domingo, 1 de setembro de 2013

Sobrevivendo

Que tal construir uma pista ruim, com curvas apertadas e cheia de ondulações. Depois colocar nela vários pilotos maluquinhos e agressivos, loucos para aparecer nesse final de campeonato. Juntando a tudo isso, ter comissários sem critério e mais preocupado com o espetáculo do que propriamente a segurança de todos. Pois o resultado de tudo isso foi visto no Grande Prêmio de Baltimore neste final de tarde de domingo na Indy. A corrida foi uma das mais malucas e insanas dos últimos tempos em qualquer categoria, onde praticamente todos os pilotos bateram ou se viram envolvido em algum problema durante as mais de duas horas de prova. Charlie Kimball teve que fazer quatro manobras evasivas, sem contar com as duas balizas que o americano da Ganassi fez para desviar de carros parados à sua frente. James Hinchcliffe bateu duas vezes e ainda chegou no top-10, mas o sortudo do dia foi mesmo Helio Castroneves. O brasileiro da Penske teve uma corrida medíocre, bateu, errou nos pits, foi punido, se envolveu em um engavetamento e ainda saiu mais líder do que nunca, graças aos infortúnios dos seus principais adversários.

Com tantos problemas, não foi surpresa que o pódio em Baltimore não tivesse nenhum integrante das chamadas equipes grandes (Penske, Ganassi e Andretti), mesmo o vencedor Simon Pagenaud ter liderado um treino livre e ter mostrado força em vários momentos. Como a maioria dos pilotos, o francês teve que fazer uma corrida de sobrevivência para receber a bandeirada e no caso de Pagenaud, significou a sua segunda vitória no ano e a consolidação como um dos grandes pilotos franceses do momento. O segundo colocado Josef Newgarden, da pequena equipe Sarah Fischer foi tocado por Castroneves na primeira volta e chegou a perder muito rendimento, mas se viu brigando com Pagenaud nas voltas finais, mas não teve força para lutar pela liderança, mas sua chefe não ficou nada triste e comemorou bastante no final. E completando o pódio, Sebastien Bourdais largou em último por um acidente nos treinos, mas esteve forte o suficiente para brigar pela vitória na parte final da corrida, mesmo tendo rodado uma vez.

O pódio em Baltimore demonstra bem o quão maluca foi a prova de hoje e isso acabou por praticamente dar o título para Castroneves. Scott Dixon largou na pole, mas não liderou uma única volta, sendo ultrapassado por Will Power ainda na primeira volta, mas com Helio lá atrás, o neozelandês apenas se preocupou em marcar o maior números de pontos possível e esteve na briga com Power a prova toda. Numa das inúmeras relargadas, Dixon foi alvo de uma barbeiragem de Power e bateu forte no muro, acabando a corrida de ambos e praticamente sacramentando o título, na sorte absurda, de Castroneves, que vem conquistando o título desse ano de uma forma similar, mesmo que longe de ser igual, de Jenson Button em 2009. O inglês venceu as sete das oito primeiras corridas daquele ano e depois ruminou até conquistar o título com uma prova de antecipação. Já Hélio ganhou apenas uma vez (com o carro irregular, diga-se de passagem), mas marcou pontos cruciais o ano inteiro. Se no começo do ano ainda brigava por vitórias, hoje o piloto da Penske só tem a vantagem que tem pelos azares de Dixon e de Ryan Hunter-Reay, outro que abandonou hoje, pois faz tempo que Castroneves não faz uma corrida decente.

Foram vários incidentes que teve vários protagonistas, como Graham Rahal, Justin Wilson e Marco Andretti em dias inspirados, mas com várias participações especiais e sem coadjuvantes discretos. Foi um caos! Com a Indy sem um comando firme, as corridas rolam soltas e as corridas se transformam, como hoje em Baltimore, em Demotions Derby. 

2 comentários:

  1. se fosse o inverso(Franchitti ou Kimball torpedando Castroneves da mesma forma do que Power acabou de fazer com Dixon) o quer ia ter de gritaria por aqui,principalmente da dupla da Band Sports que está comentando...

    e é a segunda vez que a Penske apronta pra cima de Dixon,que saiu p**o da vida,e com razão.

    Será que a Ganassi vai dar o troco em Houston?

    Não sei,mas que tá feio e triste de ver o final da Indy,isso está,Helinho não precisa disso.

    ResponderExcluir
  2. e completando, Power bateu de propósito em Dixon,igualzinho fez o mecânico da Penske ao ficar na frente de Dixon de propósito pra ser atropelado.

    Tá feio o negócio.

    ResponderExcluir