobre essa F1 atual e vejo isso unicamente por que, ao contrário dos anos 80, dito e cantado como o auge da F1, não termos nenhum piloto tupiniquim protagonizando a categoria. Se houvesse alguém verde-e-amarelo lutando pela ponta no meio das feras atuais, ah, a F1 era espetacular...
Voltando aos treinos, Vettel destoou dos demais no Q3 e seus três décimos colocados em cima de Hamilton aplacou a tristeza da Red Bull em ver Mark Webber marcando o mico do dia ao ficar no Q1 por problemas na asa móvel. O australiano estava inconsolável. E falando em Red Bull, mas na filial, a batata de Jean-Eric Vergne na Toro Rosso está cada vez mais queimando. A paciência de Helmut Marko, consultor da marca, não é das maiores com os jovens pilotos e o francês ficou, pela segunda corrida consecutiva, atrás de um carro de Caterham. Muito mal para os altos padrões de Marko. Hamilton completa a primeira fila num final de semana em que a McLaren não apareceu muito e quando parecia que Button largaria mais à frente, o inglês vacilou na sua volta final do Q3. A Ferrari ficou de fora do Q3 de forma surpreendente, mas com a pequena diferença que houve no Q2, isso foi um mero detalhe, mas esse detalhe põe os dois carros italianos fora dos dez primeiros e provavelmente brigando por poucos pontos amanhã. Isso tudo proporcionou a Pastor Maldonado renascer após maus momentos depois de sua vitória em Barcelona e a Force India, muito bem em Valencia.
O histórico da pista de Valencia não traz boas lembranças de corridas inesquecíveis. Massa em 2008 e Vettel nos dois anos anteriores venceram sem maiores preocupações após largarem da pole e o alemão da Red Bull já é favorito destacado para amanhã, onde a expectativa é de uma corrida quente.
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