A história começou rápida e se confirmou logo em seguida. Na noite dessa segunda-feira se falava que Vettel não renovaria com a Ferrari e quando o sol surgiu no Brasil, Vettel e Ferrari oficializaram que 2020, se houver campeonato, será o último do alemão com o time vermelho.
Contratado para confirmar o que dele se esperava no começo da carreira na F1, um verdadeiro sucessor de Schumacher, Sebastian Vettel elevou o nível da Ferrari nos anos tumultuados pós-Alonso e incomodou bastante a poderosa dupla Mercedes/Hamilton. Porém, faltou a Vettel a força mental que sobrava em Schumacher e os erros, incaracterísticos a um tetracampeão, começaram a brotar aos montes, praticamente entregando os títulos de 2017 e, principalmente, 2018 nas mãos de Hamilton. Para completar Vettel viu a entrada do atrevido Charles Leclerc na Ferrari. Se antes o praticamente inofensivo Kimi Raikkonen não atrapalhava em nada Seb, Leclerc teria o mesmo efeito que Daniel Ricciardo teve em Vettel quando o australiano aportou na Red Bull. Leclerc fez mais pontos, ganhou mais vezes e fez bem mais poles do que Vettel em 2019. São fatos e contra eles não tem muito argumento.
Quando veio a pandemia e o custo passou a ser uma desculpa plausível para se fazer economia. A Ferrari baixou bastante a pedida pela renovação com Vettel. O alemão está com a vida mais do que ganha, mas ter um salário menor ou até mesmo ao nível de Leclerc significava um rebaixamento. Vettel odeia os motores híbridos e nos últimos tempos vinha falando da perspectiva de que a F1 não era tudo em sua vida. Prestes a completar 33 anos e com três filhos, Vettel já não está com a 'fome' de antes, enquanto Leclerc deve ficar ainda mais faminto em conquistar o título e brigar com seu rival Max Verstappen. Vettel viu que poderia ser 'jantado' por Leclerc e encerrou as negociações com a Ferrari.
A saída de Vettel significa uma vida nova no mercado de pilotos, já que não apenas uma vaga preciosa no grid se abre, como há um piloto experiente, rápido e campeão dando bobeira. Daniel Ricciardo e Carlos Sainz saem como grandes favoritos para o lugar de Vettel, que poderia escolher a aposentadoria ao lado da família ou mostrar que os erros mostrados nos momentos cruciais com a Ferrari, não passaram de coisas do destino e que Sebastian ainda tem gana de repetir o incrível momento que teve no começo dos anos 2010.
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