Três semanas atrás a Force India ainda procurava um piloto para ocupar o segundo cockpit da equipe ao lado de Paul di Resta e tinha um favorito claro: o jovem e promissor francês Jules Bianchi. Porém, o time hindu tinha dúvidas em entregar seu carro a um piloto inexperiente num ano crucial para a equipe, vide os problemas financeiros do seu dono, Vijay Mallya. Por isso, a Force India preferiu trazer de volta à sua equipe o alemão Adrian Sutil, na estrutura do time desde que ainda se chamava Spyker. Sutil tinha feito uma ótima temporada em 2011, mas fora das pistas se envolveu numa pendenga judicial graças a uma briga com o dirigente Eric Lux em Xangai, um dos manda-chuvas da Genii. Com todos esses problemas, Sutil acabou de fora da temporada subsequente ao seu melhor ano e sua carreira na F1 parecia acabada. Mas Mallya e a Force India confiavam no alemão e ele não decepcionou em sua primeira corrida no seu retorno. Sutil andou sempre próximo do badalado Di Resta, mas acabou ficando no Q2, enquanto o escocês passou ao Q3. Como podia escolher que pneus largar no domingo, Adrian escolheu os médios, ao contrário de 95% do grid, que preferiu os supermacios. Sutil largou sem problemas, vide que passou um ano sem largar, e fez uma corrida maiúscula. Pensando numa estratégia de duas paradas, Sutil esticou ao máximo seus stints e ainda nas primeiras voltas se viu brigando no pelotão da frente com Vettel, Alonso e Massa. E de igual para igual! Mesmo contando com uma Force India e sem correr a mais de um ano, Sutil não se intimidou e andou no mesmo ritmo dos ponteiros da prova, chegando a liderar a corrida por onze voltas. Quando colocou os pneus supermacios na parte final da corrida, Sutil perdeu rendimento com o desgaste acentuado com pneu de banda vermelha e perdeu duas posições no final para Hamilton e Webber, mas mesmo com o sétimo lugar, Adrian Sutil provou que se não fosse seus problemas extra-pista, ele poderia hoje estar militando numa equipe bem melhor do que a atual.
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