Os três treinos livres já haviam mostrado que só uma hecatombe poderia tirar a pole de Sebastian Vettel, seguido de perto pelo companheiro de equipe Mark Webber. E foi justamente isso o que aconteceu hoje. Juntando ao surpreendente domínio da Red Bull em Monza e sua pista sem nenhuma pressão aerodinâmica, a Mercedes esteve longe do ritmo dos sábados anteriores, a Lotus esteve mal o tempo todo e a Ferrari acabou se embaralhando em querer colocar Alonso brigando pela primeira fila com Webber e acabou se dando mal.
A quadragésima pole de Vettel na F1 era tão favas contadas que a emoção ficou pelas demais posições no grid e houve algumas surpresas interessantes. A Lotus de Kimi e Grosjean não se encontrou em nenhum momento e os dois pilotos ficaram de fora do Q3, com o francês errando na freada da primeira chicane várias vezes. A Mercedes sempre esteve em dificuldades, primeiro com Rosberg no terceiro treino livre e depois com Hamilton na Classificação, onde o inglês saiu da pista, foi atrapalhado pelo ex-amigo Adrian Sutil e nas próprias palavras, dirigiu como um idiota, ficando de fora do Q3 também. Isso abriu o caminho para que alguns carros que normalmente não fazem parte do segmento final fossem ao Q3, como os dois carros da Toro Rorro e os dois carros da McLaren. Porém, quem surpreendeu mesmo foi Nico Hülkenberg. O alemão da Sauber não apenas subiu ao Q3, como colocou seu problemático Sauber na terceira posição, à frente das duas Ferraris, que discutiam pelo rádio a melhor posição de pista e acabaram se atrapalhando, com o favorito da equipe Alonso ficando marginalmente atrás do ameaçado Massa.
Com a confirmação de Ricciardo na Red Bull, hoje a maior especulação na F1 é o lugar de Massa na Ferrari. Contando com o ufanismo global, não achei Galvão Bueno e cia confiantes para uma renovação de Massa em 2014. A preocupação é latente, até porque Massa não vem entregando os resultados dos quais é cobrado desde 2010, tempo em que seu lugar na Ferrari é resultado de longos debates toda temporada. A realidade é que, contando apenas os seus resultados, Felipe Massa já deveria estar procurando lugar para correr em 2014 e o dito anúncio da TV italiana ontem, que ele estava fora da Ferrari, não deixa de ser um indício forte. O problema seria trazer Kimi Raikkonen de volta, pois é sabido que Montezemolo não gosta muito do finlandês e talvez Alonso não veja com bons olhos o talentoso finlandês dividindo a Ferrari, que desde 2007 não sabe o que é título. Porém, o time de Maranello está em terceiro no Mundial de Construtores por causa dos pálidos resultados de Massa e Raikkonen não parece ser um piloto político a ponto de encher o saco de Alonso dentro da equipe. Fora que Hulkenberg, não apenas pelo resultado de hoje, parece ser uma variável fortíssima nesse complicado jogo de xadrez que é a renovação ou não do contrato de Massa pela Ferrari. Se eu fosse Domenicalli, escolheria o alemão, mas algo me diz que Felipe ficará mais um ano na Ferrari, contrariando o bom senso.
Isso é 2014. Para amanhã, Vettel é favorito a fazer outra corrida a seu estilo, onde vence dominando e sem dar chances aos rivais, ainda mais com um Sauber o separando dos seus mais perigosos rivais ao menos na primeira volta. Porém, há previsão de chuva forte amanhã. Contudo, todos esquecem que a primeira vitória de Vettel cinco anos atrás justamente em Monza foi marcada justamente pelo piso molhado.
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